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The Devil’s Cage – Capítulo 328

Estou Aqui!

 

Chegada Esmagadora

Vozes clamavam no entorno das nuvens, com o poder de furar ouro e estraçalhar pedras. Uma pilha de neve foi espalhada e levada como um pequeno tufão após a cerimônia de boas-vindas.

Em meio à brisa, os soldados fortes e vigorosos estavam à espera de Kieran e seu grupo, que estavam de pé na borda da ponte, prontos para marchar.

Ao que parece, essa era uma demonstração de poder maior que a cerimônia oficial de boas-vindas, mas Kieran já esperava por isso.

Mesmo que tudo corresse bem e Kieran entrasse sem que nada acontecesse, ele ainda teria de se preocupar com as coisas que aconteceriam lá dentro, que poderiam o pegar desprevenido.

A aura de diabo envolveu o corpo de Kieran, as chamas escaldantes se chocaram com o tufão de neve. No momento em que as duas auras colidiram, o tufão irrompeu em flocos de neve e cobriu a terra com a sua graça branca.

Um guarda-chuva foi aberto acima de Kieran, prevenindo que a neve caísse sobre ele.

— Valeu!

Kieran olhou para Elli, que havia aberto o guarda-chuva. A jovem garota ficou surpresa. Esta não era a reação que ela esperava. Ela queria dizer algo, mas ficou em silêncio.

Os lanceiros estavam caindo de exaustão um após o outro. As bandeiras em suas mãos seguiram, inclusive a de Nikorei e a dos Pastores da Morte.

Kieran rapidamente deu um passo à frente e pegou o mastro da bandeira de prata, entregando-o a Schmidt.

— Me prometa que não irá deixá-la cair no chão. — Kieran disse.

— Pode deixar! — Schmidt levantou o mastro da bandeira e a ergueu.

Depois de um aceno de cabeça para Schmidt, Kieran passou por cima da bandeira dos Pastores da Morte e caminhou até a ponte, entrando pelo portão do castelo.

Os dois carroceiros tentaram se aproximar e pegar a bandeira dos Pastores da Morte, mas Simones e Raul quietamente ficaram no caminho, ao preveni-los de alcançar a bandeira. Podiam somente assistir impotentemente enquanto Kieran seguia.

Kieran liderava o grupo, com Elli que segurava o guarda-chuva à sua esquerda. Schmidt estava à direita, onde levantava a bandeira prateada contra o vento noturno.

Simones, Raul e Cidney estavam logo atrás deles.

O grupo atravessou a ponte e seguiu para o portão a passos lentos.

Os carroceiros atrás deles trocaram olhares confusos, até mesmo os guardas no topo da muralha do castelo. As coisas não estavam seguindo de acordo com o plano deles.

Dentro do amplo salão do Castelo de Morsenburg, Barry, que estava vestindo seu melhor terno, assistia a cena se desenrolar através de sua bola de cristal.

— Esses pedaços de lixo! — Ele comentou sobre a incompetência de seus subordinados. E dizia alto o suficiente para que todos dentro do salão ouvirem o que estava falando.

Incluindo Rainer, o atual líder dos Pastores da Morte.

O homem estava na casa dos quarenta, mas seu rosto era pálido como a neve com um tom roxo esverdeado e suas órbitas oculares eram quase pretas. Rainer sentava-se em uma cadeira com uma postura torta, como se fosse muito velho. Ele até tinha uma bengala de madeira preta que utilizava para se sustentar.

A coisa mais notável sobre ele pareciam ser as aberturas entre seus dedos. Os lampejos de luz brilhante sobre eles deram uma sensação incomum.

— Está expressando a sua insatisfação, Barry?

Rainer encarava seu colega com um olhar enfurecido.

Barry, que já foi conhecido como Espírito do Diabo, não evitou seu olhar. Em vez disso, ele também retribuiu com outro.

— Mas é claro! Eu não penso que este planejamento, ou qualquer um depois disso, será de qualquer uso. Isso só vai fazer meu oponente parecer um rei patrulhando seu quintal. — Barry disse, enfatizando cada palavra.

— Ainda parece melhor do que perder tudo. — Rainer disse friamente.

Suas palavras enfureceram os Místicos da Costa Leste atrás de Barry. Cada um deles encarava Rainer com um olhar intenso.

Assim como os Pastores da Morte atrás de Rainer.

— Espero que você consiga se explicar depois de eu lidar com o Pássaro da Morte! — Barry disse em um tom calmo, suas palavras revelavam sua intenção assassina.

— Eu também espero que seja capaz! — Rainer grunhiu friamente.

Kieran e seu grupo alcançaram o portão do castelo sem dificuldades. Antes que pudessem entrar, um fedor podre se espalhou de dentro do portão.

Um fogo verde-azulado iluminou a escuridão, revelando os esqueletos e cadáveres enchendo subitamente toda a entrada.

Os mortos observavam Kieran e seus amigos com ódio e desprezo, mas eles não se moveram. Estavam à espera de ordens.

Kieran deu um passo à frente, ao deixar sua arma pronta. Não era como se ele fosse esperar seus inimigos agirem.

— Espere, 2567! Você não deve desperdiçar sua energia com esses imbecis! Além disso, é quase hora da reunião. Eles vão rir de você, se estiver atrasado! Deixe esses caras para nós! Vamos alcançá-los depois de lidar com eles! — Raul disse, Cidney acenou com a cabeça em acordo.

— Obrigado! — Kieran disse, ao expressar a sua gratidão.

Raul e Cidney se moveram até os mortos, atraindo-os para longe, criando um caminho para Kieran e os restantes continuarem. Kieran acenou em agradecimento de novo antes de se distanciar a passos largos.

Ele sabia o que os Pastores da Morte queriam. Para ser honesto, antes de vir para cá, Kieran e os outros tinham pensado sobre o que os pastores fariam para enfraquecer suas forças.

Isolar Kieran e forçá-lo a participar da reunião sozinho seria a melhor maneira de derrotá-los.

A súbita névoa venenosa que irrompeu confirmou a sua teoria.

— Deixem isso comigo!

Simones tirou uma garrafa e lançou sua própria névoa. A névoa venenosa foi neutralizada pela que Simones tinha trazido.

— Continue, 2567! Mas não se esqueça! — Simones apontou para a bandeira prateada. Quando viu o aceno de Kieran, não disse mais nada.

O grupo atualmente foi dividido na metade, mas mais obstáculos continuavam a surgir no caminho deles.

No momento em que Kieran e o resto da equipe alcançaram o corredor que leva ao salão de banquete, um monte de almas sem forma e espíritos maléficos da Terra apareceram atrás de Kieran.

— Agora é a minha vez!

Elli entregou seu guarda-chuva a Kieran e começou a entoar seu encantamento. Os espíritos foram atraídos instantaneamente para longe, ao criar outro caminho para Kieran.

Depois de olhar para a jovem moça, Kieran caminhou até a porta do salão. Ele não percebeu o olhar profundo que a menina lhe deu.

— É minha vez agora? — Schmidt perguntou enquanto eles se aproximavam da porta fechada.

— Sua missão é tomar conta da bandeira! — Kieran disse antes de abrir a porta.

Não haviam armadilhas mecânicas ou mágicas. Estava apenas fechada, então Kieran usou toda sua força para empurrá-la.

A porta foi aberta. Instantaneamente, centenas de pessoas se reuniram na entrada.

Havia pessoas em trajes formais, alguns com perucas brancas e roupas nobres, e alguns com vestes longas que cobriam até mesmo seus rostos. Apesar de suas roupas, seus olhares eram qualquer coisa, menos amigáveis quando olhavam para Kieran.

Seus olhares maliciosos densos se fundiram em um e quase se materializaram em uma lâmina afiada apontando para ele. Foi uma pena que, quando aquele olhar denso colidiu com a energia caótica do abismo, logo se estraçalhou!

Um vento violento de energia correu selvagemente pelo salão, levantando as mangas e saias de todos.

Kieran ignorou todos e caminhou diretamente a cadeira vazia no centro do salão. Era o trono que pertencia ao rei anterior.

Depois de 200 anos, foi tratada como uma relíquia histórica que permaneceu no salão. Kieran inspecionou a cadeira, seus dedos acariciando suas bordas, que perderam seu brilho ao longo do tempo.

Depois virou-se e sentou-se nela.

— Eu vim pelo seu convite. — Ele disse com uma voz alta e poderosa, que ecoou por todo o salão.

Naquela noite fria, o grande salão que permaneceu em sono por 200 anos foi acordado.

O lugar vibrava levemente em resposta à voz poderosa de Kieran, como se estivesse acolhendo seu velho mestre ou celebrando um rei recém-coroado.

O salão começou a tremer, conforme o zumbido ficou mais feroz e mais alto.

O teto acima do trono revelou um espelho prismático que não deveria estar lá. O espelho tinha um brilho estonteante, embora não houvesse nenhuma fonte evidente de luz.

Uma luz dourada brilhava diretamente no corpo de Kieran.

O manto de pena preta virou ouro sob o brilho, e a projeção fraca de uma coroa foi formada acima de Kieran, como se ele estivesse usando-a em sua cabeça.

A cena foi esmagadora para quase todos os presentes. De repente, uma aura invisível irrompeu e fez os pés de todos começarem a tremer na base.

 

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