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The Devil’s Cage – Capítulo 374

Investida

 

O vento soprou nos cumes das Montanhas Herr.

Do norte ao sul, pequeno ou grande, o vento assobiava no único vale nas montanhas.

O vale não tinha nome, mas a fortaleza dentro dele tinha.

Fortaleza Relâmpago!

A fortaleza fora construída completamente com tijolos de pedra como uma medida defensiva. Custou à família real do Reino Warren um total de 30 anos, e uma enorme quantidade de mão de obra e dinheiro para construí-lo.

Desde que ficava do meio do vale, agia como uma barreira para Riverdale, a cidade imperial de Warren.

A fortaleza era impenetrável, com um total de 3000 soldados armados de prontidão durante todo o ano. Mesmo os inimigos das planícies enfrentaram inúmeras derrotas diante da fortaleza. Cada derrota desastrosa fazia o inimigo recuar abatido.

As habilidades defensivas da Fortaleza Relâmpago fez com que o povo de Warren acreditasse que ela era impenetrável.

Contudo, naquele momento, a fortaleza estava perto de encarar o seu maior inimigo.

A ponte suspensa foi erguida, esquadrões depois de esquadrões de soldados completamente armados se alinhavam sob a muralha. Grupos de cavaleiros aguardavam atrás das muralhas, e catapultas eram retiradas do arsenal pelos soldados.

Duas duas atrás, uma ordem secreta foi enviada para a Fortaleza Relâmpago do departamento militar.

— Parem qualquer um que tente passar pela Fortaleza Relâmpago dentro de um dia. Matem quem quer que desobedeça.

*Fuuuuu! Fuuuuu!*

O vento que percorria o vale foi ficando mais forte a cada minuto. O assobio do vento era como o próprio relâmpago, provocava um chiar ensurdecedor.

O vento soprava no rosto dos soldados, causando uma sensação de ardência em seus rostos, mas os soldados na muralha continuaram inabaláveis. Eles desembainharam suas espadas, carregaram seus arcos e olharam para um ponto distante com a maior intenção assassina.

Uma figura surgiu subitamente na entrada do vale.

O manto preto flamulava audivelmente ao vento. As penas pretas no manto davam um brilho incomum sobre a luz da lua.

Era turvo e sombrio, semelhante a um cemitério à meia-noite, onde o fogo medonho irradia luz sobre as lápides.

Um sentimento assustador surgiu nos soldados, enfraquecendo a afiada intenção assassina que eles emanavam por um momento.

Assim que os soldados demonstraram uma leve insegurança devido a aparição repentina da figura, ela fez seu movimento.

Rápido como a arrancada de um cavalo, avançava em direção ao portão da Fortaleza Relâmpago, diminuindo grandemente a distância no tempo de um par de respirações. Não havia intenção de parar no portão, ele saltou diretamente quando se aproximou do portão e seguiu em direção a muralha.

— Abrir fogo!

O comandante da defesa ordenou os arqueiros a dispararem.

*Sou! Sou Sou!*

Flechas despejaram como chuva, o céu bloqueado foi instantaneamente preenchido por lampejos metálicos que afogaram a figura completamente.

Milhares de flechas perfurando um coração!

O comandante e os soldados compartilharam do mesmo pensamento quando testemunharam aquela visão.

Automaticamente, a sensação que os afligia se foi, e cada um deles soltou um suspiro de alívio.

Contudo, antes mesmo que pudessem relaxar, algo os atingiu profundamente.

Eles torceram os olhos quando as luzes metálicas que preencheram o céu noturno foram perturbadas, a figura irrompeu da chuva de flechas e saltou ainda mais alto.

— ABRIR FOGO! ABRIR FOGO!

O comandante continuou gritando a seus homens, mas inutilmente. Uma barreira defensiva sem forma bloqueava as flechas conforme eles as atiravam, fazendo com que elas caíssem sem cumprir seu objetivo.

Elas tiveram alguma utilidade, ao menos a figura caia do ar depois de um salto exaustivo.

O rosto do comandante iluminou-se com deleite, mas durou menos que um segundo antes da figura dar um segundo pulo no meio do ar. Aquilo destruiu a esperança deles em pedaços.

— Como isso é possível?!

O comandante gritava audivelmente após presenciar o ato que contradiz a lógica, para completar ele nem mesmo reagiu a teia de aranha que foi disparada da mão da figura.

Já era muito tarde quando ele percebeu que aquela teia de aranha puxava a figura ao topo da muralha.

— Cortem a teia de aranha, ráp…

*Puk*

Antes que o capitão pudesse terminar suas palavras, ele foi dividido ao meio por uma espada grande carmesim.

Kieran agarrou sua espada e deu o primeiro passo na muralha, suas pupilas escuras analisavam os soldados diante dele.

Depois que o superior deles foi morto, os soldados não se dispersaram como pássaros assustados. Realmente, a longa experiência no campo de batalha os ajudou a reagir rapidamente contra Kieran.

— Matem-no!

Os soldados bradaram, quase em sincronia.

Lanças sob lanças foram em direção a Kieran, as lâminas afiadas capazes de tirar vidas cercaram Kieran em um piscar de olhos. Contudo, similar as flechas, o gume das lanças foram insuficientes contra Kieran. Elas foram paradas por uma força invisível quando estavam a um polegar do corpo de Kieran.

[Discurso Arrogante] era o contrário daquelas lanças, que destruía todas as armas em que entrava em contato.

*Chang!*

Em meio ao barulho do metal colidindo, lança após lança foi destruída, seguido de quem as empunhava.

Um brilho extasiante era emitido pelo corpo da lâmina em conjunto com os passos de Kieran, desenhava reflexos vermelhos na escuridão da noite.

Sangue fresco rapidamente tingiu a muralha completamente. Os corpos cortados ao meio foram abandonados ao redor como lixo, mas os soldados de dentro da Fortaleza ainda vinham aos montes em direção a Kieran, por trás e pela frente. Eles avançavam em Kieran como as marés de um grande rio, mas ainda era inútil.

Se os soldados da Fortaleza Relâmpago eram como a maré de um grande rio, Kieran era uma imensa barragem que travou o fluxo do mesmo. Não importava o quão brutal fosse o movimento das águas, ele resistia todas as vezes. Independente da força utilizada, ele continuava a passos firmes.

Até…

*Chang!*

*Puk!*

[Discurso Arrogante] varreu da esquerda para a direita, dilacerando ao meio os três soldados à frente de Kieran. Ao mesmo tempo, os soldados da outra direção aterraram com sucesso suas lanças no corpo de Kieran.

*Dang! Dang!*

Os sons altos de impactos significavam que [Escama Primus] já tinha acabado, mas a [Armadura da Excelência] compriu seu papel e provou que era digna da categoria defensiva poderosa.

A visão fez os soldados lamentarem. Mesmo sem o auxílio do poder místico, os soldados ainda não poderiam transpassar a defesa de seu alvo, e seus companheiros foram fatiados e dilacerados como animais indefesos.

Além do fato de que eles eram veteranos no campo de batalha, a estabilidade mental já havia alcançado seu limite também.

A [Armadura de Excelência] foi a gota d’água para os soldados.

Os soldados na muralha tremiam na base. Aqueles que eram considerados soldados de elite começaram a se afastar, abrindo caminho para Kieran.

Kieran viu o caminho que levava para dentro da muralha da Fortaleza Relâmpago abaixo dele, era larga e longa.

No final do caminho, quinhentos cavaleiros haviam completado sua formação. As armaduras de ferro eram deslumbrantes e brilhantes, as lanças que empunhavam eram longas e afiadas, erguidas para cima como se pudessem perfurar o céu. Os cavalos de guerra eram robustos e bem treinados, relinchavam audivelmente em um tom agudo.

Então Kieran rapidamente saltou para baixo, sem parar.

*Wuuuuuu!*

Depois de uma barulhenta agitação, o solo começou a tremer.

Os cavaleiros começaram a avançar em Kieran sem a menor intenção de parar. Suas lanças foram colocadas em direção a seu único alvo. Eles queriam perfurar cada centímetro do corpo de Kieran, e triturá-lo em uma pilha de carne com os cascos de seus cavalos.

Ainda mais quando viram que o Kieran também avançava de frente. Os cavaleiros sentiram que seu orgulho havia sido insultado e transformaram o pensamento de matá-lo em sua única convicção naquele momento.

O chão tremia ainda mais, os pedregulhos começaram a dançar, mas não por conta dos quinhentos cavaleiros.

Era por conta de Kieran, ou mais precisamente, a imensa miragem de rinoceronte atrás dele.

A miragem do rinoceronte rugia alto e livremente, como se o rinoceronte tivesse voltado para seu próprio mundo, o mundo que lhe permitiu correr sem restrições com seus quatro membros poderosos, avançando com cada pedaço de força que tinha e acelerando o mais rápido que podia.

Qualquer coisa no seu caminho seria esmagada, mesmo que fossem milhares e milhares de cavaleiros!

 

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