O Rei Elbas suspirou enquanto batia em suas roupas para remover a poeira branca que havia se acumulado após a última troca. Ele e a Arquiteta Divina passaram por uma série de ataques casuais que envolviam itens inscritos novamente, e ela saiu por cima, mesmo que apenas ligeiramente.
Tudo estava indo de acordo com as previsões do Rei Elbas. Ele era extremamente arrogante, mas isso nunca afetou seu julgamento. A Arquiteta Divina provavelmente era um dos poucos especialistas que poderia afirmar ser seu par, e ele estava bem com isso. Ele realmente se sentiria desapontado caso contrário.
No entanto, a evolução do campo de batalha foi adicionando pressão a esse comportamento casual e descontraído. O Rei Elbas sabia que algo tinha que mudar em breve, e a Arquiteta Divina também percebeu isso. Os dois estavam simplesmente se segurando para ver quem seria o primeiro a ceder.
“Você está assustado?” A Arquiteta Divina anunciou quando o silêncio se tornou monótono demais para suportar. “Eu superestimei você?”
“Por que eu estaria com medo?” O Rei Elbas bufou.
“Todas as outras grandes batalhas estão atingindo seu ponto de ruptura”, comentou a Arquiteta Divina enquanto seus olhos de cristal lançavam um flash branco. “O Céu e Terra também está prestes a sair. Achei que você tentaria o seu melhor para me matar antes disso. Você começou a duvidar de si mesmo?”
“Sua arrogância limita sua imaginação”, suspirou o Rei Elbas. “Você acha que eu fiquei com medo porque ainda estou brincando. Você nem imagina a possibilidade de eu só precisar de um ataque para derrotá-la.”
“Blefar não combina com você,” a Arquiteta Divina respondeu friamente. “Você não é ruim, mas precisaria desconstruir todo o meu trabalho apenas para criar a chance de me machucar.”
“Para matar você”, corrigiu o Rei Elbas.
“Isso é impossível”, afirmou a Arquiteta Divina. “Você já teria feito sua jogada se tivesse alguma confiança. Em vez disso, você está hesitando. Mesmo sua mente inferior não pode se fechar para a verdade. Não é por isso que você contaminou meu castelo com sua influência durante as trocas anteriores? “
“Eu sabia que você notaria,” o Rei Elbas reconheceu casualmente. “Eu estava me perguntando por que você não fez nada sobre isso. Minha influência é muito difícil de parar?”
“Não se superestime”, declarou a Arquiteta Divina. “Estudar é um aspecto central de todos os mestres de inscrição. Você escolheu me enfrentar por uma razão. O mínimo que posso fazer é descobrir o porquê.”
“Não procure uma resposta complicada”, zombou o Rei Elbas. “Eu vim aqui porque sou melhor que você.”
“Vá em frente então,” a Arquiteta Divina desafiou. “Eu deixei você infectar meu castelo. Você pode destruí-lo estalando os dedos.”
“Porque eu faria isso?” perguntou o Rei Elbas.
“Para obter alguma vantagem imaginária”, explicou a Arquiteta Divina. “Eu estou no controle do campo de batalha agora, mas isso vai mudar se você destruir este castelo. Pelo menos é o que você pensa.”
“Eu nunca quis destruir este castelo”, o Rei Elbas bufou. “Eu estava apenas procurando por seu estoque de materiais. Nunca pensei que você usaria dimensões separadas para escondê-lo.”
“Aposto que você vai de alguma forma conectar esse comportamento a uma fraqueza”, adivinhou a Arquiteta Divina. “Estou escondendo meu estoque porque temo que alguém possa alcançá-lo, estou certo?”
“Eu não iria insultá-la assim”, o Rei Elbas assegurou. “Bem, eu teria feito isso, mas você estragou a piada. Perdeu o estilo depois de sair da sua boca.”
“Você é tão infantil”, suspirou a Arquiteta Divina. “Sua estada dentro daquela péssima organização mexeu profundamente com o seu potencial. Você é apenas uma sombra do que poderia ter se tornado.”
“Essa péssima organização está dando trabalho para a sua”, riu o Rei Elbas. “Talvez você devesse dar algum crédito a esses idiotas.”
“Nós dois sabemos que tudo isso se tornará inútil quando o Céu e Terra chegar”, explicou a Arquiteta Divina. “Vá em frente. Derrote os outros líderes. Isso não vai mudar o resultado.”
“Você é um dos líderes”, apontou o Rei Elbas.
“Não posso ser derrotada”, declarou a Arquiteta Divina.
“Deixe-me adivinhar”, disse o Rei Elbas, mas o campo de batalha de repente capturou sua atenção e o fez interromper sua frase.
A explosão insana de poder do Demônio Divino, a batalha louca do Santo da Espada e outros eventos significativos aconteceram quase ao mesmo tempo. O campo de batalha estava mudando novamente e o Rei Elbas sabia o que aconteceria a seguir.
“Como você pode esperar vencer contra mim quando seus companheiros o distraem tanto?” A Arquiteta Divina zombou.
“Eu concordo”, afirmou o Rei Elbas. “Eu desenvolvi maus hábitos depois de cuidar desses idiotas por tanto tempo.”
“Você pode ir se quiser”, pronunciou a Arquiteta Divina. “Nossa luta é inútil de qualquer maneira. Vou preservar sua energia e mente para estudá-los assim que tudo acabar.”
“Você está me elogiando agora?” O Rei Elbas riu.
“Se você considera isso um elogio,” a Arquiteta Divina suspirou. “Claro, você será a melhor cobaia da minha coleção.”
“Engraçado como nossas mentes funcionam”, comentou o Rei Elbas. “Nós realmente somos expressões perfeitas do nosso campo. Você não tem flexibilidade, mas não se preocupe. Vou colocar sua energia e coleção para melhor uso.”
“Sua mente não pode nem compreender os limites do meu poder”, afirmou a Arquiteta Divina. “Como você melhoraria isso?”
“Um verdadeiro mestre nunca revela seus segredos”, repreendeu o Rei Elbas. “Sinto muito. Você vai morrer sem obter respostas.”
“Isso está ficando chato”, pronunciou a Arquiteta Divina. “Você expressa ameaças sem permanecer fiel a elas.”
“Nós dois sabemos que você está fazendo o mesmo”, brincou o Rei Elbas. “Admita. Você ainda não consegue aceitar que eu te superei.”
“Você não fez,” a Arquiteta Divina corrigiu. “Seu poder atual vem do Céu e Terra. Você teria morrido sem roubar a compreensão dele.”
“Mas eu não morri”, salientou o Rei Elbas.
“Uma conquista escassa que qualquer um pode imitar”, respondeu a Arquiteta Divina.
“Por que você não fez então?” O Rei Elbas se perguntou. “Sou arrogante, mas também sei quando algo é realmente incrível. Minha energia final é uma obra-prima que até você inveja.”
“Eu desejo sua energia”, admitiu a Arquiteta Divina, “assim como desejo qualquer material precioso escondido no universo. Você não é diferente de um raro pedaço de metal aos meus olhos.”
“Estou feliz por concordarmos com isso”, afirmou o Rei Elbas. “Embora eu não me importe com você. Eu só preciso do seu estoque para me melhorar. Sua existência não pode me dar nada.”
“Um mestre de inscrição não precisa de uma existência superior para estar no pico”, declarou a Arquiteta Divina.
“Como eu disse antes,” o Rei Elbas riu. “Você não tem flexibilidade.”
O Rei Elbas estalou os dedos e uma série de lanças saiu de seu corpo para voar em direção à Arquiteta Divina. Esta não se preocupou em se mover, pois os ladrilhos se separaram da sacada para aparecer na trajetória das armas.
No entanto, uma luz dourada apareceu no centro dos ladrilhos e os forçou a explodir. As detonações não foram violentas, mas o evento abriu caminho para as lanças, que aceleraram para pegar a Arquiteta Divina de surpresa.
A Arquiteta Divina se viu incapaz de reagir. As lanças pousaram em seu corpo e tentaram cavar sua pele, mas não deixaram nenhum ferimento. Até seu manto permaneceu intacto enquanto as armas continuaram a expressar seu ímpeto.
O Rei Elbas estalou os dedos novamente e as lanças pegaram fogo. Chamas douradas dispararam dessas armas e adicionaram poder ao seu impulso, mas permaneceram incapazes de perfurar o manto da Arquiteta Divina.
As lanças acabaram perdendo seu poder e se transformaram em pó dourado que se dispersou na sacada. O ataque foi inútil, mas a Arquiteta Divina parecia chateada mesmo assim.
“Veja”, exclamou o Rei Elbas. “Você notou minha influência e também encontrou os três tipos diferentes de infecções que enviei pelo castelo. Ainda assim, você não viu a quarto, quinta e sexta.”
“Eu não cuido de formigas”, afirmou a Arquiteta Divina. “Você não criou algo que pode ignorar meus sentidos. Minhas defesas não reagiram porque seus itens eram muito fracos.”
“Isso soa como uma vitória para mim”, apontou o Rei Elbas.
“Uma vitória inútil”, suspirou a Arquiteta Divina, “como toda esta batalha.”
“Por favor”, zombou o Rei Elbas. “Deve doer. Esta é a segunda vez que saio por cima. Talvez você não seja tão imbatível quanto pensa.”