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Damn Reincarnation – Capítulo 58

Dezenove Anos (5)

Se a tumba de Hamel realmente existia, então onde na terra ela poderia ser encontrada?

“Talvez em Helmuth?” Eugene lembrou a localização do lugar onde morreu em sua vida anterior.

Depois que o Juramento da Paz foi feito trezentos anos antes, os Reis Demônios e o povo demônio abandonaram seus planos de invasão. Mesmo os monstros que foram levados à loucura pelos Sussurros dos Reis Demônios voltaram a seus sentidos. Todas as bestas demoníacas espalhadas pelo continente com ordens para atacar as pessoas indiscriminadamente retornaram a Helmuth sem deixar nenhum deles para trás.

Cem anos se passaram assim. O Rei Demônio da Destruição permaneceu tão silencioso como sempre enquanto o Rei Demônio do Encarceramento, como o representante de todos os demônios, começou a corrigir o dano que haviam causado.

Claro que as coisas não correram muito bem. Havia muitos países que foram destruídos pelo povo demônio, deixando muitas pessoas que perderam alguém precioso para o povo demônio. Então, mesmo que o próprio Rei Demônio tenha inclinado a cabeça em desculpas, o medo e o ódio que a humanidade mantinha em relação à eles não diminuiu.

Então o Rei Demônio do Encarceramento vendeu os nomes dos Reis Demônios falecidos.

Ele alegou que mesmo entre os Reis Demônios, havia uma divisão faccional entre as pombas e os falcões de guerra. Ele acrescentou ainda que os falecidos Reis Demônios da Fúria, Crueldade e Carnificina eram os membros da facção Falcão de Guerra, enquanto ele era o único membro da facção Pomba.

Mesmo o Rei Demônio da Destruição, que permaneceu completamente neutro e manteve seu silêncio durante a guerra, não desejava ela.

A maioria dos subordinados imediatos dos falecidos Reis Demônios foram mortos pelo grupo de heróis, e os poucos subordinados restantes foram mantidos sob o controle completo do Rei Demônio do Encarceramento.

Aqueles Reis Demônios estavam mortos de qualquer maneira. Então, não importava o quanto o Rei Demônio do Encarceramento os difamasse, como esses Reis Demônios derrotados e falecidos deveriam retaliar contra essa calúnia?

Além desse impulso constante de propaganda, o Rei Demônio do Encarceramento também forneceu generoso apoio financeiro. Ele construiu uma grande cidade nos arredores de Helmuth para todos os refugiados que foram deslocados pela guerra. Para os países que sofreram a mais terrível devastação, o Rei Demônio enviou seus próprios homens para construir novos edifícios e pavimentar novas estradas. Ele também despejou enormes quantias de reparações de guerra nos tesouros dos países vitimados. Além disso, o Rei Demônio expurgou muitos demônios, responsabilizando-os por esses crimes de guerra.

Isso continuou pelos próximos cem anos—não, na verdade, as reparações pela guerra ainda estavam sendo distribuídas. Assim, os países vizinhos de Helmuth ainda estavam recebendo apoio financeiro do Rei Demônio, mesmo depois de trezentos anos.

Foi assim que o Domínio Demoníaco de Helmuth conseguiu se tornar um grande império.

“Um império, hein?”

Eugene realmente não considerava Helmuth um verdadeiro império. Era apenas um inferno onde as diferentes raças de bestas demoníacas, demônios, Reis Demônios e os magos negros que venderam suas almas aos demônios conseguiam coexistir de alguma forma.

No entanto, embora Eugene pudesse pensar dessa maneira, o resto do mundo reconheceu Helmuth como um império. Os países vizinhos que continuaram a receber o apoio de Helmuth eram praticamente idênticos aos protetorados de Helmuth.

A capital de Helmuth foi nomeada Pandemonium.

Este era o lugar onde o castelo do Rei Demônio do Encarceramento podia ser encontrado.

“Não há como minha tumba realmente estar em Pandemonium.”

Como seu corpo poderia ter sido enterrado na capital infestada de demônios de Helmuth, que ainda era governada diretamente pelo Rei Demônio do Encarceramento? Isso simplesmente não poderia ser possível. Se de fato era onde estava seu túmulo, era praticamente um insulto a tudo o que Hamel havia feito em sua vida.

Se seus companheiros tivessem realmente conseguido matar os Reis Demônios do Encarceramento e Destruição e depois aniquilassem todos os demônios que vivem em Helmuth, então ele não se importaria se construíssem sua tumba lá. Em vez disso, sob essas diferentes circunstâncias, ele ficaria feliz em aceitar tal honra.

Mas eles falharam. Tanto o Rei Demônio do Encarceramento quanto o Rei Demônio da Destruição estavam vivos e bem.

“Em primeiro lugar, meu cadáver realmente sobreviveu a essa maldição?”

Bem, não era como se você precisasse estritamente de um cadáver para construir uma tumba, mas vendo que Sienna havia deixado seu familiar lá e ficou furiosa por alguém ter conseguido invadir a tumba… Parecia que seu cadáver realmente tinha sido escondido em algum lugar deste mundo.

Mas onde? Se é uma tumba, elas não eram geralmente construídas em um lugar que estava profundamente ligado à pessoa falecida? Não havia como estar no castelo do Rei Demônio do Encarceramento, então…

Eugene de repente percebeu: “Poderia ser na minha terra natal?”

Se era para ser um lugar adequado para a construção de uma tumba, sua terra natal não era o local mais provável? Eugene relembrou sua terra natal, à qual nunca se apegou demais em sua vida anterior.

A cidade natal de Hamel estava localizada nas regiões fronteiriças do Reino Turas. Embora ele não soubesse como era agora, tinha sido um lugar extremamente desagradável para se viver em sua vida anterior. Monstros frequentemente emergiam das florestas próximas, e piratas do continente de Turas frequentemente vinham invadindo através do mar.

— Senhor Eugene? — Uma voz o chamou.

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Eugene estava no meio de um passeio fora de Acryon para organizar seus pensamentos. Quando ouviu essa voz chamar de repente por ele, Eugene cerrou os dentes em aborrecimento. Por alguma razão, os magos que estavam demonstrando interesse por ele pareciam gostar muito da ideia de um encontro ‘acidental’. Foi porque eles queriam fazer a reunião parecer mais casual? Mas se fosse esse o caso, eles deveriam pelo menos esconder adequadamente todos os sinais óbvios. O mago que esperava por ele estava andando impacientemente como se estivesse apenas implorando para ser notado, e quando Eugene não demonstrou nenhuma reação e simplesmente o ignorou, o homem começou a falar com ele de qualquer maneira.

— Você precisa de algo? A essa hora da noite. — Eugene falou impacientemente.

— Na verdade, eu estava seguindo você, Sir Eugene. — Admitiu o homem.

Ainda assim, pelo menos foi uma sorte que o homem que veio procurá-lo fosse Balzac Ludbeth e não o Comandante dos Magos da Corte ou o Mestre da Torre Verde. Balzac saiu da luz mágica da rua e sorriu para Eugene.

— Na verdade, acompanho você desde que saiu de Acryon. Não percebeu, Sir Eugene? — Perguntou Balzac.

— Percebi imediatamente. — Revelou Eugene: — Eu apenas fiquei quieto desde que o Mestre da Torre Negra aparentemente fingiu não me reconhecer.

— Você parece estar de mau humor. — Observou Balzac.

— Bem, o que há de novo nisso. — Zombou Eugene.

— Isso é verdade. No entanto, parece que seu humor fica ruim sempre que nos encontramos. Será mesmo por minha causa? — Balzac perguntou educadamente.

— Parece que você está bem ciente da verdade. — Eugene assentiu.

Ele havia encontrado o Mestre da Torre Negra muitas vezes durante os últimos dois anos que passou em Aroth, embora eles não conversassem muito, sempre que se encontravam. Normalmente, o Mestre da Torre Negra era o primeiro a tentar cumprimentá-lo, e Eugene trocava uma saudação superficial enquanto mostrava seu desagrado descarado.

A relação deles era só isso. Eles nunca tinham compartilhado uma boa conversa. Felizmente, o Mestre da Torre Negra não pareceu se ofender com a atitude de Eugene, nem tentou ficar com Eugene como o Comandante dos Magos da Corte e o Mestre da Torre Verde haviam feito.

Balzac foi direto ao ponto.

— Ouvi dizer que você vai deixar Aroth.

— De onde você ouviu isso? — Eugene questionou.

— Já ouvi isso em muitos lugares. Sir Eugene, você poderia realmente ter acreditado que os rumores não iriam fluir mesmo depois que a Torre Mágica Vermelha começou a preparar uma festa de despedida para você? — Balzac pareceu surpreso.

— Parece que a posição do Mestre da Torre Negra é bem confortável, já que tem muito tempo para ouvir atentamente os assuntos das outras Torres Mágicas. Não seria melhor você usar essa paixão para prestar mais atenção às atividades de sua própria Torre Negra? — Eugene sugeriu.

Balzac deu de ombros.

— Mesmo sem eu me envolver, os magos da Torre Mágica Negra estão indo bem sozinhos. Graças a isso, sou muito livre.

Mesmo que Eugene o tenha repreendido abertamente, o sorriso do Mestre da Torre Negra nunca vacilou. Eugene não gosta desse homem. Honestamente falando, ele odiava Balzac e sentia nojo dele.

Durante seus últimos dois anos em Aroth, Eugene ouviu diversos rumores sobre o homem várias vezes. Balzac Ludbeth era um indivíduo bastante único, mesmo em comparação com os outros Mestres de Torre.

Décadas atrás, Balzac não era um mago negro. Originalmente, ele costumava ser um membro da Torre Mágica Azul e, além disso, era um mago excepcional que quase certamente se tornaria o próximo Mestre da Torre. O atual Mestre da Torre Azul era Hiridus Euzeland, mas quando Balzac ainda estava na Torre Azul, Hiridus sempre foi avaliado como pior que Balzac.

Balzac deveria ter ascendido para se tornar o próximo Mestre da Torre Azul dentro de alguns anos, mas de repente ele deixou a Torre e foi para Helmuth. A razão que ele deu foi que queria ampliar seu conhecimento de magia.

Dez anos depois, Balzac, que retornou de Helmuth, já havia se tornado um Mago Negro. Imediatamente após retornar a Aroth, ele transferiu sua associação da Torre Mágica Azul para a Torre Mágica Negra. Então, enquanto ganhava o reconhecimento do Mestre da Torre Negra e recebia o apoio esmagador dos outros magos negros, ele se tornou o novo Mestre da Torre Negra.

Depois de subir para a posição de Mestre da Torre Negra dessa maneira, Balzac não parecia fazer nada nos arredores de Aroth. Balzac até conseguiu manter um bom relacionamento com Hiridus, que se tornou o Mestre da Torre Azul, e chegou a um consenso amigável com a própria Torre Mágica Azul. Ele mostrou respeito à Família Real ao mesmo tempo em que era próximo do Parlamento. Ele também ficou em bons termos com a Torre Mágica Branca e a Torre Mágica Verde.

A única Torre que manteve distância de Balzac foi a Torre Vermelha, com Lovellian como seu Mestre. E isso só porque Lovellian realmente odiava os magos negros, não porque a Torre Vermelha como um todo tivesse qualquer inimizade com a Torre Negra.

Em outras palavras, embora Balzac fosse um mago negro, ele conseguia se dar bem com todos ao seu redor. Apenas pelo que Eugene tinha visto, a abordagem de Balzac era extremamente sensata. Ele chegou ao ponto de inclinar a cabeça para mostrar respeito ao clã Lionheart, e não usou a influência do Rei Demônio do Encarceramento para assumir o controle da situação ou pressionar ninguém.

À primeira vista, ele parecia ser um bom mago negro.

Mas do ponto de vista de Eugene, simplesmente não existia um bom mago negro. Na opinião de Eugene, os únicos bons magos negros eram cadáveres ou aleijados incapazes de usar magia.

— Você deve estar feliz por ser tão livre. — Já que não estava se sentindo muito bem, Eugene não pôde deixar de ser sarcástico.

Embora Eugene estivesse franzindo a testa abertamente para ele, Balzac apenas assentiu com um sorriso.

— E parece que Sir Eugene, você tem dificuldade com o quão ocupado está. — Observou Balzac, divertido.

Não, espere. Balzac poderia realmente deixar a grosseria de Eugene passar sem um comentário? Parecia que Balzac ainda era apenas humano, então como poderia aceitar ser tratado dessa maneira por alguém muito mais jovem que ele? Embora Eugene não soubesse as razões para isso, esta foi a primeira vez que Balzac respondeu com algo além de pura polidez.

Balzac acenou com a mão.

— Ah, por favor, não me entenda mal. Não quis ser sarcástico, Sir Eugene.

Dizer isso só fez suas palavras anteriores soarem ainda mais sarcásticas. Eugene não respondeu imediatamente e apenas olhou fixamente para Balzac.

Balzac voltou ao ponto da conversa:

— Ora, o que eu estava dizendo? Certo, ouvi dizer que você partirá de Aroth depois de amanhã e então seguirá para Ruhr e Nahama.

— Parece que você tem muito a dizer hoje. — Observou Eugene.

— É porque estou preocupado com você, Sir Eugene. — Explicou Balzac.

Eugene hesitou.

— Preocupado?

Assim do nada? As sobrancelhas de Eugene franziram enquanto ele olhava para Balzac.

Balzac continuou:

— O Reino Ruhr do Norte fica perto de Helmuth.

— Então por que isso importa? — Eugene perguntou eventualmente.

— Importa, porque a influência do clã Lionheart não será capaz de ir tão longe. — Alertou Balzac: — Originalmente, Ruhr proibe estritamente a entrada de todos os demônios e magos negros, mas desde cinco anos atrás, a família real se tornou especialmente teimosa sobre isso.

— …

Eugene ouviu em silêncio.

— Há muitos demônios em Helmuth. Entre eles, há também aqueles que procuram ir contra a vontade de meu mestre, o Rei Demônio do Encarceramento. Em primeiro lugar, o Rei Demônio do Encarceramento não é o único Rei Demônio que reina em Helmuth.

— Com isso, você quer dizer que o Rei Demônio da Destruição está se preparando para fazer um movimento?

— Como poderia? — Balzac balançou a cabeça com uma risada curta: — Não é bem isso. O Rei Demônio da Destruição… Bem… Eles não gostam de violência. Além disso, sempre mostraram respeito ao Rei Demônio do Encarceramento. Se o Rei Demônio do Encarceramento não se mover, então o Rei Demônio da Destruição também não fará nenhum movimento.

O Rei Demônio da Destruição era um Rei Demônio de primeiro nível.

Recordando algumas memórias distantes, Eugene cerrou os punhos trêmulos. Como o nome dele sugeria, o Rei Demônio da Destruição trazia destruição com ele onde quer que fosse. Em sua vida passada, o grupo de heróis nunca havia realmente confrontado o Rei Demônio da Destruição.

Eles só tinham visto o Rei Demônio da Destruição se movendo de longe.

Eugene ainda não tinha certeza do que tinha visto naquele momento.

Era uma bolha preta… Não… Uma bolha cinza? Ele não podia nem ter certeza disso. Tudo o que sabia era que, do outro lado de uma planície aberta… Ele tinha visto aquela bolha de ‘cor’ se mover. A verdade era que ele nem podia ter certeza de que aquele era o Rei Demônio da Destruição.

Mas ele não podia deixar de acreditar que era.

Se algo assim não era Destruição, então o que diabos poderia ser chamado de destruição? Se algo assim não fosse o Rei Demônio de primeiro nível, então o que diabos poderia ser chamado de Rei Demônio?

Essa sensação de destruição existencial apareceu brevemente e depois desapareceu do outro lado das planícies, mas todos que a viram perderam a consciência por um momento.

Vamos lutar contra ele. Precisamos matá-lo.

Ninguém havia dito nada assim. Se Anise não tivesse proferido uma oração, acalmando assim a mente de todos… Então poderiam ter caído em um frenesi feio.

— No entanto, Sir Eugene, mesmo que o Rei Demônio do Encarceramento não se mova, e o Rei Demônio da Destruição mantenha seu silêncio… Isso não significa que todos os demônios ficarão quietos. — Continuou Balzac.

— Isso não significa que seu mestre é preguiçoso e indiferente, Mestre da Torre Negra? — Eugene perguntou provocativamente.

No entanto, mais uma vez, Balzac não demonstrou nenhum desagrado. Em vez disso, ele apenas sorriu enquanto concordava com a cabeça.

— Essas palavras são inegáveis. Sim, é a verdade. O Rei Demônio do Encarceramento não suprime os demônios sob seu controle para impedi-los de agir de forma independente. Meu misericordioso mestre, ele… Respeita a liberdade de todos os seus servos. — Balzac elogiou descaradamente o Rei Demônio.

Mesmo que isso parecesse contrário ao seu nome como o Rei Demônio do Encarceramento.

— No entanto, meu mestre ainda cria claramente um limite. Não importa se você aproveita a liberdade que ele lhe oferece, mas você é o único responsável pelas consequências que podem surgir de suas ações. Basta pensar no Barão Olpher, aquele que tentou o jovem Eward. Ele teve que pagar pelos problemas que causou com sua própria vida. — Balzac casualmente levantou um assunto delicado.

— …

Eugene segurou sua língua.

Balzac continuou:

— O Povo Demônio é naturalmente violento. Quanto mais fortes os demônios, mais violentos eles são. E entre o povo demônio, muitos estão cansados ​​dessa paz que vem acontecendo há centenas de anos. O mundo pode estar em paz… Mas o povo demônio… Haha. Pode soar ridículo, eu ser aquele a dizer isso, mas o povo demônio não é um grupo que pode realmente ser satisfeito pela paz.

— Você está dizendo que, graças à indulgência do seu Rei Demônio, eles podem ser uma ameaça para mim? — Eugene esclareceu.

— Só estou dizendo que pode haver muitos demônios que pensam assim. — Disse Balzac baixando a voz. Ele olhou nos olhos de Eugene com um sorriso e continuou: — Esta afirmação não se aplica apenas ao povo demônio servindo sob o Rei Demônio do Encarceramento. O silencioso Rei Demônio da Destruição também tem um povo demoníaco servindo a ele. Se for para finalmente quebrar o silêncio de seu mestre, eles podem estar dispostos a fazer qualquer coisa.

Eugene não respondeu a isso e apenas olhou para Balzac.

Diante desse silêncio, Balzac só pôde continuar a conversa.

— Além disso, entre os demônios de alto escalão, alguns desejam se tornar um dos novos Reis Demônios. Uma vez que os cinco Reis Demônios originais foram reduzidos para apenas dois, isso não significa que três lugares estão vagos? A Duquesa Giabella é aquela que está de olho em tal posição.

— Eles não podem simplesmente realizar uma votação para isso? — Eugene perguntou enquanto o canto de sua boca se curvava em um sorriso: — Você pode simplesmente reunir todos os demônios e nomear novos Reis Demônios.

Balzac pareceu se divertir com sua sugestão.

— Haha… Embora fosse bom se fosse esse o caso; infelizmente, o povo demônio não acredita em realizar eleições. O povo demônio é um grupo que simplesmente esmagaria as urnas se achassem que uma eleição não seria do jeito que eles queriam. É por serem assim que odeiam a paz.

— Obrigado pelo aviso.

Para Eugene, eram apenas palavras; ele não demonstrou nenhuma gratidão ao se curvar para Balzac. Em vez disso, ficou ali parado casualmente e olhou para o homem.

— Já que você disse tudo isso, posso tentar ir para Ruhr em outro momento.

Com suas habilidades atuais, Eugene era realmente capaz de lutar contra demônios de alto nível?

Eugene acreditava em sua força, mas não ao ponto de excesso de confiança. Ele também odiava a ideia de entrar em perigo, porque se envolveu desnecessariamente com algo problemático. Ele ainda poderia ir lá algum dia, mas só pretendia visitar Ruhr depois que estivesse confiante de que poderia lidar com o perigo lá.

“Também preciso prestar atenção na questão da Espada do Luar”, lembrou Eugene a si mesmo.

Ele conseguiu comprar um fragmento da Espada do Luar em uma casa de leilões. Eles disseram que o local em que esse fragmento foi descoberto era nas colinas de Khazad. Assim, em poucos anos, quando estivesse pronto para ir a Ruhr, também planejava fazer uma viagem às colinas de Khazad.

— Quanto a Nahama. Hm… — Balzac parou com um zumbido pensativo.

Ele já havia avisado Eugene sobre Ruhr, mas parecia que Balzac ainda não tinha terminado de falar. Ele ponderou algo por alguns momentos antes de sorrir.

— Você deve ter cuidado no deserto. — Aconselhou Balzac.

Eugene perguntou:

— Por causa das tempestades de areia?

— Não, por causa de Amelia Merwin. — Disse Balzac enquanto levantava a mão.

Com um estalar de dedos, sua sombra se ergueu do chão e engoliu a mão de Balzac.

— Mas o Rei Demônio do Encarceramento declarou o clã Lionheart como amigo. Se Amelia Merwin, que fez um contrato pessoal com o Rei Demônio, me machucasse, isso não faria do Rei Demônio do Encarceramento um mentiroso por chamar o clã de seus amigos? —  Eugene perguntou.

Balzac simplesmente respondeu:

— Ela é especial.

Mesmo que Eugene tivesse insinuado diretamente que o Rei Demônio do Encarceramento poderia ser um mentiroso, Balzac ainda não havia deixado de sorrir.

Balzac acrescentou mais detalhes à sua resposta:

— Ela era… Mesmo antes de fazer um contrato com o Rei Demônio do Encarceramento, ela já era uma incrível maga negra. Eu já não lhe disse que o Rei Demônio do Encarceramento respeita o direito de liberdade de seus subordinados? Mesmo entre todos os seus servos, Amelia Merwin desfruta especialmente de muita liberdade.

— …

Eugene ficou em silêncio enquanto processava isso.

— Se, na chance em um milhão de você esbarrar acidentalmente em Amelia Merwin, pode tentar dar isso a ela. — A mão de Balzac agora segurava um envelope preto que ofereceu a Eugene: — Se você der isso a ela, não importa o que possa ter feito, ela provavelmente não vai te machucar.

— O que é isso? — Eugene perguntou.

— Como pode ver, é apenas um envelope.

— Posso examinar seu conteúdo?

— Fique à vontade.

Eugene imediatamente quebrou o lacre do envelope assim que foi entregue. No entanto, não havia nada dentro.

— O conteúdo não é realmente necessário, Sir Eugene. O importante é que você estará segurando uma carta que eu mesmo escrevi. — Balzac disse enquanto acenava com os dedos com um sorriso. O selo rompido se consertou e recolocou-se enquanto ele continuava a falar: — Posso não ser capaz de lidar com o tipo de ameaças que podem aparecer em Ruhr, mas posso lidar com o rancor de Amelia Merwin contra você. Então, se pretende ir para Nahama, por favor, leve isso com você.

— O que você quer de mim? — Eugene perguntou. Ele não podia deixar de ser cauteloso com Balzac.

Depois de ter vindo à procura de Eugene para avisá-lo sobre a ida a Ruhr, Balzac até lhe entregou uma carta pessoal para ajudá-lo a lidar com uma ameaça em potencial. Como Balzac estava mostrando tanta consideração a Eugene, ficou claro que ele queria algo em troca.

Em vez de responder, Balzac perguntou:

— Você odeia magos negros?

Eugene respondeu naturalmente:

— Claro que odeio.

— Esse ódio é inevitável. — Balzac assentiu em compreensão: — No entanto, eu gostaria que você pudesse ao menos ter um pouco de carinho por mim.

— Por acaso está querendo namorar comigo? — Eugene perguntou sem rodeios.

Mesmo o perpetuamente calmo Balzac não parecia ter esperado que ele dissesse tal coisa. Balzac não conseguiu responder imediatamente enquanto olhava para Eugene com o queixo meio caído.

— Hã? — Balzac finalmente conseguiu grunhir em questão.

— É um pouco suspeito que você esteja me tratando tão bem. — Explicou Eugene: — Embora eu realmente não tenha nenhuma inclinação para esse lado das coisas, já que o Mestre da Torre Negra tem sido tão gentil comigo, não posso deixar de me sentir um pouco angustiado e preocupado.

— Preocupado? — Balzac deu um grito estrangulado.

— Pela minha castidade, ou mesmo… Embora eu já tenha dito isso, não tenho interesse nesse lado das coisas. — Repetiu Eugene.

— Calma aí. Estou um pouco confuso agora. — Com uma expressão confusa, Balzac ajustou os óculos: — Por favor, não tenha esse tipo de mal-entendido. É que… Eu só quero construir um relacionamento amigável com você, Sir Eugene. Meramente… De um humano para outro. Sim. Então, por favor, não tenha a ideia errada. Não é assim com todos aqui, não só comigo? Você ainda pode ser jovem, mas todos sabemos que você tem muito potencial, Sir Eugene…

— Por enquanto, receberei o que você me deu com gratidão. — Eugene rapidamente guardou a carta pessoal no Manto das Trevas: — No entanto, parece que não poderei retribuir esse favor tão cedo. Então acho que vou indo.

— Ah, sim. — Balzac pareceu aliviado.

— Se pudesse, gostaria de convidá-lo para minha festa de despedida amanhã. Ah, mas tendo dito isso, por favor, não apareça. — Eugene pediu: — Embora eu realmente me sinta assim, a mente humana é realmente uma coisa ambígua e estranha. No momento, gostaria de convidá-lo, mas… Se eu visse o Mestre da Torre Negra aparecer na minha festa de despedida amanhã, sinto que ficaria mais chateado do que satisfeito com isso.

— Eu não vou, então, por favor, não se preocupe com isso. — Agora, Balzac parecia exausto.

— Estou espantado com a magnanimidade do Mestre da Torre Negra por ter dito isso. Bem, vejo você mais tarde. — Com um rápido aceno de cabeça, Eugene se virou.

Depois de olhar para as costas de Eugene, Balzac bufou e balançou a cabeça.


Mesmo que tenha passado os últimos dois anos vivendo na Torre Magica Vermelha, os únicos que Eugene realmente conheceu foram Lovellian e Hera. Graças a isso, embora possa ser chamado de festa de despedida, não era tão grandiosa.

No entanto, a localização e a identidade dos participantes ainda eram bastante impressionantes. A festa estava sendo realizada no último andar da Torre Vermelha. Não era apenas Lovellian e Hera lá, mas a Mestra da Torre Branca, Melkith, o Príncipe Herdeiro de Aroth, Honein, e o Mestre da Torre Azul, Hiridus, estavam todos ali também.

Incluindo Eugene, eram seis pessoas. Embora eles pudessem ter convidado mais, Eugene não queria isso. Ele estava relutante em convidar aquele Comandante dos Magos da Corte ou o Mestre da Torre Verde, e o Mestre da Torre Negra fora de questão desde o início.

— Por que você me convidou? — O Mestre da Torre Azul perguntou a Eugene.

Honein e Melkith desenvolveram boas relações com Eugene. No entanto, Hiridus e Eugene mal haviam dito nada um ao outro. Ocasionalmente, quando se encontravam dentro de Acryon, trocavam cumprimentos casuais, e era isso.

— Não é como se não estivéssemos completamente familiarizados um com o outro. — Observou Eugene.

— Mas você não está ainda mais familiarizado com os Mestres da Torre que não estão aqui?

— Por que perguntar quando você já sabe a resposta?

Hiridus não pôde deixar de sorrir com essas palavras.

— Não leve longe demais o fato de evitar o Mestre da Torre Verde e o Comandante dos Magos da Corte, porque isso só os deixará ainda mais interessados ​​em você. — Hiridus aconselhou Eugene.

— Parece que o Mestre da Torre Azul não está muito interessado em mim. — Observou Eugene.

— Embora eu esteja um pouco interessado, não sou do tipo que desconsideraria sua própria dignidade para tentar roubar o discípulo do Mestre da Torre Vermelha. — Admitiu Hiridus.

— Mas isso é exatamente o que o Mestre da Torre Verde continua tentando fazer. — Eugene sorriu.

— Jeneric sempre foi extremamente ganancioso. Sua autoestima e teimosia sempre foram mais fortes do que sua preocupação em salvar as aparências. Mas tente não o odiar muito. — Enquanto dizia isso, Hiridus tomou um gole de vinho.

Então soltou um suspiro do fundo do peito enquanto olhava para Lovellian conversando com Honein.

“Estou com um pouco de inveja”, admitiu Hiridus para si mesmo.

Hiridus também teve um discípulo. Como fazia três anos desde a última vez que se encontraram pessoalmente, as habilidades de seu discípulo deveriam ter melhorado em comparação com a última vez que o viu. Embora tenha sentido uma vez que seu discípulo não ficaria aquém de ninguém, não importa onde fosse…

— Embora eu tivesse certeza de que seria o caso, parece que você não convidou Balzac. — Hiridus disse finalmente.

Eugene não podia negar.

— Sim, bem. Meu mestre também ficaria descontente com isso, então…

Eugene ficou satisfeito com o rumo que essa conversa havia tomado. Ele se virou para olhar Hiridus com olhos brilhantes.

— Posso perguntar que tipo de pessoa é o Mestre da Torre Negra? — Eugene perguntou a ele.

— Que tipo de resposta você quer ouvir? — Hiridus não parecia perturbado pela pergunta repentina.

Eugene admitiu:

— Ouvi dizer que o Mestre da Torre Negra fazia parte da Torre Mágica Azul no passado.

— Então você quer saber sobre o passado de Balzac? Ou quer algo mais recente? — Hiridus continuou a perguntar.

— Existe uma grande diferença entre os dois? — Eugene questionou.

— Eles não são tão diferentes. Mesmo no passado, Balzac era misterioso e era difícil dizer o que ele estava pensando. Embora esse ainda seja o caso hoje… — Hiridus riu enquanto balançava sua taça de vinho.

Hiridus parecia estar olhando dezenas de anos no passado dentro de seu vinho rodopiante.

Hesitante, ele começou a falar.

— O que eu ainda não consigo entender é… Por que Balzac deixou a Torre Azul. Na época, eu era… Inferior ao Balzac. Embora eu tenha medo de que isso ainda possa ser o caso.

— Sem chance. — Eugene o encorajou.

— Não, estou falando sério. Posso dizer isso, porque sou da mesma geração que Balzac. Ele poderia ter se tornado o Mestre da Torre mais notável na história da Torre Mágica Azul. No entanto… Acho que isso não era suficiente para ele. Não é como se eu não pudesse entender por que isso poderia acontecer. Não importa o quão incrível seja a magia de um humano, no final, ainda é apenas a magia de um humano. É impossível superar a magia de um Rei Demônio. — Embora, depois de ter dito isso, Hiridus caiu na gargalhada: — Claro, isso não é absoluto. Porque tem a Sábia Sienna como exceção à regra. É por isso que eu tenho que perguntar, Eugene, o quanto você conseguiu entender sobre a magia da Senhorita Sienna?

— Você está mesmo me perguntando se eu realmente entendi? Apenas me certifiquei de observá-la diligentemente. — Disse Eugene humildemente.

— No entanto, você deve ter conseguido alguma coisa. Mas não se preocupe em me contar, pois não tenho intenção de espionar sua pesquisa. — Hiridus o assegurou antes de ficar em silêncio por um momento, perdido em pensamentos.

Quando saiu, ele disse:

— Então ouvi dizer que você está indo para Nahama.

— Sim. — Confirmou Eugene.

— O deserto é um lugar inóspito. — Advertiu Hiridus: —É quente e há muitas tempestades de areia. Este é um conselho importante, por isso certifique-se de não o esquecer. Se você insistir em ir para Nahama, certifique-se de esconder o fato de que você é um Lionheart assim que entrar.

— Meu mestre também me disse para fazer isso. — Relatou Eugene.

Hiridus forneceu mais algumas informações: — Atualmente, as coisas estão incertas. Ultimamente, os Assassinos de Nahama têm sido vistos vagando durante o dia, e não apenas à noite. Felizmente, eles não tentarão persegui-lo, apenas porque o clã Lionheart faz parte do império Kiehl, mas… Não há nada de errado em manter a guarda, certo?

— Vou ter certeza de manter suas palavras em mente.

Eugene não tinha intenção de ignorar o conselho do velho mago. Não é como se suas palavras fossem para insultar Eugene. Hiridus disse isso, porque estava preocupado com Eugene. Na mesma linha, Eugene também não tinha intenção de ignorar o conselho de Balzac.

Eugene julgou, “Se há um esquema acontecendo, em vez de Moron, Anise deve ser aquela por trás disso.”

Mais recentemente, cem anos antes, Moron foi visto participando da cerimônia para comemorar a fundação de Ruhr.

Mas Eugene não conseguia nem imaginar como Moron, aquele idiota, poderia ter algo a ver com sua reencarnação.

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FuraTripa
Visitante
FuraTripa
1 ano atrás

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