Mais tarde naquela noite, Dezra e Gargith invadiram o quarto de Eugene com uma demanda.
— Precisamos unir forças.
E foi bem quando Eugene tinha acabado de ir para a cama. Depois de se lavar e vestir um pijama fofo, estava prestes a dormir com a sensação de satisfação de que fez pleno uso de seu dia.
— Você perturbou alguém que estava prestes a dormir, só para dizer isso? — Eugene respondeu sem levantar-se da cama.
— Quero saber sua opinião. — Disse Gargith teimosamente.
Dezra, de pé ao lado, tinha uma expressão cheia de insatisfação. Embora estivesse convencida das habilidades de Eugene, a provocação dele depois que ela não conseguiu acertá-lo uma única vez durante a luta ainda permanecia em seus ouvidos.
— E como exatamente devemos combinar nossos pontos fortes? Você também estava lá ouvindo o Patriarca explicar como a Cerimônia de Continuação da Linhagem deste ano será realizada. Lembra? Este ano teremos que entrar em um labirinto por entradas separadas e tentar chegar até o centro.
— Mas nossos objetivos não são os mesmos? O centro do labirinto e o monstro chefão do mal.
“Um cara grande como ele estava usando seriamente as palavras ‘monstro chefão do mal?’”
— O chefão deve ser extremamente forte. — Gargith continuou seu argumento.
— Esse pode ser o caso. — Eugene concordou sem entusiasmo.
— O Patriarca e o Chefe da Torre disseram que haveria muitas armadilhas e monstros no labirinto. No entanto, ainda devemos ser capazes de chegar ao centro do labirinto.
— Isso é algo que só saberemos tentando. — Alertou Eugene.
— Nunca perdi para nenhum monstro. — Gargith orgulhosamente jogou os ombros para trás.
— E, além disso, eles disseram que os monstros no labirinto não são reais e sim ilusões criadas por magia. Não há o que temer.
— Se é o caso, por que quer unir forças para caçar o chefão?
— Por segurança. Não disseram que mesmo sendo uma ilusão, se formos atingidos ainda vai doer?
— Mas você acabou de dizer que nunca perdeu para um monstro.
— Para um monstro merecer ser chamado de monstro chefão, tem que ser forte: — Gargith respondeu com uma expressão confiante.
— Portanto, precisaremos combinar nossos pontos fortes. Como os gêmeos da linha direta trabalharão juntos, também devemos unir forças.
— Então quer que nos encontremos no centro para lutar contra o chefão juntos?
— Exato.
— Mas acho que serei capaz de matá-lo mesmo estando sozinho — respondeu Eugene com um sorriso.
— Que irritante — Dezra murmurou entre os lábios franzidos.
Enquanto isso, Gargith concordou com as palavras de Eugene.
— Faremos assim então. Se tentar combatê-lo e não conseguir matá-lo, podemos acompanhá-lo na luta — ofereceu Gargith.
— E se vocês não estiverem lá?
— Você pode simplesmente fugir e esperar que cheguemos.
— Existe a necessidade de ir tão longe? Vocês já são um par, não são? Me deixe fora disso e trabalhem juntos — argumentou Eugene exasperadamente.
— Dependendo das circunstâncias, podemos fazer exatamente isso — desta vez, foi Dezra quem respondeu.
— No entanto, três pessoas ainda são mais fortes do que duas. Você pode ser desagradável, mas é mais forte do que eu. Com sua ajuda, definitivamente seremos capazes de matar o chefão.
— Mas por que estão tão empenhados em matá-lo? — Eugênio questionou.
— Você não quer derrotar a família principal? — Dezra perguntou com os olhos cerrados.
— Embora já tenha derrotado Cyan em um duelo, se também vencê-lo na Cerimônia de Continuação da Linhagem, o Patriarca lhe dará um presente.
— Em uma Cerimônia de Continuação da Linhagem, onde membros das linhas diretas e colaterais estão participando, as linhas colaterais nunca venceram — acrescentou Gargith.
— No entanto, desta vez, temos uma chance de vencer. Dezra, eu e você, que até mesmo derrotou Cyan.
— Se eu derrotar o chefão sozinho, ainda seria uma vitória para as linhas colaterais, não é? — Eugênio perguntou.
— Se for capaz de lutar sozinho e vencer, ficarei emocionado. Não é ainda mais impressionante o monstro ser derrotado por uma única pessoa das linhas colaterais em vez de três descendentes colaterais? — Gargith respondeu enquanto balançava a cabeça.
Eugene havia se lembrado do tolo Molon depois de ver o quão grande Gargith era, mas depois de ouvi-lo falar, ele percebeu que Gargith realmente sabia como usar sua cabeça e tinha um lado bastante liberal.
— Ok, entendi, saiam. Quero dormir, Eugene os enxotou com as mãos enquanto ainda estava deitado.
Dezra parecia extremamente insatisfeita, mas Gargith apenas assentiu e começou a arrastar Dezra pelo pulso.
— Hoje também dormirei cinco horas — gritou Gargith ao sair.
— Vou dormir seis horas — repetiu Eugene.
Mesmo que Gargith soubesse usar a cabeça e fosse surpreendentemente liberal, parecia que mesmo assim era apenas um idiota.
— Seu idiota, realmente acha que vai fazer alguma diferença dormir um pouco menos do que ele? — Dezra perguntou desdenhosamente.
— Afinal, Deus ajuda quem cedo madruga — disse Gargith alegremente.
— Então Deus vai magicamente prover forças amanhã de manhã?
— Como você é dois anos mais novo que eu, parece que ainda não sabe o que o provérbio significa.
— Já disse para sair! — Eugene gritou enquanto jogava um travesseiro nos dois intrusos tagarelas.
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Ancilla foi atormentada por preocupações durante toda a noite.
Era tudo graças à Cerimônia de Continuação da Linhagem. Ela esperava que fosse a competição de duelo usual entre as crianças, mas de repente, tornou-se um desafio de labirinto.
“Além disso, ter convidado pessoalmente o mago-chefe da Torre Vermelha de Aroth?”
A Sábia Sienna deixou uma marca indelével na comunidade mágica de Aroth. Como descendentes do Grande Vermouth, companheiro próximo de Sienna, a família principal dos Lionheart sempre teve um relacionamento próximo com os Arquimagos de Aroth.
Em particular, o atual Mago Chefe da Torre Vermelha, Lovellian, que sempre afirmou ser um seguidor da Sábia Sienna, era alguém que havia participado de vários eventos organizados pela família principal.
— Embora ele não tenha aparecido nos aniversários dos meus filhos nem uma única vez.
Ancilla mordeu o lábio. Claro, a Cerimônia de Continuação da Linhagem era um evento tradicional da família Lionheart, mas… não importa o quanto ela pensasse sobre isso, não parecia que ele tinha vindo aqui apenas para isso.
Pela visão periférica, ela podia ver a esposa principal, Tanis, sorrindo.
“Há uma possibilidade de que ele esteja aqui para fazer de Eward seu discípulo.”
Era uma ideia plausível. Desde muito jovem, Eward sempre preferiu ler um livro a mover seu corpo. Ele tinha um interesse particular em magia e até praticava várias formas dela há algum tempo. No entanto, ele nunca havia aceitado um mestre.
Um dos títulos dados ao Grande Vermouth era o de ‘Mestre de tudo.’ Vermouth recebeu esse título porque ele não era apenas bom em artes marciais, mas também extremamente capaz no uso da magia.
No entanto, além de Vermouth, não havia muitos entre a família principal Lionheart que decidiram mergulhar na magia. Havia uma razão simples para isso. Era um desafio fazer qualquer progresso com a magia.
A competição para suceder a linha direta dos Lionheart começa muito cedo. Para aqueles que escolheram se concentrar em aprender magia nesta idade, no momento em que a sucessão fosse decidida, eles provavelmente não teriam aprendido o suficiente para ganhar uma vantagem em sua tentativa de se tornar o Patriarca.
“Eward tem quinze anos… Embora ele esteja aprendendo magia desde que era jovem… O quanto ele poderia realmente ter aprendido por meio do auto-estudo.”
A habilidade de Eward realmente seria capaz de progredir mais rápido apenas porque o Mago Chefe apareceu agora para tomá-lo seu discípulo? Ancilla pressionou as mãos nas bochechas para impedi-las de se contorcer de tanto rir.
“A verdade é que eles provavelmente desistiram de torná-lo o Patriarca. Se Eward realmente se tornar o discípulo do Mago Chefe da Torre Mágica Vermelha, ele não tem escolha a não ser deixar a propriedade da família. Enquanto isso, Cyan e Ciel terão a chance de crescer e…”
Quando o corpo está longe, o coração também se distancia. Se Eward partisse para Aroth, Ancilla estava confiante de que seria capaz de assumir o controle total da propriedade da família.
Olhando para eles objetivamente, os talentos de Cyan e Ciel não eram ruins. Na verdade, eles eram realmente excelentes. Bom o suficiente para fazer jus ao sobrenome Lionheart.
“O problema é que a Cerimônia de Continuação da Linhagem deste ano…”
Ancilla não tinha certeza se deveria ou não se sentir insatisfeita com o conteúdo da Cerimônia de Continuação da Linhagem deste ano. Pedindo-lhes para explorar um labirinto depois de entrar por entradas separadas? Isso significaria que Cyan e Ciel seriam incapazes de ajudar um ao outro…
“Se fosse apenas um simples duelo… Cyan ou Ciel, um deles definitivamente teria vencido…”
Embora, ela não pudesse mais ter tanta certeza disso. Eugene, das linhas colaterais, havia derrotado Cyan. Esse fato complicou as coisas para Ancilla. Mas em um labirinto com muitas variáveis… o resultado de seu duelo pode não ser tão facilmente repetido.
Ela deveria estar satisfeita por isso? Ou ela deveria estar insatisfeita porque essa cerimônia castrou a vantagem da família principal e colocou todos os participantes em um nível igual?
“E eu definitivamente não posso ser pega interferindo na Cerimônia de Continuação da Linhagem.”
Tendo se estressado com esse problema a noite toda, Ancilla soltou um longo suspiro. Ela havia pensado em secretamente persuadir o marido a dar uma vantagem aos filhos, mas sabia que o marido era alguém que tinha expectativas estritas em relação aos filhos. Tentar inutilmente forçar sua sorte assim só a levaria a receber um olhar desapontado do marido.
Ancilla virou a cabeça para a janela e murmurou: — Preciso dar a eles uma vantagem, mas o quê…
Havia apenas mais alguns dias até a Cerimônia de Continuação da Linhagem. Durante esse tempo, os participantes precisam acumular qualquer informação que possa ser útil no labirinto. Como resultado, em vez de treinar com Hazard, Cyan e Ciel estavam planejando vasculhar todos os livros relacionados a labirintos que conseguiram encontrar na capital.
Embora ela pudesse ter esbofeteado as bochechas de Cyan de raiva, Ancilla realmente amava seus filhos. Como tal, ela não poderia permitir que seus filhos vivessem com o rótulo de filho de uma concubina pelo resto de suas vidas. Depois de ter se esforçado tanto, apenas para chegar a este ponto…
“Todos os insultos e desgraças que sofri apenas me aproximaram da posição que desejo.”
Cyan e Ciel ainda eram jovens. Os gêmeos foram capazes de agir de forma tão imprudente e conseguir seu caminho dentro da propriedade principal, tudo porque Ancilla se recusou a prestar atenção aos insultos e, em vez disso, permaneceu orgulhosamente como a Segunda Senhora da linha direta Lionheart, protegendo seus filhos no processo.
Foi por isso que a derrota de seu filho doeu tanto. Ser derrotado por um descendente colateral depois de ter herdado a linhagem legítima como membro da linha direta…
— Ainda assim, eu preferiria… — Ancilla suspirou novamente, um olhar complicado em seu rosto. “Se aquele garoto chamado Eugene for o primeiro a atravessar o labirinto.”
Se isso acontecer, levará a um impasse inesperado. Toda a família principal será forçada a humilhação, a vergonha de ter perdido para Eugene não seria mais suportada apenas por Cyan e Ancilla. O Patriarca Gileade e a Primeira Esposa Tanis também compartilhariam desse constrangimento.
Se Eugene vencesse o labirinto, poderia até aliviar o impacto de sua vitória sobre Cyan. Não significaria mais que Cyan falhou, mas que o Eugene das linhas colaterais era supostamente excepcional.
“O resultado ideal seria se Cyan e Ciel fossem os únicos a vencer o labirinto.”
Ancilla soltou outro suspiro e se levantou de seu assento.
“Se eles não puderem fazer isso… Será melhor se Eugene completar o labirinto, em vez de Eward ou qualquer outra criança.”
Claro, era apenas um pensamento. Ancilla não tinha vontade de torcer por Eugene. Ela estava apenas pensando nos melhores resultados para ela e seus filhos.
Quatro dias depois, as crianças hospedadas no anexo receberam uma mensagem da família principal. Já que a preparação para criar um labirinto na floresta finalmente foi concluída, a mensagem anunciou que a Cerimônia de Continuação da Linhagem começaria hoje e solicitou formalmente suas presenças no local de partida.
De acordo com a mensagem, eles foram autorizados a usar trajes casuais, mas quaisquer outros itens preparados em particular foram proibidos. Mas e as armas deles? A maioria das crianças nutria tais preocupações, mas eles fizeram o que lhes foi dito e seguiram os cavaleiros pela floresta.
— Irei fornecer as armas para vocês — explicou Lovellian quando chegaram.
Tanto Lovellian quanto Gilead estavam esperando por eles dentro da floresta. Atrás deles estava a imponente entrada de uma caverna que parecia suspeita e artificial ao olhar de perto.
— Apenas me digam de quais armas precisam. Embora não vá durar o dia todo, lembrem-se de que estarão lutando contra ilusões, não inimigos reais. Devem ser capazes de lutar contra eles desde que suas armas mantenham suas formas adequadas, certo crianças? — Lovellian disse tudo isso com um sorriso amigável.
Eugene odiava ser tratado com a palavra “criança” mais do que qualquer outra coisa. Afinal, isso não era tratá-lo como uma criança? No entanto, como seu corpo era, na realidade, o de uma criança, ele não podia expressar abertamente sua insatisfação.
— Existe apenas uma escolha de arma? — Ciel questionou Lovellian com um sorriso brilhante.
— De forma alguma, posso preparar o que precisar — prometeu Lovellian.
— Como irá fazer isso?
Com um sorriso, devido ao olhar fofo de curiosidade de Ciel, Lovellian levantou as duas mãos enquanto olhava para ela.
— Assim — disse ele.
Whoosh!
Fios de terra brotaram do chão e formaram torrões entre as palmas das mãos de Lovellian. Em apenas alguns momentos, uma longa espada foi moldada a partir desses pedaços de terra.
— Uau!
Ciel pegou a espada enviada voando em direção a ela com as duas mãos. O peso estava certo e a sensação do aperto também não era ruim. Como se estivesse curioso sobre sua qualidade, Ciel tentou balançar a espada algumas vezes.
— O que devo fazer se quebrar? — ela perguntou.
— Haha. Mocinha, não precisa se preocupar com isso. Este homem na sua frente é um mago incrível. Não só aquele labirinto ali foi criado pela minha magia, mas a espada que você, pequena senhorita, está segurando nunca quebrará enquanto estiver dentro do labirinto.
— Além de espadas, também pode fazer animais?
— Posso criar bonecas, golems também estão ao meu alcance… mas não posso fazer nada que seja realmente vivo.
— Se for o caso, posso entrar com um golem que tenha criado?
— Essa é uma ideia bastante astuta.
Lovellian começou a rir e se virou para olhar Gilead. Gilead, que estava sorrindo com o pedido da filha, balançou a cabeça lentamente.
Gilead negou seu pedido: — Não podemos permitir que faça isso. Não seria apenas o golem lutando em vez de você.
— Então, por favor, faça uma boneca para mim da próxima vez — Ciel implorou com um sorriso largo.
Os olhos de Eward estavam brilhando quando olhou para a luz cobrindo a mão de Lovellian.
— Por que não pode criar nada vivo? — ele perguntou abruptamente.
Lovellian virou-se para olhar para Eward, que tinha uma expressão fascinada no rosto, com essa pergunta.
— Porque é um tabu da magia — explicou Lovellian.
— Um tabu?
— A vida verdadeira não é apenas difícil de fazer, mas também nada de bom pode surgir ao fazê-la. Dar à luz uma criatura viva é um belo milagre da existência, e não tão facilmente replicado.
— Ah… — Eward acenou com a cabeça como se entendesse o que Lovellian estava tentando dizer.
— Senhor, não quero isso. Posso pegar uma espada um pouco mais longa e muito mais fina, por favor? — Ciel interrompeu sua aula improvisada.
— Ora, ora, por favor, espere um pouco. Embora eu possa fazer uma arma para todos individualmente, será difícil para mim se eu tiver que ficar mudando a espada pouco a pouco para que fique exatamente como você imagina em sua cabeça, mocinha.
Lovellian levantou a mão para Ciel. Então um fio de luz brilhante disparou sobre ela de sua mão.
— Portanto, mocinha, por que não permito que você mesma o faça. Isso vale para o resto de vocês, crianças. Não é difícil. Afinal, eu estarei lançando a magia, tudo o que todo mundo precisa fazer é imaginar claramente em suas mentes que tipo de arma querem e depois tocar a luz.
Fios de luz dispararam e se conectaram a cada uma das nove crianças. As pontas dos dedos de Eward tremeram quando ele olhou para a luz com olhos extáticos.
— Uau…! — exclamou Gargith.
Ele havia imaginado a espada larga que usava regularmente quando voltava para casa. Milagrosamente, tudo estava exatamente como ele se lembrava; até mesmo o peso familiar havia sido replicado. Enquanto pendurava a espada no ombro, ele continuava explodindo em admiração.
Dezra também fez uma lança idêntica a que usava com mais frequência durante o treinamento. Depois de sentir bem a lança enquanto a segurava em suas mãos, ela empunhou várias vezes no ar. Então ela pendurou a lança nas costas com um olhar satisfeito em seu rosto.
Ciel e Cyan fizeram espadas. A espada de Ciel parecia longa e fina; enquanto a espada de Cyan, apesar de possuir o mesmo comprimento, parecia um pouco mais pesada.
Eward fez uma espada comum. Seus olhos que estavam brilhando enquanto acariciava a luz instantaneamente afundaram em seu estado habitual no momento em que Eward foi deixado segurando uma espada.
Embora os outros também estivessem fazendo suas armas, Eugene não prestou atenção neles. Aqueles caras não mostraram motivação. Provavelmente desistiriam do desafio assim que entrassem no labirinto.
Eugene fez uma espada que se ajustava ao comprimento de seu braço e também criou um pequeno escudo para ser usado em seu antebraço esquerdo.
— Por que não fez uma lança? Você é bom com elas — Dezra perguntou petulantemente.
— Também sou bom com uma espada — Eugene respondeu de volta com confiança.
— E esse escudo aí?
— Também sou bom com escudos.
— Por que simplesmente não diz que é bom com tudo? — Dezra resmungou.
Ciel olhou para os dois enquanto compartilhavam uma conversa antes de se aproximar de Eugene: — Se nos encontrarmos no labirinto, o que vai fazer?
— Como assim ‘o que vou fazer?
— Vai lutar comigo?
— Temos permissão para lutar? — Eugene virou-se para Gilead e perguntou.
— Não há nada que o impeça, já que o objetivo da Cerimônia de Continuação da Linhagem é a competição — Gilead respondeu com um sorriso.
Com essas palavras, Ciel inchou as bochechas: — No entanto, não é uma obrigação lutarmos — protestou Ciel.
Gilead assentiu: — Isso mesmo. Em vez de uma competição direta entre os participantes, nesta Cerimônia de Continuação da Linhagem, estarei procurando a capacidade de fazer julgamentos precisos com base na situação e no espírito de cooperação. Afinal, não somos todos parte de uma família que compartilha o nome Lionheart?
— Ele diz que somos uma família — disse Ciel enquanto se voltava para Eugene com um pequeno sorriso: — Quando é seu aniversário?
— Setembro.
— O meu é em abril. Isso significa que eu sou sua irmã mais velha.
— Que porr- que merda você está falando? — Eugene estava prestes a dizer isso antes de lembrar que o pai de Ciel, Gilead, ainda estava aqui.
— Você possui uma língua bastante astuta — reclamou Eugene.
— O que quer dizer? — perguntou Ciel.
— Não é nada — respondeu Eugene com uma tosse e virou a cabeça.