— Porra, você está falando sério agora?
— E-Então… Mas eu já te disse tantas vezes, não é algo que eu possa arranjar, só porque você insiste nisso-
— Há tantos navios neste porto, mas você está me dizendo sério que nenhum deles está disposto a zarpar!
Baaang!
A mesa de madeira balançou como se estivesse prestes a quebrar. O corpo do recepcionista tremeu diante dessa explosão violenta. Uma pressão intensa estava pesando sobre ele, impedindo-o de se mover. O recepcionista sabia que não era que o homem à sua frente fosse incapaz de quebrar a mesa com aquele golpe agora; era que ele havia escolhido não fazê-lo.
— N-Não importa o quanto você me pressione, não posso fazer o que não posso. — Insistiu o pobre recepcionista.
— Pressionar você? Devo te mostrar como é quando eu realmente te pressiono? — O homem xingou: — Porra, passei por tanta coisa para chegar aqui. Eu poderia muito bem pegar um navio, cortar as amarras e zarpar sozinho.
— Por favor… Você precisa entender a situação-
Os apelos desesperados na recepção foram interrompidos abruptamente. Os olhos injetados de sangue olhando para ele do homem na frente do recepcionista fizeram parecer que algo estava apertando seu coração. Incapaz de continuar falando, o recepcionista desviou desesperadamente o olhar.
Uma voz soou de repente:
— Não importa o quão carente de boas maneiras você possa ser, não deveria ir tão longe, certo?
— Acho que é assim que este mundo se tornou terrível. — Suspirou outra voz.
O homem ouviu um barulho estridente se aproximando atrás dele.
O rosto do recepcionista ficou pálido quando o canto dos lábios do homem se torceu em um sorriso.
— Eu queria saber quais filhos da puta começaram a latir. — O homem falou enquanto se virava, ainda sorrindo.
Parado ali estava um grupo de jovens cavaleiros cujos rostos suaves não tinham uma única cicatriz entre eles. Suas armaduras, cuidadosamente polidas e até lubrificadas, brilhavam ao sol.
— Mas acontece que ao invés de um par de cadelas, é apenas um casal de filhotinhos fofos. — O homem finalizou com uma risada zombeteira.
— O que você acabou de dizer?
Diante dessa zombaria vulgar, as expressões dos cavaleiros escureceram. O brasão de sua ordem de cavalaria gravado em sua placa de peito declarava que eles eram membros dos Cavaleiros Asas Prateadas de Turas. Ao ver seu brasão, o homem caiu na gargalhada mais uma vez.
— Só de olhar para vocês, posso dizer que é apenas um casal de canalhas que mal conseguiu se formar em seu aprendizado, então realmente deveriam estar aqui, fazendo isso? Seu chefe acabou de ter as pernas decepadas outro dia. — Lembrou o homem.
— O que quer dizer com isso…? — Um cavaleiro murmurou.
— Estou dizendo que vocês deveriam ir limpar o mijo e a merda do seu capitão, que está confinado a uma cadeira de rodas pelo resto da vida. — Disse o homem com uma risadinha abafada enquanto jogava a bunda em cima da mesa do recepcionista.
Em uma batalha alguns dias atrás, todo o prédio da guilda mercenária foi destruído, então uma recepção temporária teve que ser montada na beira da estrada para lidar com quaisquer relatórios de missão. Foi graças a isso que um incidente como este ocorreu.
Um dos cavaleiros balbuciou furiosamente.
— Um mercenário desgraçado como você se atreve a agir de forma tão insana-!
Atingidos por esta série de insultos, os jovens cavaleiros não aguentaram mais e desembainharam suas espadas. Vendo isso, o rosto do recepcionista se tingiu de desespero.
Os pedestres que passavam pararam seus passos e se tornaram espectadores dessa cena. Embora uma batalha em larga escala tenha ocorrido aqui apenas alguns dias atrás, se fosse assistir outras pessoas lutarem em vez de participar pessoalmente do terror do campo de batalha, eles ainda poderiam se divertir assistindo.
— Ah, então sacaram suas lâminas? O que vai ser depois? Vão jogar um lenço? Ou talvez uma luva? — O homem riu e acenou com a mão com desdém. Então agarrou o nariz e, com um sorriso de escárnio torcido, disse: — Sniff sniff… Ugh, suas bocas ainda cheiram a leite materno… Vocês, bebês, realmente acham que é assim que devem segurar sua espada? Hein? Vocês já cortaram alguém com essas suas lâminas? Em primeiro lugar, estão realmente planejando me derrubar agora que sacaram suas espadas? Hum? Ou você pensou que apenas desembainhando suas espadas e fazendo uma pose de cavaleiro, seriam capazes de fazer esse mercenário desgraçado fugir sozinho?
— Desembainhe sua espada! — Gritou um jovem cavaleiro, que parecia ser o líder do grupo.
Com esse desafio, o homem apenas riu mais uma vez e ficou em cima do balcão da recepção.
Alguns mercenários e cavaleiros se misturaram aos espectadores que pararam para assistir ao espetáculo. Eles podiam reconhecer quem era esse homem e sentiram pena desses jovens cavaleiros que pareciam não saber nada sobre o mundo real. Os mercenários tremeram de horror ao imaginar o que aconteceria a seguir, e até os cavaleiros começaram a dar alguns passos para trás, não querendo se envolver na luta ou ser atingido por qualquer faísca perdida.
— Minha espada? — o homem repetiu com uma risada enquanto enfiava as duas mãos dentro do manto gasto que cobria seus ombros.
Esse cara era mesmo um espadachim em primeiro lugar? Esta questão de repente girou nas mentes dos cavaleiros que cercavam o homem.
Clank.
O som de metal batendo em metal soou de dentro de seu manto. Foi apenas um pequeno ruído, mas os cavaleiros se encolheram e recuaram.
Foi uma reação inconsciente.
Em vez de recuar, o que eles realmente precisavam fazer era dar um passo à frente e brandir suas espadas. Mas, embora soubessem que era isso que precisavam fazer, seus corpos involuntariamente deram um passo para trás.
— Escolham. — Ordenou o homem.
Bang.
Quando ele sacudiu seu manto, várias armas que estavam no corpo dele caíram no chão.
Havia cerca de três ou quatro espadas de todos os comprimentos e tipos diferentes, uma machadinha pesada, uma lança curta de uma mão, um chicote, um mangual… E muitas outras armas em cima disso. Tantas que era difícil acreditar que ele pudesse se mover enquanto carregava todas essas armas em seu corpo.
O homem elaborou:
— Como você pode ver, posso usar muitas armas além de apenas espadas. Vocês têm alguma arma que prefiram que eu use?
Um cavaleiro hesitou.
— V-Você só está blefando…!
— Um blefe? Hum, tudo bem. Acho que isso significa que vocês não querem fazer uma escolha sozinhos? Se for esse o caso, terei que escolher com cuidado para vocês.
Parecia que ele tinha mais armas que ainda não havia sacado quando o homem moveu as mãos abertas de volta para dentro do manto. Os olhos dos cavaleiros que o observavam inconscientemente começaram a tremer de ansiedade. Por alguma razão desconhecida, uma sensação de formigamento estava se espalhando por suas peles.
— Que tal agora? — O homem perguntou com um sorriso largo que esticou as cicatrizes em suas bochechas.
Quando começou a tirar as mãos de dentro do manto, os cavaleiros se engasgaram e deram outro passo para trás, apenas para congelar quando o homem terminou sua ação.
As mãos do homem estavam fechadas em punhos com os dedos do meio levantados.
O homem manteve uma expressão séria no rosto enquanto acenava com os dedos do meio de uma forma carismática.
Quebrando o silêncio, o homem perguntou:
— O quê? Apenas um dedo em cada mão ainda é muito?
Os cavaleiros ficaram boquiabertos.
— Isso…
Enquanto a multidão caía na gargalhada, os rostos dos cavaleiros ficaram vermelhos de vergonha. A humilhação e a raiva subindo do fundo de seus corações dissiparam seu medo misterioso.
Quase como um só, os cavaleiros avançaram.
— Foi isso mesmo que vocês escolheram?
No telhado de um prédio distante, uma maga que usava um chapéu grande em cima de suas vestes de corpo inteiro franziu a testa ao fazer essa pergunta.
Embora este local fosse muito longe de onde a luta estava ocorrendo, ela foi capaz de observar a cena como se estivesse acontecendo bem na frente de seu nariz, e podia até ouvir claramente a conversa deles.
— Não gosto dele. — Disse outra voz.
A maga não era a única observando o homem.
Uma sacerdotisa em vestes sacerdotais pretas e brancas estalou a língua e balançou a cabeça enquanto dizia:
— Sua habilidade pode ser incomparável, mas como pessoa, ele é muito vulgar. Juro em nome de Deus, aquele homem deve ser um dos mercenários mais rudes e arrogantes que já vi em toda a minha vida.
— E para começo de conversa, até as habilidades dele não parecem ser tão boas assim? — A maga disse em apoio às palavras da sacerdotisa.
Então, o guerreiro gigante, que havia subido no parapeito do telhado e impedia que a brisa batesse no resto do grupo, balançou a cabeça pesadamente e disse:
— Não, as habilidades daquele homem não devem ser encaradas levianamente.
— E por que você está aí parado? — Perguntou a maga.
— A maneira como ele se moveu animou meu corpo e aqueceu meu sangue. Minha alma de guerreiro grita que quer competir com aquele homem. — Explicou o guerreiro.
— Pare com suas besteiras e simplesmente desça daí. Você não sente pena da grade que tem que carregar seu enorme volume? — A sacerdotisa perguntou enquanto revirava os olhos e jogava adagas nas costas do guerreiro.
Mas ao invés de responder, o guerreiro apenas acenou com a cabeça e murmurou em admiração.
— O que torna suas habilidades tão impressionantes…? Hmm… Acho que entendi.
Embora ele tenha dito isso, a maga definitivamente não conseguia entender o que o guerreiro queria dizer com aquilo.
Aquele mercenário parecia bastante forte, mas apenas com aquele nível de força, a maga não conseguia ver o que tornava as habilidades dele tão fora do comum.
— Ainda não são o bastante. — Falou a sacerdotisa. Ela se inclinou para frente, apoiando o corpo contra a grade, e abriu a pequena garrafa de água benta pendurada em sua cintura enquanto continuava. — Sir Vermouth, simplesmente não sei por que você gostaria de aceitar aquele mercenário como um de seus companheiros.
Vermouth Lionheart estava alguns passos atrás do resto do grupo. Com seus cabelos grisalhos, que não eram pretos nem brancos, e olhos dourados, que brilhavam como se fossem feitos de ouro, seu rosto era tão bonito que era difícil acreditar que pertencesse a um homem, mas ao mesmo tempo ele não parecia frágil.
— Acredito que já está perfeito para o nosso grupo do jeito que está. — Vermouth declarou confiante.
Depois de levar aos lábios o frasco de água benta que sempre carregava consigo, Anise Slywood tomou vários goles da água benta que parecia forte o suficiente para queimá-la da garganta ao estômago com apenas um gole. Ela então olhou para Vermouth com os olhos estreitos.
— Moron sozinho é suficiente para servir como nossa vanguarda. Sir Vermouth, o que espera desse mercenário? O que acha que esse mercenário pode fazer por nós que o torna tão insistente em aceitá-lo como membro de nosso grupo? — Anise questionou bruscamente.
— Eu também concordo com o que a Anise está dizendo. — Enquanto endireitava o chapéu que começara a se inclinar para a frente, Sienna Merdein continuou falando: — Não tenho muita habilidade em corpo a corpo, mas aquele mercenário não parece mais forte que Moron, embora pareça ainda mais bárbaro que ele… Então, de que ajuda adicionar mais um idiota?
— Não sou idiota. — Interveio Moron.
— Se aquele mercenário não é tão bom em proteger nossa vanguarda quanto Moron, o que ele deveria estar fazendo? Atacando de perto? Já que temos você, Vermouth, realmente precisamos de outro combatente corpo a corpo? Ou será que, ao contrário de sua aparência, aquele mercenário também é um sacerdote devoto? — Sienna perguntou com um bufo duvidoso enquanto estendia a mão para o frasco de água benta que Anise havia colocado no corrimão. — Se ele é um sacerdote com mais fé do que a nossa viciada em água benta aqui, e que pode fazer milagres mais poderosos, então… Hehe, tudo bem aceitar el—
Anise a interrompeu.
— Claro que não seria esse o caso, não é?
Slap!
A mão de Anise bateu ferozmente nas costas da mão de Sienna enquanto ela declarava:
— Eu sou a Santa da Luz. Não existe nenhum sacerdote neste mundo cuja fé seja um pouco próxima da minha. É por isso que fui escolhido para acompanhar o Sir Vermouth nesta jornada.
— Você não pode me dar um gole? — Sienna implorou.
— De jeito nenhum. — Anise rejeitou com firmeza.
Os ombros de Sienna caíram com essa recusa resoluta.
— Ele não é alguém que você pode menosprezar. — Insistiu Moron Ruhr ao descer do parapeito. — Os ataques e movimentos daquele homem podem parecer grosseiros, mas cada ação flui tão suave e flexível quanto a água corrente. Todos os detalhes de suas habilidades marciais foram polidos na medida em que as pessoas comuns nem podem começar a imaginar… E não é só isso.
— Como assim, não é só isso? — Sienna repetiu com curiosidade.
— Não sei explicar exatamente, mas algum tipo de temperamento único está misturado às habilidades daquele cara. — Afirmou Moron com confiança.
— Moron, por acaso, Vermouth lhe pediu um favor adiantado? Hum? Vermouth pediu para você apoiá-lo um pouco? — Sienna perguntou desconfiada.
— Vermouth não me pediu para fazer uma coisa dessas. — Negou Moron.
Claro, ela sabia que seria esse o caso. Sienna fez beicinho enquanto olhava para Vermouth.
Só que esta foi a primeira vez que Vermouth mostrou uma teimosia tão confusa. No caminho para aquele lugar, eles viram vários aspirantes a heróis e, entre eles, também havia alguns que se inspiraram nas façanhas de Vermouth e pediram para serem aceitos como companheiros.
“Mas por que ele está tentando convidar alguém que é apenas um mercenário mesquinho para ser nosso companheiro?” Sienna pensou consigo mesma com frustração.
Ela teve que admitir que esse mercenário também era uma figura famosa entre os outros mercenários. Um jovem mercenário capaz de manejar habilmente todos os tipos de armas e retornar vivo até mesmo dos campos de batalha mais difíceis. Um fantasma do campo de batalha que não fazia parte de nenhuma companhia mercenária, que não liderava nenhum subordinado e, em vez de perseguir o pagamento mais alto, vagava apenas em busca de campos de batalha cheios de bestas demoníacas.
Esse mercenário era Hamel Dynas.
— Esta é a primeira vez que faço tal pedido. — Vermouth finalmente falou. Ele se aproximou do corrimão e continuou: — Mas, de agora em diante, não farei nenhum pedido semelhante a vocês.
— Sir Vermouth. — Anise gritou hesitante.
— Anise. — Respondeu Vermouth. — Você me perguntou o que aquele mercenário pode fazer por nós e o que exatamente eu espero dele, certo?
Lá embaixo, a luta já havia acabado.
Todos os sete cavaleiros que cercaram Hamel tiveram um de seus membros quebrados e agora estavam esparramados no chão. Hamel estava reunindo as espadas que os cavaleiros haviam deixado cair e examinando-as. Mesmo que estivesse roubando suas armas tão abertamente, nenhum dos espectadores tentou detê-lo.
— Também não tenho certeza do que ele será capaz de fazer. — Admitiu Vermouth. — No entanto, ele definitivamente tem algo que eu quero.
— Hã? — Anise grunhiu.
— Quero que ele lute ao nosso lado. — Disse Vermouth com um leve sorriso.
Os olhos de Anise se arregalaram em círculos com esse sorriso. Anise não foi a única a mostrar uma expressão tão surpresa. Até mesmo Sienna, que estava se aproximando furtivamente do frasco de água benta de Anise, congelou no meio da ação, e Moron, que estava viajando com Vermouth por mais tempo, sentiu seu queixo cair.
— Atualmente, suas habilidades podem não ser confiáveis o suficiente. No entanto, ele será capaz de nos alcançar muito rapidamente. — Vermouth prometeu.
— Não basta apenas nos alcançar. Vermouth, você também sabe disso, certo? Iremos para Helmuth em breve, e lá vamos matar os Reis Demônios. — Sienna argumentou assim que se acalmou de sua surpresa e esticou um dedo para apontar para Hamel. — Aquele cara que nocauteou descaradamente um bando de jovens cavaleiros e roubou suas espadas… Não há como ele ser capaz de lutar ao nosso lad-!
Vermouth a interrompeu:
— Ele vai lutar, e logo estará ao nosso lado.
— Senhor Vermouth, recebeu… Uma profecia? — Anise perguntou com a voz trêmula.
Com isso, Vermouth apenas balançou a cabeça lentamente e respondeu:
— Não é uma profecia. É apenas minha… Insistente teimosa. Pretendo torná-lo meu companheiro de alguma forma, então vou fazer o que puder para tentar convencê-lo.
— Aaargh! — Sienna de repente gemeu e balançou a cabeça ao sentir o peito apertar de aborrecimento com a franca admissão de Vermouth. — E daí? Vamos ficar aqui olhando para ele? Se você vai torná-lo nosso companheiro, não devemos simplesmente ir até lá e conversar com ele!
— Vamos lá falar oi, apertar as mãos e testar nossa força um contra o outro. — Propôs Moron. — Então vamos fazer um brinde aos nossos inimigos caídos. Se fizermos isso, com certeza nos tornaremos amigos.
— Eu realmente não queria fazer mais amigos bárbaros e tolos como você. — Anise suspirou, ainda não convencida e parecendo insatisfeita.
Porém, como Vermouth já havia ido tão longe para fazer tal pedido, ela não quis mais recusar.
O mesmo aconteceu com Sienna também. Entre os membros de seu grupo, o único que aceitou a insistência de Vermouth desde o início sem reclamar foi Moron.
“O que exatamente ele tem?”
Aquele idiota, Moron, disse que sentiu alguma coisa. No entanto, Sienna e Anise não sentiram nada de Hamel. Havia realmente algo que só poderia ser visto por guerreiros?
Um mercenário de classe baixa com comportamento rude. — Isso era tudo o que eles podiam ver em Hamel. Nada mais e nada menos.
— E quem são vocês?
Ou pelo menos foi essa a impressão que Sienna teve dele ao olhar de longe, mas será que as coisas realmente mudariam ao olhar para Hamel de perto? Sienna olhou para Hamel com uma expressão duvidosa.
— Estou perguntando, por que diabos vocês voaram de repente só para olhar para alguém?
Ele não estava sendo muito atrevido com as pessoas que estava conhecendo pela primeira vez? Os olhos de Sienna estremeceram de irritação enquanto continuava olhando para Hamel.
Ele tinha uma grande cicatriz na bochecha esquerda. Além disso, havia várias outras pequenas cicatrizes em seu rosto. Seus olhos voltados para cima eram hostis o suficiente para que desse para dizer que ele tinha uma personalidade suja apenas de relance.
— Hamel Dynas. — Disse Vermouth ao ser o primeiro a flutuar do céu e pousar na frente do homem. Enquanto apertava com uma das mãos os cabelos grisalhos varridos pelo vento, aproximou-se de Hamel e perguntou: — Você já comeu?
Os rostos de Hamel e de todos os outros ficaram surpresos com a pergunta repentina de Vermouth.
— O quê? — Hamel apenas grunhiu.
— Parece que você ainda não comeu, então por que não faz uma refeição conosco? — Disse Vermouth enquanto se virava no local.
Caralho mano… hamel é mo foda com dois dedos do meio quebrou o braço de geral e ainda roubou as espadas kkk
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