Peran dirigiu-se para as profundezas da caverna.
Lá, ele encontrou cinco pessoas que deveriam ter permanecido em repouso no leito, se exercitando.
Os Swordnaz.
— Como vocês estão se sentindo?
— Ah… Comandante Mágico.
Eric e os outros Swordnaz rapidamente pararam o que estavam fazendo e tentaram se curvar educadamente para ele, mas Peran balançou a cabeça.
— Não se esforcem demais.
— Não. Estamos bem.
Depois de falar em tom firme, Eric curvou-se educadamente.
Ele não estava apenas fingindo, parecia que já havia se recuperado muito bem.
— Parece que sua condição melhorou muito.
— Sim, senhor. Os demais também não apresentam grandes problemas. Embora não tenhamos retornado às nossas melhores condições, ainda somos capazes de lutar.
A Maga, Yuriah, em particular, estava tendo alguns problemas por causa de sua baixa velocidade de recuperação de mana, mas os outros já estavam quase totalmente recuperados. Em particular, Hoffman, que era considerado o mais durão entre os Swordnaz, já estava treinando com sua espada.
— Entendo. Ainda assim, seria melhor se vocês não exagerassem. Não poderão ajudar se piorarem seus ferimentos.
— Sim, senhor. Ah, Comandante Mágico.
Eric rapidamente parou Peran, que estava prestes a se afastar.
— O que foi?
— Faz cinco dias desde que perdemos contato com a senhorita Snow… Não. Ficamos inconscientes por um dia, então já se passaram seis dias.
Ele começou a falar com um tom cauteloso.
— É por isso que eu…
Talvez por achar que não soava bem, Eric pareceu hesitar em expressar seus pensamentos.
Percebendo o que queria dizer, Peran perguntou primeiro.
— Você está preocupado com a senhorita Snow?
O corpo de Eric estremeceu ligeiramente. Ele murmurou para si mesmo com uma expressão indescritível em seu rosto antes de soltar um suspiro.
— Sim. Os Swordnaz falharam. Em momentos como este, devemos confiar ainda mais nela.
— Isso não é verdade. A Senhorita Snow compreende a lealdade dos Swordnaz melhor do que ninguém. Tenho certeza de que ficaria feliz em saber que você está preocupado.
— Sério?
— Você deveria saber como é o temperamento dela. Ela nunca convocaria seus seguidores para um local de morte se tivesse escolha. Se possível, ela sempre prefere cuidar de tudo sozinha.
— Isso… Sim. Você tem razão.
Peran sorriu gentilmente.
— O fato dela ter chamado vocês para este lugar, significa que confia e depende de vocês. Vocês deveriam se orgulhar desse fato.
Ele sabia o quão orgulhosa Snow era. Ela era do tipo que não pedia ajuda na maioria dos casos.
E, no entanto, Snow procurou por eles primeiro nesta situação. Peran estava certo. Isso era algo de que eles podiam se orgulhar.
— Além disso, nossa líder é o ser mais forte do continente.
Peran tinha um leve sorriso nos lábios.
— Pelo menos, não consigo imaginá-la perdendo para ninguém.
— O que você planeja fazer agora?
A pergunta de Torkunta despertou Lukas de seus pensamentos.
Realmente não era hora de se preocupar muito com a mulher misteriosa. A identidade dela não era algo que ele pudesse confirmar apenas pensando nisso.
Em vez disso, teria que lidar com uma coisa de cada vez, começando com a situação diante dele.
— Em primeiro lugar, precisamos encontrar Snow.
— Você quer dizer a elfa que empunha uma espada? Então é melhor se apressar.
— Você sabe de alguma coisa?
— Foi Diablo que atraiu Nix para esta floresta. Tanto quanto eu posso dizer, o Lich Ancião pretendia fazer uso de seu ódio.
— Diablo…
Lukas não pôde deixar de se sentir estranho ao pensar em Diablo.
Para ser honesto, ele ainda achava difícil aceitar que Diablo, o Lorde Demônio, estava causando caos em todo o continente.
Porque o Diablo nas memórias de Lukas era um companheiro que os ajudou tremendamente na luta contra seu inimigo comum, os semideuses. Eles não eram próximos o suficiente para chamá-lo de colega, mas ainda assim podia-se dizer que eles tinham um relacionamento cooperativo.
— Espere… Então isso significa que Diablo está nesta floresta agora?
— Bem, não consigo dizer com certeza. Mas imagino que esse seja o caso.
— …
Atualmente, Snow estava atingindo o pico que alguém poderia alcançar como mortal. Não importava o quanto ele pensasse sobre isso, não acreditava que Diablo seria capaz de derrotá-la.
Mas não podia tirar conclusões precipitadas ainda…
Lukas não sabia muito sobre Diablo, mas sabia que ele tinha uma personalidade muito completa.
Ele nunca faria algo assim a menos que estivesse absolutamente certo de sua vitória.
— Certo. Como você disse, precisamos nos apressar.
— Bem, desejo-lhe sorte. Eu irei agora.
Ao ouvir isso, Lukas olhou para Torkunta e perguntou.
— Você está indo? Para onde?
— Só vou dar uma olhada. Ou voltarei para meu território nas montanhas da Ispania.
— Você não pode nos ajudar agora?
— Humpf. Sei que você está desesperado por ajuda, mas não tem como não entender a situação atual. Mais cedo ou mais tarde, Nix recuperará a consciência. Tem certeza de que ela não será hostil com você quando isso acontecer? O risco seria alto demais para arriscar.
— …
— Além disso, como eles eram chamados mesmo, os Swordnaz? Como você vai explicar minha presença para aqueles caras que Nix amassou como batatas?
As palavras de Torkunta foram muito precisas.
Mesmo que Peran aceitasse, os Swordnaz definitivamente não ficariam convencidos sobre a mudança de atitude de Nix. Mesmo que ele tivesse tempo para explicar tudo perfeitamente para eles, não acreditava que aceitariam prontamente.
— Você não precisa trazê-los com você.
Com um tom suave, Peran apareceu.
Lukas olhou para ele por um momento antes de se virar para olhar para Torkunta.
— Peran sabe da sua situação?
— De certa forma. Conversamos um pouco enquanto você estava inconsciente.
Lukas não acreditava que Torkunta fosse falar muito sobre sua situação. Na melhor das hipóteses, ele provavelmente disse o suficiente para que Peran tivesse um leve entendimento.
Claro, o inteligente Peran deveria ter sido capaz de captar mais alguns detalhes da explicação.
— O que precisamos agora é aumentar a força do nosso grupo. Não sabemos que tipo de morto-vivo está à espreita na caverna, então mesmo uma pessoa a mais seria de grande ajuda.
— Então… Você está me pedindo ajuda apesar do fato de que acabei de tentar te matar?
— Isso mesmo.
— Humpf.
Torkunta bufou, mas Peran continuou sem hesitar.
— Os Swordnaz estão esperando nesta caverna. Eles ainda não sabem da sua presença. Então, se nós três fôssemos para a caverna antes deles, não iríamos nos cruzar.
— Você quer que nós três vamos sozinhos?
— Isso. Claro, nós apenas daríamos uma olhada primeiro, tentaríamos entender a situação e, se achássemos que pudéssemos romper por conta própria, poderíamos simplesmente entrar diretamente na caverna. Que tal?
Este foi provavelmente o plano que Peran pensou enquanto Lukas estava inconsciente.
Não era uma má ideia.
Na verdade, poderia ser o melhor curso de ação para eles na situação atual.
Lukas acenou com a cabeça em aprovação enquanto Torkunta não respondia, mas sua expressão mostrava que ele concordava com a sugestão.
— Tudo bem. Então vamos partir imediatamente.