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The Great Mage Returns After 4000 Years – Volume 2 – Capítulo 315

Capítulo 315

Depois de um tempo, seu corpo começou a anunciar seu limite. Mesmo parado, ele podia sentir os músculos do braço tremendo.

Não tinha certeza há quanto tempo estava treinando com a Técnica Zero, mas parecia que teria que parar por enquanto.

— Huu.

Um suspiro misturado com arrependimento escapou de seus lábios.

O ambiente deixava a desejar.

Havia muita pouca mana na Floresta Amálgama. Por causa da baixa concentração de mana na floresta, Lukas só era capaz de conjurar magias de três estrelas, na melhor das hipóteses, com sua arma atual.

Seria mais eficaz se ele treinasse em um local onde a concentração de mana fosse mais densa, como as montanhas de Ispania.

Depois de soltar outro suspiro, voltou para a área com as barracas. Lá, bebeu da água que coletou antes de ir colher frutas nas árvores próximas. Claro, era para comer.

Com toda a honestidade, era um ato muito perigoso comer frutas descuidadamente em uma floresta, mas havia cascas de frutas meio apodrecidas ao lado das tendas que o informavam que algumas delas eram seguras para comer. Com essa lógica, ele só colheu frutas que tivessem a mesma casca para não ter que se preocupar em adoecer.

Crunch.

Eram duras e azedas. No entanto, o final tinha um sabor um pouco doce.

Em uma palavra, era comestível.

Enquanto lutava para mastigar a fruta, Lukas olhou para o céu. Parecia que o amanhecer estava se aproximando.

Foi só então que ele tardiamente percebeu duas coisas.

Uma delas era o fato de ter estado concentrado no treinamento por quase um dia inteiro.

E a outra era que Snow, que disse que voltaria em breve, ainda não havia retornado.

Whoosh.

— …

O vento soprou novamente.

E, assim como antes, parecia quente e ameaçador.


Cinco dias antes.

Na capital do Império Kastkau, Kausymphony.

Swoosh.

Um homem apareceu da Pedra de Dobra. O guarda-chefe gesticulou para que os outros guardas que se preparavam para abordar o homem e pedir sua identificação parassem.

— …

Peran olhou em volta com um olhar solene.

Dava para dizer que esta era a primeira vez que ele voltava para sua casa em Kausymphony, a capital do império, mas não se sentia particularmente nostálgico.

Claro, o mesmo seria verdade para o seu destino. Ou pelo menos era o que ele pensava agora, mas poderia ser diferente quando ele realmente chegasse.

Ele andou pelas ruas.

Mesmo quando era tarde da noite, as ruas de Kausymphony geralmente estavam cheias de gente. Alguém disse uma vez que não há noite nas ruas do império. Esse ditado não estava completamente errado.

Depois de caminhar um pouco, os arredores de Peran finalmente começaram a ficar mais silenciosos. Isso era natural, pois essa área estava sob o controle direto de uma das famílias nobres.

Finalmente, uma mansão familiar apareceu à sua vista. Em frente àquela bela mansão que exalava uma aura opulenta mesmo na escuridão da noite, havia uma estrutura com a qual Peran estava ainda mais familiarizado.

Era o portão principal, grande o suficiente para acomodar quatro carruagens passando simultaneamente e os quatro guardas que o guardavam.

A Mansão da Família Jun.

O lugar onde Peran nasceu e cresceu.

— Bem-vindo.

— Já faz um tempo desde a última vez que o cumprimentamos, jovem mestre.

Os guardas não ficaram surpresos e, em vez disso, o receberam educadamente.

Isso significava que já sabiam. Com um aceno lento, ele aceitou a saudação educada.

Ao passar pelo portão principal e entrar no jardim, um mordomo apareceu diante dele. Ele alegou que iria guiá-lo, mas Peran pensou que era um luxo desnecessário, então continuou sozinho com uma atitude firme.

— Está tudo bem.

Claro, esse não era o único motivo.

A pessoa que ele estava prestes a encontrar provavelmente também gostaria que ele estivesse sozinho.

Clique.

A mansão estava silenciosa. Embora a lua estivesse alta no céu, ainda podiam ser vistas empregadas ao redor, mas não havia sinal dos ocupantes da casa. Os corredores estavam praticamente vazios. Ao relembrar o movimentado centro da cidade por onde acabara de passar, Peran não pôde deixar de sentir que havia entrado em um mundo completamente diferente.

Isso deu a ele uma estranha sensação de incongruência, mas ele balançou a cabeça…

Provavelmente porque esta era a primeira vez que ele voltava para a mansão em cinco anos.

Em pouco tempo, Peran finalmente parou de andar.

À sua frente havia uma porta feita de madeira de cipreste, e atrás dela ficava o escritório do Chefe de Família, um lugar que não só os criados, mas também Peran e Lylia não podiam entrar sem permissão.

Ele bateu levemente na porta e não demorou muito para obter uma resposta.

— Entre.

Velas tremeluziam na sala, e um homem de meia idade podia ser visto sentado atrás de uma mesa castanho-avermelhada.

— Já faz algum tempo.

Seu coração tremeu um pouco quando ouviu a voz familiar e carinhosa.

O homem era o pai de Peran, o chefe da família Jun.

Shepard Jun sorriu suavemente e se alegrou por estar reunido com seu filho depois de tanto tempo.

— Você está bem?

— Sim. Nada aconteceu. E você? Me preocupei muito, porque você nunca mandou nenhuma carta.

— Por favor, perdoe-me por ser uma criança desobediente…

— Basta. E pensar que você acabaria assim…

— …

— Você gostaria de um pouco de chá? Lembro que preferia folhas de chá das montanhas Kalur. Acho que temos algumas de alta qualidade…

— Pai.

Peran interrompeu Shepard.

Esta foi uma ação rude que raramente era cometida por Peran, que era muito rígido quando se tratava de boas maneiras. É por isso que, em vez de repreendê-lo, Shepard parou de falar e olhou em seus olhos.

— Gostaria de saber por que você me convocou da Academia Westroad como chefe da família Jun.

Alguns dias atrás, Shepard convocou Peran, que estava na Academia Westroad, com a autoridade do ‘Chefe de Família’.

Fazia quase cinco anos desde que Peran pôs os pés naquela casa. E na época, Shepard interferia nas ações de Peran. Não importava o que fizesse, ele o deixava fazer o que quisesse. Claro, Peran nunca havia feito nada que fosse impróprio para alguém da família.

— …

Shepard percebeu que Peran queria ouvir o ponto principal antes de terem a conversa de reencontro.

Um sorriso amargo se espalhou em seus lábios.

Falar sobre as coisas privadas antes das coisas públicas era algo que os políticos mais velhos costumavam fazer. Embora fosse simples, permitia que eles formassem uma conexão mais próxima com a outra pessoa, o que dificultava o trato e melhorava o efeito da conversa posterior.

No entanto, já que havia atingido uma parede de ferro como aquela, não havia mais nada para Shepard dizer.

— Hmm.

Shepard soltou uma tosse suave e seu olhar ficou sério.

— Filho.

— Sim.

— Você não se arrepende, não é?

Sabendo o que ele queria dizer com não se arrepender, Peran respondeu com um tom firme.

— Não.

— Não entendo por que você quer trilhar um caminho tão espinhoso…

— …

— Gostaria de ouvir uma resposta honesta. Estou perguntando como seu pai, não como o chefe da família Jun. Você pode me contar um pouco sobre seus sentimentos internos?

A sinceridade na voz de Shepard era clara.

Peran ficou em silêncio por um tempo.

— A ideologia do Círculo atual me deixa desconfortável…

Então ele falou em um tom baixo e frio.

— Sempre que os vejo brigando, não posso deixar de achar patético. Estou decepcionado com a decisão desajeitada deles. Não quero estar associado às suas ideologias. Eu não consigo nem pensar sobre isso. Por isso escolhi um caminho diferente. Um caminho que eu acho certo.

— E se isso significar se tornar hostil à Família Jun?

— Mesmo que eu tenha que enfrentar o próprio império, meus pensamentos não mudarão.

— …

A expressão de Shepard era um pouco estranha.

Mas parecia que ele esperava um pouco tal resposta.

— É difícil ter uma subjetividade tão inabalável. É incrível.

— …

De todas as coisas que ele esperava, um elogio não era uma delas.

Por mais gentil que Shepard parecesse ser, ele era um membro do Círculo e um executivo.

Mesmo criticando a ideologia dele, ainda elogiou sua atitude.

Isso foi mais do que apenas ‘mente aberta’…

— Gostaria de fazer uma sugestão.

— Não tenho intenção de me juntar ao Círculo, Pai. Minha resposta é a mesma de cinco anos atrás.

Independentemente de ser uma ordem de seu pai ou do chefe da família, sua resposta não mudaria.

No entanto, o sorriso de Shepard se aprofundou quando ouviu sua resposta.

— Desta vez é diferente. Desta vez, serei eu quem não se juntará ao Círculo.

— O que quer dizer?

— Vou te dizer uma coisa. Seu pai também está descontente com as ideologias do Círculo há muito tempo.

Sss.

De repente, uma fumaça preta começou a sair do corpo de Shepard.

Não, não era fumaça. Era uma mana tão escura e espessa que era impossível de se ver através dela.

Era mais escuro que o céu noturno e dava uma sensação mais assustadora do que a quitina brilhante de um inseto.

O rosto de Peran tornou-se mais rígido do que uma estátua de pedra.

— Magia negra? Pai, por que…

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