Chrysalis – Capítulo 196

Assim que cheguei perto, fui rapidamente reconhecido pelas pessoas e a reação foi diferente do que eu esperava.

Em primeiro lugar, os humanos pareciam estranhamente confortáveis ​​em ter uma formiga monstruosa vagando por sua área.

‘Acho que eles viram muitas formigas perambulando aqui e ali nos últimos dias.’

Em segundo lugar, eles pareciam um pouco… reverentes. Quando eles me reconheceram (suponho que eu parecia bastante diferente dos outros trabalhadores), eles ficaram quietos, imóveis. Havia sussurros abafados e pessoas correndo em direção aos fundos do assentamento onde ficava o abrigo. Outras pessoas estavam gesticulando em minha direção e conversando animadamente com as pessoas próximas a elas. Até as crianças estavam apontando e sussurrando.

…

‘Chato!’

‘Tão irritante! O que essas pessoas estão fazendo, de qualquer maneira?’

Esperei impacientemente na beira do assentamento, não querendo entrar e me sujeitar a mais apontamentos. Depois de alguns momentos, Enid e o padre de túnica branca Beyn vieram correndo.

Ela parecia um pouco nervosa, mas ele parecia radiante de alegria.

Rapidamente eu teci uma construção de transformação mágica da mente e me conectei com Enid enquanto ela esperava pacientemente que eu completasse a magia.

[Enid. Seu povo conseguiu ficar dentro de seus limites que impus?] Eu disse abruptamente uma vez que a ponte da mente estava terminada.

[Sim. Nós estivemos dentro do limite que você definiu com muito cuidado.] Ela disse nervosamente.

…

Parecia ser verdade. Quando detectei o rastro de feromônio deste lado do assentamento com minhas antenas, pareceu estar tudo bem.

‘Também vou verificar o outro lado antes de sair.’

[Parece haver mais pessoas hoje?] Perguntei em dúvida.

[Mais refugiados de Lirian. Parece que a horda de monstros está se movendo mais para o sul. Essas pessoas chegaram esta manhã e nós as reunimos aqui o mais rápido que pudemos para não serem…]

[Comidas?]

[… Isso.]

…

[Então, o que vocês vão fazer?] Eu perguntei. Sendo direto ao ponto… quanto tempo eles iriam ficar?

[Não temos para onde ir. A maioria de nós está satisfeita… surpreendentemente satisfeita em permanecer aqui e construir um abrigo temporário. Esperaremos a onda passar e com sorte voltaremos para nossas casas.]

Eu me iluminei imediatamente.

[Então você não quer ficar para sempre? Voltar depois que a onda estiver resolvida? Parece bom!]

…

‘Espere. Quanto tempo a onda vai durar? Bem… Contanto que não seja permanente, tudo bem.’

[Há algumas coisas que gostaríamos de perguntar.] Enid falou hesitante, [como você sabe, viemos com muito pouco e nos contentamos com o que temos. Temos acesso ao riacho para obter água, mas a comida é escassa e é difícil encontrar abrigo. Não está muito frio agora, mas vai começar a esfriar em breve.]

Clima? Sinceramente nem percebia mais. Eu passava a maioria do meu tempo no subsolo, para ser justo…

[Então… Você quer que eu remova as restrições de movimento? Esta terra não é domesticada de forma alguma. A colônia está mastigando as feras locais na superfície, mas não há garantia de que você não encontrará monstros por aqui. Além de nós, quero dizer.]

Ela acenou com a cabeça.

[Estamos cientes disso, mas precisamos fazer isso ou morreremos. Temos que procurar comida, talvez tentar limpar um campo que possamos semear na primavera. As pessoas estão se sentindo positivas sobre suas perspectivas de viver com segurança aqui. Eles têm esperança novamente e querem fazer algo positivo para si…]

Ela era bastante persuasiva, se eu parasse para pensar. Como esta área era indomável, terras selvagens não cultivadas, havia bosques por toda parte, muitos lugares para procurar comida. Se eles quisessem limpar um campo, porém, isso seria de um grande esforço, mas havia fácil acesso à água de um riacho próximo que ajudaria na irrigação…

Eu também poderia ajudá-los um pouco. Se eles começassem bem, teriam menos motivos para reclamar de mim mais tarde.

[Enid. Vou ajudar cortando algumas árvores e trazendo as toras até a borda de seu assentamento e vou começar a trabalhar para iniciar o seu campo. Diga ao seu pessoal que eles podem começar a andar por aí, mas não se aproximem do formigueiro. Vou marcar um novo limite no meio do caminho entre nós e vocês e recomendo que você se certifique de que seu pessoal não o ultrapasse.] Eu a avisei.

Sua expressão se iluminou imediatamente.

[Muito obrigada! Isso significará o mundo para essas pessoas. Espere até eu contar a Beyn!]

Ela se virou e começou a falar rapidamente com o padre ao lado dela. Assim que ela terminou, as lágrimas começaram a rolar pelo rosto dele e ele se ajoelhou na terra diante de mim, erguendo o braço bom para o céu e gritando em louvor.

…

‘Já estou começando a me arrepender disso…’

Quando os outros aldeões ouviram suas palavras de agradecimento, todos ficaram radiantes de alegria e muitos se curvaram ou acenaram em minha direção, alguns chegando a se ajoelhar com seu padre!

‘Vou sair daqui.’

[Voltarei para verificar depois de mais dois dias, Enid. Tente manter seu pessoal na linha.]

[Eu vou. Obrigado.]

*Sheesh.*

Eu fugi rapidamente do elogio efusivo e comecei a trabalhar verificando o antigo limite enquanto circulava e o apagava.

‘Afinal, parece que Enid estava dizendo a verdade.’

Com esse trabalho feito, chamei Tiny para me ajudar e deixei Crinis em serviço de defesa sob a câmara da Rainha antes de marcar o novo limite em uma linha reta de aproximadamente dois quilômetros entre o assentamento e o ninho.

Com a ajuda de Tiny, foi bastante fácil limpar o campo das árvores. Após um pequeno levantamento, escolhemos uma área a cem metros do riacho e várias centenas do povoado. Usando minhas mandíbulas selvagens infundidas, cortei as árvores perto do solo e Tiny as carregou por cima de seu enorme ombro de volta para os humanos antes de jogá-las no chão.

Assim que carregamos algumas árvores, comecei a cavar e Tiny me ajudava a retirar os tocos, deixando para trás buracos profundos no solo com os quais os humanos precisariam lidar.

Depois de um dia de trabalho, conseguimos derrubar quase cinquenta árvores e o acampamento humano estava fervilhando de atividade. Enquanto contornávamos as bordas em nosso caminho de volta ao ninho, as pessoas estavam se movimentando por toda parte, conversando, carregando as toras e preparando as ferramentas que tinham à mão. Parece que eles estariam ocupados o suficiente com aquilo por algum tempo. Desde que não viessem me incomodar, valia a pena.

‘Temos negócios sérios a tratar no ninho.’

Os preparativos precisavam ser feitos e a masmorra abaixo precisa ser mais explorada. Sem mencionar o intenso programa de embalagem de alimentos que precisamos realizar para que a Rainha começasse a produzir em massa a nova geração após o nascimento da primeira.

Quando voltei para o ninho, dei um ‘toque de mãos’ às operárias que passavam no caminho e mandei Tiny até nosso pequeno posto de guarda sob a Câmara da Rainha, convocando Crinis para me ajudar.

‘Preciso cavar algumas fazendas!’

Com Crinis ajudando a realocar a sujeira, criei duas grandes câmaras vazias acessíveis apenas por um túnel estreito de cada lado de nosso ponto de guarda. Pedi para Crinis levar a terra de volta para Tiny e deixei o macaco carregar grandes punhados para a Câmara da Rainha onde os trabalhadores se irritavam e levavam para fora, despejando no topo do morro.

‘Assim que as veias de mana se estenderem para essas câmaras, poderemos começar a colher biomassa bem aqui perto de casa. Não tanto quanto antes devido ao tempo de geração mais longo que os monstros estavam passando agora.’

‘Feito isso… hora de tirar uma soneca!’

…