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The Player that Can’t Level Up – Capítulo 282

O Começo Triunfante (3)

Os olhos de Gi Gyu se arregalaram. Ele reagiu assim porque estava ciente do objetivo de Gaia. Ele gaguejou: — E-ele quer criar um mundo?!

Gaia tinha feito muitas coisas, mas era a isso que Paimon devia estar se referindo.

Paimon não respondeu sua pergunta. Em vez disso, ele perguntou: — Agora não é sua vez de me responder?

Gi Gyu se encolheu.

— Paimon — Lou sussurrou abruptamente.

Paimon respondeu: — Já faz muito tempo, meu mestre.

Lou parecia querer dizer alguma coisa, mas balançou a cabeça. — Haa… Não importa.

De todos aqui, Lou era quem melhor conhecia Paimon.

‘Lou…’ Gi Gyu o chamou mentalmente.

Lou respondeu: — Tortura, ameaças e coisas assim não têm poder sobre ele.

Se voltando para Gi Gyu, Lou explicou telepaticamente:

– Se você quer que ele fale, faça com que seja sua única opção. E não se esqueça do que ele é capaz.

Lou estava se referindo a como Paimon criou uma nova consciência apenas para combater a restrição de Andras.

Gi Gyu pensou: ‘Posso fazer algo diferente para forçá-lo, mas…’

Ele não queria correr riscos desnecessários. Ele assentiu, decidindo finalmente contar a Paimon o que ele queria ouvir.

Gi Gyu perguntou: — Você está curioso para saber como o acordei?

— Sim, é isso que eu quero saber.

Gi Gyu explicou prontamente: — Eu não sincronizei com você. Sincronizei com a consciência que você criou. Aquele a quem Andras impôs uma restrição.

— Eu já sei disso. — Paimon perguntou: — Mas não teria sido fácil, então como fez isso?

Os lábios de Gi Gyu se curvaram. — Então você não é onisciente… Não consigo explicar o processo exato. Tudo o que posso dizer é que sabia que era possível.

— Hmm… — Paimon ficou insatisfeito com a resposta de Gi Gyu. Mesmo tendo pedido uma explicação, Gi Gyu aparentemente não sabia os passos exatos.

— Entendo. — No final, Paimon assentiu. — É possível que eu tenha subestimado sua habilidade. O poder que você detém é realmente um verdadeiro mistério. Você é definitivamente algo que queríamos criar como produto final.

Olhando para Gi Gyu, Paimon continuou: — Tudo bem. Eu entendo que você sincronizou com minha outra consciência. Então…

— Você quer perguntar sobre a restrição e a armadilha que Andras colocou nela, não é? — perguntou Gi Gyu.

Houve uma restrição e uma armadilha na consciência que Paimon criou.

— Isso mesmo. E estes foram parcialmente direcionados a você também. Andras acreditava que se você me capturasse, tentaria sincronizar comigo. Então a restrição colocada em minha consciência…

— A restrição teria sido transferida para mim e eu ficaria preso — Gi Gyu terminou a frase de Paimon. Na pior das hipóteses, Gi Gyu poderia ter se tornado o fantoche de Andras.

Gi Gyu explicou: — Mas eu sincronizei à força com a consciência que você criou e a queimei ao mesmo tempo.

— Queimou? Isso é realmente possível…? Não, não, suponho que seja. Sim, acho que é bem possível, já que seu poder é um território desconhecido. — Paimon perguntou e respondeu sua pergunta. Era óbvio que ele era uma criatura bizarra.

Mas Paimon estava apenas parcialmente certo. Até agora, Gi Gyu não tinha sido capaz de queimar uma consciência sincronizada com ele. Destruir o corpo físico de alguém com quem ele estava sincronizado era uma coisa, mas destruir a consciência deles era uma questão diferente.

‘Estou tão feliz.’  Gi Gyu cerrou os punhos. Ele não mostrou isso antes, mas na verdade não tinha ideia se funcionaria. Ele definitivamente teria falhado alguns dias atrás.

Gi Gyu tomou consciência dessa nova habilidade depois que a energia mágica saturou seu receptáculo. Enquanto ele fazia o possível para protegê-lo da abundante energia mágica ao redor, ele descobriu uma nova habilidade.

Tirando Gi Gyu de seus pensamentos, Paimon perguntou: — Você percebe que ainda não me deu uma resposta?

Paimon estava dizendo a verdade. Gi Gyu não conseguiu explicar o processo; ele fez isso sem saber como.

Paimon sorriu e murmurou: — Parece que terei que estudar e aprender muitas coisas.

Gi Gyu olhou para ele com curiosidade.

— Seu palpite está correto. O que Andras quer é criar um mundo. Assim como Gaia fez. — Paimon pisou no chão antes de acrescentar: — Ele quer criar outro mundo.

Gi Gyu, Lou e El falaram ao mesmo tempo.

— Como…?!

— Por que Andras faria algo assim?!

— Andras tem a capacidade de fazer algo assim? Não pensei que fosse possível, mas agora…

Paimon sorriu novamente. — Por enquanto, poderiam me mostrar este lugar? Chama-se Éden, correto? Ouvi alguém chamá-lo assim.

— Ah, certo. Você aí. — Paimon abriu os braços vagarosamente antes de apontar para o Velho Hwang. — Você vai fazer. Me dê um tour por este lugar.

— Eu? — O velho Hwang engasgou.

— Sim, eu lembro de você. Já te vi antes.

O Velho Hwang corou antes de perguntar: — Posso conversar rapidamente com os outros primeiro, Lorde Paimon?

— Claro, vá em frente. Estarei descansando aqui, mas não demore muito — ordenou Paimon.

— …

Relaxado, Paimon esperou enquanto os outros saíam da sala.


Em outra sala, Yoo-Bin e as outras criaturas do Éden estavam reunidos. O Éden estava sendo restaurado naquele momento. Exceto alguns fora do Éden que protegiam a área circundante, todos se reuniram aqui. Capturar Paimon era algo grande.

A batalha acabou por agora. Então, eles se concentraram nas consequências, que foi o que o inimigo fez em sua casa.

Gi Gyu entrou na sala.

Yoo-Bin se levantou e perguntou: — O que aconteceu?

Gi Gyu respondeu calmamente após um breve silêncio: — Todos, por favor, sentem-se primeiro.

Ele tentou acalmar a sala porque todos pareciam estranhamente entusiasmados depois de uma batalha tão longa. Eles encararam Gi Gyu, esperando que ele explicasse a situação. Mas logo, seu olhar de expectativa desapareceu, percebendo que Gi Gyu, Lou, El e o Velho Hwang pareciam preocupados.

Soo-Jung perguntou: — Aluno, a conversa com ele não foi bem?

Gi Gyu balançou a cabeça. — Não, correu bem. Não ouvi todos os detalhes, mas pelo menos descobrimos o objetivo final de Andras.

— O objetivo final dele? — Soo-Jung perguntou. A curiosidade apareceu nos olhos de todos.

— Haa… — Gi Gyu suspirou profundamente antes de responder: — Ele quer recriar o mundo.

Nenhuma pessoa poderia responder. Todos se perguntaram se tinham ouvido Gi Gyu errado.

Recriar o mundo?

Apenas Soo-Jung permaneceu calma e perguntou: — Tem certeza de que é isso que Andras quer?

— Sim, também acho difícil de acreditar, mas foi o que me disseram. Andras quer criar um novo mundo, como Gaia criou nossa Terra.

— E ele tem a capacidade de fazer isso? — Soo-Jung deu uma risadinha.

Ninguém parecia compartilhar do ceticismo de Soo-Jung. Até agora, Andras havia dado a eles inúmeros vislumbres de sua verdadeira capacidade. Inicialmente, ele era apenas um titular de Assento de baixo escalão, um demônio insignificante, incomparável aos demônios de alto nível ou aos reis do inferno.

Andras também não era conhecido por sua inteligência incomum ou habilidades especiais. Ele nunca foi famoso, para começar. Ele era apenas um demôniozinho irritante e nada mais.

Mas as coisas eram diferentes agora. Eles não podiam confiar em nada do que sabiam sobre ele. Eles teriam que reavaliar Andras.

Outro silêncio caiu.

Gi Gyu mudou de assunto. — Antes de discutirmos mais este assunto, quero perguntar uma coisa. 

Ele se virou para Lou, o Velho Hwang e Baal e perguntou: — Podemos confiar em Paimon?

Gi Gyu e Paimon não estavam sincronizados no momento. Ele era uma criatura independente, livre da influência de Gi Gyu.

— Isso não é uma questão de confiança. Não podemos esquecer que ele já foi seu inimigo. Ele estava sendo usado, mas tentou te matar. Então você pode agora confiar que ele é uma figura imparcial e neutra? Acredito que esse problema pode ser resolvido se você sincronizar com ele — sugeriu Tao Chen.

O golpe na China foi concluído com sucesso. Como o Éden estava em quarentena, eles não ouviram os detalhes do que aconteceu depois na China. Mas o que ouviram lhes disse que tudo deu certo e as pessoas estavam tentando descobrir quem assumiria o cargo de presidente.

O público não sabia que esta decisão já havia sido tomada.

— Não. — Gi Gyu balançou a cabeça. — Ele criou uma consciência totalmente nova para contornar as restrições de Andras. Se eu sincronizasse com ele com sucesso, talvez funcionasse. Mas se eu falhar, talvez não consigamos obter mais informações dele.

As habilidades de Paimon eram incomuns e impossíveis de entender. Gi Gyu nunca tinha ouvido falar de uma habilidade que pudesse criar uma nova consciência. Suas habilidades melhoraram, mas sincronizar com Paimon ainda seria arriscado.

— Só vai funcionar se Paimon me der permissão. Não acredito que conseguirei forçar uma sincronização com ele — explicou Gi Gyu.

Outro pesado silêncio caiu. Assim como Gi Gyu sugeriu, a única coisa a fazer era decidir se podiam confiar em Paimon ou não. Eles nunca tiveram que contemplar a questão da confiança antes, então esta seria uma decisão difícil de tomar.

— Haa… — Soo-Jung suspirou.

Todos permaneceram quietos e incertos quando El finalmente falou. — Mestre, então que tal isso…

Todos ficaram com uma expressão diferente no rosto depois de ouvir a sugestão dela. Alguns pareciam convencidos, enquanto outros olhavam para ela com ceticismo.

— Hmm… — Gi Gyu parecia dividido. A sugestão de El fazia sentido, mas ele não tinha certeza se funcionaria.

Tao Chen perguntou: — Mas não temos outras opções, temos? Não podemos confiar em Paimon porque ele é muito sorrateiro e enganador. E ele tem a inteligência para enganar a todos nós. Então não podemos simplesmente confiar nele cegamente. E se esse nem for o verdadeiro Paimon? E se eles o trocaram por outra pessoa como uma armadilha?

Baal interrompeu Tao Chen. — Você não precisa se preocupar com isso. Aquele é Paimon, tudo bem? Ele sempre foi assim.

Lou, que estava quieto até agora, abriu os lábios. — Como disse Baal, Paimon sempre foi assim. Poderia parecer que ele estava obedecendo ao seu mestre; na verdade, ele nunca o fez. Ele só faz coisas que lhe interessam. De certa forma, suponho que isso o torna neutro, mas… acredito que precisamos tomar precauções. 

No final, eles decidiram seguir a sugestão de El. Aqueles que pareciam duvidosos agora pareciam curiosos para saber se realmente funcionaria. Em suma, valeria a pena tentar a ideia dela. Eles não tinham nada a perder.

— Tenho uma ideia que gostaria de testar como último recurso. Falarei com ele novamente e voltarei mais tarde. — Gi Gyu saiu da sala com El, Lou e o Velho Hwang.


Parado em frente à porta fechada da sala onde Paimon estava, Gi Gyu hesitou. Ele se virou para Lou e murmurou: — Se o plano de El funcionar, descobriremos muita coisa.

Lou não disse nada. Ele apenas olhou para Gi Gyu, esperando que ele continuasse.

A calma apareceu nos olhos de Gi Gyu quando ele perguntou: — O Andras que você conhece… Você realmente acredita que ele pode planejar todas essas coisas e executá-las?

Lou não respondeu, o que foi resposta suficiente para Gi Gyu. Gi Gyu não perguntou mais. Em vez disso, ele abriu a porta.

Paimon estava com as pernas cruzadas.

— Você voltou muito rápido. — Em voz baixa, ele perguntou: — Então decidiu?

Gi Gyu assentiu. Ele engoliu em seco antes de perguntar: — Você poderia sincronizar comigo?

Essa era a ideia de El. Se Gi Gyu sincronizasse com Paimon após obter sua permissão, o processo ocorreria sem problemas.

E se Paimon recusasse…

‘Vou ter que matá-lo para sincronizar com ele.’ Gi Gyu decidiu. Mesmo assim, não havia garantia de que a sincronização seria realizada com sucesso. Eles também não conheciam toda a extensão dos poderes de Paimon, o que tornava isso ainda mais perigoso.

Portanto, o melhor resultado era Paimon dar permissão a Gi Gyu.

— Tudo bem — respondeu Paimon.

Para surpresa de Gi Gyu, a permissão de Paimon veio com muita facilidade.

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