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Genius Warlock – Capítulo 166

Capítulo 166

Flap… Flap… Flap

Oliver estava em um quarto de hotel com vista para o exterior, lendo um livro que Edith lhe deu de presente.

O livro era sobre Demônios e ele finalmente conseguiu dar toda a atenção devido ao seu tempo de lazer não planejado.

No entanto, o livro fornecia apenas informações básicas, como Edith havia avisado, carecendo de detalhes aprofundados.

— Hum

Apesar de se sentir arrependido, Oliver tentou manter uma perspectiva positiva.

De qualquer forma, ele não tinha conhecimento adequado do assunto, então este livro introdutório foi um ponto de partida apropriado.

— É um pouco decepcionante. — Disse Oliver ao se aproximar do final da primeira seção do livro.

O início forneceu uma visão geral básica dos Demônios, mas as histórias eram familiares e previsíveis — seres malignos do inferno que desafiaram a Deus e tinham como objetivo corromper a humanidade e causar estragos na Terra.

Era um conceito familiar, apenas apresentado de uma forma diferente.

Claro, o livro não estava isento de novas informações.

No final da primeira seção, havia uma frase intrigante:

[O inferno está cheio de muitos pecadores e demônios que cometeram pecados terríveis, e há setenta e dois monarcas que governam o grande inferno e um Rei Demônio que os governa.]

Esta menção específica de um rei demônio e setenta e dois monarcas despertou o interesse de Oliver.

Pode parecer engraçado, mas Oliver sentiu uma estranha sensação de conforto em relação a eles, apesar de nem saber seus nomes.

Talvez tenha sido por finalmente obter o conhecimento que procurava.

Enquanto esfregava os olhos cansados, Oliver continuou para a próxima seção.

A descrição dos setenta e dois monarcas era limitada e, em última análise, decepcionante.

A maior parte das informações sobre eles estava limitada a uma única página e não havia capítulo dedicado.

A única informação coerente limitava-se a no máximo três linhas, com muitas seções contendo apenas algumas palavras.

O resto do texto estava cheio de letras sem sentido, margens vazias, manchas de tinta maliciosas, letras sobrepostas e letras escritas de cabeça para baixo.

Parecia mais um rabisco do que um livro, parecendo deliberadamente ilegível.

As letras confusas e sobrepostas do livro deixaram Oliver tonto e com dor de cabeça, dificultando a leitura.

— Hum

Apesar disso, Oliver não desistiu.

Ele esfregou os olhos e continuou lendo, pois Forrest lhe disse para não sair do hotel até receber uma ligação.

Ele queria aproveitar ao máximo seu tempo livre.

— Espere um minuto…

Oliver fez uma pausa em um ponto.

Ele encontrou uma página relativamente clara que dizia:

[50º Monarca. Velho a cavalo]

Isso imediatamente lembrou Oliver de Joseph e sua briga em um hospital abandonado.

Ele se lembrou de como o velho a cavalo apareceu depois que o corpo de Joseph foi espalhado.

Oliver ainda conseguia se lembrar vividamente da imagem grotesca do velho formado de carne podre e um crânio tecido no formato de um pequeno cavalo, com braços, pernas e intestinos como o cavaleiro do cavalo.

A imagem do velho a cavalo era tão forte que ficou gravada na memória de Oliver.

Apesar disso, ele não se sentiu intimidado.

Não viu isso como absurdo ou ridículo. Em vez disso, percebeu que esta existência estava em um nível completamente diferente, transcendendo o conceito de força e fraqueza.

Isso levou Oliver a se fazer a mesma pergunta novamente.

Por que o velho não o atacou na hora?

Oliver lembrou-se agora de que havia um acordo entre o velho e Joseph.

Em vez de atacar, o velho reduziu sua presença intimidadora e até cumprimentou Oliver educadamente com uma reverência e a mão no peito.

Isso fez Oliver se perguntar por que o velho agiu daquela maneira.

— Talvez ele seja apenas um demônio educado?

Oliver murmurou para si mesmo, tentando encontrar uma explicação razoável.

Ele então continuou lendo a página abaixo.

A página o descrevia como um ex-anjo que caiu no inferno por conta própria.

A razão para isso não era clara, pois partes do texto eram ilegíveis.

Dizia-se que o Velho a cavalo estava sempre montando um cavalo amarelo e gostava de desenvolver coisas, inclusive pessoas.

Ele transmitiria conhecimento àqueles que procurassem sua ajuda, mas em troca, eles o serviriam como escravos eternos após a morte.

Oliver assentiu com admiração enquanto lia a página.

Ele ficou aliviado por finalmente encontrar informações que pudesse entender.

A ideia de um demônio ensinando as pessoas era intrigante para ele.

Embora isso viesse com o preço da servidão eterna, Oliver pensou que se negociasse bem, poderia receber os ensinamentos do demônio por um preço diferente.

A ideia de aprender com um demônio levou Oliver a considerar o assunto mais profundamente.

No entanto, ele ficou com dúvidas sobre a escolha do Velho a cavalo de cair no inferno.

De acordo com a escritura de Pater, o céu era um lugar de alegria, paz e descanso, enquanto o inferno era um lugar de escuridão constante e fogo ardente de enxofre.

Oliver não conseguia entender por que o Velho a cavalo escolheria deixar o céu por um lugar assim.

Ele também notou algumas partes do texto apagadas intencionalmente, o que só aumentou sua curiosidade.

No final, as reflexões de Oliver o levaram a apresentar uma teoria engraçada:

— Talvez ele goste de lugares mais quentes. Dizem que as pessoas ficam resfriadas facilmente quando envelhecem.

Com esse pensamento em mente, Oliver marcou a página e fechou o livro.

Talvez por ter lido o livro com muita intensidade, sua visão ficou embaçada e ele sentiu tonturas.

Embora quisesse continuar lendo o máximo possível, parecia uma tarefa intransponível.

“É um pouco estranho… Acho que já descansei o suficiente.”

Apesar da incerteza, ele estava realmente cansado.

Então, decidiu fazer uma pausa.

Acontece que era hora do almoço.

Oliver se levantou e foi para a sala de jantar do hotel.

* * *

Quando Oliver entrou na sala de jantar do hotel, um garçom uniformizado passou correndo com um carrinho cheio de pratos.

O garçom mal ergueu os olhos ao passar, parecendo estar com pressa.

Outro garçom se aproximou de Oliver e perguntou:

— Você está aqui para jantar, senhor?

— Sim. — Oliver respondeu,

— E o carrinho de comida?

— É para uma reunião que acontecerá lá embaixo. — Explicou o garçom. — Uma reunião de jovens senhores e senhoras.

— Entendo. Posso ter uma mesa?

— Claro, vou te mostrar uma.

O garçom conduziu Oliver até uma mesa tranquila e entregou-lhe um cardápio.

— É muito procurado por seu assento na janela com vista para a bela paisagem de Landa, mas é seu dia de sorte, senhor.

Oliver pediu uma refeição do cardápio e o garçom, chamado Finley, anotou o pedido.

Quando Finley estava prestes a sair, ele percebeu a tentativa fracassada de Oliver de sorrir.

— Está tudo bem, senhor? Você está sentindo algum desconforto? — Finley perguntou preocupado.

Oliver balançou a cabeça e Finley assentiu antes de ir embora.

Foi um pouco decepcionante.

Apesar de usar a área de jantar do hotel e tentar interagir com a equipe de forma natural, Oliver não conseguia sorrir.

“Que tipo de condição é essa?” Ele pensou.

— Está tudo bem? Você parece desapontado. — Uma voz familiar falou de repente.

Quando Oliver olhou para cima, viu uma linda mulher de cabelo rosa que ele reconheceu.

Era Jane, a filha fora do casamento de Edith Rock, que Oliver já havia protegido.

— Senhorita Jane? — Oliver perguntou.

Jane sorriu com pesar e sentou-se à sua frente.

— Sim, sou eu. Já faz um tempo. — Ela disse.

— Sim, realmente. — Oliver respondeu.

A última vez que se viram, Jane se trancou em um quarto de hotel após receber abuso verbal de Edith Rock.

Oliver não viu o rosto dela até o final de suas tarefas de acompanhante.

Desde então, Oliver passou por muitos eventos, incluindo os incidentes com a Mattel e o Exército de Libertação de Kell.

Jane e Oliver retomaram a conversa, com Oliver refletindo sobre o passado.

— Isso é tudo que você tem a dizer? — Jane perguntou.

— Uh… Talvez? Fiz algo errado? — Oliver respondeu.

— Não. Só pensei que você fosse diferente dos outros caras. — Jane explicou.

— Costumam perguntar como estou, se fiquei mais bonita, se mudei muito ou se me lembro dos velhos tempos.

— Isso é cortesia comum?

— Bem, talvez?

Oliver acenou com a cabeça em compreensão e perguntou:

— Como você tem estado?

— Estou bem, obrigado por perguntar. E você? — Jane respondeu.

— Acho que estou bem também. — Oliver respondeu.

— É bom ouvir isso. Fiquei preocupada com você, porque seu trabalho é muito perigoso. — Disse Jane com preocupação.

— Obrigado pela sua preocupação. — Oliver respondeu.

— Seu manto é legal. É um estilo de mago? — Jane perguntou, apontando para o manto de Oliver.

O manto foi dado a ele por Forrest e dizia-se que tinha extensa resistência mágica.

— Sim, é. — Oliver respondeu. — Você mudou muito o seu estilo também.

Agora Jane estava com um traje muito diferente do que Oliver tinha visto no passado.

No passado, Jane parecia uma típica senhorita rica em um outdoor, com o cabelo solto e um vestido que parecia desconfortável.

Ela agora estava com o cabelo penteado para cima e vestida com roupas práticas de montaria, em vez dos vestidos elegantes que costumava usar.

Este novo estilo combinava bem com ela e parecia mais natural.

— Hmm… Estou bem?

— Não sei muito sobre isso… Mesmo assim, se for preciso responder, você se parece com você mesma.

— Vou considerar isso um elogio. É bom ver você de novo de qualquer maneira. Eu não esperava ver você aqui. Está de folga?

Oliver ponderou por um momento e assentiu.

A razão exata para ficar neste hotel eram razões de segurança.

A questão da família real que Oliver conheceu era tão grande e importante que ele ficou ali em caso de algum acidente.

Forrest até lhe deu dinheiro, dizendo-lhe para não sair até que o contatasse.

No entanto, Oliver assentiu agora porque não conseguia explicar como era.

— Sim, estou em uma pausa.

— Bem, entendo…

Jane parecia cética e Oliver sentiu a necessidade de mudar de assunto.

— Então, o que te trás aqui? Está fazendo uma pausa também?

— Não, na verdade vim aqui a trabalho.

— Trabalho?

— Sim, estou participando de uma reunião. — Explicou Jane, apontando para baixo.

— Oh, entendo. Que tipo de reunião é essa?

— É apenas uma reunião social chata e cansativa. Eu precisava de uma pausa. E olha, encontrei você. — Jane disse com um sorriso.

— Entendo.

Quando Jane ouviu a resposta, suas emoções brilharam com um pouco de decepção.

Ela mexeu ligeiramente as mãos e abriu a boca.

— Lamentei não ter podido nem te agradecer direito da última vez. Obrigada por me proteger até o fim.

Oliver balançou a cabeça. Como se não fosse nada. Não foi grande coisa.

— Era apenas meu trabalho, não precisa se desculpar.

— Isso é um alívio.

Estranhamente, ao contrário das suas palavras, Jane mais uma vez brilhou com emoções de arrependimento e decepção.

Oliver se perguntou o que havia de errado com ela.

— …

— …

Sentindo-se estranhos, os dois ficaram em silêncio por um momento.

Logo depois, Jane perguntou com um pequeno sorriso.

— Você mudou muito também, não é?

— Perdão?

— Quando nos conhecemos, você fez muitas perguntas. O número de perguntas diminuiu repentinamente. Por acaso, há algo errado?

— Ah… Não é grande coisa. Estou um pouco cansado. Acabei de ler um livro.

— Livro? Que livro você leu?

Ao tentar responder reflexivamente, percebeu que não sabia dizer qual livro estava lendo — era sobre demônios e foi dado a ele pelo pai de Jane.

No momento em que tentava pensar em uma maneira de evitar responder, seu aparelho de comunicação tocou, interrompendo-o.

BeepBeepBeep.

Oliver pediu compreensão a Jane e então pegou o dispositivo de comunicação.

Do outro lado do dispositivo de comunicação estava, claro, Forrest.

— Oh, entendo. O quê? Eu? Posso. Sim.

Oliver, que trocou algumas palavras, levantou-se da cadeira.

— Surgiu alguma coisa, acho que tenho que ir embora agora.

— O que está acontecendo?

— É um pouco difícil te contar, porque se trata de um trabalho. Foi um prazer reencontrá-la.

Oliver cumprimentou Jane com palavras e cumprimentos formais, deixando para trás o dinheiro para comida e gorjetas.

Depois de um tempo, o garçom apareceu com um prato de bife.

— Senhor, a comida… Hã?

— Ele saiu porque tinha algo para fazer… Assim como esse bife, eu também não estava na cabeça dele.

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