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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 51

Capítulo 51

— Você tem que proteger o Sam de longe. Continue fazendo o de sempre.

— Sim, senhor!

Elogios eram uma das melhores maneiras de motivar alguém. Hans afastou todas as preocupações e medos e usou tudo para proteger Sam. Os dois foram a uma distância segura, mas como Sam estava preocupado com Snoc, não saíram completamente da área de batalha.

Zich não mandou que fossem além. Poderia sem esforço protegê-los enquanto lutava. Além disso, mesmo que alguns dos ataques passassem por ele, Hans aguentaria. Mas acima de tudo, Sam podia ser necessário para ajudar Snoc a voltar.

“Bem, nunca se sabe. Vai que um próximo pode tocar seu coração ou coisa do tipo.”

Na pior das hipóteses, teria que matá-lo, e pelo menos sua única família estaria com ele nos momentos finais.

— Kuuaaah! — gritou, abalando o local.

— É, pra um doidinho, até que ficou quieto por um tempo.

Embora estivesse cauteloso em relação a Zich, não aguentava mais esperar.

Zich levantou a espada e o menino-besta correu em sua direção.

— Para dizer a verdade, não sei como posso te fazer voltar ao normal. Nem sei se isso vai funcionar. Então…

Tum!

Correndo, deu um soco no rosto dele:

— O jeito é te bater até cair duro!


Quando lutaram três de uma vez, batalharam em níveis semelhantes. No entanto, a situação era diferente agora. Pensando bem, pensou que era absurdo dizer que foi uma batalha a três; estava mais para um duelo entre ele e o homem encapuzado. Sem o assassino do lado, Snoc se esforçava até para manter a cabeça erguida contra Zich.

Pop!

Estalagmites dispararam por baixo, e pedregulhos enormes caíram. Zich bufou, observando os ataques complicados abaixo e acima dele ao mesmo tempo.

— Tô me cansando desse padrão, já.

Acelerando um pouco, escapou do ataque e revidou no rosto do oponente.

Tum!

— Kuugh! — O seu rosto avermelhou na hora. Por mais que as rochas protegessem sua pele, vacilou com o impacto.

Tut! Tut!

Os pedaços de pedra do corpo dele caíam mais e mais devido aos golpes. Se fosse atingido por uma lâmina em vez de punhos, a luta teria terminado há muito tempo. Ampliou a distância entre eles, como se fugisse. Quando se afastou, as pedras no chão flutuaram e se prenderam aos seus pés.

— Ele quer manter a armadura?

O corpo dele se alterou para uma espécie de golem volumoso. Exceto pelo rosto, estava todo coberto.

— Kuaaaah!

Crash!

A armadura era pesada ao ponto de esmagar onde quer que pisasse.

Tum! Tum!

Apenas o som dos movimentos era o suficiente para empalidecer de medo quem sentisse. Entretanto, Zich não ligou.

— Massa, boneco de massinha!

Aquilo não parecia nem um pouco massa de modelar.

Tutum!

Snoc se aproximou até que estivessem a um pé de distância.

— Krugh! — Soltou um grito estranho e balançou o punho do tamanho de um homem.

Swish!

Antes de ser atingido, Zich foi alertado do que estava por vir e recuou exatos três passos.

Craaash!

O ataque foi direto no chão árido, e Snoc procurou desesperadamente por ele.

Quase torceu o corpo naquela virada nervosa. Considerando a armadura rígida, seria de esperar que parecesse “preso”, porém seus movimentos eram surpreendentemente suaves.

— Kuuuh! Kuuuh!

Continuou a golpeá-lo; socava, chutava e tentava agarrar, mas sempre errava por um fio de cabelo. Zich se movia que nem um mosquito daquele jeito, desviando apenas o mínimo e irritando quem tentava acertá-lo. Se fosse pego, talvez seria jogado de um lado para o outro.

— Kuuuuuah!

Crash!

Juntou as mãos e bateu forte no chão. Contudo, foi desajeitado, então não acertou. Bateu de novo, mas Zich usou a chance para diminuir a distância entre ambos.

Como se estivesse feliz em ver que estava mais perto, Snoc respondeu de imediato. Confiando na dureza da armadura, não entrou na defensiva. Pelo contrário, partiu à ofensiva e tentou abraçá-lo para esmagá-lo.

— Se só confiar na armadura, vai se machucar um pouco.

Swish!

Ergueu a espada. Normalmente, seus movimentos eram leves o bastante para cortar o ar, mas mudou o estilo da esgrima: estendeu os sentidos às extremidades da lâmina e mudou a forma da mana que liberou dentro. Os lados da espada projetaram mana para fora, circundando o ar. “Linhas” afiadas de vento giravam em torno da espada como se estivessem presas.

Dezenas de agulhas de vento voaram em direção a Snoc.

Whoosh!

Uma pequenina relou nas suas bochechas. E esse foi apenas o começo do ataque.

As finas linhas acertaram a armadura. Surpreendentemente, ela se partiu e rachou mais a cada acerto.

Pedaços da armadura caíram no chão. Graças ao controle preciso de Zich, o vento não atingiu nenhuma das partes vitais de Snoc. No entanto, não mostrou misericórdia para o resto do corpo dele.

E sangue esguichou dele.

— Kuuuuah!

Quando toda a armadura foi arrancada, ele caiu no chão e ficou apenas com feridas agudas inscritas nele inteiro.

— Uh, isso é, um…!

Sam afundou em seus pés. Vendo o seu estado lamentável, queria parar Zich, porém não podia, já que era uma batalha que poderia determinar a vida ou a morte do menino. Indiferente aos sentimentos dele, Zich se aproximou de Snoc.

Os ferimentos eram profundos. Sangue vermelho encharcou o chão e o tingiu em uma nova cor. Todavia, ainda não perdera as habilidades.

“Mesmo agora, ele está se curando.”

Ferimentos leves desapareceram, e feridas profundas diminuíram. Fora isso, a energia estranha que o cercava ainda estava afiada como sempre.

“‘Hm. Se eu fizer mais, eu acho que ele pode realmente morrer.”

O primeiro plano de feri-lo para enfraquecê-lo e fazer ele voltar ao normal falhou. Tentou enfiar as ponta da lâmina de leve no seu corpo, e ele se regenerou. Ficou desapontado por não ter enfraquecido ele quanto queria.

“Tudo bem, então. Plano B.”

Embora tenha o plano B, não era um método que queria usar. Não importava o quão graves fossem, ferimentos físicos poderiam ser curados com poções de alta qualidade ou grandes sacerdotes.

Porém, não havia poção no mundo que curasse o psicológico.

Wiiing!

A espada sibilou. Quando uma espada se enchia de mana, na maioria das vezes fazia isso; agora, entretanto, tinha algo diferente. Snoc também parecia ter notado a diferença e olhou para ele.

“Parece que ele perdeu os sentidos depois de ser psicologicamente atacado, então não queria fazer isso. Mas já que é o jeito…”

O que mais poderia fazer quando o primeiro plano falhou? Colocou a ponta da lâmina na cabeça dele.

— Não fique bilu teteia.

Tang!

A afundou na sua cabeça. Não, era mais preciso dizer que forçou uma imagem na sua mente. A sensação era de que ela estava se despedaçando em fragmentos, e então desmaiou.


Parecia estar sonhando há muito tempo. Seus sentidos aumentavam, e a cabeça ficava mais e mais desperta. Em contraste, o corpo caía como se estivesse cheio de água, e a fadiga se infiltrava em diferentes partes de seus músculos.

— Ah!

Sentiu algo parecido com agulhas perfurando todo o corpo e soltou um grito sem querer. Todavia, foi um grito curto; não porque não doía mais, e sim porque tinha tanta dor que era doloroso até gritar.

Snoc piscou, e lágrimas começaram a descer dos olhos inchados.

— Foi um sucesso.

Ouviu uma voz muito satisfeita consigo. Não sabia quem era ou de onde veio, porém estava repleta de orgulho.

“Acho que sei quem é.”

A ouvira antes, e olhou para a fonte dela.

— Senhor Zich? — Viu um rosto familiar.

— Como se sente?

— O que aconteceu?

— Snoc! — Alguém gritou seu nome.

Conhecia aquela voz também. Sam parecia meio aliviado e meio triste; foi ridícula a forma a qual correu até o garoto. Hans se aproximou logo a seguir, e Zich os impediu de chegarem mais perto.

— Foi mal, amigos, mas esperem um pouco mais. Ainda não acabou.

— Não acabou? O que não acabou?

Não entendia a situação atual; não sabia por que acordou no meio de uma montanha no meio da noite e por que os três o cercavam

— Certo, Snoc. Vamos avaliar a situação primeiro. Você foi sequestrado. Se lembra disso?

— Sequestrado?

A cabeça dele doía. Depois que ouviu a palavra “sequestrado”, sua memória começou a voltar para ele em partes. Começou a se lembrar do homem encapuzado, da mina em que foi arrastado, e a verdadeira identidade de Nowem.

Se contorce um pouco para rasgar as roupas esfarrapadas que basicamente se tornaram trapos e viu algo embutido em seu peito.

— É uma pedra de vedação.

Hans e Sam pareciam surpresos, mas não Zich.

“Será que aquele cara fundiu Nowem e ele com a pedra?”

Depois de vê-la, muitas expressões coloridas surgiram e passaram pelo seu rosto: surpresa, raiva, desespero, tristeza e todo tipo de sentimentos. E o último que restou foi o rancor.

Agarrou a pedra com as mãos e colocou força nos dedos. Parecia querer tirá-la, e Zich não deixou ao prender seus braços usando os pés.

— Espere. Você provavelmente não pode tirar, e mesmo se pudesse, não deveria.

— Então, como posso tirar?

Como se fosse um inseto nojento, estremeceu de nojo.

— Essa coisa presa no seu peito mescla você com a besta da terra. Ignora as suas duas vontades e funde os dois. Não sei como tirar com força, mas se fizer um contrato com a besta, ela vai cair na hora…

— Me recuso! — gritou. A rejeição foi firme e clara.

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