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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 138

Capítulo 138

A montanha era meio baixa e estava um pouco separada da capital. Como não havia monstros ou bestas, alguns moradores próximos iam lá para coletar madeira, vasculhar ou caçar. Todavia, uma vez que ainda estava a uma distância significativa da cidade, era deserta. No meio, havia uma cabana onde as pessoas às vezes descansavam.

Era bastante tarde, e a lua e as estrelas brilhavam sobre a cabana com fragmentos dispersos de luz fraca. O som de folhas das árvores roçando umas contra as outras soava como fantasmas e fazia a cabana gasta parecer ainda mais sinistra.

Uma figura misteriosa apareceu na frente usando um manto escuro. O entorno ficou mais barulhento, como se a vegetação sussurrasse entre si sobre o intruso.

“É este o lugar?” Albus caminhou com firme resolução à cabana, determinado e de punhos cerrados.

Creak!

Ao abrir a porta, fez uma careta devido ao cheiro desagradável e entrou. Por ser pequena, não precisaria passar muito tempo lá e abriu a única porta dentro da sala. Era um espaço pequeno e sujo, no entanto, os seus olhos pousaram na pessoa sentada na cama suja.

— Evelyn — murmurou.

— Albus? Albus, é você? — A jovem abriu os olhos como se estivesse com medo. Não havia como não reconhecer a voz dele.

— Sim, sou. — Tirou o capuz e deu um passo à frente, a luz das estrelas o iluminando.

— É realmente você…! — Lágrimas brotaram nos seus olhos. Ela saiu da cama e pulou nos seus braços.

— O que aconteceu, Evelyn? Por que está aqui?

— Eu não sei — gaguejou, chorando — Quando acordei, estava em uma montanha. Eu estava todo dolorida, e a minha cabeça parecia que ia rachar. Aí… aí… eu e você…!

— Você estava nas montanhas quando acordou?

— Sim.

— É mesmo verdade?

— Sim, sim…

Ela ficou um pouco assustada com o tom ameaçador dele, porém, ele não prestou atenção nos sentimentos dela e estendeu um dos dedos para ela. O anel nele brilhava estranhamente.

— Um… Albus…?

Tinha medo misturado na voz dela, entretanto, ele nem piscou. Os seus olhos, antigamente doces, eram frios.

— Tch! Como esperado, o controle mental passou.

— O quê você quer dizer?

— Foi o que eu disse, Evelyn. — Ele soltou o aperto para segurar com força os ombros dela, a machucando — Eu planejei tudo isso.

“‘Diga a ela tudo o que fez e deixe-a em desespero’… Não sei que valor ela tem para serem tão obcecados por ela, mas posso sobreviver com isso. Foda-se o coração dela.”

— Você… sério?

— Sim. — Sorriu. Não um sorriso adorável, mas o sorriso de um monstro — Vim te controlando há bastante tempo. Não foi tão difícil, já que você estava tão apaixonada por mim. Foi um pouco cansativo descobrir o que você gostava e como ganhar o seu carinho, mas, no final, consegui.

— A-Albus… o que você está dizendo?

— Cale a boca e ouça. O controle mental que pus em você é simples. Se eu te der um sinal, você ataca a pessoa na sua frente, e se eu me colocar no meio… — Aproximou os seus rostos para que sussurrasse no ouvido dela — Você me apunhala.

— Urgh! — Ela empurrou o peito dele para longe.

— Fiz de modo que eu não recebesse uma lesão grave para que você fugisse na hora. Foi muito difícil fazer o seu físico fraco ir além dos limites, mas você cumpriu bem o seu propósito. Se tivesse ido para aquele maldito lago, tudo teria sido perfeito.

— V-você não me ama?

— Amor? Ei, Evelyn, acorde. Somos nobres, e de alto nível. Devemos ser ambiciosos e aspirar o poder. Esse é o critério decisivo que nos separa da classe baixa; pelo menos, é o que penso. Mesma coisa com o nosso noivado. Você não era ruim como noiva em termos de status, mas se eu tivesse a chance de ter uma melhor, eu não seria estúpido se perdesse isso?

— E-então você nem ligava para mim!

— Por que uma filha de uma família que logo teria um status inferior ao meu seria de alguma importância? O seu pai, irmão e o meu pai eram pessoas sem um pingo de ambição. Casamento para paz entre as duas famílias? Não me faça rir! Um nobre avança pisando no rosto dos inimigos! Vocês quatro foram perdedores por quererem! Já eu, procurei conseguir tudo e viver a vida da nobreza, como sou destinado a viver!

A pessoa que ela amava não existia, e sim um monstro sedento por poder. Um daqueles que venderam a sua alma estava na frente dela. Ela deu um passo para trás e desabou na cama, fazendo ele achar que ela tinha perdido a esperança.

“Bem, será mais fácil para mim assim.”

Desta forma, cumpriria a sua missão. Ele deu alguns passos para mais perto, entretanto, foi parado por uma voz.

— Mente mais que político. Ah, é, meio que você é um.

— Quem é?!

— Te ouvi bem, mas este lugar não é muito pobre para gritar a sua filosofia grandiosa? Imagina só se eu te confundo com um rato.

— Eu perguntei quem é! — Albus tirou a sua espada, olhando para trás.

— Fui eu quem atrapalhou o seu plano. Entenderia se eu dissesse que levei Evelyn embora ou você tem merda na cabeça, seu retardado?

— O quê? Desgraçaaaaado!

Clash!

A pessoa na frente dele bloqueou com facilidade.

— Imbecil sem cérebro.

Uma força enorme o empurrou para fora, quebrando uma das paredes da cabana e derrubando pedaços de madeira nele. Zich saiu do novo buraco da parede.

— Considerando os seus planos elevados, você não é muito fraco? Fala menos e faz mais.

Albus correu de novo e brandiu a espada. Da mesma forma, Zich brandiu Windur. Era fácil ver quem era mais forte. Comparado ao nobre, cujo rosto estava completamente vermelho, Zich aparentava estar até entediado.

Ele chutou o abdômen de Albus, o fazendo rolar no chão para trás.

— Ei, levanta. O pica das galáxias não deveria cair só por isso.

De novo, ele chutou Albus, que largou a espada. Então, levou a Windur bem na frente do pescoço do nobre, humilhado, e pisou no seu peito.

— Isso é prova o suficiente, Evelyn? Este cara não está interessado em você. A única coisa em que ele está interessado é nos próprios desejos — disse Zich, olhando para a cabana.

Lentamente ela saiu, dando de cara com Lyla, que saiu das sombras pro lado de Zich. Um estranho casal… era familiar.

— Vocês são a plebe pobre que frequentemente visitava Ev…!

Tum!

— Está chamando quem de “plebe pobre”? Olha a boca, vagabundo, que eu tenho honra.

Não era algo que ele pudesse dizer, mas ninguém contradisse as suas palavras.

— O que vai fazer com ele? — perguntou Lyla, fria.

— Verdade, o que devo fazer? Mato?

Albus congelou. Uma palavra da qual ele pensou ter escapado voltou para assombrá-lo de novo.

— E-espera… — Levantou a mão — S-se você me matar, você também não estará segu…!

— Cala a boca, maluco chato!

Dessa vez, ele foi pisado no rosto. Até se contorceu freneticamente, tentando fugir, contudo, ao sentir a lâmina fria da Windur no pescoço, parou. Ele virou um covarde, diferente de antes.

— Eu… eu quero falar com ele um pouco — falou Evelyn.

— Vá em frente — respondeu Zich — Ei, você, levante-se.

Swish!

— Ugh! Isso…

Lyla amarrou Albus com a corda de luz que surgiu a partir de um feitiço. Era tão forte que, mesmo quando ele tentou usar mana, a corda não se mexeu.

— Para de perder tempo e fica quieto, meu irmão.

— Poder era tão importante para você? Responda de coração.

— Me fazer essa pergunta prova quão ingênua você é. O poder é a única virtude que um nobre deve buscar. Com ele, qualquer absurdo ou injustiça se torna aceitável. Eu não vou dizer nada de ruim para você. Só me deixe aqui e fuja. O seu futuro neste reino acabou, de qualquer maneira.

— Está dizendo que eu deveria apenas aceitar?

— E o que vai fazer a respeito? Vai me arrastar para fora e dizer que foi incriminada? Tarde demais. A pessoa que você atacou é o filho do homem mais poderoso deste país.

— Não fui eu quem o atacou.

— E como vai provar? As únicas pessoas que vão ouvi-la são os dois ao seu lado. Além disso, o seu pai ou irmão não poderão salvá-la nem se virem aqui.

— Foi você quem me controlou!

— E eu perguntei como é que você vai provar isso. Apenas admita, o seu futuro nesta nação acabou.

Ela cerrou os dentes por um momento, ergueu o punho e avançou para bater no queixo de Albus. Com um grito agudo, ele desmaiou.

Observando por trás, Zich bateu palmas.

— Aí! Ótimo trabalho! Eu falei que praticar ia valer a pena!

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