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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 165

Capítulo 165

Essas palavras foram o fator decisivo. Midas sentiu a visão ficar embaçada, tonto. A única coisa refletida nos olhos dele era Zich. Embora os empregados da casa de leilões se sentissem desconfortáveis com o comportamento estranho, continuaram o trabalho.

— E-então, vamos levar esta carruagem, senhor.

Os cavalos na carruagem não mostraram resposta, nem mesmo ganhando em alívio de serem libertados das sufocantes. Eles estavam todos com medo de se mover, por causa de uma existência que continuava exalando uma aura aterrorizante.

— Hã? Qual é o problema deles?

Não eram só os da carruagem dourada, mas o de todas as outras. Os cocheiros ficaram atordoados. Os guarda-costas que protegiam os ricos clientes estavam de guarda. Então, um dos funcionários pegou uma caixa mágica para pôr o veículo. Ao se aproximarem, se sentiram aliviados por Midas estar apenas descontente e não ter usado força.

Não era agradável estar perto de uma pessoa zangada ao extremo.

“Devo terminar logo com isso.” O funcionário levantou a caixa mágica. De repente, Wips agarrou o seu pulso fortemente.

— O-o que está fazendo, senhor!?

— Espere. Preciso da carruagem agora.

Na verdade, o que ele precisava agora era de poder o suficiente para pisar no rosto sorridente e irritante de Zich. Entretanto, o figurante, que não sabia da sua situação, pensou que Midas estava sendo absurdo. Este era o seu problema pessoal, afinal. Não era da conta deles.

— Isso é impossível, senhor. Se quiser ela de volta, nos dê o dinheiro e os juros que nos deve agora.

Do ponto de vista deles, era uma questão de dinheiro e confiança. Mais outros se aproximaram para restringi-lo, mas ele era incapaz agora de fazer julgamentos sólidos e continuou a olhar para Zich.

Zich se levantou e meteu o pé dentro da casa de leilões.

Flip!

O homem afastou o braço do funcionário, que deu um grito ao cair no chão. Wips não mostrou preocupação e passou a mão na carruagem.

— Já te disse que você não pode pegá-la! — gritou um, numa grande demonstração de ética comprometida

— Subjuguem-no!

Aquele não era mais um cliente pagador de juros. Era um incômodo; um ladrão.

Os guardas ergueram as lanças e correram para ele. Tudo era confuso, contudo, ainda estava em um nível controlável, onde um problemático causou um tumulto. Assim, as pessoas nos arredores não fugiram tão rápido, só mantiveram distância.

A situação não demorou para piorar.

Swish!

Em um piscar de olhos, espetos de ouro nasceram da mão de Wips e perfuraram os peitos dos seguranças enquanto corriam em direção a ele, deixando vários buracos enormes. Os guardas reviraram os olhos, como se não conseguissem acreditar, e desabaram mortos.

— Uaaahhhhhh!

— Nem fodendo! Socorro!

Todos os espectadores, ansiosos, gritaram. Aguardavam trocas de golpes, no máximo, para não ver vários morrerem. O restante dos empregados de pé recuou sem demorar mais.

Um da equipe de segurança puxou uma pequena flauta e enviou um sinal para o além. Então, correram ao homem mais uma vez.

Pop!

A cabeça de um segurança sumiu quando o teto dourado saiu e a atingiu. Outra pessoa morreu, e os arredores ficaram mais caóticos. Carruagens colidiram umas com as outras enquanto lutavam para sair primeiro, fazendo com que alguns cavalos pisassem em humanos. Os tão mesquinhos que amavam ver o sofrimento dos pobres estavam em pânico, causando imensos danos na fuga.

A única atenção de Midas estava em Zich, que havia entrado.

Sem nem um cavalo puxando, o veículo passou a se mexer sozinho atrás do dono.


“Começou.”

Na cadeira, Zich observou a situação do lado de fora, satisfeito. Tudo ia de acordo com os seus planos nada muito incríveis. Somente queria duas coisas: Wips Midas e a casa central de leilões de Tyroul. Com o propósito de fazer “bons atos”, precisava se livrar de Midas, um futuro demônio, e do mercado negro, que negociava o ilegal.

No início, ele pensou em revirar o lugar todo. Porém, isso significaria que ele teria que entrar em uma guerra total contra toda a cidade. Não sabia o quão envolvida a cidade estava no assunto, mas tinha certeza de que o mercado negro possuía apoio.

Ele também cogitou em usar a sua autoridade como cavaleiro honorário karuwiman, entretanto, as coisas ficariam piores. A partir daí, se tornaria uma batalha de verdades entre ele e Tyroul. Além disso, os ricos patronos do mercado negro encontrariam as próprias maneiras de contê-lo e complicar tudo.

Uma invasão à mão armada era uma, mas uma ideia melhor brotou na mente dele. “Já que tenho que me livrar dos dois, de qualquer jeito, por que não os faço brigar?”

Com isso em mente, traçou o esquema. Era simples: ia fazer Midas gastar uma quantia exorbitante de dinheiro a ponto de ficar em dívida. Usariam a carruagem dele como garantia, o deixando tão irritado que usaria o seu poder sem pensar…

“Já que o poder dele depende da carruagem, com certeza vai fazer isso. E, naturalmente, tentarão impedi-lo de pegá-la.”

A única coisa que faltava era eles entrarem em conflito. Por lidar com itens preciosos, a riqueza geral e a força da casa eram significativas. Além do mais, se a comoção se tornasse muito grande, os militares oficiais da cidade seriam enviados para suprimir a comoção.

“Mas teriam que ir contra ele.”

Mesmo que fosse, de modo considerável, mais fraco do que o Áureo Castelo, ele ainda era um indivíduo que mais tarde seria chamado de demônio.

“Alguém não disse que as coisas mais divertidas de assistir eram brigas e coisas pegando fogo?”

Zich estava preparado para desfrutar daquilo ao máximo. Ele pegou rum barato da caixa mágica, abriu e tomou. Ao sentir o alto teor de álcool, o cheiro de bebida barata exalou da boca dele.

Uma explosão barulhenta pôde ser ouvida do lado de fora.

“Cachacinha de esquina é a melhor para assistir a uma luta!”

Ele passou pelas pessoas que estavam distraídas com a explosão alta do lado de fora e entrou. Os funcionários estavam se movendo com pressa, e quase ninguém prestava atenção nele. Alguns o notaram, apenas para serem derrubados logo depois. Após um tempo, alcançou o bar que Midas frequentava e pegou álcool do caro. Do terraço, podia ver toda a cena exterior.

— Não empurre!

— Vaza!

Os clientes do mercado negro começaram a brigar entre si para fugir do raio da batalha. Empurravam e caíam umas sobre as outras; no caos, até os guarda-costas brigavam. À primeira vista, havia feridos e mortos.

“Foda-se, era tudo envolvido. Não tinha nenhuma alminha ali. Se bem que vi coisas piores… Felizmente, enviarão seres vivos só mais tarde. É bom que não precisem fazer parte disso.”

A única razão pela qual enviariam “seres vivos leiloáveis” no futuro seria porque não queriam que os tais seres cavalgassem com eles em carruagens caras. Devido ao motim atual, o dano àqueles que seriam leiloados poderia ser muito evitado.

Zich afastou os olhos das brigas dos clientes e desviou o olhar para o centro da batalha.

— Defendam!

— Ele não é um cara comum! Não fiquem sozinhos!

— Alguém chame os guardas da cidade!

Os guardas estavam cercando o homem. Por ser a casa de leilões mais renomada do mundo, tinham muitos sob o seu comando e podiam continuar trazendo mais. Não foi suficiente para bloquear o ouro.

A carruagem dourada que seguia devagar atrás de Midas mudou de forma e disparou grandes pontas da sua superfície. Os dois mais próximos perderam a vida.

— Seu filho da puuutaaaaa! — gritou um segurança, apontando a lança com uma mana significativa rodeando a ponta.

A lança derreteu, tornando-se líquido.

Puck!

O ouro torceu e explodiu o guarda. A carruagem perdeu a forma, ainda continuando a se mover. Se assemelhava a um nojento caroço rastejando no chão, até que se expandiu de novo e cercou o portador do poder. Foi uma visão assustadora.

— Que porra é essa?!

Mesmo que tivessem passado por todos os tipos de experiências, foi a primeira vez que experimentaram algo assim. Apesar do número muito superior, ninguém pôde se aproximar dele.

Desta vez, foi ele quem deu o primeiro passo. O pedaço enorme de ouro disparou vários picos longos, pesados e poderosos.

Druum!

Os guardas circundantes foram aniquilados, morrendo de muitos modos diferentes. Alguns foram empalados; outros foram esmagados; outros foram atingidos por detritos. Todavia, havia uma semelhança entre todas as causas: ninguém morreu sem brutalidade. Os gritos deixavam isso bem claro.

Embora estivessem encarregados de proteger o mercado negro, no fim, eram simples guardas incapazes de lidar com o sobrenatural. Porém, Midas não deixou ninguém que se opusesse a ele escapar, esmagando cada um e criando uma cacofonia arrepiante de ossos sendo triturados em alto e bom som.

Olhando para os cadáveres, Zich não sentiu tanta coisa.

“É, vieram por que quiseram. Ninguém botaria uma espada no pescoço deles se não participassem desse esquema, mesmo.”

Para ele, eram dignos de serem alvos de “bons atos”.

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