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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 216

Capítulo 216

— É um ritual incrível, certo?

Foi uma pergunta inesperada, mas Renu respondeu com orgulho. Não havia razão para negar, afinal, era o que tornaria a Tribo do Ferro grande, na teoria.

— Claro! Os meus ancestrais gastaram muito tempo e esforço o criando! Está ficando com medo agora? É tarde demais. Você será rasgado em pedaços, como eu disse, e…!

— Ah, já ouvi o suficiente — Zich o interrompeu. Não precisava ouvir as ilusões inatingíveis do rei. — Admito, é mesmo incrível.

A mana da árvore era mesmo imensa. Ele podia sentir isso de pé na sala onde ela estava. Assim, um ritual que pudesse controlá-la era, com certeza, extraordinário.

“Eles devem mesmo ter usado tudo para criá-lo em segredo.”

— Mas não é perfeito, não é?

— Você quer insultar o ritual que os nossos ancestrais criaram?!

— Tô mentindo? Não importa o quão grande seja, a diferença entre o poder de vocês e o da árvore é muito grande, como uma formiga e uma pessoa. Para compensar essa diferença, ele tem que ser irritantemente elaborado.

Ele ergueu a Windur bem alto, deixando Renu nervoso.

“Essa espada é…”

Surpreendentemente, era a espada que ele usou para abrir a sala. Devido à batalha agitada, o rei não teve a chance de olhar com cuidado, mas agora pôde dar uma olhada mais de perto.

— Esse tipo de ritual sofisticado deixará de existir se qualquer tipo de anormalidade acontecer dentro da árvore. Falei merda? A maneira de lidar com isso é simples: só tenho que mudar além do que calcularam.

— Por que não tenta, se puder?

“É sério? Eu não aguento mais”, riu.

Ao pensar no rosto confiante do elfo se transformando em um de humilhação e raiva despertou a sua ânsia pelo seu passamento sombrio. Sempre que um inimigo exibia esse comportamento, sentia felicidade genuína. Ele havia prometido a Lyla que não pretendia se tornar o Lorde Demônio por um tempo, mas não significava que ele desistiria desse passatempo.

— Há algum tempo, vi uma árvore única, sabe? Quando me aproximei, a minha espada de repente ressoou com ela. Como essa daí é muito especial, acho que é semelhante àquela vi antes. Não acha que ela também ressoaria? Ah… e o mais importante é que a própria espada assegurou que eu estou certo.  — Deu três passos à frente. — Se eu fizer isso, o que acha que vai acontecer com o seu ritual?

Craaaaaaackle!

As chamas logo irromperam da árvore de fogo.

— O-o quê!?

Embora as chamas fossem fortes, sempre seguiam a mana; com as ações de Zich, começaram a saltar loucamente, se libertando do controle élfico.

— Parem-no! Parem-no de alguma forma! — gritou Renu, juntando mana com os anciões, que estavam usando a força vital para ajudar, visto que estavam no limite.

O poder do fogo enfraqueceu um pouco. Parecia que estava sob controle, mas ele aumentou de novo. Os anciões suavam sem parar, e alguns estavam até sangrando pelo nariz. Era uma batalha entre as chamas furiosas e aqueles que tentaram contê-las.

— Ah! O esperado aconteceu. — murmurou Zich enquanto caminhava em direção aos elfos, se divertindo vendo as vívidas chamas. — Como estão? Dá pra aguentar?

Renu não respondeu. De olhos fechados e concentrado, não podia nem se dar ao luxo, pois, como o ritual ainda não estava destruído por completo, ele acreditava que ainda havia algumas partes do fogo que os protegeriam.

— Ei, ei, não me ignorem. Como está a situação? Qual é a sensação de ter chamas ardentes rugindo sobre vocês? Eu só interferi porque vocês falaram. Não é incrível? É que nem vidro rachado: se você tocá-lo de leve, ele se despedaça. Ou é mais como um castelo de areia? Me pergunto como aqueles idiotas que levaram milhares de anos para fazer isso se sentiriam. Desculpe, insultei os seus ancestrais? Não era a minha intenção. Acredita em mim, certo? Digo, vamos lá, pense em nosso relacionamento.

Renu não respondeu nada. Nada.

— Uau, você é mesmo muito bom em suportar. Você é bem donzelinho, então pensei que desistiria depois de alguns segundos.

Nada.

— Tudo bem. Acho que terei que elogiá-lo, já que trabalhou tanto. Eu gosto mesmo de pessoas trabalhadoras. Quando assisto a vidas patéticas sem um pingo sequer de talento rastejando feito insetos, até começo a pensar no significado da vida.

Nada.

— Ah, qual é o sentido da vida?! Por que você nasce se tudo o que você faz perseguir um sonho inalcançável? Tudo o que consegue fazer é orar com uns cabeças-brancas para encontrar um fim trágico! Qual é o sentido de tal existência?!

Nada.

— Bom, você está indo muito bem! Estarei torcendo por você. Trabalhe duro, trabalhe duro!

Nada.

— Ei, ei, ei! Se concentre um pouco mais! O segundo velhote ao seu lado já tá com o pé na cova! Ele é um dos anciãos da sua preciosa tribo, não pode deixá-lo morrer! Poxa, matei ele pra você! Não vai ser muita pressão sobre você agora. Tem que trabalhar mais para compensar essa lacuna!

Crek!

Sangue escorria da boca de Renu; ele cerrou os dentes com tanta força que as suas gengivas entraram em colapso. Aqueles ao lado dele também estavam vermelhos de raiva e humilhação. Foi porque as suas mentes estavam perturbadas? Ou acabaria assim de qualquer maneira? Eles perderam completamente o controle de uma chama.

Um dos anciãos teve muito azar, porque foi atingido no corpo. Não foi com a força total da chama, mas foi o bastante para ele ter que ser queimado vivo. O único conforto que tinha era que ainda possuía a boca para gritar, e isso sinalizou o início do colapso do ritual. Podia ter sido porque ele não era mais capaz de ajudar, ou porque os outros ficaram tristes com a morte do companheiro, mas o ritual agora estava mais fraco de modo significativo.

Graças à conexão de Windur, a árvore de fogo foi forçada a entrar em fúria. Era uma visão majestosa, mas também horrível. As chamas furiosas começaram a se espalhar para o resto da sala.

Um dos velhos parou o ritual e conjurou magia de água pros companheiros, porém não adiantou de nada. Por outro lado, ele foi varrido pelo fogo. Gritos irromperam do lado de fora da sala também. Elas pareciam ter se espalhado para outras partes do castelo e, ainda assim, não puderam se aproximar de Zich.

— Você é mesmo útil. Foi ótimo ter te escolhido ao invés da Tornium, Windur. E essa luz vermelha? Ficou orgulhosa, é?

— Voocêeeee!

Já não tinha mais volta. Os anciãos correram para Zich a fim de tentar pelo menos matá-lo antes de morrerem. Apesar de nem se importarem com as chamas os cobrindo, partiram com tudo para cima dele, que os comparava com moscas. Com apenas um balanço, ele conseguiu cortá-los ao meio. Sem poder alcançá-lo, se transformaram em cadáveres incendiados.

Uma bola de fogo caiu sobre eles, os transformando em cinzas. Com isso, os dois últimos. O único que restava era Zich, que segurava a Windur e o rei, que também era evitado pelo fogo, assim como aconteceu quando a porta foi aberta. As chamas não o evitaram por inteiro, claro, então ele ficou com graves marcas de queimaduras. Entretanto, todo o resto encontrou a sua morte.

Pensando nesse evento, ele pensou que havia uma maneira de o rei evitar o fogo. Por isso, andou na sua frente, mas o elfo não conseguia nem levantar a cabeça.

— Já bateu o sono, carente? — disse Zich, a voz amigável.

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