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Damn Reincarnation – Capítulo 381

O Abismo (5)

Após navegar por cerca de meio dia, avistaram uma série de ilhas, grandes e pequenas, aninhadas bem juntas.

Uma vila rudimentar podia ser vista em uma das ilhas.

Era a vila onde viviam os piratas que seguiam Iris, mas agora, nenhum sobrevivente podia ser visto na vila. Os milhares de piratas que ali residiam haviam se transformado em monstros entrelaçados pelo poder negro de Iris e, eventualmente, foram reduzidos a cinzas quando o poder negro da Rainha Demônio foi dispersado.

Ao passar por várias ilhas, uma ilha grande com o símbolo representando o Rei Demônio da Fúria entrou em cena. Era gritantemente óbvio que era um reduto onde Iris e os elfos negros haviam residido. Eugene, Sienna e Anise se voluntariaram para explorar.

— Pode haver remanescentes de energias perigosas relacionadas à Rainha Demônio. Os três de nós iremos sozinhos, então, por favor, protejam o navio. — Disse Eugene. Foi um pedido que não encontrou oposição.

Em particular, Ortus, o comandante da força de supressão, concordou fervorosamente. Parecia ter uma fé infinita nas palavras simples de Eugene.

“O Herói”, intonou mentalmente Ortus.

Inicialmente, Ortus não favorecera Eugene; achava Eugene excessivamente rude quando conversaram na Marcha de Cavaleiros.

A próxima vez que se encontraram foi quando Eugene e seu grupo atacaram furtivamente Laversia, e não cultivou nenhum sentimento bom naquela ocasião também. Em vez disso, Ortus só tinha experimentado dificuldades com Eugene.

No entanto, todo ressentimento residual desapareceu durante a batalha contra a Rainha Demônio. Agora, Ortus tinha um profundo respeito, talvez até reverência, por Eugene, independentemente de Eugene ser jovem o suficiente para ser seu filho. Ambos caminhavam pelo caminho dos guerreiros, e Ortus não pôde deixar de ficar profundamente impressionado com cada movimento que Eugene demonstrou na batalha contra a Rainha Demônio. A destreza marcial de Eugene não era nada menos que divina, reavivando o fogo no espírito guerreiro de Ortus que estava desaparecendo.

“Eugene Lionheart. Ele é… o que há de melhor entre nós. Ele é o verdadeiro herói, além do que o mundo proclama.” Os pensamentos de Ortus quase ultrapassavam a veneração.

O fervor no olhar de Ortus era flagrantemente aparente, algo que até Eugene conseguia sentir. Achou um pouco embaraçoso, mas se considerasse os empreendimentos futuros, não era nada ruim ter ganho o afeto e admiração de Ortus, que era o grão-duque e o Primeiro dos Doze Melhores de Shimuin.

“Na verdade, é algo bom”, pensou Eugene.

Desafiar o Rei Demônio do Encarceramento, subir Babel — essas façanhas pareciam impossíveis por enquanto. No pior dos casos, poderiam ser despedaçados por Gavid Lindman a meio caminho da subida. Ao contrário do confronto recente com a Rainha Demônio da Fúria, eles não tinham chance em uma batalha repentina contra o Rei Demônio do Encarceramento. Tinham que se preparar o máximo possível.

Essa preparação incluía aprimorar seu poder divino ao lado das tarefas óbvias de trabalhar em sua magia e na Fórmula da Chama Branca. Anise já havia explicado a ele, e Eugene mesmo podia sentir — ele ganharia mais poder divino à medida que o nome Eugene Lionheart crescesse em fama e reverência.

“Talvez eu devesse pedir que façam uma estátua de mim.” Eugene realmente abrigava tais pensamentos.

Ele havia eliminado a Rainha Demônio da Fúria, o que era um feito muito mais difícil do que sua tarefa original de eliminar a Imperatriz Pirata havia sido. Certamente, a família real de Shimuin não poderia negar seu pedido depois de tudo o que ele fez por eles.

“Talvez em uma praça ou… na frente do coliseu com muitos turistas… eles poderiam colocar uma estátua que pareça exatamente comigo.” Agora que pensava nisso, parecia que seu poder divino aumentaria apenas por ter Ortus ficando na frente da estátua a cada dois meses.

Quanto mais Eugene pensava sobre isso, mais razoável parecia.

— Isso nem pode ser descrito como cobrir seu rosto com ouro. Você está cobrindo com diamantes. É pura vaidade. — Respondeu Sienna com uma careta depois de ouvir o plano de Eugene.

— Isso realmente é para você dizer? — Eugene perguntou de volta. Ele estava genuinamente perplexo.

Vaidade? Ele teria entendido se qualquer outra pessoa tivesse dito, mas Sienna, de todas as pessoas? Para ser completamente honesto, Sienna não tinha sido a mais irritantemente vaidosa entre todos os seus colegas há trezentos anos?

Anise não gostava de ser venerada como uma Santa em Yuras. Ela estava longe de querer ser idolatrada.

Moron de fato havia feito uma estátua de si mesmo na capital do Reino Ruhr, mas também servira para comemorar Hamel.

Então, havia estátuas de Vermouth na propriedade da família Lionheart e na capital de Kiehl. Mas… Vermouth teria sido obcecado com suas próprias estátuas?

Por outro lado, Sienna havia sido obcecada.

— É um mal-entendido. — Respondeu Sienna mantendo uma expressão séria. — Mesmo trezentos anos atrás, eu não desejava que algo como minha estátua fosse erguida na praça da cidade! Mesmo quando meu retrato estava sendo pintado, eu não sorria e exibia tanto desconforto que o artista teve que mudar minha expressão.

— Apesar do que você está dizendo agora, você sempre se referiu a si mesma como a ‘Sábia Sienna’ todos os dias. — Comentou Eugene de forma seca.

— Isso é… é uma questão diferente. Eu sou diferente agora do que era há trezentos anos. Além disso, bem, é um fato que eu sou a Sábia Sienna! — Retrucou Sienna.

— Realmente… você foi quem se denominou com esse adjetivo ‘sábia’… — Eugene resmungou.

— Eu não inventei! — Gritou Sienna em negação.

— Por que você está negando um fato que todo mundo já sabe? — Perguntou Eugene.

Era um fato bem estabelecido que o maldito conto de fadas era um trabalho colaborativo entre Anise e Sienna. No entanto, Sienna ainda negava ser a autora…

Tum.

— Por favor, ignore as palavras tolas de Sienna. Elas não valem a pena ouvir. — Disse Anise enquanto dobrava suas Asas de Luz após pousar na ilha. — Estou com Hamel nessa. Concordo com sua opinião. Ídolos são uma maneira fácil e conveniente de atrair adoração. Mas acho que métodos ainda mais audaciosos podem ser usados para essa questão.

— Métodos mais audaciosos? — Eugene perguntou, intrigado.

— Como fazer o papado reconhecê-lo como um santo da Religião da Luz e erguer estátuas de você por toda Yuras. — Explicou Anise.

A boca de Eugene ficou aberta pela metade depois de ouvir sua proposta.

— Por que você está surpreso? Embora não anunciado oficialmente, você já é considerado um santo na Religião da Luz. — Disse Anise.

Era de fato uma declaração óbvia. Eugene havia sido apelidado de Herói pela Religião da Luz.

Desde trezentos anos atrás, o mestre da Espada Sagrada Altair era chamado de Herói. Na verdade, Vermouth ainda era considerado um dos santos na Religião da Luz até hoje, e mais de dezenas de estátuas de Vermouth foram erguidas em Yuras.

— Na verdade, mesmo que não peçamos, isso é algo que o papado fará por si só. — Explicou Anise.

Se o fato da subjugação da Rainha Demônio da Fúria se tornasse conhecido, não havia como Yuras, uma nação de fanáticos, ficar parada. Eles proclamariam ansiosamente que o Deus da Luz estava com Eugene e acabariam erguendo uma estátua dele na Praça do Sol.

— Erguer estátuas não é o único método, certo? — Sienna seguiu atrás de Eugene e Anise com uma tosse falsa. — Você poderia realizar mais feitos que tornariam seu nome conhecido assim, certo? Felizmente, Eugene, ainda há muitos malditos para você matar.

Malditos a serem mortos.

— Amelia Merwin, Noir Giabella, Gavid Lindman. — Eugene os listou com um brilho frio nos olhos.

— A mais fraca é aquela bruxa negra Amelia Merwin. — Respondeu Sienna enquanto estreitava os olhos.

— Para ser honesto, ainda é difícil lidar com Noir Giabella. — Eugene resmungou com uma careta.

Eles haviam conseguido esfaquear Noir com uma adaga enquanto ela possuía Scalia… mas isso foi apenas para afastar Noir. Não teria causado danos graves à ela própria.

— Gavid Lindman pode estar ficando mais forte junto com o Rei Demônio do Encarceramento, mas Noir Giabella é diferente. Sua ganância pode ser a maior entre os demônios, certo? — Disse Sienna.

Eugene concordou com essa afirmação de todo o coração. Noir Giabella era gananciosa. Não havia outra palavra para descrever. Ao longo desses trezentos anos, provavelmente não havia outro demônio que aumentou seu poder e status tanto quanto Noir fez. Mesmo neste momento, seu poder e status estavam aumentando. O estúpido Parque Giabella tinha dezenas de milhares de visitantes diariamente, e a energia que os visitantes ofereciam aumentava a força de Noir Giabella.

— Falando em estátuas, Sir Eugene, por que você não trouxe a estátua de Agaroth? — Kristina perguntou enquanto diminuía o passo e ficava ao lado de Eugene.

Eugene tossiu suavemente evitando o olhar brilhante de Kristina. — Senti que era certo deixá-la lá.

— Então… é isso mesmo? — Perguntou Kristina.

— Mesmo que seja minha vida passada, eu mal lembro de qualquer coisa. Tentar lembrar pode apenas causar mais confusão… Afinal, é algo do passado. — Explicou Eugene.

Foi por isso que ele deixou aquilo no abismo. Encarar a estátua de Agaroth poderia potencialmente levar a sentimentos desnecessários. Hamel era de apenas trezentos anos atrás, e sua memória era do ‘mesmo mundo’, mas Agaroth… isso não era um passado distante de tempos imemoriais, uma era completamente diferente?

“Ele teria me contado se eu tivesse perguntado?” Eugene não pôde deixar de se perguntar.

Se ele tivesse pedido ao Rei Demônio do Encarceramento as memórias de Agaroth, ele teria permitido que Eugene se lembrasse? Independentemente de ser possível ou não, não parecia que teria sido fácil. O Rei Demônio do Encarceramento provavelmente teria pedido algo em troca… ou se vangloriado de que contaria a Eugene assim que chegasse à Babel.

Por outro lado, Kristina sentiu arrependimento. “Eu queria vê-la.”

O atual Eugene Lionheart, Hamel Dynas de trezentos anos atrás, e o antigo Deus da Guerra, Agaroth — Kristina queria saber tudo sobre Eugene.

— Como está a Fórmula da Chama Branca? É a mesma coisa? — Sienna perguntou enquanto levantava seu cajado.

Em vez de responder verbalmente, Eugene demonstrou o uso da Fórmula da Chama Branca.

Sete Estrelas… não, ainda poderia ser chamado de Sete Estrelas? Apesar da rigidez em seu corpo pelos efeitos colaterais da Ignição, graças a um pouco de descanso, ele pôde acender uma pequena chama.

Whoosh.

Uma chama negra surgiu da ponta do dedo de Eugene.

“Não há Estrelas,” Eugene pensou enquanto se inspecionava.

As Estrelas eram um símbolo da Fórmula da Chama Branca. O número de Estrelas determinava o estágio da Fórmula da Chama Branca. Mas agora, não havia Estrelas dentro de Eugene.

Uma transformação na Fórmula da Chama Branca foi induzida por várias coisas — a malícia de Eugene e a intenção assassina em relação à Rainha Demônio, o poder divino de Agaroth e a vontade de Eugene. A mudança persistiu dentro da Fórmula da Chama Branca.

“As Estrelas se foram… mas o Núcleo não está,” Eugene percebeu.

A Fórmula do Anel de Chamas foi concebida usando o Eternal Hole como base, criando novas Estrelas dentro da rotação das Estrelas. Agora, dentro de Eugene, havia um universo nascido da evolução da Fórmula do Anel de Chamas. A chama nascida desse universo era completamente negra, parecendo um céu noturno abraçando as estrelas.

— A Senhora Carmen gostaria, eu acredito. — Disse Kristina com um sorriso.

— …… — Eugene decidiu ficar calado diante dessa perspectiva.

— Uma cor que não combina com o Herói… mas Sir Eugene ainda permanece nobre e sagrado. — Kristina sussurrou com as mãos unidas em oração.

Do outro lado, Sienna desdobrou um feitiço de exploração enquanto observava a chama de Eugene com um sorriso astuto antes de comentar:

— Era verdade antes também, mas agora, sua mana está… muito… poderosa. É violenta e alienígena.

A mana na atmosfera estava em sua forma mais pura. Quando essa mana residia dentro de um humano e se manifestava através da vontade, misturava-se com a disposição da pessoa.

A partir da Sexta Estrela em diante, a Fórmula da Chama Branca passava por mudanças dependendo da disposição de cada um. Mas a Fórmula da Chama Branca de Eugene não era mais reconhecível como a especialidade dos Lionheart. Tudo o que permanecia um pouco semelhante era que a mana subia como chamas. Todo o resto havia mudado demais sob a influência de Eugene.

—Violenta e alienígena demais.

— Isso é melhor. — Resmungou Eugene enquanto extinguia a chama.

Somente depois de se recuperar completamente ele poderia testar e verificar várias coisas com seu novo poder. Isso era impossível fazer no momento.

“Preciso verificar a Espada do Luar também”, Eugene pensou em outra coisa que precisava de sua atenção.

Por que ela havia se descontrolado, e havia risco disso acontecer novamente no futuro? Se sim… deveria ser destruída? Ou deveria ser selada?

Eugene soltou um suspiro profundo.

— Achei. — Disse Sienna enquanto recolhia seu cajado.

Parecia que não restava um único sobrevivente na ilha onde os piratas haviam ficado. O mesmo era verdade para os reféns sequestrados pelos piratas e os trabalhadores que haviam sido levados da vila. Iris, que se tornou a Rainha Demônio, transformou todos os humanos que via em seres monstruosos. No entanto, ainda havia sobreviventes nesta ilha. Sienna flutuou lentamente para o alto no ar. Eugene e Kristina, também, foram elevados pela magia de Sienna.

Kukuku– kung!

O chão vibrava e começava a se mexer. Embora Sienna não estivesse completamente recuperada da batalha contra a Rainha Demônio, virar a superfície desta área era uma tarefa simples.

— Ela os escondeu muito profundamente. Obviamente, ela não queria que escapassem, não é? — Comentou Sienna.

À medida que o chão era completamente revirado, anões se tornaram visíveis. Todos estavam deitados no chão como se estivessem à beira da morte.

De acordo com as informações fornecidas, deveria haver vinte anões. No entanto, havia apenas quatorze no porão.

— E-Estão mortos. — Quem falou foi um jovem anão que foi o primeiro a recuperar a consciência com a magia divina de Anise.

— Um… não retornou do fundo do mar, e dois morreram devido ao excesso de trabalho na produção de trajes de mergulho. Os três restantes… se mataram batendo a cabeça no forno. — Falou o anão enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.

— O-Onde está a Imperatriz, ahah, não, onde está a Rainha Demônio? Onde está Sua Majestade? — A voz do anão tremia. Apesar dos maus-tratos, o medo os fazia se referir a Iris como Sua Majestade.

— Ela está morta. — Respondeu Eugene.

Os olhos do anão se arregalaram de choque, — M-Morta? Ela está morta? A Rainha Demônio… está? A Rainha Demônio da Fúria está morta?

— Ela está morta. É por isso que estou aqui agora. — Respondeu Eugene.

— Q-Quem… quem diabos matou a Rainha Demônio da Fúria? — Perguntou o anão.

— Eu. — Disse Eugene de maneira objetiva.

Essa resposta deixou o anão de boca aberta. — Quem exatamente é você… para poder fazer uma coisa dessas?

— Eugene Lionheart.

Um senso de satisfação inundou Eugene ao proclamar sua proeza.

“Eu deveria fazer os anões criarem as estátuas,” ele pensou com satisfação.

Tendo-os resgatado do limiar da fome ou sufocamento subterrâneo, ele imaginou que eles concordariam felizmente em esculpir estátuas em gratidão.

“Eu precisarei trazer alguns deles para a propriedade dos Lionheart.” Eugene não esqueceu de sua missão original.

Ele não tinha intenção de forçá-los.

Mas também não seria necessário. Se sussurrasse a promessa de acesso irrestrito a materiais de dragão para forjar armas e armaduras, os anões o seguiriam ansiosamente para o clã Lionheart sem pensar duas vezes.

Embora uma discussão com a família real de Shimuin fosse necessária, era improvável que eles recusassem a libertação de alguns anões quando ele havia eliminado a Rainha Demônio para eles.

“Para a mansão Lionheart…” Eugene pensou em seu próximo destino.

No momento em que ele se lembrou de sua terra natal, os rostos de Gilead, Ancilla e Cyan surgiram em sua mente.

Todo o seu entusiasmo e felicidade desapareceram de repente.

A expressão de Eugene ficou obscurecida. Com um suspiro, ele virou a cabeça, olhando para os navios ancorados não muito longe no mar. A essa altura, Ciel já deveria ter acordado de seu sono.

“Eu posso levar uns tapas,” pensou Eugene, achando tal coisa improvável para Gilead, Ancilla poderia ser a responsável.

Na verdade, Ancilla teria todo o direito de fazê-lo.

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Flavin
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Flavin
1 mês atrás

Pow o cara vai apanhar por causa da mina kakakakakak sendo que ele mesmo disse pra ela ficar em um lugar seguro e foda

Joao Victor Knevitz Trisch
Membro
Joao Victor Knevitz Trisch
20 dias atrás
Resposta para  Flavin

Porem se ela nao tivesse feito oque fez, Eugene teria morrido, então se forem bater nele ele merece os tapas

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