A Rainha Demônio tentou escapar da zona de alcance, mas falhou. Ela então despejou todo o seu pode negro restante para ativar a habilidade de seu Olho Demoníaco. Finalmente, ela tentou bloquear o golpe estendendo ambas as mãos diretamente.
Mas era impossível. No momento em que o golpe vermelho sangue a tocou, a Rainha Demônio não teve escolha senão reconhecer esse fato. Assim como no passado distante, aquela ‘espada’ fez a Rainha Demônio perceber o significado da derrota.
Seu pai, o anterior Rei Demônio da Fúria, conseguiu escapar de sua derrota, mas… Iris, a atual Rainha Demônio da Fúria, nem mesmo conseguiu escapar.
Luz vermelha se espalhou por toda parte.
— Haha… — A Rainha Demônio riu enquanto dava passos lentos para trás.
Ela não queria baixar a cabeça. Não tinha desejo de ver diretamente o que acontecera com seu corpo. No entanto, sua Intuição levou a Rainha Demônio a perceber muitas coisas. Ela já havia sido derrotada, e a morte estava prestes a chegar para ela.
Uma morte impossível de evitar.
— Haha, hahaha… ha… — A Rainha Demônio não pôde deixar de rir de frustração.
Que tal uma luta final? Mas ela nem mesmo podia fazer isso. Quando estendeu as mãos em direção ao golpe que se aproximava, foi a última luta fútil que a Rainha Demônio poderia ter feito.
— Você… — A Rainha Demônio falou depois de ficar ali em silêncio. — Também viu? Ou talvez, se lembrou?
Havia mesmo necessidade de responder a esse tipo de pergunta? Eugene encarou a Rainha Demônio com olhos frios.
Não havia ferimentos visíveis no corpo de Iris. No entanto, a Espada Sagrada havia cortado fundo a Rainha Demônio. Era impossível para a atual Rainha Demônio ressuscitar desses ferimentos.
Em outras palavras, as palavras que a Rainha Demônio estava falando agora eram as últimas palavras que ela deixaria neste mundo.
— Desapareça. — Eugene resmungou.
Só porque eram suas últimas palavras não significava que Eugene tinha que respeitá-las. Para Eugene, algo como um Rei Demônio era uma existência que nunca deveria ser respeitada ou acomodada. Não, mesmo deixando de lado o fato de que ela era uma Rainha Demônio, Iris em si não era alguém que ele pudesse respeitar.
Na perspectiva de Eugene, Iris era uma maldita vadia.
Como a primeira elfa negra, ela corrompeu muitos dos patrulheiros élficos que uma vez seguiram seu comando e matou brutalmente aqueles que resistiram. Mesmo depois disso, liderando o Exército da Fúria, ela cometeu inúmeros atos que um elfo nunca deveria fazer ao enfrentar outro elfo, enquanto massacrava e pisoteava todos aqueles que haviam sido seus camaradas no passado. Seguindo isso, ela continuou a agir como uma espiã para o Exército da Fúria e matou inúmeras pessoas.
Ele não sabia o que Iris havia feito depois que a guerra terminou. Não sabia em que tipo de encrenca ela havia se metido em Helmuth. Mas isso honestamente não importava para Eugene.
No entanto, ele sabia das coisas que ela havia feito neste mar. Eugene tinha uma opinião específica dela com base no que ela havia feito depois de chegar a este mar.
Muitas pessoas morreram por causa dela. Este campo de batalha era apenas um dos muitos campos de batalha nos quais Eugene escolheu participar. No entanto, ele havia experimentado campos de batalha muito piores do que este.
Se ele se sentisse responsável por cada morte que ocorresse no campo de batalha e permitisse que esse peso o sobrecarregasse de culpa, Eugene nunca conseguiria manter sua sanidade. Mesmo que não tivesse escolhido participar dessa batalha, muitas mais pessoas teriam morrido do que as que morreram ali hoje.
No entanto, em vez de sentir culpa, era aceitável ele sentir raiva. Era saudável odiar seus oponentes. Eugene era apenas esse tipo de pessoa, e mesmo neste momento, estava aderindo a tal comportamento.
Eugene não tinha intenção de ouvir as últimas palavras da Rainha Demônio. Ele não tinha intenção de falar com a Rainha Demônio também. No início, havia sentido algumas dúvidas sobre essa situação em geral. No entanto, atualmente, ele não sentia que havia necessidade de questionar a Rainha Demônio sobre essas dúvidas.
Eugene definitivamente tinha percebido algo das perguntas da Rainha Demônio. Ela havia perguntado se ele se lembrava. Mas, em primeiro lugar, aquilo era algo que havia se originado de dentro de Eugene.
Além disso, nem mesmo havia tempo suficiente para realizar tal conversa com a Rainha Demônio.
Enquanto Eugene ficava ali em silêncio, alguém se aproximou de seu lado.
Era Sienna Merdein. Seus lábios estavam vermelhos do sangue que ela havia tossido. Sienna encarou a Rainha Demônio, e a Rainha Demônio olhou de volta para Sienna, seu rosto estoico e vazio.
— Ha! — Os lábios da Rainha Demônio se contraíram enquanto ela ria.
A Rainha Demônio também não queria deixar para trás palavras de arrependimento nesta situação, considerando tal ato sujo e vergonhoso. Porque, do ponto de vista da Rainha Demônio ou de Iris, ela não havia feito nada de errado.
Quanto a seus arrependimentos sobre sua morte e seus medos, ela se recusava absolutamente a revelar tais coisas diante desses inimigos odiosos.
Então, em vez disso, Iris pronunciou uma maldição:
— Você vai falhar.
Ela despejou todos os seus arrependimentos restantes, raiva, ódio, intenção assassina, fúria e outras emoções cercando sua própria morte iminente na maldição que ela cuspiu.
— Vocês, todos vocês humanos, definitivamente falharão. Vocês nunca alcançarão nada. — A cada palavra que ela pronunciava, o corpo da Rainha Demônio se desintegrava. À medida que seus olhos vermelhos brilhavam com raiva, ela continuou falando: — Vocês nunca, nunca compreenderão o quão monstruoso é o Rei Demônio do Encarceramento. Mesmo que sacrifiquem tudo, ainda serão incapazes de derrotar o Rei Demônio do Encarceramento.
Sua maldição de morte voou como um fantasma sinistro em direção a eles. A maldição que caía dos lábios de Iris fazia o espaço ao redor deles tremer, obscurecendo a mente de Eugene. Eugene sentiu o cheiro de sangue e ouviu os sons de gritos, risos e correntes tilintando.
— Seu futuro será preenchido por um desespero inevitável e irresistível. Seu destino… — Iris pausou antes de explodir em risos frenéticos. — Ha… hahaha! É verdade. Parece que o destino realmente se repete. Assim como, há trezentos anos, Vermouth conseguiu superar a Fúria apenas para se ajoelhar diante do Encarceramento, será o mesmo desta vez também. Porque sempre… sempre foi assim.
Os ombros de Iris tremiam com sua risada. Enquanto a maldição continuava a fluir de seus lábios, a desintegração de seu corpo se acelerava. Iris ergueu o dedo desintegrando para apontar para Eugene e Sienna.
— Vocês… definitivamente… morrerão. — Iris jurou. — Vocês nunca, jamais, serão autorizados a sobr—
— Sua vadia louca. — Sienna, que estava ouvindo silenciosamente, exclamou de repente.
Estreitando os olhos frios e impiedosos, ela voou pelo céu em direção a Iris.
— Eu não sei nada sobre nosso fracasso ou qualquer coisa que você disse, mas, antes de tudo, você está definitivamente morrendo antes de nós, certo? — Sienna provocou.
Bam!
Sua palma aberta bateu na bochecha de Iris.
Sienna continuou:
— No final, sua maldição são apenas as palavras de despedida azedas de uma perdedora, Iris. No final, o que exatamente você deixou para trás como legado? Você até matou todos os elfos negros que a seguiram até aqui. Mesmo depois de ir tão longe, você ainda não conseguiu alcançar nada, absolutamente nada.
Pam!
A mão de Sienna acertou Iris mais uma vez.
— Mesmo depois de se tornar uma Rainha Demônio, o que você fez? — Sienna perguntou zombeteiramente. — Iris, mesmo que tenha se tornado uma Rainha Demônio, nem sequer conseguiu sair deste mar. O mundo nunca conhecerá seu nome ou o nome da nova Rainha Demônio da Fúria. Ah, parece que cometi um erro. Até amanhã, o mundo inteiro conhecerá a Rainha Demônio da Fúria, embora a conheçam como o nome de um idiota que morreu trezentos anos atrás e uma que pereceu nesta era também.
Sienna não continuou a bater em Iris.
Enquanto sacudia seu pulso, ela ridicularizou Iris:
— Você vê o que fez, Iris? Mesmo depois de abandonar sua família, você ainda falhou. E ainda sujou o nome daquele que você tanto amava e estimava, aquele que você tanto lamentou, ‘o Rei Demônio da Fúria’. Você falhou em tudo, mas você… ainda acha que tem o direito de nos dizer que falharemos?
Os olhos de Iris tremeram. Ela abriu a boca para dizer algo, mas a mão de Sienna envolveu a garganta de Iris.
— Sua vida, sua própria existência, não tem significado ou valor. — Afirmou Sienna friamente. — No entanto, para nós… para mim, há algo. Porque pelo menos eu vou aproveitar assistir você morrer. Estou radiante por ver você, a pessoa que eu mais quis matar, morrer sem realizar nada.
Ela ainda conseguia se lembrar claramente dos corpos dos elfos que morreram queimados vivos. Ainda encarando os olhos de Iris, Sienna soltou seu pescoço.
— Trezentos anos atrás, quando derrotamos o Rei Demônio da Fúria, ainda havia pessoas para lamentar a morte de Fúria. Você, Oberon, e seus subordinados. — Eugene finalmente se dirigiu a Iris. — Mas agora, não há ninguém que lamentará sua perda. Em vez disso, eles só vão ridicularizá-la.
O corpo de Iris havia quase desaparecido. Mal havia algo restante dela, nem cabelo, nariz ou lábios. No entanto, as emoções de Iris ainda podiam ser adivinhadas pela maneira como seus olhos arregalados tremiam.
— Então você, que está morrendo aqui e agora, como saberia se vamos ou não falhar? — Eugene exigiu.
Mesmo que ainda tivesse lábios, Iris não tinha vontade de continuar amaldiçoando-os. A realidade que ela se recusara a admitir até o final rasgou todas as suas últimas emoções remanescentes em pedaços. Ela os amaldiçoou para sentir desespero, mas agora era Iris quem sentia um desespero absoluto.
“Ah, aaah.”
Embora sua voz não pudesse ser ouvida, Iris soluçava. Seus olhos, os últimos a desaparecer, tremiam com lágrimas não derramadas.
Finalmente, Iris, a Rainha Demônio da Fúria, desapareceu completamente. Ela se dissipou em cinzas pretas que flutuaram no ar por um momento antes de desaparecer. Os céus escuros instantaneamente ficaram mais claros num piscar de olhos, enquanto o mar vermelho escuro também voltou à sua cor original de azul simultaneamente.
Eugene olhou para a Espada Divina que segurava em sua mão esquerda.
Seu anel havia se despedaçado completamente. A Espada Divina também estava se quebrando gradualmente em pedaços e desaparecendo. Eugene olhou para a Espada Divina com sentimentos amargos e complexos.
— Por que você está chorando? — Eugene levantou a cabeça e perguntou.
Ele havia visto Sienna, que estava ao seu lado, derramando silenciosamente lágrimas.
Enxugando as lágrimas com os dedos, Sienna explicou:
— Porque estou feliz.
Ela não tinha a menor simpatia por Iris. As lágrimas que Sienna estava derramando agora eram lágrimas de satisfação por ter visto a morte de seu inimigo mais odiado desses últimos trezentos anos.
Então, Sienna ficaria deprimida por causa da perda de seu objetivo? Não havia como isso acontecer. Sua vingança só tinha significado porque tinha sido alcançada.
— O que exatamente é essa espada? — Sienna virou a cabeça e perguntou, enxugando algumas lágrimas.
A espada na mão de Eugene… não tinha substância. Não era feita de mana também. Naturalmente, isso significava que não podia ser um feitiço.
A espada parecia ser feita de… uma luz vermelha. Embora agora estivesse fraca e desaparecendo, quando Eugene puxou a espada do peito, ela emitiu uma luz vermelha tão intensa que até apagou a escuridão do Demônio e a Luz da Espada Sagrada.
— É um segredo. — Eugene resmungou.
A luz nos olhos de Sienna ficou afiada com essa resposta.
Inclinando-se em direção a Eugene, ela sondou:
— Um segredo? Neste ponto, que segredos poderiam existir entre nós?
— Eu vou te contar em breve. — Eugene desconversou.
A Espada Divina agora havia desaparecido completamente. Sienna estava teimosamente ao lado dele, mas Eugene não prestou atenção nela. No entanto, Sienna não o repreendeu por isso.
Porque ela sabia exatamente para onde Eugene estava olhando.
* * *
Quando o mar foi separado, Scalia — secretamente Noir Giabella — não ficou tão surpresa com o fenômeno.
O mar foi dividido? O que havia de tão impressionante nisso?
Um estranho fenômeno que separou o mar até o leito do mar, deixando as paredes do mar em pé separadas sem fluir de volta, pode parecer impressionante para os humanos, mas para Noir, não era nada surpreendente. Embora ela não visse sentido em fazer isso, se ela tivesse que fazer, Noir também poderia dividir o mar dezenas de vezes se quisesse.
Quanto à morte da Rainha Demônio?
Isso também não foi uma grande surpresa para Noir. Ela confiara que se Hamel fosse o responsável por enfrentá-la, ele seria capaz de matar a Rainha Demônio. Afinal, ele não poderia avançar para a próxima fase sem primeiro matar a Rainha Demônio da Fúria.
Mais surpreendente do que dividir o mar ou matar a Rainha Demônio foi a espada e a força que Hamel havia manifestado no final.
Outra coisa surpreendente foi o que acabara de acontecer com Ciel.
“Que absurdo”, Noir balançou a cabeça.
Normalmente, Noir nunca teria esse pensamento. Isso porque, como a possuidora do Olho Demoníaco da Fantasia, quase nada existia que pudesse realmente parecer ‘absurdo’ para ela. As únicas coisas que Noir poderia considerar como absurdas e impossíveis de imaginar eram coisas como sua própria morte.
No entanto, o que ela estava vendo agora era algo verdadeiramente ‘absurdo’. Pelo menos, em todos os anos que ela havia vivido até agora, Noir nunca tinha visto algo assim, nem ouvira o menor rumor de que isso acontecesse. E, apesar de tudo mais com que ela havia se intrometido, Noir não havia feito nada para causar esse resultado.
Tudo o que ela havia feito foi sentir simpatia por essa jovem e bela garota que teve um dos olhos destruídos. Além disso, porque ela queria ouvir um agradecimento de Hamel, ela apenas acrescentara sua própria ajuda aos primeiros socorros aplicados aos ferimentos de Ciel.
Não era como se ela tivesse aplicado algo suspeito além desses primeiros socorros. Noir simplesmente derramara a Panaceia da Família Real de Shimuin, que Scalia possuía, na cavidade vazia do olho esquerdo de Ciel.
“Será que um remédio feito de um chifre de dragão azul realmente pode ter esse efeito?” Noir se perguntou.
Mas essa era uma ideia ridícula. Noir nem sequer perdeu um segundo para considerar essa possibilidade. Mesmo que ela aceitasse que a Panaceia da família real pudesse regenerar um olho completamente destruído, e vamos supor que realmente houvesse algo especial sobre esse olho regenerado…
No entanto, era impossível que o resultado fosse um Olho Demoníaco. Ainda assim, Noir lembrava claramente do que acabara de ver. No momento em que ela derramou a Panaceia, não, antes mesmo da Panaceia tocar nela, o olho ausente de Ciel já havia se regenerado.
Mas isso… será que realmente poderia ser chamado de regeneração? Seria melhor chamar de renascimento? Na opinião de Noir, o que aconteceu agora foi o Olho Demoníaco de alguma forma escolhendo renascer naquele lugar. Em primeiro lugar, Olhos Demoníacos eram algo que apenas os demônios poderiam nascer ou receber; mesmo que quisessem, não havia como os humanos possuírem eles.
As correntes de ar vermelho sangue, que subitamente se levantaram da órbita ocular tratada com um elixir e água benta, engoliram toda a Panaceia da Realeza de Shimuin sem derramar uma única partícula. Em seguida, ambos os olhos de Ciel se reabriram como se ambos estivessem lá desde o começo.
Seus olhos ainda tinham o tom dourado do clã Lionheart. No entanto, o olho esquerdo recém-nascido possuía uma tonalidade ligeiramente diferente do olho direito original…
Ciel ficou boquiaberta de choque ao despertar.
Assim como Noir, ela também não conseguia controlar sua surpresa. Com uma mão trêmula, ela tocou cuidadosamente o rosto.
Ela se lembrou de seu olho esquerdo desaparecendo com um som de estouro. Sua visão se tornou vermelha e depois escureceu. Foi onde suas memórias do evento terminaram.
No entanto, o que ela recordou foi o suficiente para saber o que aconteceu. Seu olho havia sido completamente destruído. Ou pelo menos, era assim que deveria ser antes de perder a consciência.
“Então, o que aconteceu?” Ciel se perguntou.
No momento em que recobrou a consciência, uma luz penetrou subitamente no olho que não deveria ser capaz de ver nada. A primeira coisa que Ciel viu ao recuperar os sentidos foi a expressão extremamente confusa de Scalia.
Mas todos os pensamentos de Ciel estavam focados em algo diferente. Mesmo que Scalia estivesse bem na frente dela, os únicos pensamentos de Ciel eram em relação a Eugene.
Ela o havia empurrado para longe e depois caíra para ocupar seu lugar… mas ela não conseguia se lembrar de nada depois disso. Ela… ela teria conseguido salvar Eugene como esperava? E a batalha contra a Rainha Demônio?
Olhando além da cabeça de Scalia, Ciel viu Eugene de pé nos céus ainda escurecidos. Ela viu Eugene simplesmente parado lá enquanto a Rainha Demônio se aproximava dele. No momento em que ela achou que não podia deixar Iris se aproximar mais dele, seu olho esquerdo se aqueceu e começou a pulsar como se tivesse sido tocado por um ferro de solda.
— É realmente um Olho Demoníaco. — Noir sussurrou enquanto examinava de perto o olho esquerdo de Ciel.
O olho de Ciel não brilhava com uma luz intensa. Em vez disso, estava nublado. A íris ao redor de sua pupila preta parecia ter uma tonalidade amarela escura e turva em vez do tom dourado original.
— O que você usou agora foi seu Olho Demoníaco. Mas parece que você o usou sem sequer estar ciente de que estava fazendo isso? — Noir questionou.
Ciel balbuciou:
— Um Olh… Olho Demoníaco…?
Noir sorriu:
— Isso… isso é verdadeiramente fascinante. A escuridão que acabou de bloquear Iris de avançar. Isso foi o poder do Olho Demoníaco das Trevas.
Os olhos de Noir brilhavam intensamente com curiosidade. Segurando firmemente as bochechas de Ciel com ambas as mãos, ela aproximou o rosto de Ciel.
Noir perguntou:
— Por que você, descendente de Vermouth, que carrega o sangue do clã Lionheart, foi agraciada com um Olho Demoníaco? E não apenas qualquer Olho Demoníaco, mas o Olho Demoníaco das Trevas de Iris.
Iris lhe deu este Olho Demoníaco? Mas isso era completamente absurdo. Qual seria a razão de Iris para fazer isso? Ou talvez… foi o próprio Olho Demoníaco das Trevas? Eram os vestígios persistentes de poder deixados no momento em que Ciel perdeu aquele olho?
“Isso também não faz sentido,” Noir decidiu. “Não há como um Olho Demoníaco aparecer aqui apenas por algo assim.”
Se ter seu olho destruído por um Olho Demoníaco fosse o gatilho para um novo Olho Demoníaco nascer em seu lugar, Noir já teria implantado inúmeros humanos e demônios com Olho Demoníacos ao longo dos últimos trezentos anos.
Noir pausou:
— Espere… o que fez Iris congelar no lugar assim? O Olho Demoníaco das Trevas não deveria ter esse tipo de habilidade?
O rosto de Noir gradualmente se aproximou do rosto de Ciel.
As ações de Iris foram interrompidas por alguma força externa. Isso não era uma habilidade que o Olho Demoníaco das Trevas deveria possuir. Também não foi por causa da magia de Sienna ou dos Milagres da Santa. Foi necessária uma força que desafiava toda a lógica: o poder de um Olho Demoníaco.
— Não há como… será que seus olhos possuem duas habilidades? — Noir se maravilhou.
Ela estava curiosa.
Se pudesse fazer à sua maneira, Noir realmente sentiria vontade de arrancar os olhos de Ciel agora para examiná-los. Mas se isso fosse considerado ir longe demais, Noir pelo menos queria levar a pessoa inteira consigo.
No entanto, ela não seria capaz de satisfazer esses desejos. Uma intenção assassina que arrepiou sua espinha levou Noir a se levantar.
— Que maravilhoso! — Noir exclamou com um sorriso travesso ao espalhar os braços.
Ela avistara Eugene e Sienna descendo em sua direção. A Santa, Carmen, e os outros também voavam dos navios na frente.
— O Herói, ó galante Eugene Lionheart! Você realmente conseguiu subjugar a Rainha Demônio da Fúria! Em nome da família real de Shimuin, Nós, a princesa, Scalia Animus, te parabenizamos por seus esforços mais extremos! — Noir declarou.
Ela estava fazendo uma grande performance. Do ponto de vista de Noir, suas ações atuais eram apenas uma piada casual entre amigos.
No entanto, Eugene não sentia da mesma forma. Ele sabia a identidade da pessoa que possuía Scalia no momento, e ele podia ver Ciel deitada aos pés dela. Enquanto Ciel tentava se levantar, Eugene também notou que havia algo diferente no olho esquerdo de Ciel.
“Caramba,” Noir percebeu de repente.
Isso poderia causar um mal-entendido. Noir rapidamente compreendeu a situação e deu um passo para longe de Ciel.
— Querido Eugene. — Noir começou, não mais interpretando o papel da Princesa Scalia.
Na verdade, ela queria chamá-lo de seu ‘Querido Hamel’, mas Noir não queria compartilhar o doce segredo que estava sendo mantido entre eles com o resto do lixo reunido ali.
Noir sorriu encantadoramente:
— Parece que você chegou a um grande mal-entendido—
Eugene não respondeu a essas palavras. Seu corpo podia estar gritando de agonia agora que a Ignição havia acabado, mas Eugene ignorou esses gritos e forçou seu corpo a acelerar.
Fwaap!
Uma adaga retirada das dobras de seu manto foi cravada no peito de Scalia.
Será que e um olho demoníaco com a habilidade de copiar outros olhos demoníacos ? Mais puta que pariu Man e cada plot atrás de plot MDS estou ficando louco saporra e MT bom