Classificado em décimo lugar, o Cavaleiro da Muralha de Ferro era o adversário perfeito para Ciel.
Com mais de dois metros de altura, vestido com uma armadura espessa, ele parecia três vezes maior que Ciel, de forma exagerada.
Ele empunhava um escudo massivo que podia cobrir todo o seu corpo e segurava uma lança grande na mão oposta. Bloqueava com o escudo, avançava com a lança. Era uma técnica simples, mas intrincada. Ele fazia jus ao seu nome de Cavaleiro da Muralha de Ferro. Deliberadamente se escondia atrás do escudo, esperando que Ciel se aproximasse.
No entanto, ele não era realmente uma muralha de ferro e não era páreo para Ciel. A batalha em si não durou muito.
A espada de força emitida pela fina espada de Ciel era afiada e rápida, e com sua esgrima deslumbrante, ela literalmente ‘desmontou’ seu oponente.
Nenhum sangue foi derramado. Em um instante, dezenas de ataques precisos rasgaram a armadura grossa de seu oponente como papel. Em poucos minutos, o oponente de Ciel ficou apenas com suas roupas íntimas, vestindo nada além de um capacete.
— Rosa Branca!
— Ciel Lionheart!
Os juízes declararam a vitória de Ciel. Um resultado esmagador. Dezra se aproximou de Ciel e entregou-lhe uma bainha para a espada.
Ciel embainhou sua arma na frente de todos, depois sorriu e acenou para a multidão antes de virar as costas para seu oponente derrotado, momento em que Dezra abriu a porta para ela.
Mais uma vez, um tapete branco se desenrolou no chão. Ciel esperou até que o tapete chegasse aos seus pés antes de se despedir da audiência com um sorriso radiante e sair da arena.
— Quanto tempo isso levou? — Ciel perguntou.
— Cerca de 8 minutos e 43 segundos. — Dezra respondeu enquanto seguia Ciel. — Adicionando o tempo para as saudações pós-partida, cerca de 13 minutos?
— Deveria ter sido uma partida significativa. Eu deveria ter ficado até os dez minutos? Talvez eu devesse ter acenado por um pouco mais de tempo para os fãs.
Apesar de manter um sorriso para a plateia, a expressão de Ciel parecia apática agora.
O objetivo era derrotar seu oponente em menos de dez minutos. Ela fez isso com facilidade, mas… Honestamente, ela não gostou do conteúdo da partida. Que diversão havia em cortar unilateralmente um oponente que só se concentrava na defesa?
— E a Senhora Carmen? — Perguntou Ciel.
— Ela não veio porque disse que não há valor em assistir a partidas previsíveis. — Respondeu Dezra.
— De fato, foi uma partida que não valia a pena assistir. — Resmungou Ciel.
— A próxima será diferente, certo? Você acumulou pontos suficientes para desafiar os rankings mais altos, não é? Certamente você não está pensando em desistir disso, certo? — Perguntou Dezra, se aproximando de Ciel e retirando uma pétala de rosa de seu ombro.
Ciel olhou para cima para Dezra e sorriu radiante.
— Os seis primeiros são metade dos Doze Melhores, certo? Eles são considerados a verdadeira força. Já que cheguei até aqui, posso muito bem tentar desafiá-los. — Disse Ciel.
Não havia garantia de vitória. Mesmo que ela vencesse, não havia garantia de que poderia vencer tão impecavelmente como até agora.
Mas Ciel não tinha medo disso. Ela tinha ido para Shimuin com o propósito de treinar.
No último ano, ela havia lutado trinta e cinco batalhas, todas vitoriosas e sem um único arranhão.
Não tinha sido fácil. Para vencer sem se machucar, Ciel empunhava sua espada todos os dias sem descanso e pesquisava a fundo seus oponentes assim que as partidas eram definidas.
Dezra admirava sinceramente Ciel. Apesar de ter apenas um ano a mais… As habilidades de Ciel haviam atingido um nível que Dezra nunca poderia alcançar.
“Não foi assim na Marcha dos Cavaleiros.” Pensou Dezra.
Há anos, ela vinha observando o crescimento de Ciel ao seu lado como sua assistente. Ciel nunca foi de relaxar em seu treinamento, mas no último ano, foi como se ela tivesse se transformado em uma pessoa diferente, dedicando-se inteiramente à sua espada. Embora sua Fórmula da Chama Branca continuasse na Quarta Estrela, sua esgrima cresceu exponencialmente em comparação com antes.
— Ah, e Senhorita Ciel, o Marquês Leberon enviou um convite através de um ajudante, convidando-a para uma refeição. Ele está insistindo nisso. — Disse Dezra de repente.
— Por que eu teria uma refeição com esse velho? Eu já posso prever o que ele vai dizer. Ele vai me patrocinar se eu lutar apenas uma vez em sua arena particular, certo? — Ciel rejeitou o convite imediatamente.
— Bem, a Arena Camiro é bastante prestigiosa. Não faria mal ter uma partida lá. — Disse Dezra.
— Se eu quiser expandir minhas conexões, posso considerar. Mas por que eu me incomodaria em fazer mais conexões agora? Eu irei embora em cerca de um ano no máximo. — Disse Ciel.
Faltava menos de um mês para o final deste ano. De acordo com seu plano inicial, Ciel pretendia deixar Shimuin antes de seu 22º aniversário… Agora, ela sentia um leve arrependimento e estalou a língua.
“Abril… Será que posso chegar entre os cinco primeiros até lá?”
Ela tinha recebido uma carta da família principal dos Lionhearts. Seu irmão Cyan e Eugene haviam retornado não fazia muito tempo. Havia ocorrido uma guerra entre as tribos nativas em Samar, e Eugene e Cyan haviam participado dela.
Cyan havia matado Hector Lionheart, o traidor da família, durante a guerra. Esse fato por si só foi o suficiente para chocar Ciel, mas o conteúdo da carta que se seguiu foi ainda mais chocante, o suficiente para fazê-la esquecer tudo escrito antes.
Eugene havia matado o Dragão Demoníaco Raizakia.
Essa notícia só alimentou ainda mais a determinação de Ciel.
Ela era a mais jovem dos Doze Melhores, classificada em sétimo. Era uma posição honrosa, mas em comparação com Cyan e Eugene, estava longe de ser suficiente. Ela queria subir mais alto, idealmente ficar entre os cinco primeiros…
— Hmph…
Ciel levantou o olhar ligeiramente, saindo de seus pensamentos. Parecia que a tola Dezra não havia notado nada. Dezra piscou algumas vezes quando seus olhos se encontraram antes de dar um sorriso bobo.
Aquele sorriso bobo parecia patético, e Ciel deu um tapa na bunda de Dezra com a palma da mão aberta.
— Ai, ai! P-Por que, por que fez isso? — Gritou Dezra.
— Estúpida Dezra! Você não sabe por que te bati? — Perguntou Ciel.
— Bem, não é como se fosse a primeira ou segunda vez que você me bate. Como devo saber? Você provavelmente me bateu por algum motivo bobo, como você não gostar de como eu olhei para você.
Respeitar alguém não significava que você não podia retrucar com eles. Dezra estava acostumada às reprimendas de Ciel, então, em vez de se sentir para baixo, ela encarou Ciel com determinação.
— Lamentável!
Ciel estalou a língua e balançou a cabeça. Não havia necessidade de explicar se Dezra não conseguisse perceber por si mesma. Ciel desferiu outro tapa firme na bunda de Dezra.
— Vá logo! — Disse Ciel.
— Ugh…! Você não pode pelo menos me dizer qual é o seu motivo? Tudo o que você faz é me bater o tempo todo… — Dezra resmungou antes de passar por Ciel.
As assistentes olharam para Ciel em busca de orientação. Elas estavam seguindo atrás das duas enquanto seguravam o grande tapete.
— O que vocês estão esperando? Também devem ir. — Disse Ciel.
— Sim, Senhorita Ciel.
As assistentes seguiram apressadamente Dezra. Logo, desapareceram pela porta no final do corredor.
— Hmph. — Uma vez que Ciel estava completamente sozinha, ela resfolegou e agarrou o punho de sua espada em sua cintura.
— Agora estou sozinha. Não é o suficiente?
Ciel falou enquanto girava lentamente em círculos, com a mão permanecendo em seu punho. As assistentes e até a tola Dezra não haviam notado, mas os sentidos aguçados de Ciel conseguiam detectar uma presença oculta neste espaço.
Era raro, mas já havia acontecido algumas vezes antes. Como uma celebridade famosa neste país, Ciel atraía várias pessoas com intenções maliciosas.
Normalmente eram gladiadores medíocres que careciam de pontos e desejavam desesperadamente derrotar Ciel Lionheart. Mesmo recorrendo a emboscadas covardes, eles buscavam desesperadamente a fama que obteriam ao vencer Ciel Lionheart.
Então, havia outros tipos de pessoas que também a perseguiam.
De vez em quando, alguns vinham em busca de vingança após serem derrotados em um duelo. Alguns até enviavam assassinos para evitar sujar as mãos. No passado, até um lutador de alta classificação havia enviado um assassino antes de sua luta. Eles tinham medo de lutar contra Ciel.
É claro que nenhuma tentativa desse tipo havia tido sucesso. Ciel acreditava que seria o mesmo desta vez.
Quem poderia ser desta vez? Um assassino enviado pelo Cavaleiro da Muralha de Ferro? Ou apenas algum tolo ingênuo em busca de fama?
“Pode muito bem ser um daqueles nobres covardes que rejeitei.”
Neste reino, muitos fãs apoiavam Ciel, mas igualmente numerosos eram seus inimigos.
Em particular, havia muitos nobres e lutadores que queriam se envolver em um escândalo com Ciel a qualquer custo. Naturalmente, Ciel não tinha tais intenções, então ela sempre rejeitava ofertas para tomar uma bebida ou dançar em festas. Tratava qualquer proposta desse tipo com rejeições curtas, cortando-as como se estivesse balançando uma espada.
— Até quando você planeja se esconder? — Ciel estreitou os olhos e desembainhou sua espada.
Ela estava certa de que alguém estava se escondendo por perto, mas… A localização exata escapava dela. Isso a deixava um pouco nervosa. O oponente parecia ser um assassino excepcional ou um mago.
“Ou talvez seja melhor assim. Caso contrário, teria faltado a emoção do combate.”
Enviar Dezra e os assistentes à frente havia sido uma jogada sábia.
Ela ativou sua Fórmula da Chama Branca.
Fwoosh!
Fracas chamas brancas envolveram o corpo de Ciel. Nesse momento, algo assobiou pelo ar vazio.
Ciel reagiu instantaneamente. Ela não se importava com o que estava voando em sua direção.
Ela balançou sua espada com precisão. A distribuição de velocidade e poder era perfeita. No entanto, ela não conseguiu cortar o projétil e, em vez disso, foi parada em seu caminho.
A paisagem diante dela distorceu, e um leve cheiro de rosas acariciou o nariz de Ciel.
Era uma fragrância com a qual ela era muito familiar.
O apelido ‘Rosa Branca’ dado a Ciel era, em grande parte, um nome autoimposto do qual ela nunca se sentiu envergonhada.
Quando se tornou uma gladiadora e entrou no coliseu, Ciel apareceu com um uniforme branco nevado e uma rosa branca presa ao seu cabelo. Ela fazia Dezra espalhar pétalas de rosa branca pela arena.
Havia razões pelas quais ela escolheu uma rosa branca, entre todas as outras rosas. Em meio ao coliseu ensanguentado, o vermelho era uma cor muito comum. Escolhendo uma rosa branca, simbolizando pureza, em meio àquele caos, ela acreditava que poderia facilmente chamar a atenção e o favor do público.
Assim, Ciel conferiu a si mesma o título de ‘Rosa Branca’.
Qual era a essência do sistema de classificação no Reino de Shimuin?
Por que os lutadores neste país anexavam um apelido antes de seus nomes?
Era para ganhar fama, é claro. Além da habilidade, a fama era necessária para atrair atenção. Ciel entendia bem que uma ‘imagem’ facilmente imersiva e cativante era necessária para criar essa fama, algo que o público pudesse facilmente lembrar e entoar.
Não havia sido uma tarefa difícil para Ciel. Desde jovem, ela conhecia bem as maneiras de conquistar o favor e receber afeto dos outros.
— Ah, você me surpreendeu.
Ela era familiar e bem praticada, mas ainda não havia obtido a reação que desejava de absolutamente todos. Ela nunca experimentara a reação genuína que ansiava, nem quando era uma menina travessa, nem quando cresceu e sentiu um constrangimento genuíno, e nem mesmo depois de entender suas próprias emoções.
— Por que você está assim? — Disse Eugene Lionheart.
Ele era o filho adotivo da família principal, um primo distante dela. Eles se tornaram irmãos desde jovens, e ela estava contente apenas com isso. Ela se lembrava de provocá-lo no passado, dizendo-lhe que era sua irmã mais velha, já que seu aniversário vinha antes do dele.
De algum ponto em diante… Talvez, quando ela atingiu a adolescência, Ciel passou a não gostar do fato de serem irmãos. Por que ela não gostava? Nem ela conseguia entender na época. Simplesmente… Não gostava.
Agora, ela entendia o motivo desse desagrado duradouro. Bem, ela entendia de novo. A essência dessa emoção era algo que ela havia entendido não agora, mas vários anos atrás.
— Você…
Por esse motivo, Ciel não conseguiu manter sua expressão sob controle. Ela não se preparou para o encontro de hoje. Ela nem mesmo imaginou isso.
Ciel arregalou os olhos, e seus lábios abertos se recusaram a fechar enquanto encarava Eugene.
— Você parece bastante surpresa. — Eugene riu enquanto baixava o indicador. À medida que descia, a espada de Ciel também foi abaixada.
— Ainda assim, como você conseguiu brandir a espada imediatamente? Você quase cortou o presente que preparei.
Chamar isso de ‘presente’ seria um exagero, já que era apenas uma rosa que ele havia pegado da chuva de pétalas que havia caído no coliseu.
Deveria ter preparado um presente mais convincente? Eugene sentiu um toque de arrependimento enquanto estendia a rosa para Ciel.
— Aqui.
Ainda assim, Ciel continuou a encará-lo de olhos arregalados sem qualquer resposta. Seu choque instigou um impulso em Eugene para provocá-la. Ele riu enquanto empurrava brincalhão a rosa em sua boca aberta.
— Pff! — Foi só então que Ciel recuperou os sentidos e cuspiu.
Clang!
Sua mão estava bastante instável quando ela deixou cair a espada no chão.
Assustada, ela deu um passo para trás e pressionou-se contra a parede, encarando o rosto de Eugene em choque.
— Você… Você, você, você…
— Diga uma vez só. Fico feliz em te ver também, mas sua reação não está um pouco extrema, Ciel Lionheart?
— Você… Por que você está aqui? Recebi uma carta dizendo que você estava na casa principal há três dias…
— Só porque eu estava na Mansão Lionheart há três dias não significa que eu tenho que estar lá hoje também. Você não conhece minha personalidade?
— Eu… Sei. Você sai da casa principal e vai a todos os lugares sempre que tem algo para fazer.
Ciel compôs-se tardiamente e suavizou sua expressão, embora não tenha corrido conforme o planejado. Ela conseguiu conter sua expressão, embora seu coração assustado continuasse a acelerar.
— Pode ser que você veio até aqui para me ver? — Ela perguntou.
— Isso… Bem… — Eugene hesitou um pouco.
— Isso seria impossível. Eu sei que você não é esse tipo de pessoa. — Ciel deu uma risada brincalhona e afastou-se da parede. Ela aceitou a rosa que estava quase tocando seu rosto e encarou intensamente o rosto de Eugene.
Só agora ela percebeu que a aparência de Eugene havia mudado ligeiramente. Embora não pudesse ser considerada drástica. Seu cabelo cinza-fuligem e seus olhos dourados haviam ficado castanhos.
Essa era a extensão da mudança. Era uma mudança que ela poderia reconhecer à primeira vista, e é por isso que estava admirada.
Por que ele mudaria a cor de seu cabelo e olhos? Se ele veio vê-la, não havia necessidade disso.
Para surpreendê-la? Impossível. Ciel conhecia Eugene muito bem. Embora ela sentisse um toque de amargura profunda dentro de seu coração, uma coisa trivial assim não mudava os sentimentos de seu coração por ele.
— Ainda assim, obrigada. — Ciel sorriu e colocou a rosa em seu cabelo. Com passos graciosos, ela se aproximou de Eugene. — Você veio para assistir à minha luta, certo? Qualquer que seja o motivo de você estar em Shimuin, isso é suficiente para mim.
Com os braços abertos, Ciel puxou Eugene para um abraço.
— Obrigada por vir, e faz tempo, Eugene. — Ela disse.
Estava tudo bem abraçar seu irmão, afinal, mas ela ainda não gostava do fato.
Ainda assim, gostava que podia usar isso como desculpa para abraçá-lo — apenas um pouco.
O abraço terminou rápido demais. Ciel retrocedeu de forma despreocupada, apenas para perceber tardiamente que acabara de terminar uma luta. A suspeita passou por sua mente, e ela deu a Eugene um olhar atento.
— Estou cheirando a suor? — Ela perguntou.
— Eu não acho.
Era uma resposta honesta. No momento, a única fragrância que envolvia Ciel era o leve cheiro de rosas. Ciel concentrou-se na expressão de Eugene antes de assentir aliviada.
— Certo, de qualquer forma… Não podemos ficar aqui conversando para sempre. O que devemos fazer? Devemos ir juntos? — Perguntou Ciel.
— Tenho meu próprio grupo.
Grupo. Ciel naturalmente pensou em Kristina, a Santa. Claro, ele tinha um grupo. Ciel estreitou os olhos e olhou para Eugene.
— Onde estão eles? — Ela perguntou.
— Provavelmente ainda estão na plateia.
— Então… Bom.
Ciel enfiou a mão no bolso da calça e tirou um caderno grosso e uma caneta.
Os itens pareciam um pouco volumosos para as calças, que pareciam ser justas e perfeitas. À primeira vista, parecia que o caderno havia sido aberto e fechado centenas de vezes.
— O que é isso? Um diário? — Perguntou Eugene.
— Eu escrevo diários… E várias outras coisas. Por quê? Curioso? — Perguntou Ciel.
— E se eu ler algo que não deveria? — Disse Eugene.
— Eu não escrevo nada estranho, então não se preocupe. — Retrucou Ciel.
Um simples diário, informações sobre seus oponentes — essas eram as coisas que ela escrevia no caderno. Eugene sorriu e se apoiou na parede.
— Bem, eu pensei que poderia ser poesia. — Disse Eugene.
— Você realmente acha que estou cheia de emoções assim? — Ciel riu e rapidamente rabiscou no caderno, depois arrancou uma folha de papel e entregou a Eugene. — É o endereço onde estou hospedada. Há segurança, mas com suas habilidades, não deveria haver problemas. Então, encontre seu próprio caminho até lá.
— Você nem vai deixar a porta aberta?
— Você realmente quer que eu faça isso? Eu chamo bastante atenção aqui e ali. Se eu fizer algo incomum, os paparazzi que ficam na mansão escreverão todo tipo de histórias nos jornais. Está tudo bem?
Ela nunca sentiu que ele carecesse de bom senso. Com base no fato de que Eugene estava disfarçado e que só se mostrou quando ela estava sozinha, seria melhor manter em segredo seus encontros futuros também.
— Estarei lá esta noite, então. — Respondeu Eugene, colocando o bilhete no bolso.
Ciel assentiu antes de virar as costas. Esta noite.
— Até mais tarde.
Ela se certificou de não dar muita ênfase às suas palavras. Algo assim pareceria muito pegajoso. Se algo, Ciel queria mostrar a Eugene uma postura ‘orgulhosa’.