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Lord of Mysteries – Capítulo 513

Intimidação

“Se eu tivesse sondado mais fundo, haveria uma grande probabilidade de atrair a Rosa da Redenção ou até mesmo o Anjo Vermelho escondido…1 Houve várias vezes em que dancei à beira de um penhasco… Felizmente, consegui conter meu impulso e curiosidade sobre a estranha situação no Restaurante Limão Verde e no escritório do telégrafo…” Klein retraiu o olhar, o Broche do Sol não conseguiu impedir que uma camada de suor frio escorresse de suas costas.

Comparada com a chegada do Verdadeiro Criador, esta situação desconhecida e não alarmante era muito mais horrível. Pelo menos Klein não podia deixar de imaginar o que teria acontecido se ele abrisse a porta do escritório do telégrafo com um chute, ou se desse a volta pelos fundos, abrisse a janela e entrasse na sala.

Ele constantemente imaginava todo tipo de cenas estranhas e aterrorizantes, o que o assustava bastante.

Ao mesmo tempo, ele decidiu produzir Água Sagrada do Sol para os passageiros que haviam comido no Porto Bansy na noite anterior, a fim de evitar quaisquer perigos latentes remanescentes.

— O que está errado? — Elland sentiu a anormalidade de Gehrman Sparrow.

— Acabei de me lembrar de uma coisa. — Klein usou seus poderes de Palhaço para manter sua expressão facial normal, mas por dentro ele estava feliz por não ter se arriscado na noite passada e agora ter deixado o Porto Bansy com sucesso.

Quanto aos segredos da Rosa Redenção e do Rei dos Anjos, ele só tinha um pensamento em mente: “relatar rapidamente!”

Se ele não denunciasse, estaria permitindo que inaugurassem o ano novo de 1351?

Se escolhesse esconder a verdade e esperar até ter uma Sequência suficientemente alta ou força suficiente para explorar e colher os benefícios correspondentes, então Klein sentiu que se sentiria muito culpado e acabaria carregando um fardo pesado se algo acontecesse durante esse tempo, fazendo com que o perigo fosse desencadeado prematuramente, ou se os hereges remanescentes causassem a morte de um passageiro inocente após o outro. Isso só o deixaria mais perto de perder o controle.

É claro que relatar o assunto precisava ser feito de maneira correta e astuta. Klein não foi tolo o suficiente para contar a Elland diretamente ou escrever uma carta anônima para a Igreja das Tempestades, o que levaria a muitos problemas. Primeiro, as autoridades definitivamente investigariam o passado de Gehrman Sparrow, e as coisas poderiam ser facilmente expostas se fossem feitas investigações completas. Em segundo lugar, essa identidade poderia ser exposta à Rosa da Redenção, que poderia atrair a perseguição de um Rei dos Anjos.

O que Klein pretendia fazer era usar o O Mundo para mencionar a anomalia no Porto Bansy quando a Reunião de Tarô fosse realizado em dois dias. Então teria O Louco para aludir levemente à Rosa da Redenção e a um Rei dos Anjos. Como membro da Igreja das Tempestades, O Enforcado naturalmente saberia o que fazer a seguir.

Esta seria uma chance para ele realizar uma ação de mérito!

Quanto ao sangue dos descendentes diretos da família Medici, Klein nem o considerou, pois nem ele, nem a Srta. Sharron tinham a intenção de resgatar o espírito maligno na relíquia subterrânea.

Percebendo que Gehrman Sparrow obviamente não queria mencionar seu passado, Elland riu, pegou uma pequena caixa preta de madeira e a jogou.

Klein estendeu a mão e o pegou, usando os olhos para expressar sua perplexidade.

— A bexiga do murloc. Pode ser usada para fazer itens. É muito útil no mar.

“Um ingrediente Beyonder de um murloc… Vale mais de 150 libras… O capitão com certeza é generoso…” Klein quase havia esquecido como Gehrman Sparrow deveria reagir.

Felizmente, ele tinha muita experiência em atuação. Imediatamente afundou o rosto e disse: — Eu não te salvei por uma recompensa.

Elland riu e disse: — Não estou lhe dando isso em troca de me salvar.

— Não somos amigos agora? Não é normal ajudar um amigo a compensar suas deficiências quando ele não possui tais itens?

“O que ele disse faz sentido. Não há como refutá-lo de forma alguma…” Klein segurou a pequena caixa preta e permaneceu em silêncio por alguns segundos. Finalmente, assentiu.

Elland cobriu a boca enquanto bocejava antes de tirar o chapéu em forma de barco.

— Eu preciso voltar para o meu quarto para colocar meu sono em dia. Vejo você ao meio-dia.

Klein acenou educadamente e levou Danitz para o quarto 312.

Ele viu que Donna e Denton estavam acordados cedo e esperando na porta.

— Tio Sparrow, o que é isso na sua mão? — Donna perguntou curiosa.

Klein não disse nada e abriu diretamente a tampa da pequena caixa preta.

O interior era forrado com uma camada de veludo preto e no meio havia um objeto redondo, transparente e parecido com uma pedra preciosa. Tinha um brilho azul e aquoso que girava para fora.

— Naquele dia, o murloc… — Denton pensou por um momento. — Bexiga!

Nesse momento, ao sinal de Klein, Danitz abriu a porta.

Donna entrou rapidamente enquanto estendia a mão atrás dela.

Ela segurava um grosso maço de dinheiro que era uma mistura de notas de dez libras e cinco libras.

— Meu pai, minha mãe, tio Cleves e a família do tio Timothy me pediram para passar isso para você. Um total de 150 libras! — Donna sorriu docemente. — Eles disseram que isso não é suficiente para expressar sua gratidão; é só para repor os suprimentos que você usou, uh… Essas coisas são caras, certo?

— Muito bom. — Klein pensou por um momento, depois aceitou a gratificação de 150 libras para que Urdi e outras pessoas comuns não se sentissem desconfortáveis.

Ao ver o tio Gehrman Sparrow colocar o dinheiro e a pequena caixa preta de madeira no bolso, Donna ficou aliviada por finalmente ter concluído a tarefa que seus pais lhe haviam confiado.

Ela rapidamente entrou no personagem e revelou sua verdadeira intenção de visitá-lo. Ela perguntou com curiosidade e medo: — Tio Sparrow, que tipo de monstros eram aqueles ontem à noite? As histórias de fantasmas são verdadeiras? Você nasceu com a habilidade de pular das chamas e fazer a luz descer? Isso é magia ou bruxaria?

“Pare, pare, pare, você tem muitas perguntas…” Klein, que não aguentou mais o calor, tirou o Broche do Sol e jogou-o sobre a escrivaninha da sala. Ele casualmente respondeu ao mesmo tempo.

— Eles são chamados de poderes Beyonder; aqueles que são obtidos através de certos rituais e poções.

— Muitas histórias de fantasmas têm arquétipos, e os monstros da noite passada foram criados por um ritual maligno.

— Pergunte a ele sobre o resto.

Klein olhou de soslaio para Danitz.

— Que mágico… — Denton e Donna suspiraram.

Então Donna disse, com os olhos brilhando: — Tio Sparrow, você é exatamente como o Superman descrito pelo Imperador Roselle!

— Podemos… podemos também nos tornar pessoas como você através de rituais e poções?

Denton assentiu pesadamente, repetindo as palavras da irmã, e ambos sentiram uma onda de forte expectativa.

Naquele momento, Donna percebeu que os olhos de Gehrman Sparrow ficaram melancólicos.

Logo depois, ela viu a boca desse tio mágico se abrir, revelando um sorriso um tanto estranho.

Klein disse em voz baixa: — Isso não é algo para ser invejado ou esperado.

— Se escolher esse caminho, você será constantemente acompanhada por ameaças e loucura.

— Você pode vencê-los cem vezes, mil vezes, mas contanto que perca uma vez, acabará como aquele bispo corrompido.

Enquanto falava, ele se apoiou na bengala, tirou o terno e arregaçou as mangas da camisa.

Um de seus braços estava enrugado e cicatrizado, como se ele fosse um centenário. O outro era translúcido e incolor, com visão direta dos vasos sanguíneos, músculos e veias sob a pele.

Ao mesmo tempo, seu rosto desenvolveu grânulos densos de carne pálida que fizeram Donna e Denton caírem para trás aterrorizados e baterem na porta.

Com finos grânulos de carne crescendo em seu rosto, Klein manteve seu sorriso.

— Veja isso?

— Isso é loucura.

“Não…” Donna e Denton quase enlouqueceram, tropeçaram pela porta e saíram correndo.

Depois de alguns passos, eles caíram no chão, incapazes de manter o equilíbrio.

— Que aterrorizante… — Denton continuou chorando em voz baixa.

Naquele momento, eles ouviram a porta do quarto 312 se fechar.

Donna aos poucos se acalmou, não ousando pensar novamente na aparência de Gehrman Sparrow. A aparência do tio Sparrow — os grânulos de carne ocupavam cada centímetro de seu rosto. A forma como seus braços estavam enrugados e translúcidos não era muito melhor do que os monstros da noite anterior.

Por alguma razão, ela se lembrou dos olhos dele e das palavras — isso é uma loucura.

Sua visão ficou turva de repente e ela não conseguiu evitar que as lágrimas rolassem por seu rosto.

— Donna, Donna, o que há com você? — Denton ficou tão assustado com a reação dela que esqueceu o medo.

Donna soluçou e disse: — Eu não sei…

— Eu me sinto muito, muito triste de repente.

Dentro do quarto 312.

Vendo que Klein havia voltado ao normal, Danitz não pôde deixar de estalar a língua.

— Na verdade, não há necessidade de assustar as crianças assim. Eles terão pesadelos. Apenas diga a eles que tomar poções é perigoso.

Assim que terminou sua frase, ele viu uma bengala de madeira dura coberta de sangue e sujeira voando, acompanhada por uma frase que não era nem um pouco emocionante.

— Lave bem.

Danitz estendeu a mão para pegar a bengala enquanto o sorriso em seu rosto congelou.

Backlund, Burgo Imperatriz, dentro da luxuosa mansão da família Hall.

Audrey ficou atrás das grades brancas e douradas do segundo andar, observando os criados do primeiro andar irem e virem, agitados e ativos.

De acordo com os costumes do Reino de Loen, os nobres com feudos deixariam Backlund uma semana após o Baile de Ano Novo e regressariam aos seus próprios feudos, onde desfrutariam de uma vida agradável no campo ou num castelo. Em junho, voltariam à capital, onde confraternizariam dia após dia. Claro, um banqueiro com poder e riqueza reais como o Conde Hall definitivamente precisava fazer viagens entre os dois lugares para lidar com muitos assuntos.

Contudo, mover-se não era uma tarefa fácil. Muitas coisas tinham que ser arrumadas de antemão, e alguns dos criados as traziam de volta para a mansão ou castelo. Só depois de tudo pronto é que os mestres iniciavam a viagem.

“Depois que esta Reunião de Tarô terminar, eu deveria estar sentada em um trem a vapor de volta ao Condado de Chester do Leste. Espero que aquele cavalheiro vampiro realmente consiga obter o fruto da Árvore dos Anciãos e o sangue do Dragão do Espelho para que eu possa me tornar uma Psiquiatra antes de deixar Backlund…” Audrey permitiu que seus  pensamentos vagassem.

Nesse momento, Madame Caitlyn se aproximou e perguntou com um sorriso: — Perdida em seus pensamentos? Bem… Você já é uma adulta. Quando você voltar para Backlund em junho, poderá encontrar algo para fazer. Você tem algum plano?

Audrey não pensou muito e respondeu diretamente: — Mãe, gostaria de me filiar às organizações de caridade da Igreja.

“Quero conhecer este mundo…” acrescentou silenciosamente em seu coração.

— Boa ideia, — concordou a condessa.

Depois de lhe dar alguns conselhos, ela desceu ao segundo andar e começou a inspecionar os assuntos da família.

Audrey retraiu suas emoções e virou a cabeça para o lado. Com um leve sorriso, ela disse à grande golden retriever que estava sentada ao seu lado: — Susie, você está ansiosa por isso? Você pode correr o quanto quiser nos pastos verdejantes e na floresta exuberante.

Ela estava tirando sarro de Susie porque ela só se tornou um presente porque não era uma caçadora qualificada.

Susie quis instintivamente mostrar a língua, mas se conteve como uma dama culta.

Ela respondeu sem esconder suas emoções: — Claro, eu gosto de correr, mas odeio esses bárbaros.

— Você está se referindo aos cães de caça que meu pai e os outros criam? — Audrey franziu os lábios para não sorrir.

Ela olhou para o relógio de parede e viu que era quase hora da Reunião de Tarô.


Nota:

[1] primeira vez mencionado.

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Otavio Angolano
Membro
Otavio Angolano
1 dia atrás

CRAZZY👺👹

Retirada
Membro
Retirada
3 dias atrás

O primeiro trauma a gente nunca esquece

Pei Ming
Membro
Pei Ming
15 dias atrás

Um pequeno trauma no presente para garantir os seus futuros… se eles por um acaso forem tentar entrar no mundo beyonder, será quando forem adultos, aí é cada um por si e Deus por todos.

Jura tempestD
Membro
Jura tempest
16 dias atrás

To gostando dessa personalidade do prota,fria e requintada com um toque de loucura alem de q com a luva consegue ser finalmente considerado poderoso,alem de q foi o ideal oq ele fez com as crianças afinal conhecendo elas,como ja foi dito antes,elas com certeza fariam alguns experimentos então mostrar as consequências foi o ideal

Anes | tesiado.
Visitante
Anes | tesiado.
6 meses atrás

Haahhah. Ele fez errado traumatizando a galerinha? Tenho certeza que se ele só falasse “é perigoso” eles definitivamente não iam acatar! Desse jeito, eles se colocariam em muito perigo. Acho que eventualmente o trauma ira passar.

Descreto
Membro
Descreto
8 meses atrás

Isso é loucura

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