Ainda nas terras do Reino de Berden, Alex continuou sua jornada rumo às fadas da floresta. Ele atravessou algumas cidades e aldeias, fazendo curtas pausas em sua aventura. Além disso, se aventurou com NPCs e outros jogadores.
Os primeiros foram os residentes deste mundo e agiram naturalmente. Eles não eram sedentos por sangue e terra e exigiam paradas.
Alex era um dos raros jogadores que se dava bem com a maioria dos NPCs. No começo, algumas pessoas estavam cautelosas devido a sua aparência de gato. Entretanto, a atitude de Alex e sua boa vontade chegou aos corações dos estranhos.
Ele conversou com eles durante a viagem de uma cidade a outra para matar tempo. Mas o que estavam matando tempo rapidamente virou curiosidade e um desejo para aprender os costumes do novo mundo.
No final, Alex se despediu de seus novos amigos.
Ele saiu da carruagem diante de uma das maiores cidades do Reino de Berden.
[Você pagou a taxa de entrada.]
[Você entrou na Cidade de Harlo.]
[Bem-vindo à Cidade de Harlo, jogador!]
Embora cada cidade tivesse seu próprio governador e exército, Alex não tinha interagido com eles. Ele usou o sistema para pagar a taxa de entrada, então a barreira invisível impedindo seu caminho desapareceu.
Os guardas ainda olharam para ele. Seu trabalho era se certificar de que ninguém com intenções malignas entrasse em sua casa. Infelizmente, como os jogadores eram excêntricos e bastante estranhos, era muito difícil de ver através deles.
No caso de Alex, ele era um homem gato. Sua aparência deixou os guardas curiosos. Porém, o sorriso agradável de Alex e como pagou o dinheiro imediatamente mostrava que não era um daqueles demihumanos que teriam acesso de raiva nas ruas.
— Esta cidade vive sua própria vida — Alex murmurou.
A Cidade de Harlo tinha uma das maiores casas de leilão no continente inteiro. Apenas isso atraia muitos mercantes para suas terras. Naturalmente, as pessoas não perderiam tal chance de ouro.
Eles abriram incontáveis negócios naquelas terras, trazendo seus bens aqui. O governador da cidade também não falhou em sua tarefa. Ele recebeu empresários de braços abertos e forneceu imposto baixo e hospitalidade.
Assim, a Cidade de Harlo era uma das cidades mais avançadas.
Vendo como diferia das cidades iniciais e aldeias, os planos de Alex mudaram consideravelmente.
Aqui, ele compraria pijamas caros e outros presentes para as Irmãs Deathwill. Também queria ver algumas barracas secretamente.
Mas não saiu do caminho, apenas se deu pouco tempo para si.
Devo checar a casa de leilão primeiro antes de comprar os presentes… Alex riu.
Se comprasse presentes primeiro, acabariam indo para a casa de leilão só para descobrir que faltava dinheiro, fazendo-o colocar a mão no rosto pela própria burrice e vender as habilidades de Strongus. Ele queria evitar precisamente este tipo de cenário.
Além disso, sempre poderia comprar presentes após visitar as fadas da floresta.
*****
— Eu subestimei esta cidade… — Alex se levantou atordoado.
Ele não tinha um mapa da cidade ainda, então se perdeu rapidamente. Incontáveis pessoas e carroças enchiam as ruas, agitando com vida e felicidade. As pessoas estavam aqui para comprar e gastar o dinheiro.
Eles também eram visitantes regulares que sabiam a maioria dos caminhos.
Alex esteve realmente se esforçando naquelas terras sem um mapa até que teve um encontro peculiar.
— Hm… Com licença… — Uma voz jovem chamou Alex.
Ele sentiu suas mangas sendo puxadas por alguém de trás. Quando se virou, notou uma senhorita pequena que o estava olhando nos olhos. Ela era apenas uma cabeça menor e usava vestes marrons, que cobriam seu corpo inteiro.
Contudo, quando o olhou, Alex viu os tons verdes de seu cabelo verde lustroso. Ela tinha pele pálida e uma expressão perdida. Mas aquela inquietação não afugentou sua beleza, ao invés disto, a deixava mais charmosa.
[Você encontrou um dos conhecidos de Elias Deathwill, Remia.]
— Sim? — Alex perguntou suavemente, não deixando ninguém ver através dele, especialmente Remia.
Embora pensasse que alguém tivesse arranjado este encontro, não pôde deixar de transpirar em seu rosto. Se pergunto o que alguém faria em sua situação.
Remia mordeu os lábios: — Estou perdida.
— Eu também, senhorita — Alex sorriu levemente.
Ouvindo-o, Remia inadvertidamente cerrou sua manga com mais força. Ela não tinha muita força, mas exerceu pressão o bastante para deixar Alex saber. E então, ela suspirou.
Alex sussurrou: — Me sinto muito melhor sabendo que alguém partilha da minha situação complicada. Alguns olhares dos transeuntes podem se tornar realmente perturbadores, certo?
— Sim, você está certo! Se não fosse por essas roupas, eu não teria conseguido lidar com eles — Remia respondeu com um sorriso um pouco estranho.
Em apenas uma troca de palavras, os dois se familiarizaram. Após se introduzirem, decidiram caminhar juntos pela cidade e encontrar o que vieram procurar.
Acabou que Remia também estava procurando pela casa de leilão.
E com mais algumas perguntas, Alex deduziu que ela não gostava de humanos. Na verdade, em seu coração, ela estava sendo muito cautelosa com ele. Todavia, isso era esperado após a traição de Elias. Mesmo assim, Remia era tão ingênua quando era descrito no registro de missão.
Assim, quando confirmou sua ingenuidade, também acreditou em seu coração gentil.
Então… encontrei a pessoa que estava procurando antes de chegar na casa das fadas da floresta… Alex sussurrou.
Ele só poderia fazer o oposto de Elias que usava palavras para enganar os outros e enchê-los com promessas vazias. Ele só podia falar com os conhecidos de Elias Deathwill através de ações!
Embora acreditasse que conversa honesta podia resolver muitas coisas, Elias Deathwill semeou desconfiança o bastante nestas pessoas. Em seu caso, palavras machucariam mais.
Alex olhou para Remia: — Estou procurando por uma espada. Devo conseguir encontrar uma na casa de leilão prestigiosa. E quanto a você, Srta. Remia?
Remia cerrou as mãos: — Técnicas de veneno!
Alex estreitou os olhos.
Isso era coincidência demais, não era?
— Parece perigoso — Alex brincou.
Remia rapidamente ficou nervosa: — I-Isso não é o que parece, tá bom?! Não estou tentando envenenar alguém! Eu… Eu quero força… — Após balançar as mãos, Remia abaixou a cabeça.
Alex repassou o que sabia sobre ela antes de responder: — É importante para curandeiros aprenderem sobre venenos, no entanto. Assim como uma dosagem alta de medicina pode virar veneno, uma pessoa que controla veneno pode parar e extraí-lo do paciente.
— Ter técnicas de veneno não é nada maligno, Srta. Remia. Os médicos algumas vezes são forçados a usar isto para um tratamento suave na minha terra — Alex sorriu amplamente.
E quando sorriu do fundo do coração, Remia levantou a cabeça e o agradeceu com sinceridade: — Muito obrigada, Sr. Alex. Gravarei suas palavras no meu coração.
Ela parecia muito amável e gentil, mas Alex pensou o oposto.
Pela primeira vez desde que conversaram, ouviu um tom diferente em sua voz. Era como se forçasse a não confiar em ninguém, assim, parecia falso.
Alex não comentou isso. Não deixou nada transparecer em seu rosto.
Como sabia que o que ela fez estava certo. Para uma pessoa ferida por mentiras vazias, não acreditar em estranhos era perfeitamente compreensível. E para não machucá-lo, Remia simplesmente mentiu.
Embora Alex devesse ter se machucado por aquele ato, ele, na verdade, ficou aliviado.
Era essencial aprender com os erros e parecia que Remia vinha trabalhando em sua fraqueza.
Após algumas horas…
— Encontramos… — Alex falou num tom um pouco rouco.
Remia assentiu, seu rosto estava mais pálido e um pouco suado: — Finalmente…
A casa de leilão estava diante deles.