Os humanos procriavam todo dia e os outros faziam o mesmo.
Essa era uma parte natural deles e alguns não conseguiam parar de acasalar. Vários casos indesejados aconteciam também.
O ponto de Yasir era que dar à luz a um filho seria cruel, pois o mundo rapidamente se movia rumo ao caos. A guerra levaria anos preciosos de infância. Havia a chance desta criança também perder seus pais em batalha.
Além disso, Yasir estava confiante na vitória dos antagonistas contra os jogadores.
Neste cenário, a criança nem teria uma infância apropriada antes de morrer com o mundo.
Isso naturalmente machucaria Alex se ele virasse um pai com uma das esposas.
— Você acha que pode vencer tão rápido? — Alex perguntou, olhando para Yasir, que induziu pensamentos horríveis nele.
Yasir tomou um gole do chá antes de responder: — Sim. Porém, se prolongar, você tem minha garantia que nunca pararemos de lutar. Se conseguir ganhar mais de dez anos para a Terra e os jogadores, você conseguirá morrer com um sorriso, pois essa será uma grande conquista.
Alex continuou num com levemente agitado e apressado: — Não seria melhor apenas viver em paz num novo mundo? Você impediria muitas mortes! Não há garantia que de vencerá, não é?
Aquelas palavras foram bastante ofensivas, pois a maioria dos antagonistas lutava por sua família. Eles queriam vê-los de novo, dar-lhes uma nova vida no Paraíso, e realizar suas promessas.
Yasir deveria ter o mesmo desejo.
As palavras de Alex, contudo, não causaram mudanças em seu rosto: — Você é ingênuo, mas isso é por causa da idade, Alexander.
— Recebemos uma segunda chance. E a Deusa quer punir a maldita raça humana por seus pecados. Se pararmos de lutar, quem será punido? Estou falando de um ponto geral.
— Cada antagonista tem um motivo parra lutar. Não acho que possa pará-los de brandir suas armas nos jogadores e residentes.
— Não podemos parar… Temos nossos próprios desejos — Yasir sussurrou, sorrindo levemente como se falasse sobre algo casual ou pouco significante.
Enquanto os dois conversavam, Harvey continuava pensamento nas palavras de Yasir.
Era verdade que ele esperava que os antagonistas surgissem na Terra, mesmo que os antagonistas de seu mundo não tivessem conseguido este feito no passado.
Seu filho não só trouxe suas esposas à Terra, Harvey também tinha o conhecimento do guardião, o que lhes dizia algumas coisas do universo inteiro. Ele sabia que cada mundo e sua batalha contra os antagonistas tinham suas próprias regras.
Parecia que Yasir também sabia disto, pois encontrou um caminho para a Terra.
— Então, existe sentido em procriar? Você se tornará um avô legal, Harvey? Ah, espera um segundo. — O bolso de Yasir vibrou, aparentemente devido ao celular. Ele manteve o copo de chá próximo aos lábios enquanto a outra mão pegava o celular.
Ele tirou, digitou na tela.
Seus olhos arregalaram por um segundo, então curvou os lábios misteriosamente. Esta imagem não combinava bem, fazendo Alex e Harvey sentirem calafrios.
E quando Harvey abaixou o copo de chá, o som que reverberou nos corações de todos como se ele tivesse lançado magia neles: — Se nossa informação estiver correta, ele é seu amigo, Alexander.
Yasir colocou o celular na mesa, então jogou na direção de Alex.
Alex, Harvey e Lavinia olharam para a tela com a respiração presa.
O rosto de Lavinia empalideceu e cobriu os lábios, pois a foto do amigo de Alex estava na tela. Entretanto, sua cabeça estava cortada e se corpo no chão sem vida.
Ele estava morto… e não era o mundo de fantasia, pois os prédios circundantes eram modernos.
O coração de Alex acelerou, batendo loucamente porque a imagem era real demais para ser falsa. Ele tremeu de tristeza e fúria, lágrimas fluindo pelas bochechas.
Seu pai permaneceu calmo, mantendo a raiva em seu coração.
As palavras de Yasir soaram, quebrando a compostura de Harvey: — Você realmente quer ser um bom pai, Harvey. Você quer proteger tanto seu filho e esposa que até negligenciou os deveres como guardião.
— Você sempre foi um cara emocional… — Yasir sorriu levemente, erguendo o copo de chá para tomar o último gole.
Naquele momento, Harvey entendeu o esquema de Yasir.
Ele veio aqui, tirando-o do seu fluxo usual. Como sua presença era tão significante, Harvey focou completamente nele. Yasir também sabia que Harvey priorizaria a segurança de Alex e Lavinia, então não os deixaria sozinhos.
Isto significava que o guardião estava fora do dever. Não, havia dois guardiões fora do dever, pois a esposa de Harvey teve as memórias seladas.
Para manter a vida normal, Harvey trabalhou duas vezes mais como um guardião. Não havia outros guardiões na vizinhança, significando que com apenas um movimento, Yasir deixou seu povo realizar um abate em massa.
— Uma classe lendária… cinco classes épicas, dez classes únicas… Três existências de alto nível do Mundo de Avander… Nossa caçada na sua região foi ótima, Harvey. Tudo graças a você. — Yasir fechou os olhos, declarando as conquistas do seu povo.
Aquelas pessoas eram importantes. Não havia como Harvey os deixar morrer, e usaria sua autoridade de guardião para sobrecarregar num curto tempo, teletransportando-os de um lugar para outro.
Yasir bloqueou isso.
SLAM!
— Seu monstro! — Alex bateu na mesa, gritando. Seu bom amigo, Josh, que recentemente se tornou alguém com classe lendária, foi morto por causa do esquema do antagonista.
Os olhos vermelhos de Alex brilharam tanto que parecia que logo liberaria poder sobrenatural.
Yasir olhou composto, respondendo com calma: — Um monstro… Você não quer matar Elias Deathwill, Alexander? Se tivesse o sobrepujado na última batalha, já teria o matado.
— Infelizmente, você não conseguiu. Não acho que eu esteja errado, então vá com calma, Alexander.
— Você tem lindos olhos… não os tinja com sua hipocrisia. Enfrente o mundo com desejos honestos e lute com ódio genuíno. Não precisa ser um herói, vilão ou anti-herói.
— Apenas seja você mesmo — Yasir sorriu brilhantemente.
Alex quase se engasgou de fúria, sentindo uma impotência que nunca sentiu antes.