— Eu morri. — Alex saiu da capsula com sentimentos amargos.
Não esperava que sua primeira morte fosse após uma batalha destas. A maioria dos jogadores morreu nos primeiros dias, para monstros fracos ou chefões poderosos.
Sua morte foi mais legal e podia se orgulhar disto. Ele morreu por seus amados.
Era noite, então Alex planejou ir direto para cama.
Porém, por algum motivo, não conseguiu dormir. Ele encarou o teto como se houvesse um pôster de uma dama sensual, o obrigando a não piscar os olhos.
Na realidade, Alex pensou na batalha contra Nektor e o motivo de Natalia. Não perguntou o bastante, mas isso era simplesmente inapropriado para a sua situação atual.
Já era promissor que pudesse aprender mais sobre o Coveiro de Almas e os dullahans.
A mãe da Sara é uma pessoa gentil… Ela tem beleza fria, mas exibe amor aos amados e família… Há uma diferença entre princesas e príncipes, então… Alex deduziu após fechar os olhos.
Ele acreditava que as princesas se influenciavam, dando esperança a Alex que cada princesa fosse uma boa pessoa.
Os príncipes provavelmente trabalhavam pelos direitos ao trono… Era assim que a maioria dos relacionamentos reais giravam, até na Terra a algumas centenas de anos atrás.
Todavia, ser uma pessoa legal não era o bastante no Mundo de Avander… Alex acreditava que o que ele e os outros exibiram durante aquela batalha havia convencido a terceira princesa e seguir com seu plano.
Se todos fossem fracos e sem talento, as vidas de Celia e Sara não estariam seguras. Se morressem ou fossem capturadas, o sangue dullahan e a habilidade única de Celia cairia nas mãos inimigas!
Alex abriu os olhos ao lembrar dos poderes de Celia.
Não havia pensado nisso ainda porque acreditava que precisaria conversar com ela e Sara sobre isto.
E foi quando o rubor penetrou nas bochechas de Alex: — Um pai e filha…
Isso também significaria que Alex conseguiria uma esposa de verdade.
Não conseguiu impedir o coração de bater alto…
Não consigo dormir, Alex culpou seu cérebro por pensar demais.
*****
No dia seguinte, Alex leu as mensagens de Olivia.
Ela falou que todas fugiram com sucesso e nenhum lobo entrou no caminho. Eles voltaram aos seus quartos e dormiram tranquilos.
Olivia também disse que o item derrubado foi entregue a elas.
— É a sua primeira morte… Por mais que queira estar com você durante o tédio, quero entrar no jogo e checar todas — Olivia respondeu com um amplo sorriso: — Você teve sua diversão com Remia quando morri.
— Vou tomar banho com ela logo! — Olivia provocou: — Imagine aqueles peitões flutuando na água, meu lindão! Eu vou apalpá-los!
Alex revirou os olhos: — Não sou tão próximo da Remia.
Olivia riu: — Então posso apalpá-los sem problemas. Acho que ela vai estar cansada demais para me impedir. Haha!
Ela estava de bom humor, só que Alex também estava.
Afinal, todos sobreviveram e ninguém morreu.
Alex perguntou: — Ouvi que garotas gostam de comparar os seios. Você já fez isto?
Olivia respondeu: — Fizemos numa viagem escolar ano passado.
Ele não ousou perguntar os resultados porque Olivia não mencionou nada.
Olivia então mandou um beijo: — Vou entrar no jogo agora! Quando você entrar, haverá algo que quero falar com você. Todas estarão ouvindo — falou Olivia seriamente, atiçando a curiosidade de Alex.
Ele indagou: — Sobre o quê?
— Sobre você, é claro — Olivia assobiou: — Vou abraçar você durante a conversa, então não se preocupe! Ainda não recebi carinho o bastante. — Ela fez beicinho e se despediu.
Alex revirou os olhos e guardou o celular.
Após o café da manhã, ele saiu de casa para caminhar. Era fim de semana, então não tinha nada para fazer na escola.
Alex foi ao parque, onde viu muitas famílias e pessoas da sua idade com suas namoradas.
Ele ficou com um pouco de inveja.
Se a Olivia estivesse aqui e tivéssemos morrido juntos, estaríamos assim… Alex suspirou.
Mas então, esbarrou num idoso.
Felizmente, o homem não caiu.
Alex se desculpou: — Sinto muito. Estava perdido em pensamentos.
O idoso soltou uma risada peculiar: — Haha! Estou bem. — Ele deu um tapinha nas roupas antes de olhar para Alex.
Ele estava sorrindo sem motivo: — Você parece com um jogador que acabou de morrer. Não tem realmente nada para você fazer?
Alex sorriu estranhamente: — É minha primeira morte, então estou meio perdido. O mundo do outro lado… é fascinante demais e muitas coisas aconteceram lá. Meus amigos partilham os mesmos pensamentos, então raramente passamos tempo de fora agora… Eu os vejo principalmente na escola, então minha vida real atual é apenas estudos — Alex riu suavemente.
O idoso riu: — Pesquise então. Há vários continentes do outro lado, não? Algo grande pode acontecer num deles… Grande o bastante que o faça sair daquele mundo para ver vídeos sobre os eventos.
Alex inclinou a cabeça: — Não parece ruim. Sei sobre os outros servidores… quero dizer, continentes… Cada um é diferente… também deveria estudar sobre meu próprio continente e suas realezas… Bem, acho que vou voltar para casa e ler nos fóruns. Tenho um bom dia, senhor. Mais uma vez, desculpe por esbarrar em você. — Alex deixou o idoso sozinho com aquelas palavras.
O idoso não se moveu. Após algum tempo, se virou, encarando as costas de Alex com uma expressão única.
Seus olhos brilharam em azul… tão azul que era irreal. Uma frieza imensa que agarrava nas almas piscou em suas íris e nem mesmo se incomodou em ocultar aquela intenção.
— Elias… jogadores são muito vulneráveis aqui… — o idoso sussurrou antes de se afastar do parque: — Você é muito sortudo que me tornei exigente. Caso contrário, o risco que você assumiu comeria sua família viva. O jogador que você escolheu é um candidato esplêndido — ele riu.
O idoso desapareceu do parque.
Ninguém o viu.
Ninguém o ouviu.
Como se nem mesmo existisse aqui.
Oloko vida real e jogo se entrelaçam?? To mais curioso ainda, obrigado pela tradução:)