[Você recebeu uma página do diário de Elias Deathwill.]
Desde que a situação era tensa e ninguém podia formar palavras adequadamente, Alex teve pouco tempo para ler aquela página. Ele também não mencionou a voz do idoso, então ninguém estava muito tenso ainda.
Após ler a primeira página, entendeu que tipo de inimigo era o Coveiro de Almas.
Elias Deathwill o encontrou numa situação inesperada. Seu encontro foi coincidente, porém, resultou numa colisão. Eles tiveram uma competição de encarada por cerca de dez segundos antes de sacarem suas armas e mortos-vivos.
Naquela competição, o coração de Elias Deathwill bateu mais alto e ficou com mais medo. Aquele espadachim poderoso e absurdo ficou com medo do Rei do Submundo.
Não posso ler mais… Como sua colisão terminou? Alex estalou a língua internamente. E se você sabia que tipo de terra você estava colocando suas filhas e castelo, então até Sara e eu não poderemos mais te defender.
Embora Elias Deathwill fosse um homem cheio de falhas e suas ações potencialmente machucassem mais as pessoas que as espadas inimigas, o sogro de Alex era alguém que trabalhou para ajudar suas filhas.
Até aquele maníaco por batalhas e rei egoísta podia ver que suas filhas ficariam sozinhas, ou com um fardo pesado em suas costas.
Por isso, Sara e Alex poderiam perdoá-lo.
Infelizmente, se ele tivesse jogado eles intencionalmente nas terras do Coveiro de Almas, não havia desculpa para ele.
Mas se não aqui, então onde? Não… Não posso encontrar desculpas para esse homem… Devo apenas acreditar que ele tinha um bom motivo para enviar todas aqui… Alex concluiu.
Ele então levantou uma pergunta entre o silêncio solene: — É justo assumir que estamos no território do rei, certo?
— Sim — Sara assentiu. Sua voz estava bem fraca: — O pior é que o Castelo Deathwill tem uma leve conexão com este lugar. Você lembra dos esqueletos, Alex? Eles ressoaram com sua classe e sistema.
Alex concordou: — Não consigo entender mesmo seu pai.
Como se tivesse aguardado por esse momento, Schnee zombou: — Você nem precisa. No pior, escaparemos deste lugar e encontraremos um lugar para nós no mundo externo. Não é como se tivéssemos que ficar. Este lugar pode ser bom, mas nossas vidas são mais importantes — Schnee queria dizer aquela fala há muito tempo.
O Castelo Deathwill desbloquearia várias instalações valiosas e opções para todos. Ainda assim, a segurança delas e presença de Alex era muito mais importante.
A classe lendária de Alex quebrava o senso comum.
Schnee estalou a língua: — Podemos concordar na força daquele bastardo, no entanto. — Ela olhou para o lado, não querendo mesmo falar mais.
Porém, quando Schnee começava algo, Alex queria vê-la falar mais.
No final, Schnee elogiou um pouco seu pai: — Ele criou uma classe que quebra as regras do mundo. Nosso mundo impôs o sistema em nós. Nos tornamos como personagens de segunda classe, enquanto os jogadores assumiram o holofote.
— Somente poucos de nós pode subir de nível, porém, isso também é altamente limitado para nós. Sua classe quebra o senso comum. — Schnee fechou os olhos como se não gostasse de seus pensamentos.
Mas na realidade, ela só não gostava de seu pai, que era o grande mentor por trás da classe de Alex.
E quando chegou neste ponto, continuou: — Se ele podia quebrar o senso comum e quanto ao Coveiro de Almas? Enquanto aquele bastardo estava fazendo conexões com outras raças, o Coveiro de Almas teve inúmeras batalhas com o Império Darkmana e outras facções. Estamos nas terras desse tipo de cara — Schnee sussurrou aquelas últimas palavras lenta e impotente.
Alex encarou Schnee. Seus olhos estavam focados em seu lindo rosto. Olhou tão intensamente que Schnee estremeceu as pálpebras, revelando seus olhos dourados rapidamente.
Ele riu: — Vire uma gata e vinha para minhas mãos, vou acariciar você.
— Hã? — Schnee soltou uma palavra que perguntava mais que mil coisas.
Alex sorriu mais: — Você está estressada demais. E como pode se transformar numa gatinha, sua mudança não vai perturbar a conversa. Não pense demais e venha. — Alex estendeu a mão.
Schnee não desistiu nesta ocasião. Prontamente virou uma gatinha e saltou pela mesa para o abraço de Alex.
Ele a segurou carinhosamente, então acariciou abaixo de seu queixo, fazendo Schnee soltar ronronos altos.
Enquanto se aconchegava em suas mãos, Alex olhou nos olhos de todas: — Não devemos abandonar o Castelo Deathwill. É nossa casa, afinal de contas. É claro, não serei persistente e forçarei todos a lutar até a morte. Se acabarmos enfrentando a genuína ameaça de um exército de mortos-vivos, usaremos os bilhetes e fugiremos — expressou Alex.
E então, acrescentou: — O Coveiro de Almas é provavelmente limitado pelo Castelo Deathwill. Caso contrário, por que não o vimos em pessoa ainda? Já tem uma rachadura e não podemos excluir a possibilidade que haja mais rachaduras em instalações diferentes que ainda estão seladas.
— Naquele abrigo, ele implantou um ghoul. O nível daquele monstro não era alto, então conseguimos eliminá-lo. Porém, há algo que me convence mais, o nível do ghoul. Era bem baixo, como se níveis altos sofressem uma morte instantânea.
Alex acrescentou que o ghoul lutou sozinho. Se o Coveiro de Almas pudesse usar seu poder inteiro, teria controlado o ghoul e causado mais problemas a Alex e Remia.
Para suas palavras, todas tirando Schnee, concordaram. A mulher gato estava se sentindo bem demais para ouvir direito. Ela ainda captou alguns pontos, então sabia que a situação não era tão ruim.
Sara respondeu: — Ele também não atacou Darkmana nos anos recentes. Talvez tenha encontrado um novo objetivo ou esteja analisando o sistema.
Alex ficou feliz que ela fez esta pergunta: — Acho que ele tem um novo objetivo. Caso contrário, não teria falado para mim.
Quando aquelas palavras reverberaram, Alex revelou a voz do idoso e o que pronunciou a ele.
Neste ponto, até Schnee não conseguiu aproveitar o afago de Alex.
Ela retornou ao seu modo sério.