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The Zombie Knight Saga – Capítulo 37

Se aproveite…

Claro que disse. — Stoker respondeu. Eu queria viver. Eu teria dito o que você quisesse.

O que? — Nize disse. Mas… mas os juramentos…

Sim. Um. A propósito, você é incrivelmente ingênua. Não tenho certeza se você sabia isso sobre si mesma.

Eu não sou!

Uhum. De qualquer jeito, você percebe o que fugir significa, certo?

Eles vão nos caçar, sim. Mas certos grupos entre a Vanguarda podem estar dispostos a nos abrigar. Assumindo que possamos achar eles.

Não crie expectativas. Eu acho que nós só devíamos achar um lugar para nos escondermos.

Primeiro, nós precisamos de uma oportunidade para fugir. Não vai dar certo se tivermos sete servos nos perseguindo logo do começo.

Sim, eu preferiria evitar isso também.


Colt estava alimentando Stephanie com uma colher. Ela só vomitou nele uma vez nesses últimos dias, então ele estava se perguntando se essa comida de bebê nova agradou ela mais.

Faziam seis dias desde a chegada deles em Klein. As noites eram bem frias aqui e o armazém não tinha eletricidade ou aquecimento, mas entre a fogueira que ele fez e a montanha de cobertores que Hector trouxe de volta, havia muito calor.

 Hector ficava fora a maior parte do tempo, até mesmo durante o dia. Parecia que ele só voltava para treinar ou entregar suprimentos. Colt não estava certo se a criança estava dormindo. Na quarta noite, ele apareceu com uma camisa sangrando com nada menos que duas dúzias de buracos de bala e só caiu na frente do fogo. E assim que ele acordou, ele foi pra ação logo depois. No quinto dia, até Garovel estava falando para ele descansar.

Às vezes, Bohwanox saía com Hector também, mas Colt estava bem feliz em ficar com suas crianças todos os dias. Não era a coisa mais animada de todas, mas ele já teve seu prato cheio de animação nesses últimos dias. E, além, disso, Hector trouxe uma televisão portátil para mantê-lo antenado nas coisas.

Quando as notícias não estavam falando sobre as despesas militares ou tensão internacional entre Rendon e Kahm, estava falando sobre o criminoso mais procurado do país vagabundeando em Klein sem ser pego. Colt se perguntava se todos aqueles buracos de bala foram da polícia tentando parar ele.

Claro, as notícias não pareciam ligar muito sobre todos os criminosos que ficaram atrás das grades, mas talvez a polícia estava feliz em tomar o crédito disso.

Colt ficou impressionado que Hector conseguiu evitar levar os seus perseguidores até aqui, mas independente do que, ele pensou que isso não duraria muito. Ou ele esperava, porque o armazém não tinha água corrente ou até uma banheira. Em vez disso, ele conseguiu montar um chuveiro improvisado, mais ou menos, consistindo de uma bomba manual, uma mangueira larga e vários baldes de água de um posto ali perto. Funcionava, mas uma única bombeada era igual a um único jorro de água. Ele nunca experimentou um jeito mais irritante de tomar banho.

Ele conseguia ouvir Hector pisando por aí no terreno baldio lá atrás. De vez em quando, o chão ia tremer, fazendo ele se perguntar que porra a criança estava fazendo. Mas ele ficou parado. Ele não estava se sentindo muito bem agora e Stephanie precisava terminar de comer de qualquer jeito.

A meditação do dia deixou Colt com dores de cabeça e em ambas as mãos. Ele não era do tipo de reclamar então ele mantinha isso para si, mas conforme o dia prosseguia, ele achou isso cada vez mais irritante.

Então, um tremor subiu por seus dedos. A colher em suas mãos se quebrou em duas. Ele olhou para os dois pedaços, confuso.

Bohwanox foi rápido em notar. Colt, coloque a Stephanie no chão.

— Por que?

O braço de Stephanie começou a sangrar aonde Colt estava segurando ela e ela começou a chorar.

Abaixe ela agora! — Bohwanox ordenou.

Ele sentou ela perto de Thomas e se afastou.

Acho que sua habilidade se manifestou. — O ceifador disse.

Colt olhou para o sangue em seus dedos. Não era muito, felizmente, mas o fato de que ele pertencia a sua filha já era causa demais para preocupação.

 — Eu machuquei ela? Mas que porra eu acabei de fazer?!

Espera aqui. Meu conhecimento sobre isso é limitado. — Bohwanox saiu e logo voltou com Garovel e Hector.

Hector foi direto para Stephanie.

Garovel flutuou ao redor de Colt. — Me mostre as suas mãos por favor.

Ele mostrou suas palmas.

— Hmm. Sem traços de elementos. Não é materialização. Como ela está Hector?

— Uh… acho que ela está bem. É só um cortezinho. O sangramento quase parou.

— Um corte? — Garovel se moveu para analisar o braço da menina.

Colt estava com medo até de chegar perto dela de novo.

— Ah. — Garovel disse, depois de um tempo. — Entendo. Você tem uma habilidade de destruição.

— O que isso significa exatamente? — Bohwanox perguntou.

— O tipo destruição é consideravelmente mais simples do que os outros, porque todas as habilidades desse tipo são basicamente as mesmas. Essencialmente, você tem o poder rasgar o espaço.

Colt levantou uma sobrancelha. — … com licença?

— No momento, claro, seu poder ainda é bem fraco, mas ainda assim é perigoso. Você não devia segurar suas crianças até conseguir controlá-lo.

— Quanto tempo isso vai levar?

—Se você se focar na sua meditação, não deve levar mais do que alguns dias.

— Uh, — Hector disse. — desculpa incomodar, mas… Colt consegue rasgar o espaço? Ah, isso é… ? Quero dizer… mas que porra?

—Habilidades do tipo destruição fazem meio que um “caminho”. Isto é, um caminho tal que não deveria existir caso contrário. — Garovel olhou para Colt. — Teoricamente, não importa quão dura ou durável seja um coisa, você ainda pode destruir, porque você ataca o espaço que ela ocupa, em vez da coisa em si.

Colt olhou para as suas mãos de novo. — Hmm.

— Também é chamada de tipo “geométrico” por alguns, porque o “caminho” que você faz sempre se conforma a algum padrão bidimensional. Agora, é cedo demais para dizer qual seu formato, mas não faz muita diferença. Tanto faz você destruir as coisas com quadrados ou círculos ou algum polígono maluco de mil lados, o resultado final é o mesmo. Ela ainda vai ser destruída.

— Destruição, hein? — Colt fez dois punhos. — Da pra trabalhar com isso.

— Há muitas poucas coisas que conseguem aguentar distorções espaciais. — Garovel explicou. — E com desenvolvimento suficiente do seu poder, não haverá NADA, provavelmente, que você não vá poder destruir.

— Bacana. Então eu só preciso meditar?

— Sim.

— Antes disso, — Hector falou. — há, uh… algo que eu queria te perguntar. Essas, ah, habilidades de servo… quantas tipos diferentes existem?

— Seis. — Garovel respondeu. — Isto é, há seis categorias amplas. Quanto a habilidades individuais, não há um número fixo até onde eu saiba. Mas as seis categorias são chamadas de materialização, transfiguração, alteração, destruição, mutação e integração.

— Eu lembro de você mencionar as três primeiras. — Hector disse. — Eu sou do tipo materialização, certo?

— Sim. Você já conhece pessoas com as quatro primeiras. Desmond é do tipo transfiguração, Roman é alteração e, claro, Colt é destruição. No que diz respeito as outras duas, mutação é de longe o tipo mais raro, então não é surpreendente que você não conheceu ninguém que a possui ainda.

— Por que é tão raro? — Hector questionou. — Ela é, tipo, muito poderosa ou algo do tipo… ?

— Na verdade, o problema é o oposto. O tipo mutação possuía a reputação de ser mais fraca do que as outras – o que não é bem verdade a propósito. Mas muitos ceifadores não gostam dela, porque é bem mais uma faca de dois gumes do que qualquer outro tipo. Veja, habilidades de mutação permitem que o usuário faça mudanças PERMANENTES em seu corpo. Diferente da transfiguração, o que muda a química do corpo temporariamente, mutação irá fazer com que poder de regeneração mantenha seu estado. Isso significa que até aprender a controlar a habilidade é algo perigoso, porque o servo pode acabar acidentalmente desfigurando ou se alejando.

— Aí…

— Sim. E mesmo se for um problema que pode ser resolvido normalmente com uma cirurgia, o servo ainda vai se regenerar para o seu estado mutado. O única solução potencial é induzir uma segunda mudança que contra-ataque os efeitos danosos da primeira mudança – e isso pode facilmente piorar o problema.

— Puta merda. — Colt disse. — Fico feliz que não peguei essa merda.

Garovel assentiu. — Às vezes, usuários de mutação ferram tanto seus corpos que não há mais esperança de consertá-lo mais. O que pode ser bem aterrorizante. E nesse ponto, libertar a alma deles é uma misericórdia. Eu também sei que há um stigma geral tão forte sobre o tipo mutação que muitos ceifadores não se incomodam em ficar com um servo que a tem, o libertando na hora. Porque como eu disse, eles a veem como mais fraca do que as outras e que não vale a pena o problema.

— Gah… mas, ha, como eles se mudam? Quero dizer, tipo, me dá um exemplo de habilidade do tipo mutação?

— Oh. Um. Admito que não sei muito. Mutação é o tipo que sei menos. A raridade dificulta seu estudo. Você teria que falar com um especialista.

— Sério? — Hector reclamou. — Mas… você viveu por milhares de anos. Não querendo soar rude, mas… você nunca encontrou tempo para estudá-la?

— Bom, — Garovel disse. — tome o tipo materialização por exemplo. Nós sabemos que ele é centrado em elementos, mas, claro, antes da humanidade descobrir esses elementos, nós não tínhamos ideia de que esse era o caso. Aquele conhecimento revelou detalhes críticas sobre como materialização funciona. Descobertas similares foram feitas em relação a todos os tipos. Então, não é como se o conhecimento está sentado por aí em algum livro, esperando que eu o leia e de repente entenda tudo.

— Porra, a mil anos atrás, nós pensávamos que o tipo mutação ainda era uma doença horrível. Alguns ceifadores podem ainda acreditar nisso.

— Não qui-quis dizer que você foi preguiçoso ou algo do tipo…

— Eu sei. Mas eu vou admitir, em anos recentes, não fui tão estudioso sobre as habilidades como eu costumava ser.

— Hmm. — Bohwanox disse. — Eu lembro de ouvir em algum lugar que habilidades do tipo alteração são as mais fortes. Isso é verdade?

— Eu já ouvi falar disso também. — Garovel disse. — Mas, não estou certo de quanto isso é verdade. Elas são certamente versáteis, mas as mais fortes? Isso parece uma generalização inútil. Perigosa também.

— Perigosa? — Bohwanox perguntou. — Como assim?

— Nós não devíamos tentar mensurar o valor dos nossos servos pelas habilidades que eles possuem. Eu odeio ceifadores que descartam seus servos porque eles acham que suas habilidades não são boas o bastante.

— Que tal o outro tipo que você mencionou? — Hector indagou. — Como que era? Integração?

— Espera um pouco. — Bohwanox interrompeu. — Eu ainda gostaria de saber mais sobre o motivo das pessoas acham que a alteração é a mais forte.

Garovel hesitou, olhando entre os dois.

— Bom, um. Alteração permite que o usuário use uma força específica para fazer essencialmente qualquer coisa. Dependo do tipo de força, o resultado pode ser bem assustador. Quanto a integração, isso envolve a combinação de materiais. Pessoas com integração são muito valorizadas nas grandes facções, porque elas tendem a prover suporte como criadores de armas e por aí vai. Eles geralmente são protegidos do combate, mas estou certo que as habilidades deles seriam úteis numa luta também.

Hector inclinou sua cabeça. — Então… alguém assim poderia ser um aliado muito útil.

— Sim.

Abruptamente, Colt percebeu que Stephanie parou de chorar faz um tempo. Ela só parecia estar olhando para hector enquanto ele a ninava em seus braços.

— Ei, garoto. Você é muito bom nisso.

— No que?

— Isso. Olha quão calma ela está.

Hector olhou para ela. Ele estremeceu quando ela começou a chorar de novo, bem no rosto dele dessa vez.

Colt apertou seus olhos com o nariz. — Posso estar errado também, ‘magino.

Eles prosseguiram para meditar juntos. Garovel aconselhou que ele se focasse em imaginar um tipo de “túnel”, supostamente representando qualquer que seja seu “caminho” de destruição.

— Sería útil imaginar seu formato geométrico cavando um túnel. — Garovel explicou. E já que nós não sabemos qual o seu é ainda, só imagine vários deles na sua cabeça.

— Atirar e rezar então?

— Basicamente, sim.

Suas mãos ainda doíam. Se qualquer coisa, elas pareciam pior. E quando ele parou para abrir seus olhos, ele descobriu suas palmas cobertas em sangue. A pele estava praticamente rasgada.

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