Luke abriu as mãos e falou: — Então, não vamos seguir mais neste caso. Apenas entregue ao FBI. Somos detetives, trabalhamos com os vivos.
Elizabeth e Billy assentiram com sorrisos amargos.
Eles não queriam chatear Luke. Afinal, não era um caso que tinham que resolver.
Luke então levou Selina ao escritório de Elsa e informou a decisão de largar o caso.
Elsa não ficou muito surpresa.
Não era incomum para um detetive recusar a trabalhar em certos casos estranhos.
Contudo, foi a primeira vez que Luke desistiu de um após começar a investigar. Antes de sair do escritório, Luke perguntou casualmente: — Certo, quem vai vir do FBI? Eu os conheço?
Elsa respondeu: — Acho que é um dos pesquisadores seniores, mas não sei exatamente quem é.
Luke falou: — Okay. Vou ler o arquivo primeiro.
Elsa abaixou a cabeça e acenou, implicando que podia sair.
Como largou o caso de Wever, Elsa naturalmente deu um novo. Após retornarem as mesas, Selina perguntou baixinho: — Realmente vamos abandonar o caso?
Luke assentiu: — Sim. Como detetives, devemos ficar o mais longe possíveis destes casos, já que quase não podemos fazer nada além de nos matar.
Selina assentiu.
Luke não era um detetive comum, mas até ele estava indisposto a investigar. Não era difícil de imaginar como o lugar precisava ser perigoso.
Porém, naquele momento, Luke não estava sentindo medo, apenas deleite. Quando colocou o pé na casa, o sistema reagiu de repente.
Sistema: Energia negativa desconhecida tentando estabelecer uma ligação com o anfitrião detectada. Você aceita?
É claro que Luke não aceitou.
O sistema estava ligado à sua alma e não reagiu à maioria dos perigos.
Existiu como uma ferramenta de apoio o tempo todo e nunca impediu Luke de fazer algo.
Luke vinha descobrindo as regras do sistema ao realizar testes.
Agora que o sistema enviou um alerta por vontade própria, não parecia nada bom.
Luke certamente não era um idiota para aceitar a ligação.
Lembrando das pessoas que morreram naquela casa e a Família Remus que quase enlouqueceu, Luke sentiu que era melhor ficar longe de seres estranhos e complicados.
Ele só era capaz de ataques físicos e tinha a Autocura Elementar por ora, e não podia lidar com criaturas sobrenaturais. Uma aventura imprudente não valia a pena.
No entanto, ainda havia lado positivo.
Se a energia negativa na casa eram fantasmas e o sistema podia rejeitar uma conexão com eles, então por extrapolação, o sistema poderia rejeitar a invasão daqueles com super habilidades mentais?
Isso significa que o sistema poderia ajudá-lo a resistir a ataques mentais?
Luke ficou feliz com isso. Isto era muito mais importante que descobrir a verdade sobre a casa mal-assombrada.
Mais importante, era um risco desnecessário, já que tinha outro sujeito com habilidades mentais: Bobby.
Luke se perguntou se o chefe do departamento de relações-públicas da sua empresa fez algum progresso na Comunicação Mental.
Mais tarde, poderia fazer Bobby usar a Comunicação Mental nele; seria uma maneira segura e conveniente de obter resultados.
Enquanto pensava nisto, o celular na mesa tocou. Selina atendeu: — Dustin quer você no escritório.
Luke assentiu: — Você pode ler este arquivo primeiro. Então se levantou e saiu.
Quando chegou no escritório de Dustin, parou antes de entrar.
Dustin se levantou e saiu, usando sua jaqueta. Indicando para Luke o seguir, falou em voz baixa: — Jennifer está aqui.
Luke perguntou: — Aquela grande celebridade?
Dustin assentiu levemente e continuou em voz baixa: — Ela está esperando você no escritório do diretor.
Luke ficou intrigado: — Hã? Ela está aqui para registrar uma reclamação sobre mim?
Dustin olhou estranhamente e continuou: — Não, ela está aqui para agradecer você.
Luke: — … Você não está sendo sarcástico, está, chefe?
Dustin achou isso estranho: — Você resolveu um problema enorme para ela. Os empregados dela que causaram o problema, não você. Por que ela reclamaria?
Luke. … Eu certamente não posso dizer que vi várias gravações dela em momentos íntimos.
Dustin continuou: — Ela falou que está aqui para agradecer o departamento, mas não falará até você estar junto.
Luke entendeu imediatamente: — Ela quer fazer uma doação?
Dustin falou: — Não temos certeza, mas é possível, e não será pouco.
Luke: — Não acho que precise decidir isso por ela, certo?
E se a estrela estivesse aqui só para expressar verbalmente sua gratidão e os chefes achassem que foi Luke que estragou tudo?
Dustin sabia o que Luke estava pensando: — Não, você não será culpado mesmo que ela não doe nada. Porém, quanto mais generoso ela for, mais crédito você ganha.
Luke. … Não é um aumento no pagamento ou um bônus. Que bem esse crédito me fará?
É claro, ele só pensou consigo. Na realidade, não se importava com um bônus também; se importava mais em obter apoio para o seu departamento.
Pegue o caso de Wever, por exemplo. Podia largar sem explicar, o que era precisamente o apoio implícito do departamento. Os outros detetives teriam que se explicar se quisessem desistir de um caso, e se seu chefe ficasse com raiva, poderiam receber a ordem de continuar no caso.
Luke não tinha estes problemas. Agora estava livre para escolher os casos que quisesse, assim como seu Tio Grissom.
No escritório do diretor, Dustin assentiu e deixou Luke entrar, e simplesmente falou antes de sair: — Diretor, Luke está aqui.
Bem, Dustin fora o subordinado confiável do Diretor Brad Pierre por muito tempo. Isso lhe dava o direito de ser tão casual.
Brad balançou a mão como um cumprimento e Luke saudou seu chefe do departamento após fechar a porta: — Diretor, Luke Coulson, apresentando-se ao serviço.
Brad assentiu: — Sente-se.
Luke se sentou no sofá e olhou para Jennifer Perry, que estava na frente.
Ele estava calmo e até sorriu para ela educadamente, porém, a grande estrela afastou o olhar involuntariamente.