Ignorando suas expressões, Luke apontou para a loira e o asiático: — Estes dois são os que atiraram no Bruce com suas… “armas” agora há pouco. É claro, você pode checar onde acabei de atirar nas pernas desta senhora.
Os olhos dos agentes do FBI recaíram nas pernas da loira.
Seu vestido era curto demais para cobrir suas pernas. Desde que já havia tirado seu casaco preto, os dois buracos pretos e cinzas eram claramente visíveis.
Olhando para sua parceira furiosa, o velho suspirou: — Cavalheiros, aqui estão nossas credenciais. — Ele tirou uma identificação e jogou para Charles.
Após Charles pegar e dar uma olhada, analisou a identificação com um dispositivo, que emitiu um pequeno bip.
Ele jogou a identificação para Flegg impotente: — Tudo bem, contataremos seu superior neste assunto, vocês podem ir agora, se o Agente Flegg concordar.
A loira olhou para Luke com arrogância e levantou o dedo do meio para ele, antes de se virar e ir embora.
Luke zombou. Você acha que estou com medo de você?
Ele baixou o cano da arma.
Pa! Pa!
— Ai, isso dói! Seu cuzão maldito, vou te matar! — Havia um buraco na bunda da loira e fumaça vazava dali. Doía tanto que ela não se conteve ao agarrar sua bunda e pular.
O velho sorriu amargamente: — Oficial, enviaremos uma reclamação se não parar.
Luke deu de ombros: — Vai lá. Não esqueça de enviar o relatório médico enquanto faz isso.
Sem palavras, o velho arrastou a loira e pegou a identidade que Flegg jogou antes de sair rapidamente. Observando-os sair no Chevrolet Laguna, Luke perguntou a Charles e Flegg: — Cavalheiros, estamos encerrando por aqui? — Nem Charles ou Flegg tinham boas impressões, mas ambos assentiram.
Eles estavam familiarizados com Luke. Não podiam ter pego Bruce sem a ajuda dele. Embora tudo tenha sido resolvido no final, isso não foi culpa de Luke e não havia motivo para detê-lo.
Luke assentiu: — Então estou indo. Deixarei vocês dois lidarem com isto.
Ele tinha visto a destruição que Bruce causou e não queria se envolver.
Ele se perguntou quantas pessoas chamariam a polícia ou registrar uma reclamação; um bom número de casas teve janelas quebradas ou paredes amassadas, sem falar que o terceiro andar do Hotel Odyssey foi explodido.
Luke com certeza não queria levar a culpa por isso.
Gesticulando que ligaria para Charles mais tarde, Luke voltou ao carro e retornou ao hotel.
Ele encontrou Jeff e Karen no hotel e perguntou: — Precisam de uma carona?
Jeff e Karen ficaram animados ao vê-lo voltar: — Você está bem? Isso é ótimo.
Luke respondeu com um sorriso: — É claro que estou. Não fale a ninguém sobre este incidente. Alguém trará acordos de confidencialidade para vocês assinarem logo.
Jeff perguntou nervosamente: — Sério?
Luke assentiu: — Sim, mas vocês não terão que fazer nada além de manter a boca calada. Certo, onde estão o Tim e a Natalie? Oh, vi eles.
Tim e Natalie vieram de carro e pararam perto de Luke.
Luke gesticulou para Jeff e Karen entrarem. Então, os seis foram para casa.
Parando na frente da casa de Jeff, Luke saiu e perguntou: — Seu pessoal limpará esta bagunça?
Luke e Jeff estiveram em perigo devido à operação da noite, então Tim revelou: — Temos um conhecido entre os agentes do FBI que apareceram. Eles resolveram isto, não se preocupe.
Luke ergueu a sobrancelha: — Flegg?
Tim e Natalie olharam para ele em surpresa: — Você conhece ele?
Luke assentiu: — Encontrei ele uma vez. Hoje é a segunda. Deve ficar tudo bem. Voltem para casa e descansem um pouco. Boa noite! — Dizendo isto, balançou a mão e voltou ao carro.
Olhando para os dois casais caminhando e abraçando pelo retrovisor, Selina não pôde deixar de perguntar: — Quando acha que a Natalie e a Karen se apaixonaram?
Luke deu de ombros: — Você passou mais tempo com elas. Se não sabe, como eu saberia?
Franzindo e pensando muito, Selina respondeu: — Mas não acho que elas tiveram chance! Passamos aquele dia inteiro juntas, exceto no provador. Porém, foi pouco tempo demais comparado aos mais de dez anos de sentimentos entre Jeff e Karen.
Luke não conseguiu aguentar mais e caiu na gargalhada.
Selina olhou confusa para ele.
Enquanto ria, Luke explicou: — Karen estava falando bobagem. Elas não estão apaixonadas. Se não tivéssemos feito nada, Natalie e Tim teriam agido.
Selina ficou atordoada: — Mas por que parecia que a Karen estava dizendo a verdade?
Luke suspirou: — Por isso que é uma pena que ela seja apenas uma dona de casa com seu talento. Quanto a paranoia dela… Tsk, qualquer um que tem um segredo sombrio será definitivamente descoberto.
Selina também riu: — É claro. Você não tem segredos, mas ela também suspeita de você.
Luke disse: — Não é ruim uma mulher ser um pouco paranoica, contanto que não use em seu marido.
Selina ponderou por um momento, então balançou a cabeça: — Graças a Deus, Jeff é tão honesto que Karen não tem motivo para duvidar dele. Se fosse como Danny, Karen teria se divorciado há muito tempo.
Eles conversaram no caminho de casa.
Quando Selina saiu para treinar, Luke ligou para Charles: — Sei que está ocupado, então vou ser franco: O que são aqueles dois?
Ouvindo a pergunta direta, Charles ficou atordoado por um momento. Ele então respondeu com um sorriso estranho: — Isso não é algo que eu possa falar aleatoriamente.
Luke retrucou: — Charles, eles reagiram exatamente da mesma maneira que Bruce quando foram baleados. Se eu encontrar estes tipos de pessoas de novo, deveria espancá-los como aquele monstro do Bruce, ou deveria deixá-los irem como você fez?
Após um momento de silêncio, Chales respondeu: — Que tal isto, vou pedir pela opinião do Capital Wales antes de dar uma resposta. Isso servirá?
Luke falou: — Se for algum segredo, não tem que me dizer. Posso sempre os espancar primeiro e te chamar para vir verificar depois.
Charles ficou sem palavras: — Obrigado por confiar em nós, Luke.
Luke desligou com um sorriso.
Não ficou surpreso pela resposta.
Um monstro que poderia ignorar disparos não era uma coisa pequena, como provado pela atitude de Charles e Flegg.
No final, SHIELD, que Charles trabalhava, e a Unidade de Pesquisa Avançada Conjunta de Flegg sabiam de uma ou duas coisas sobre a agência que a loira e seu parceiro trabalhavam; foi até um contato governamental, caso contrário, não teriam conseguido confirmar as credenciais dos estranhos.