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Super Detective in the Fictional World – Capítulo 437

Ele Está Aqui de Novo

As duas garotas claramente estavam muito assustadas. Se falassem por muito tempo, poderiam ter um colapso.

Ponderando por um momento, Luke perguntou: — Kris, podemos ficar aqui esta noite?

Kris ficou confusa: — Hã?

Luke explicou: — Você o encontrou nos seus sonhos toda vez, então precisamos estar alerta se quisermos descobrir mais sobre ele. Além disso, Nancy, se for possível, pode fazer companhia a Kris?

As duas garotas hesitaram.

Luke tirou o distintivo e o colocou na frente de Kris: — Aqui está meu distintivo. Você pode ligar para a LAPD de Westside para checar.

As duas garotas hesitaram por um instante antes de Kris finalmente assentir: — O-Okay, vocês podem dormir aqui esta noite.

Luke assentiu com um sorriso: — Obrigado, mas não dormiremos; vamos observar você. Você disse mais cedo que esteve adormecendo com bastante frequência nos últimos dias, certo?

Kris assentiu atordoada: — Sim.

Luke explicou: — Observaremos você daqui. Saberemos imediatamente se algo acontecer e conseguiremos te ajudar.

Aturdida, Kris assentiu.

Luke se virou: — E quanto a você, Nancy? Pode ficar aqui?

Incerta, Nancy balançou a cabeça: — Tenho que ligar para minha mãe primeiro.

Luke respondeu: — Okay, mas por favor, não mencione que estamos aqui, ou o fato que somos policiais.

Nancy olhou para ele com suspeita: — Por que não?

Ela estava prestes a falar a sua mãe que dois oficiais vieram ajudar; caso contrário, seria muito difícil dela ficar a noite.

Luke respondeu: — A atmosfera na cidade está muito tensa. Chegamos aqui hoje e o xerife já parece querer nos expulsar. Você deve saber que não somos parte da polícia daqui. Se nossas identidades forem reveladas, o xerife pode sentir que estamos pisando nos seus calos.

Nancy entendeu e só podia assentir: — Então vou tentar; só que minha mãe pode não concordar.

Luke falou: — Tente o melhor que puder, mas se não conseguir, esqueça.

Nancy: — Hã?

Ela subconscientemente olhou para Kris. Se não conseguisse persuadir sua mãe, significa que ela teria que ficar em casa e ter pesadelos?

Por outro lado, Kris teria dois policiais da LAPD em observação constante para ajudar… Esta não era uma diferença gigantesca de tratamento?!

Luke não se importou com o que Nancy achava.

Ele já havia dito o que precisava; era com Nancy decidir o que fazer em seguida.

Não era como se Luke pudesse invadir sua casa e apontar uma arma para fazer a mãe de Nancy deixá-la ficar!

Inquieta, Nancy saiu, e Luke e Selina ficaram na casa de Kris.

Não havia mais ninguém na casa. A mãe de Kris era uma comissária de bordo que já tinha partido para Europa a trabalho.

Isto tornava as coisas mais fáceis para Luke e Selina.

Kris ficou perplexa enquanto observava Luke e Selina moverem alguns equipamentos: — O que estão fazendo?

Luke respondeu com um sorriso: — Não sabemos exatamente o que ele é, mas ainda temos que fazer as preparações necessárias. Pelo menos, estes dispositivos de vigilância podem nos ajudar a determinar se é uma pessoa por trás disto ou um pesadelo.

Kris não sabia o que dizer.

Luke e Selina trabalharam rápido e em menos de meia-hora, tudo foi montado.

Olhando para Kris que estava sentada atordoada, Luke comentou: — Se possível, será melhor para você dormir na sala de estar esta noite. É maior aqui.

Kris entendeu e subiu as escadas para agarrar o que precisava para dormir.

Após descer, Luke apontou para o maior sofá: — Você pode descansar lá por enquanto. É claro, seria melhor vestir-se um pouco mais para ficar quente. — Ele piscou.

Kris ficou perplexa por um instante antes de rir.

Era fim de abril, e estava quente e seco na Califórnia; não havia necessidade de permanecer quente.

Luke só estava a lembrando para usar pijamas e não tornar as coisas difíceis para Selina e ele.

No momento que tudo ficou pronto, era quatro da tarde.

A luz dourada do sol cobriu o gramado afora. As três pessoas fizeram suas próprias coisas na sala de estar, e estava muito quieto na casa.

Luke franziu a testa de repente e deu um tapinha em Selina, que estava procurando por informações ao lado.

Selina ergueu a cabeça e olhou na direção que Luke estava apontando. Do outro lado, Kris havia adormecido.

Na tranquila sala de estar, a garota exausta adormeceu antes de perceber.

A audição aguçada de Luke captou que sua respiração tinha se acalmado.

Luke e Selina observaram os movimentos silenciosos sobre as narinas de Kris.

Observando-a por um momento, Selina balançou a cabeça cheia de dúvidas.

Sua ação queria dizer que não havia detectado nada de errado.

Luke assentiu levemente. Não notou nada de incomum também. Kris estava dormindo normalmente.

Contudo, sua expressão mudou no instante seguinte enquanto observava a garota. A respiração dela havia acelerado.

Com o Olfato Aguçado, Luke detectou uma quantidade inodora e repentina de suor nela.

Selina também sentiu que algo estava errado. Ela fixou o olhar em Kris, só para ver que a testa dela já estava coberta por uma camada fina de suor.

Os lábios de Kris tremeram, como se estivesse tentando falar algo, mas sem sucesso.

A condição incomum de Kris rapidamente se tornou ainda mais flagrante. Não foi apenas o suor frio e os lábios, seu corpo também estava tremendo levemente. Sua mão parecia estar tentando agarrar algo, mas não conseguia.

Luke gesticulou para Selina, que assentiu para indicar que ficaria de olho nas redondezas.

Somente então Luke estendeu a mão lentamente para segurar a mão de Kris: — Kris, acorde.

As pálpebras de Kris tremeram, mas não abriram.

Vendo isso, Luke apertou mais a mão e a balançou um pouco: — Acorde, Kris.

Os olhos de Kris abriram e ela gritou: — Ahhhh!

Luke sorriu amargamente e virou a cabeça. Graças a Deus, Kris não tinha mau hálito. Ela cuspiu um pouco de saliva no estado agitado, entretanto, Luke esquivou.

Kris só parou de gritar após alguns segundos: — F-Fique longe.

Luke agarrou as mãos dela com força: — Ei, Kris. Está tudo bem. Você está acordada.

Kris ficou atordoada por um momento. Quando finalmente viu Luke com clareza, saltou de repente para abraçá-lo com força: — Ele está aqui. Ele está aqui de novo.

Luke afagou gentilmente as costas da garota aterrorizada: — Está tudo bem, nós sabemos, é por isso que te acordamos.

O corpo inteiro de Kris tremeu antes de desabar em lágrimas.

Ela chorou por uns bons minutos, até a frente da camisa de Luke ficar completamente molhada. Somente então o choro virou soluços.

Luke finalmente a soltou e ajudou a sentar-se no sofá antes de passar um lenço: — Está tudo bem, Kris. Você está acordada agora e estamos aqui.

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