Dizendo isso, Robert deu uma olhada em Catherine e nas crianças não muito longe antes de se calar.
Num acordo tácito, Luke também não continuou neste tópico.
Na manhã seguinte, o celular de Luke vibrou.
Ele olhou para o número, guardou as ferramentas e o equipamento meio terminado e atendeu a ligação: — O que é?
Selina falou baixinho: — Tem algo de errado com o Dollar.
Luke: — Hm?
— Após irmos dormir noite passada, ele comeu as sobras que trouxe. Ele até abriu a geladeira e comeu tudo que tinha dentro e até caçou na lixeira — Selina explicou rapidamente.
Luke estreitou os olhos: — Como ele está agora?
Selina sorriu amargamente: — Não sei. Ele parece bem para mim, além do cheiro de comida nele.
Após um breve silêncio, Luke expressou: — Por que não levamos ele para LA? Se algo acontecer, podemos enviá-lo ao hospital veterinário grande.
Selina ficou surpresa: — O quê? — Ela jamais pensou nisso.
Luke riu: — Não seria bom tê-lo para te fazer companhia em LA?
Selina hesitou: — Estou preocupada de que um voo seja demais para ele; ele está velho.
Luke respondeu: — Então vamos voltar de carro. Ele pode ficar no banco de trás.
Selina assentiu: — Okay.
Luke: — Fique de olho nele pelos próximos dois dias.
Após isso, os dois últimos dias de férias terminaram pacificamente.
Na manhã do último dia, Luke guardou a mochila e desceu as escadas para se despedir da família, que tinha acabado de acordar.
Nem Robert ou Catherine falaram algo, mas Claire e Joseph estavam relutantes em vê-lo ir embora.
A visita de Luke desta vez foi muito curta. Nenhuma das crianças brincaram o bastante com ele.
Sorrindo enquanto consolava eles com algumas palavras, Luke aceitou o café da manhã que Catherine fez e saiu.
Pegando Selina, ele se despediu de Sandra, que estava na varanda.
De manhã, duas pessoas e um cão saíram da cidade.
Na estrada, Luke olhou para Dollar, que estava deitado obedientemente no banco de trás e perguntou: — Dollar comeu muito. Não me diga que ele não cagou?
Atordoada, Selina pensou por um instante antes de responder: — Eu… não notei.
Pensando bem, ela falou incerta: — Não acho que ele urinou muito também.
Os ouvidos de Dollar tremeram, mas ele permaneceu quieto.
Luke assentiu e não falou mais.
Eles seguiram a noroeste e chegaram em casa antes do anoitecer.
Luke levou Dollar ao porão no momento que chegaram em casa.
O equipamento que usava para monitorar sua saúde física e de Selina estava no porão. Isto também poderia ser usado em Dollar.
Ele não era veterinário, mas ainda poderia coletar dados básicos de Dollar e comparar com os parâmetros normais.
A checagem total em Dollar terminou rápido e o cachorro lambeu a mão de Selina, um sinal de que estava com fome de novo.
— Tem algum problema com ele? — Selina perguntou preocupada.
Dollar se tornou um comilão maluco nos últimos dois dias.
Para o lembrete de Luke, Selina comprou muito leite de carneiro e comida de cachorro para mantê-lo alimentado.
No caminho para Los Angeles, Dollar tinha limpado um enorme tambor de leite e um saco de comida de cachorro. Olhando para os dados, Luke balançou a cabeça: — Alguns arquivos são meio anormais, mas seus sinais vitais estão normais.
Ou melhor, normais demais!
Dollar era um cachorro de doze anos, que tinha setenta anos na idade humana; era realmente esquisito ele ser tão brincalhão.
Luke fez algumas ligações e pegou os arquivos dos cães policiais da base de dados da polícia. Comparado os dados de Dollar com aqueles arquivos, ele disse: — Leve-o ao andar de cima. Ainda tenho algumas coisas para fazer aqui embaixo.
Selina fez um som em reconhecimento e levou Dollar consigo, deixando Luke continuar o trabalho no porão.
Selina o lembrou pelo dispositivo de comunicação para ir dormir cedo. Luke respondeu de acordo, mas continuou trabalhando.
No meio da noite, ele esfregou a testa.
Algo estava errado com Dollar.
O cachorro não estava doente; estava muito saudável. Olhando para os dados novamente, chamou Bobby e pediu o homem para vir amanhã.
Desde a última vez que retornou à LA, Bobby ainda estava em Prosperity.
Este domesticador de animal poderia checar o que estava acontecendo com Dollar.
Afinal, Bobby havia sido um domador por mais de dez anos e os animais que estava mais familiarizado eram os cães e chimpanzés.
Ele estava muito familiarizado com a criação deles, já que precisava treiná-los e sabia bastante sobre cães.
Luke retornou à sala de estar e foi até a porta de Selina.
No caminho, Dollar abriu os olhos e olhou para ele, antes de fechar e voltar a dormir.
Olhando para o sujeito por um momento, Luke suspirou e torceu para não ser nada de ruim.
Ele então voltou ao próprio quarto para se lavar e descansar um pouco.
Dollar olhou na sua direção de novo antes de mudar para uma posição mais confortável e continuou dormindo. Bobby chegou de cedinho de manhã.
Luke, que estava o esperando, o levou até o quintal e chamou o Dollar.
— Dê uma olhada nele — disse Luke.
Bobby não fez perguntas.
Ele já estava acostumado aos pensamentos estranhos de seu chefe.
Comparado a encontrar fantasmas, examinar um cachorro não era nada. Esta era sua antiga profissão para começar.
Após inspecionar um obediente Dollar da cabeça aos pés, ele olhou para Luke e balançou a cabeça impotente: — Não vejo nenhum problema. É muito saudável para um cachorro na sua idade e pode viver facilmente por vários anos.
Estreitando os olhos, Luke ponderou por um instante: — Tente se comunicar com ele, assim como fez com o Doctor.
O rosto de Bobby mudou levemente: — Sobre isso…
Luke respondeu: — Tente.
Após hesitar por um instante, Bobby agachou e segurou a cabeçona do cachorro para que pudesse fazer contato visual.
Um momento depois, exclamou surpreso.
Após balançar a cabeça, olhou para Dollar de novo e se levantou um momento depois: — Chefe, não consigo me comunicar com seu cachorro.
Luke ergueu a sobrancelha: — Hm?
Escolhendo as palavras com cuidado, Bobby explicou: — Consigo sentir um pouco de suas emoções pelos movimentos, mas tem algo bloqueando a “ligação”.
Luke entendeu o que Bobby estava dizendo: Dollar tinha emoções, mas Bobby não conseguia entender o que eram com sua Comunicação Mental.
Ele assentiu lentamente: — Okay, tudo bem. Obrigado por vir aqui.
Bobby balançou a cabeça rapidamente: — Sem problemas. Não tinha nada para fazer mesmo.
Luke pensou por um instante antes de perguntar: — O Chris está prestes a retornar as operações?
Bobby assentiu: — Sim. Estive querendo te ligar nestes últimos dias. O FBI já avisou o Chris que as minas podem ser reabertas em três dias.
Luke olhou para ele e indagou: — Então pode ir amanhã para ficar de olho. Você está bem com isso, certo?
Bobby sorriu após um momento de atordoo: — Ficaria feliz.
Aquela era uma mina de ouro, afinal de contas.
Luke o mandou lá e disse que seu trabalho era para alertar contra qualquer um com ideias sobre a mina.
Seu salário anual era de quase 200 mil dólares e Luke obviamente estava o enviando lá para que Bobby não estivesse ganhando este salário por nada.
Pensando sobre suas partes na mina de ouro, mesmo que fosse apenas uma fração, o coração de Bobby acelerou.