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Circle of Inevitability – Capítulo 92

Despojando o Destino

Lumian não conseguia entender o significado do rio ilusório que viu ou sentiu. Tudo o que ele podia supor era que simbolizava o destino. Guiado pelos instintos da Mercúrio Caído, ele levantou a ponta da lâmina e apontou para um símbolo de mercúrio dentro do rio.

Assim que fez contato com o rio do destino, uma série de cenas passou pela mente de Lumian: O Homem Macarrão realizando uma enigmática dança sacrificial; o Homem Macarrão prostrando-se diante do símbolo de espinho negro e prostrando-se; o Homem Macarrão reunindo carne e sangue espalhados pelas ruínas dos sonhos para saciar sua fome; o Homem Macarrão tentando se aproximar da ‘muralha da cidade’, mas recuando a cada vez como se estivesse com medo de alguma coisa; A cabeça do Homem Macarrão cortada por um machado…

“Esta é toda a sua existência desde o início do loop?” Lumian percebeu isso enquanto tentava esfaquear a ponta da Mercúrio Caído no símbolo de mercúrio que representava a morte do Homem Macarrão — o fim do rio ilusório.

Era muito imenso e pesado para ele ter sucesso.

Naquele momento, o símbolo de mercúrio começou a se dissipar e o rio ilusório desapareceu gradualmente. As imagens na mente de Lumian ficaram nebulosas.

“Há um limite de tempo?” Lumian não se atreveu a perder tempo. Aderindo ao princípio da proximidade, ele apontou a adaga escura para o destino do Homem Macarrão de ajoelhar-se ao símbolo de espinho negro.

O símbolo do mercúrio, aparentemente formado pelo emaranhado do rio, foi aberto, condensando-se em uma gota que penetrou na lâmina da Mercúrio Caído.

No instante seguinte, o rio ilusório desapareceu completamente, impedindo Lumian de testemunhar novamente o destino do Homem Macarrão.

Ele olhou para a Mercúrio Caído e notou os símbolos heréticos na lâmina preta ondulando suavemente como água, como se estivessem infundidos com alguma força vital.

Eles eram hipnotizantes desde o início, mas agora pareciam ainda mais sinistros.

— Sucesso… — Lumian sussurrou para si mesmo, aliviado.

Mercúrio Caído agora estava completa.

No futuro, contanto que ele pudesse ferir o monstro flamejante com esta adaga em batalha, ele poderia trocar o destino do monstro de se ajoelhar diante do símbolo de espinho negro.

Lumian envolveu a lâmina da Mercúrio Caído em um pano preto e embainhou-a no cinto. Ele lidou brevemente com o cadáver do Homem Macarrão, movendo-o para um prédio meio desmoronado. Destruiu o último suporte do prédio, deixando cair entulhos e madeira, soterrando tudo em seu interior.

Depois disso, Lumian circulou de volta para onde o monstro flamejante havia aparecido.

Desta vez, não se aproximou para observação. Em vez disso, procurou pegadas e outros rastros, demorando-se para identificar quais o alvo deixou enquanto andava deliberadamente.

Depois de quase duas horas, Lumian decifrou gradualmente os hábitos e padrões do monstro flamejante. Um mapa de caça mental surgiu.

Ele passou algum tempo examinando os campos de batalha predeterminados, procurando armadilhas naturais para explorar.

Eventualmente, Lumian esfregou a testa e decidiu se aprofundar nas ruínas enquanto ainda tinha energia, reunindo informações para futuras explorações.

Ele permaneceu vigilante e executou a dança sacrificial novamente, acionando parcialmente o símbolo de espinho negro.

Com o ‘amuleto’ em mãos, Lumian rapidamente seguiu o mesmo caminho de antes.

Ele encontrou monstros ao longo do caminho, mas eles fugiram antes de atacar ou desapareceram de vista à distância. Quanto mais fundo ele ia, mais situações semelhantes ocorriam.

Finalmente, quando a sensação de queimação em seu peito devido à segunda dança sacrificial diminuiu, Lumian avistou mais uma vez a muralha da cidade composta de casas retorcidas.

Ele descansou um pouco, esperando que sua espiritualidade se recuperasse antes de realizar novamente a dança sacrificial.

Após a dança, ora vigorosa, ora graciosa, Lumian seguiu na direção onde encontrou a Mercúrio Caído, ativando o símbolo de espinho negro.

Depois de passar pela sala onde as chamas foram extintas, ele diminuiu o passo, cauteloso com um ataque repentino.

Depois de caminhar um pouco, Lumian percebeu que a luz à frente havia diminuído consideravelmente. Era como se uma criatura enorme no alto do céu bloqueasse a luz ou o sol estivesse obscurecido por alguma coisa.

Lumian olhou para cima instintivamente, mas viu apenas uma névoa espessa.

Incapaz de determinar a causa, só poderia pegar a Mercúrio Caído e prosseguir com cautela.

Em um momento, parecia que havia passado do dia para a noite.

Claro, isso foi um exagero. Lumian achou mais correto comparar o tempo nebuloso a um lugar envolto em nuvens escuras.

Quase simultaneamente, bocejou involuntariamente, sua exaustão se intensificando.

“Não, não posso dormir…” Lumian se forçou a manter os olhos abertos enquanto se retirava da sombria base da montanha.

Seu estado mental melhorou significativamente. Embora ainda cansado, aguentou.

“Você adormece no momento em que entra. Quanto mais fundo você vai, mais sonolento você fica?” Lumian refletiu silenciosamente. Ele se virou e caminhou em outra direção.

Depois de outra dança sacrificial, chegou a uma área desconhecida.

À sua direita havia paredes repletas de portas e janelas. À sua esquerda havia um terreno baldio conectado às ruínas de edifícios, e à frente havia árvores marrons.

Nas ruínas desoladas, as árvores pareciam incrivelmente resistentes. Elas se entrelaçaram e se abraçaram, formando uma parede de madeira de cinco a seis metros de altura.

Esta parede de madeira tinha numerosas folhas e galhos verdes, um forte contraste com o silêncio mortal e a desolação que a rodeava.

Se não tivessem bloqueado o caminho para a parte de trás da muralha da cidade, Lumian poderia ter elogiado a sua vitalidade tenaz. Mas agora só conseguia expressar sua insatisfação com o gesto grosseiro de levantar dois dedos médios.

Ele poderia ter escolhido fazer um desvio e entrar pelo outro lado das ruínas, mas não estava familiarizado com aquela área. Sua espiritualidade estava quase esgotada, então não havia necessidade de correr o risco.

Lumian bocejou descaradamente, seu peito ainda queimava enquanto ele refez seus passos.

……

Quando Lumian acordou, a primeira luz do amanhecer já havia penetrado pelas grossas cortinas, traçando o contorno da escrivaninha, da cadeira, do guarda-roupa e de outros móveis do quarto.

“Ainda é cedo,” pensou ele, olhando para Aurore ao seu lado.

O cabelo loiro de Aurore estava espalhado sobre o travesseiro branco, os olhos fechados em um sono tranquilo.

Sua mão direita agarrou a borda do cobertor, ocasionalmente tentando virar, mas parando instintivamente. Sua testa franziu antes de suavizar gradualmente.

Lumian tinha uma boa ideia do motivo pelo qual sua irmã reagiu dessa maneira.

Ela havia escondido vários frascos dentro da camisola por precaução. Dormir de lado ou de bruços sem dúvida lhe causaria danos.

“Que exaustivo,” Lumian suspirou interiormente, sua expressão terna e seu coração tranquilo.

Depois de um momento, saiu da cama com cuidado e saiu do quarto.

Ele se moveu em direção a uma varanda lateral que levava ao telhado. De frente para o distante céu carmesim, ele esticou o corpo.

Dentro de um minuto, Valentine saiu de seu quarto e ficou no corredor.

— Você também está louvando o sol? — ele perguntou, seu comportamento frio habitual substituído por calor e aprovação.

“Posso dizer que não?” Lumian sorriu. — Isso mesmo.

Satisfeito, Valentine saiu para a varanda e ficou de pé, de frente para o sol nascente.

Ele abriu bem os braços, ergueu o rosto para o céu e sussurrou: — Louvado seja o Sol!

Sem outra escolha, Lumian imitou o gesto. — Louvado seja o Sol!

Valentine baixou os braços e os cruzou sobre o peito. Após um momento de oração silenciosa, ele abriu os olhos e disse a Lumian: — Se o problema for resolvido com sucesso, apresentarei você ao bispo de Darige. Ou você prefere Bigorre?

— Eu prefiro Trier, — respondeu Lumian, sorrindo. — Mas para onde eu vou não depende de mim. Depende da minha irmã.

Valentine assentiu e abandonou o assunto. Ele voltou para o corredor e começou a patrulhar.

Nada aconteceu até as oito horas. A dupla então desceu e preparou o café da manhã juntos.

Logo depois, Ryan juntou-se a eles para ajudar. Leah acordou pouco antes das nove, deixando Aurore ainda dormindo.

Ryan mordeu a torrada e perguntou a Lumian: — Você tem planos para hoje?

Lumian hesitou antes de responder: — Devíamos deixar alguém em casa. Aurore não pode ser deixada sozinha para enfrentar um possível ataque.

Cordu não tinha abastecimento de água adequado. Aurore instalou uma caixa d’água no telhado durante as reformas. Desde que fosse regularmente enchida e desinfectada, era tão bom quanto ter água corrente.

— Sim, precisamos fazer tudo isso antes da Quaresma, — concordou Ryan.

Lumian sorriu brilhantemente. — A propósito, deveríamos visitar Madame Pualis e perguntar se ela pode nos ajudar a investigar o Bruxo morto e a coruja na tumba.

Como esperado, Valentine franziu a testa e o sorriso de Ryan endureceu.

Leah tomou um gole de água e sorriu. — Eu ficarei com Aurora.

— Sem problemas, — Lumian concordou em nome de Ryan e Valentine.

Sem outra escolha, os dois homens concordaram em visitar a residência do administrador naquela manhã.

Após o café da manhã, o trio saiu do prédio semi-subterrâneo de dois andares e seguiu em direção ao Antigo Bar.

Eles passaram pela casa do Pastor Pierre Berry no caminho.

O coração de Lumian disparou quando ele sugeriu a Ryan e Valentine: — Vamos verificar as três ovelhas.

Ele se lembrou do balido que ouvira na noite anterior.

Compreendendo o que ele quis dizer, Ryan e Valentine não fizeram objeções.

Eles circularam até os fundos da casa dos Berry, apenas para encontrar um curral de ovelhas vazio.

As três ovelhas haviam desaparecido.

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