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Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu – Arco 5 – Capítulo 81

Aquele/a que Completa o Receptáculo da Ganância

―― Uma série de Tumultos do Culto da Bruxa surgiram em Pristella, a Cidade das Comportas.

As cicatrizes da batalha permaneceram por toda a cidade, junto com a tragédia que atingiu seus habitantes. Várias funções da cidade ainda não foram totalmente restauradas para compensar a perda de pessoal.

Esses problemas ainda permaneciam, mas a situação estava se acalmando e começando a se encaminhar para a próxima história.

Para Natsuki Subaru também, os muitos problemas da cidade doeram em seu coração.

No entanto, ao observar a cidade após a retirada do Culto da Bruxa, ele sentiu que podia presumir que talvez tivesse contribuído um pouco para essa conclusão.

Subaru: “Embora ainda existem muitos problemas não resolvidos…”

As cicatrizes deixadas pelos Arcebispos do Pecado, especialmente as causadas pela Luxúria e Gula, foram enormes.

Os habitantes que tiveram seus corpos transformados pela Autoridade da Luxúria. Seus corpos haviam sido colocados em um “Estado de Morte Temporário” por Emilia e aguardavam o momento de acordar em um abrigo nas profundezas da cidade.

E a maioria das pessoas que foi atacada pelo apetite da Gula até agora se encontravam em um sono sem fim, e até mesmo seus laços com aqueles que esperariam seu despertar do fundo de seus corações foram arrancados.

A expressão de Emília, que havia proposto uma forma de adiar a solução do problema dos cidadãos transformados, foi dolorosa.

A angústia de Julius, o qual havia perdido seu lugar e sofrido com a forma de como as coisas estavam, era além do imaginável.

E não havia necessidade de mencionar as feridas no coração das pessoas da cidade que foram as mais afetadas.

Todos ficaram feridos.

Era dever de Subaru fazer tudo o que pudesse para curar essas feridas…

E…

Subaru: “Ainda há problemas para resolver.”

Subaru acenou com a cabeça.

Apenas isso, era o que Subaru tinha que fazer.


Subaru: “O Julius irá com a gente.”

Anastasia: “Entendo, então posso ficar mais calma com isso.”

Depois de ter terminado suas várias discussões, Subaru voltou para a sala de conferências e foi recebido por Anastasia.

Anastasia era a única que restava na mesa redonda na sala de conferências. A discussão sobre os tópicos principais havia ocorrido ali várias horas atrás.                  

Alguns deles já haviam retornado à pousada e outros se preparavam para deixar Pristella. Mesmo sem isso, foi um dia cansativo. Não havia necessidade de descansar na dura mesa redonda e passar o tempo na escuridão do abrigo vazio.

Subaru: “…  Quê?”

Mesmo assim ela permaneceu ali, esperando que alguém viesse.

Não que tivesse certeza disso, mas Subaru também tinha vagamente pensado que ela estaria aqui.

Afinal, neste momento, ela não deveria se sentir confortável em lugar nenhum.

Subaru: “Com isso, aqueles que estão visando a Torre de Vigia Plêiades são eu, a Emilia e a Beako. Além disso, se adicionarmos Julius e você, somos cinco no total.”

Anastasia: “Você não errou na quantidade de participantes? Afinal, em vez de cinco, somos seis. Seria um problema se você esquecesse da minha adorável Echidna.”

Ela desenrolou o cachecol do pescoço e estendeu-o sobre a mesa redonda enquanto a fazia dançar. O cachecol de raposa branco obedecia ao jogo inofensivo de seu mestre, assim como uma boneca.

No entanto, elas não se assemelhavam.

Subaru: “Eu não esqueci. É por isso que… nós somos cinco.”

Anastasia: “…”

Enquanto encostava as costas na porta da sala de conferências, Subaru o disse para Anastasia, a qual estava puxando seu cachecol.

Ao ouvir essas palavras, o sorriso de Anastasia congelou. Seu sorriso elegante desapareceu como se tivesse derretido, e então ela inclinou a cabeça lentamente.

Puxando o cachecol aos lábios, acompanhado por um olhar perplexo em seu rosto.

Anastasia: “Oh, isso é estranho. Como você sabia que não sou a Ana?”

O tom de Anastasia mudou completamente, tanto que era claramente perceptível.

Foi terrivelmente amigável e familiar, mas a parte essencial estava completamente vazia. Embora sua voz fosse a mesma, era claramente diferente.

Subaru: “Se você quiser ficar escondida, deveria agir um pouco melhor. Certamente, pelo que eu sei, a Anastasia é a mais racional e realista das candidatas, mas… ela não tem uma atitude tão carente na humanidade como você nem a sua maneira de falar é assim.”

Echidna: “Tenho observado a Ana há algum tempo, então eu deveria ter sido capaz de imitá-la, mas não correu tão bem como eu pensava. Você é o segundo a notar.”

Subaru: “O segundo?”

Echidna: “O Al-kun também percebeu. Ele me chamou de ‘Bruxa’, como ele pôde fazer uma coisa tão cruel?”

Subaru: “Isso é…”

Esse foi um termo muito apropriado, Subaru sentiu admiração por Al.

A Echidna de Anastasia e a Bruxa Echidna eram essencialmente diferentes, mas era impossível que elas não estivessem relacionadas, não havia dúvida disso.

Talvez tenha sido a percepção de Al, algo que só ele poderia ter notado.

Ele era alguém convocado para esse outro mundo, assim como Subaru. Se o poder da Bruxa da Inveja estivesse conectado à invocação de outro mundo, Al também poderia ser relacionado com a Bruxa.

Normalmente, ele teria conversado mais com ele sobre isso, entretanto…

Subaru: “De qualquer forma, isso não importa agora. O problema mais importante aqui é você, que sequestrou o corpo da Anastasia e tentou torná-lo seu.”

Echidna: “Dizer algo como ‘sequestrou’ soa muito drástico. À primeira vista, a situação atual é ruim, isso parece ser um fato, mas devo dizer que é uma pena que você interprete mal dessa forma. Sério, é doloroso.”

Subaru: “Assim você faz parecer que não é o caso.”

Echidna: “Na verdade, não é verdade, mesmo que você não possa ver. Eu só peguei emprestado o corpo da Ana, era inevitável. Se não tivesse, teria sido o fim para nós duas. Depois disso, continuei a usá-la como um recipiente, por mais que não seja pela minha livre e espontânea vontade.”

Subaru: “Resumindo, longo demais?”

Echidna: “Foi bom pegar emprestado o corpo dela, mas eu não consigo sair…”

Entendo, esta é Echidna… Nesta ocasião, ele a colocou como Eridna, todavia, ele nunca pensou que Eridna não tivesse relação com a Echidna, mas em sua interação agora, ele não sentiu nenhum traço claro da Echidna.

Nota: A partir desse momento, o mais correto seria nomeá-la como Eridna, tanto na fala como nos trechos, pois estamos nos referindo ao cachecol da Anastasia, contudo, para um melhor costume dos revisores e dos próprios tradutores, resolvemos deixar como Echidna mesmo. A princípio poderá haver alguns casos que deixaremos como Eridna.

Embora a forma como ela alongou as coisas fosse a mesma que a original.

Subaru: “Por enquanto, vou tentar ouvir sua história.”

Afastando-se da porta, Subaru se posicionou para falar com Echidna.

Agora que ele havia descoberto sua identidade, ela não poderia deixá-lo vivo, parecia seguro presumir que o perigo de ela armar aquela armadilha havia sumido.

Subaru estava sentado do outro lado da mesa redonda, de frente para Echidna.

Subaru: “Para começar, pedir emprestado o corpo dela? Que tipo de situação é essa?”

Echidna: “Resumindo, eu sobrescrevo minha existência no Od da Ana e a pego emprestada livremente, essa é a situação. Nesse estado, posso controlar o corpo dela à vontade, também posso manipular o seu Portão, que é defeituoso desde o começo, e usar magia.”

Subaru: “O que você quer dizer com defeituoso desde o começo?”

Echidna: “Você está muito curioso, não é? Eu entendo a ganância de querer saber de algo, então não irei culpá-lo, mas querer tanto saber sobre outra garota e outro espírito, isso não deixará a Emilia-sama e sua Beatrice com ciúmes?”

Subaru: “Eu não preciso da sua preocupação, mesmo se elas ficassem com ciúmes, seriam fofas de qualquer jeito, então tá tudo bem. Para de ficar enrolando e me diga logo.”

Quando Subaru tentou bater na mesa redonda com os dedos em desgosto, Echidna deu de ombros. Em seguida, ela dobrou o cachecol removido cuidadosamente e disse: “A Ana é…”

Echidna: “Uma menina que nasceu com um Portão defeituoso. Acho que você já sabe que o Portão é um órgão que absorve mana atmosférica e emite mana para o corpo, mas a capacidade de absorver mana não funciona muito bem na Anastasia. Ela é alguém que sofre de deficiência crônica de mana. Há uma pessoa que tem esse defeito, embora você já deve ter uma ideia de quem estou me referindo.”

Subaru: “Não sei se isso é ruim ou não, e também não sei de quem você está falando.”

Echidna: “Ah, é mesmo? Isso é inesperado. Aliás, o portador dessa deficiência é o descendente do Santo da Espada. Embora no caso dele, a quantidade que ele absorve seja incomum, aparentemente acrescenta à sua capacidade física, então não há nenhum dano real.”

Subaru: “Reinhard?”

Subaru ergueu as sobrancelhas surpreso com as palavras de Echidna, mas, pensando melhor, também sentiu que Reinhard já havia dito algo parecido em algum lugar antes.

Reinhard não podia usar magia, apenas nesse aspecto ele era inferior.

Mas, em vez disso, o poder de absorção de seu Portão era forte… então essa era a razão pela qual seria ruim para ele se aproximar de espíritos, incluindo Beatrice.

Subaru: “Bem, mesmo que não tenha magia, não é como se ele não tivesse meios de atacar de longa distância, para começar, no caso dele, não seria uma surpresa se seus oponentes fossem derrotados pela pressão da sua espada. Mas vamos falar sobre a Anastasia…”

Echidna: “Não estou tentando fingir, mas tenho o hábito de querer falar sobre o que sei. Então, a conversa… Certo, era sobre a constituição da Ana. Quando se trata do seu Portão, sua função de atrair é subdesenvolvida e não funciona muito bem… Portanto, ela só pode usar magia absorvendo a mana que estava inicialmente em seu corpo. Se ela estiver exausta, ela terá que usar seu Od, que é a fonte da vida. Não posso deixá-la cometer tanta loucura, posso? É por isso que a Ana não pode usar magia.”

Subaru: “Mas para você poder usar magia depois de pegar emprestado o corpo dela, não faz sentido. O fato de que a mana que originalmente estava em seu corpo era escassa, não muda. Ou você pode usar as pequenas quantidades de mana?”

Echidna: “…”

Subaru: “Não fique quieta, responda.”

Echidna: “Em primeiro lugar, não pude salvar a vida dela sem cortar a sua vida, eu não tive escolha. No entanto, a discussão entre mim e a Ana sobre este assunto acabou. Alguém como você, que não tem nada a ver com isso, não tem o direito de dizer algo sobre. Você também não gostaria que eu dissesse algo sobre o seu contrato com Beatrice, não é?”

Ela acertou em cheio.

O relacionamento de Subaru e Beatrice, junto com seu contrato, pertencia apenas a eles.

Ele não queria que outros interferissem nisso e, mesmo que o fizessem, ele os rejeitaria.

Se Anastasia e Echidna reivindicassem a mesma condição, Subaru não poderia dizer nada.

Essa foi uma conexão absoluta entre o contratante e o espírito que não deve ser perturbado por outros.

Echidna: “Nessa ocasião, peguei emprestado o corpo dela por vontade da própria Ana, afinal, era uma emergência. Você sabe que um Arcebispo do Pecado veio à Prefeitura, certo? Para afastá-la, foi necessário que Al-kun e eu utilizássemos todas as nossas forças. Foi necessário tomar uma decisão sob pressão.”

Subaru: “E o que é isso de você não conseguir sair?”

Echidna: “Sim, aí está o problema atual…”

Com as palavras de preocupação de Subaru, Echidna bateu palmas e sorriu. Embora sua aparência fosse a de Anastasia, seu sorriso mostrava claramente que seu conteúdo era diferente.

Que coisa estranha, Subaru pensou, mas imediatamente deixou esse sentimento para trás.

Finalmente, a conversa deles estava prestes a cobrir a questão principal.

Na frente de Subaru, Echidna tocou o peito magro de Anastasia.

Echidna: “Essa não é a primeira vez que eu peguei emprestado o corpo da Ana dessa forma. Mas não foram muitas vezes. Ana e eu não temos um contrato oficial. Isso também é por causa do problema com seu Portão, eu não quero colocar um fardo constante nela. Embora mesmo entre os espíritos, me orgulho de ser alguém que consome pouca energia. Quando se trata de apenas estar lá, não preciso da mana de um empreiteiro.”

Subaru: “Entendi. Minha Beako quer segurar minha mão três vezes ao dia.”

Echidna: “Duas dessas vezes é só porque ela quer segurar sua mão, provavelmente. É tudo uma questão de intimidade… Então, sobre a nossa conversa, não houve muitas ocasiões em que eu peguei emprestado o corpo da Ana em tais circunstâncias. No máximo, isso deve ser a quarta ou quinta vez. Meu relacionamento com ela já dura quase onze anos, então não é tão surpreendente, não é?”

Subaru: “Bem, quem sabe? Se você pensar que segue o ritmo de uma vez a cada dois anos, não é tão baixa quanto a de pegar uma gripe, né?”

Echidna: “Que severo.”

Echidna soltou uma risada abafada, sua risada era a mesma da Bruxa que Subaru conhecia. Naquele momento, ele ficou com medo de que a figura de Anastasia parecesse uma dupla de Echidnas.

A existência de Echidna deixou um peso dentro de Subaru que não iria desaparecer. Se possível, ele nunca mais queria vê-la, por causa de Beatrice.

Além disso, doeria muito a Julius saber que a verdadeira Anastasia havia desaparecido, ele também queria evitar isso.

Subaru: “Então, o que aconteceu, Echidna-san, que é tão irritante quanto uma gripe?”

Echidna: “Não sei a que gripe você está se referindo, mas em todo caso, não tenho muita experiência. Então, sem precedentes, também não sei por que isso aconteceu… Eu não consigo separar a minha consciência do corpo da Ana. Como resultado, Ana está dormindo profundamente dentro do Od dela.”

Echidna falava isso enquanto tocava o próprio peito, como se o Od estivesse dentro dela, e então ela olhou para seu cachecol caído na mesa redonda.

Enquanto a consciência de Eridna estivesse dentro de Anastasia, seu cachecol deveria ser apenas uma pele de raposa, mas…

Echidna: “Consegui me sair muito bem atuando na sala de conferências, não foi?”

Subaru: “Várias pessoas se deixaram enganar pelo impacto da sua aparência. Também penso que haviam várias pessoas além de mim que estranharam isso…”

Ou assim ele pensava.

Talvez apenas Subaru, que estava familiarizado com Espíritos Artificiais, tivesse sentido aquela sensação estranha.

Subaru: “Mesmo que não a tenham notado naquele lugar, as pessoas que estão profundamente relacionadas a ela vão perceber imediatamente que você não é a Anastasia.”

Echidna: “E, no entanto, apenas pessoas com um relacionamento superficial como você e o Al-kun é que sabiam. Isso não significa que a minha imitação de Ana deu certo?”

Subaru: “No momento, Ricardo e os gatinhos estão ocupados com seus próprios problemas, e o Julius também.”

Echidna: “…”

Com essas palavras, Echidna estreitou os olhos.

Em resposta à reação dela, Subaru fez uma careta de suspeita, mas Echidna suspirou imediatamente.

Echidna: “Afinal, Julius é o Cavaleiro da Ana? Pelo fluxo da conversa na sala de conferências, achei que era o mais provável, mas… a Autoridade da Gula é aterrorizante. Pode até roubar minhas memórias, e eu devo ser uma existência que está fora da norma.”

Subaru: “Você… o que você quer fazer com a Anastasia?”

Echidna: “…?”

Subaru: “Sobre a questão de saber se você pretende ou não sequestrar o corpo da Anastasia, honestamente, mesmo que falemos sobre isso, nada pode ser feito, então não vou persegui-la. Vou dizer claramente, mesmo que você diga que não é assim, não tenho base para acreditar em você, mas…”

Que ela não pudesse devolver o corpo de Anastasia… era inaceitável.

Para o Irretocável Cavaleiro, isso significava perder uma de suas esperanças.

A morte espiritual de um candidato. Ele não queria usar isso na batalha pela Seleção Real.

Subaru: “Não vou desistir de trazer essa pessoa de volta ao normal, Echidna.”

Echidna: “Você pode ficar tranquilo. Não sou tão arrogante em pensar que posso assumir o controle do corpo da Ana e viver em seu lugar.”

Confrontada pelo furioso Subaru que avançou com determinação, Echidna disse isso com pessimismo. Com uma expressão triste, ela abraçou o corpo pequeno e magro de Anastasia.

Echidna: “Sabe, eu gosto da Ana. Não foram meros desejos de observação esses mais de dez anos que passei ao lado dela sem um contrato. Não sei se esses são os sentimentos certos, mas tenho sentimentos semelhantes aos de um tutor ou de uma família, estou ciente disso. Se possível, quero que ela fique bem e, mais do que tudo, que seja feliz.”

Subaru: “…”

Echidna falava com fluência e indiferença como sempre, mas em sua aparência, enquanto falava e tocava o delicado corpo de Anastasia no qual se encontrava agora, parecia haver afeto.

Assim como Puck sentia amor e afeição por Emilia, e Beatrice por Subaru, Echidna pode ter sentido o mesmo por Anastasia.

Se for esse o caso…

Subaru: “Então, esse é o seu verdadeiro motivo para querer conhecer o Sábio.”

Echidna: “Isso é muito perspicaz da sua parte. Eu não me importo com as pessoas que tiveram seus nomes comidos pela Gula. Eu só quero saber uma maneira de devolver este corpo de volta para Ana. É por isso que vou fazer uso de todos vocês também.”

Subaru: “Existe alguma garantia de que o Sábio conheça um método para isso?”

Echidna: “Nenhuma. Mas quando se trata do Sábio que diz ver tudo e saber tudo, há uma chance. Apostar que ele pode é o mais provável, só isso.”

Nenhuma palavra de refutação imediata saiu de Subaru para as palavras de Echidna, cheias de determinação revestida de ferro.

Sem dúvida, foi uma conclusão terrivelmente egocêntrica e egoísta na qual ela chegou. No entanto, Eridna estava agindo a sua própria maneira para atingir seu objetivo, assim como Echidna.

Assim, o que o Subaru precisava confirmar era…

Subaru: “Você realmente conhece uma maneira de alcançar o Sábio na Torre de Vigia Plêiades?”

Echidna: “Claro que sim.”

Subaru: “Deveria ter uma descrição no seu personagem dizendo que você não tem memórias do passado. Por que você conhece uma maneira de chegar à Torre que ninguém mais conhece? Isso não faz sentido.”

Echidna: “Eu só sei o que sei. É incômodo que você me peça uma base para isso, mas é assim. Se você quiser adornar essas palavras, é porque chegar lá é o destino, eu acho.”

Subaru: “Destino? Destino decidido por quem?”

Echidna: “Meu Criador, talvez.”

A resposta de Echidna foi altiva, mas no que dizia respeito a Subaru, foi o pior tipo de resposta.

Se o criador de quem ela falou era a própria Echidna, então aquele que destruiu o caminho para a Torre de Vigia nas memórias do Espírito só poderia ter sido a Echidna.

Isso significava que havia algo relacionado a Echidna na Torre de Vigia Plêiades.

Com certeza, isso lhe deu um mau pressentimento e uma certa expectativa em relação ao conhecimento do Sábio.

Echidna: “Será que isso o convenceu?”

Echidna perguntou isso a Subaru, o qual permaneceu em silêncio, tendo chegado a essa conclusão.

Embora hesitando em concordar imediatamente, Subaru deixou sair um longo e profundo suspiro.

Subaru: “Não que eu esteja extremamente convencido, mas pelo menos eu entendo. Você tem seus próprios objetivos e coisas que precisa fazer, e isso não interfere em nossos próprios objetivos.”

Echidna: “Certamente. Ambos temos coisas que queremos pedir ao Sábio. É por isso que vamos cooperar para chegar até ele. Não há nada de estranho nisso.”

Subaru: “Para com isso. Quando é você que diz, se torna algo duvidoso.”

Echidna: “Isso é bastante severo da sua parte.”

Parecia que ele ficaria louco se continuasse falando com Echidna na forma de Anastasia por mais tempo.

Em qualquer caso, eles acabariam tendo tempo de sobra para fazer companhia um ao outro enquanto se dirigiam para a Torre de Vigia Plêiades. As Dunas de Areia de Augria, onde ficava a Torre de Vigia, ficavam no extremo leste do mapa mundial. Será uma longa jornada.

Subaru: “Estou lentamente me acostumando com você, então me dê um pouco mais de tempo.”

Echidna: “A essa altura, mesmo que você não goste disso, terá de se acostumar. Na verdade, Natsuki-kun, você é muito frio com garotas fofas. Eu fiquei muito magoada. Caramba.”

Envolvendo o cachecol em volta do pescoço, Echidna imitou o comportamento de Anastasia.

De fato, foi uma atuação bem feita, mas…

Subaru: “Sua entonação do eu está errada. Além disso, seu sotaque Kansai é muito suave. Comparado com as pessoas que conheço de Kararagi, falta autenticidade.”

Echidna: “Autenticidade?”

Era uma diferença extremamente pequena. Echidna resmungou corretamente essa palavra para confirmar o que Subaru havia dito a ela e, eventualmente, soltou um suspiro como se tivesse desistido.

Do lado de Subaru, não havia nada que ele precisasse confirmar para Echidna. E, em relação a devolver o corpo de Anastasia de volta para ela, isso dependeria da atitude do Sábio da Torre de Vigia Plêiades.

Contudo…

Subaru: “Não diga ao Julius… ou a qualquer um dos outros que você está pegando emprestado o corpo da Anastasia.”

Echidna: “… Eu não me importo, mas o seu pedido foi inesperado.”

Subaru: “Não quero causar um tumulto desnecessário nesta situação, que já está bagunçada até demais. Além disso, se descobrirem que foi realmente você, e não Anastasia, que propôs essa ideia, Ricardo e alguns dos outros podem se opor imediatamente. Também vai ser um incômodo para mim se não pudermos ir para a Torre de Vigia. Apesar de isso ser muito egoísmo.”

Havia uma chance de que Ricardo, Mimi e os outros ficassem receosos em relação ao corpo de Anastasia e a impedissem.

Nesse caso, eles poderiam até mesmo desistir de sua jornada para a Torre de Vigia, mesmo que seja uma excelente solução para os seus problemas. Isso seria um problema para Subaru e seu grupo, pois eles queriam salvar as vítimas das autoridades.

Subaru: “Seria ótimo se as vítimas da Gula, Luxúria e, claro, o problema com você e a Anastasia pudessem ser resolvidos pelo Sábio. Se tudo correr bem, Ricardo e os outros não poderão reclamar depois. Não, mesmo se eles reclamarem, eu não darei ouvidos.”

Echidna: “Como Hoshin diz, ‘Os livros contábeis são equilibrados no final’.”

Subaru: “Concordo com o Hoshin-san quanto a isso.”

Como era de se esperar de Hoshin, que pode ter vindo do mesmo lugar que ele, dizendo coisas boas.

Subaru: “Bem, então.”

Neste ponto, a discussão acabou por agora.

Na pior das hipóteses, se Echidna tivesse a intenção de explorar o corpo de Anastasia, haveria a chance de que a última batalha em Pristella tivesse se desenrolado aqui, o que não ocorreu e o deixando aliviado.

Foi apenas por essa razão que essa pergunta veio no momento em que Subaru baixou a guarda.

Echidna: “A propósito, Natsuki-kun.”

Subaru: “Hmm?”

Subaru se virou assim que colocou a mão na porta para tentar sair da sala de conferências.

Ainda encostada na cadeira da mesa redonda, Echidna inclinou a cabeça de maneira fofa como Anastasia faria para Subaru.

Echidna: “… Há mais alguém, não há? Outra pessoa, a quem você deseja perguntar ao Sábio sobre uma maneira de recuperá-la.”

Subaru: “…”

Echidna: “De uma forma ou de outra, em Pristella, tem gente com sintomas parecidos, né? É melhor levar uma pessoa que apresente esses sintomas para saber como fazê-los voltar ao normal.”

Com a mão ainda na maçaneta da porta, tanto a garganta de Subaru quanto sua respiração congelaram.

Echidna, no final, continuou a olhar com indiferença para Subaru, cuja expressão havia endurecido seus olhos arregalados.

Echidna: “O que você gostaria de fazer? Isso depende inteiramente de você, Natsuki-kun.”

Subaru: “Eu…”

Echidna: “De todo modo, vamos parar na Mansão Margrave Mathers, certo? Se não nos prepararmos para a caminhada através das Dunas de Areia de Augria, não conseguiremos a aprovação para poder ir à Torre de Vigia. Quando fizermos isso, sua bela adormecida deve estar lá.”

Subaru: “…”

Echidna: “Eu não acho que isso seja um coisa ruim. Vamos salvar todos, é apenas sobre quem será o primeiro entre eles… Não tem problema algum você se permitir este tipo de luxo.”

A voz indiferente de Echidna, por algum motivo, parecia uma tentação terrivelmente demoníaca para Subaru.

Ele compreendeu o que ela estava tentando dizer. E embora, sem dúvida, ele quisesse seguir o que ela disse, ele não foi capaz de responder imediatamente.

Certamente isso porque…

???: “Subaru!”

Subaru: “――hk!”

Ao ouvir seu nome sendo chamado, Subaru ergueu os olhos surpreso.

Emilia e Beatrice ficaram na frente de Subaru, cuja respiração ficou presa em sua garganta. As duas arregalaram os olhos com a reação de Subaru, e então Emilia inclinou a cabeça e perguntou a ele: “Qual é o problema?”

Emilia: “Você disse que iria ver o Julius-san… quer dizer, o Julius. Mas como você não estava na enfermaria do hospital, acabei ficando preocupada. O que você esteve fazendo?”

Subaru: “Nada, na verdade… Sabe, é que aquele cara estava fazendo uma cara tão feia que eu não aguentava vê-lo por muito tempo. Por isso, não foi uma mudança de ambiente, mas uma mudança de visão.”

Emilia: “Sério? Mas eu acho que o Julius tem uma cara bonita…”

Subaru: “Você acha isso também, Emilia-tan?”

Emilia: “Ah, mas o seu rosto também é ótimo, Subaru. Eu acho que é um rosto bonito. Você sabe, é aquele tipo em que quanto mais você olha para ele, mais você gosta, eu acho que é isso.”

Subaru: “Esse acompanhamento é tão doloroso!”

Emilia se corrigiu com preocupação, mas a maneira como disse isso também foi um problema. Com um sorriso amargo, Subaru baixou os ombros. Desta vez, Beatrice, que estava em silêncio ao lado de Emilia, tinha algo em mente.

Beatrice continuou a olhar para trás de Subaru, em direção ao abrigo atrás dele. Como se ela tivesse uma ideia da conversa que ele teve ali.

Beatrice: “Subaru, se você vai fazer algo perigoso, deveria chamar a Betty, eu suponho. Se eu te deixasse em paz e ficasse perigoso, a Betty ficaria fora de si, de fato.”

Subaru: “Esse é o mesmo carinho que sempre sinto por você. Já que você é tão fofa, fico inquieto pensando em quanto tempo levará até que seja levada por um sequestrador que estava querendo roubar alguns doces.”

Beatrice: “A Betty não é um espírito de aparência barata, eu suponho! Não tire sarro de mim!”

Ficando bastante zangada, Beatrice aproximou-se dele para lhe dar uma bofetada outra vez. Ao fazê-lo, Subaru ergueu Beatrice em seus braços, que soltou um “Fwaaaah” surpresa, e caminhou em direção onde Emilia estava.

Beatrice: “S-Solte-me, me coloque no chão, eu suponho! Ah, mas me ponha no chão sem fugir, na verdade.”

Subaru: “Difícil de fazer isso, você vai ter que ficar assim por enquanto, então.”

O corpo de Beatrice era leve, mas estranhamente quente. A opinião geral era que as crianças têm temperaturas corporais mais elevadas, mas sendo Beatrice uma garotinha, ela também era assim? Mesmo que ela fosse um espírito.

Emilia, que estava ao seu lado, olhou para o rosto de Subaru de lado, que ironicamente estava a sorrir. Enquanto ela o observava com os olhos voltados para cima, Subaru perguntou a ela: “Que houve?”

Subaru: “É tão raro que eu e Beako estejamos brincando?”

Emilia: “Não. Neste último ano, não é mais incomum, mas… acho que o você de agora está fazendo uma cara desconcertada que está sendo bem incomum neste último ano.”

Subaru: “… É assim? Embora eu não possa dizer que está bem tudo, a maioria dos problemas foi resolvido, e para mim agora, os meus músculos faciais relaxaram suficientemente bem, ou pelo menos assim eu penso.”

Emilia: “Se você diz, eu acreditarei em você, mas…”

Emilia baixou seus olhos de cílios longos para Subaru, que estava mexendo as bochechas. Então ela lentamente continuou suas palavras que ela havia cortado.

Emilia: “Quando decidir o que fazer, definitivamente é para você me contar. E, se você não encontrar a resposta, aconteça o que acontecer, certifique-se de me consultar, tudo bem? Seria bom se você me prometesse apenas isso.”

Subaru: “Uma promessa, hein?”

Emilia: “Sim, uma promessa que você não irá cumprir. Afinal, você é bom em fazê-las, não acha?”

Subaru: “Woah, isso é excepcionalmente venenoso para uma Emilia-tan.”

Ele recebeu uma avaliação contundente de Emília devido aos resultados de suas promessas anteriores até agora.

Então, Emilia, com um leve sorriso no rosto, estendeu o dedo mindinho. Vendo isso, Subaru imediatamente atirou Beatrice em seu ombro e juntou seu próprio dedo mindinho ao dela enquanto Beatrice gritava: “O que você está fazendo, eu suponho!?”

Subaru: “Promessa de mindinho, se eu estiver mentindo, terei que engolir mil agulhas.”

Emilia: “E eu cortarei meu dedo.”

Nota: Criada a partir da famosa lenda japonesa do Fio Vermelho do Destino, o Yubikiri Genman, podendo ser traduzido como Promessa do Dedo Mindinho, é um juramento feito entre duas pessoas unindo seus dedos anelares e recitando a frase dita pelo Subaru e Emilia; mostrando, com o conteúdo pesado da frase, a importância que os japoneses dão ao fazer uma promessa. A parte dita pela Emilia relacionada ao dedo cortado, vem de uma época no passado do Japão, onde as mulheres cortavam seus dedos anelares como uma prova de amor e afeto por seus amantes.

Os seus dedos separaram-se um do outro.

Enquanto estendia o dedo, Emilia sorriu para Subaru.

Emilia: “Subaru, quantas agulhas serão no total com isso?”

Subaru: “Bem, não acho que chegue até dez mil.”

Emilia: “Nesse caso, certifique-se para que não chegue nesse tanto, está bem?”

Subaru respondeu com um “Sim” para as palavras de Emilia.

Com essa resposta, ela teria uma sensação absoluta de segurança… Tal coisa para Emilia provavelmente seria impossível. Ela nem mesmo planejou fazer a promessa em primeiro lugar.

É por isso que sua promessa agora era um aviso para Subaru.

Echidna: “… Estará tudo bem se Natsuki-kun se permitir este tipo de luxo.”

A última tentação de Echidna voltou a sua mente.

Subaru poderia se permitir esse tipo de luxo? Ele realmente poderia permitir?

Quem permitiria isso a ele? Para ele, que dependia dessas coisas.

Subaru: “Eu terei uma resposta… quando eu voltar para a mansão, definitivamente terei uma resposta.”

Mesmo assim, é o que se esperaria de alguém que tinha o mesmo nome daquela Bruxa.

Na verdade, aproveitar as partes mais fracas das pessoas era seu forte.

Subaru: “Sério, que detestável…”

Beatrice: “Você disse algo agora, eu suponho?”

Subaru: “Não, do jeito que estou carregando você, posso tocar ou dar um tapa na sua bunda o quanto eu quiser.”

Beatrice: “Kyaaa, de fato! Solte-me, eu suponho! Coloque-me no chão, na verdade! Devagar e suavemente, como se você estivesse admirando uma flor, eu suponho!”

Subaru: “Hahahaha.”

Beatrice: “Pare de bater na minha bunda enquanto ri, na verdade…!!”

Com a Beatrice fazendo barulho em cima do ombro, Subaru voltou a caminhar. Virando o rosto de vez em quando para Emilia, a qual parecia querer se juntar a eles.

Embora ele tenha sido abençoado, embora ele tenha sido salvo.

Se ao menos ela estivesse aqui, ele pensou, maravilhando-se com sua própria “ganância”.

A cortina caiu sobre a batalha de Natsuki Subaru na Cidade das Comportas.

…… E agora, silenciosamente, a próxima história tomou outro rumo com destino à Torre de Areia.


Fim Arco V: Estrelas que Fazem História



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