“Por favor, prometa que você vai cuidar dele.” Arwen disse enquanto segurava amorosamente William em seus braços. Lágrimas caíam imparavelmente dos seus olhos, já que ela não conseguia suportar a separação.
Porém, para mantê-lo seguro, ela não tinha escolha a não ser deixá-lo onde os humanos viviam. Theoden e Aerin também estavam se sentindo deprimidos por seu primeiro neto não poder ir com eles.
Se não fosse pela responsabilidade trazida pela linhagem que portavam, eles teriam feito de tudo para manter William com eles.
“Eu não posso te prometer isso”, Morgan respondeu de maneira firme. “Você sabe que se ficasse comigo, ele viveria uma vida repleta de perigo. Entretanto, não se preocupe. Eu vou levá-lo para a minha cidade natal. Meu irmão e a esposa dele já estão esperando pela sua chegada. Tenho certeza que eles vão mantê-lo seguro e feliz.”
Os lábios de Arwen tremeram. William ainda estava dormindo e ignorante ao fato que seria separado de sua mãe. Ele chegou a este mundo há duas semanas e ainda não havia aberto os olhos este tempo inteiro.
Sua mãe estava preocupada com sua condição, mas já tinha feito o melhor que podia. O corpo da criança estava saudável, o que a fazia concluir que o problema era a alma dela.
Os elfos tinham fortes poderes espirituais. Depois de fazer uma varredura espiritual no seu filho, Arwen descobriu que a alma dele parecia estar danificada. As únicas boas notícias é que ela iria se recuperar com o passar do tempo.
Arwen acreditava que só levaria um ou dois meses para que a alma de William se recuperasse completamente. Infelizmente, William perdeu a chance de ver sua linda mãe antes de ser levado.
“Minha senhora, é arriscado atrasar ainda mais”, a donzela protetora de Arwen, Sheila, a lembrou. “O ‘Templo da Luz’ está fazendo seu melhor para atrasar o Conselho Élfico, mas as buscas deles já se ampliaram para esta parte do continente. Eu temo que seja só questão de tempo antes deles nos encontrarem.”
Arwen deu a William um beijo na testa antes de entregá-lo à Morgan. Ela, então, conjurou um feitiço protetor que iria colocar seu bebê em um estado em que o tempo parou. Somente quando Morgan chegasse na sua cidade natal que feitiço se dissiparia.
“Você quer dar algo a ele antes de eu ir?” Morgan perguntou. “Vai levar anos até que vocês consigam se ver novamente.”
“Eu já deixei uma lembrança”, Arwen respondeu e seu olhar parou no colar que ela entregou a seu filho.
No centro do colar, havia um anel preto. Era o anel que pertencia ao falecido pai de William, Maxwell, o irmão gêmeo de Morgan.
Morgan direcionou seu olhar para o anel familiar que estava repousando quietamente no peito do bebê e acenou com a cabeça. Ele disse o adeus final à Arwen e seus pais antes de ir em direção à sua montaria.
A Mantícora de sete metros de altura abaixou seu corpo massivo e deixou que Morgan sentasse em suas costas. A criatura tinha o corpo de um leão, a cauda de um escorpião e as asas de um dragão. Ela foi uma besta poderosa que acompanhou Morgan em sua jornada ao topo do reino mortal.
“Depois de alguns anos, tenha certeza de enviá-lo cartas”, Morgan disse, encorajando. “Eu tenho certeza que ele gostaria de conversar com a mãe biológica, mesmo que através de cartas.”
Arwen amargamente concordou com a cabeça. Mesmo sem Morgan a lembrando, ela ainda enviaria cartas ao filho. Não queria que pensasse que a mãe não se importava com ele.
A Mantícora bateu as asas e disparou em direção ao céu. Arwen desabou e começou a chorar enquanto seu filho desaparecia no horizonte.
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Em algum lugar na parte Ocidental do Continente Sul…
Um Mantícora pousou a uma milha de distância do pequeno feudo de Lont.
Apesar de que Morgar poderia só entrar na cidade com sua montaria, ele decidiu ser mais discreto em sua abordagem. Ele foi “exilado” do Reino Hellan muitos anos atrás. No entanto, se ele realmente quisesse retornar a sua terra natal, ninguém, nem mesmo o Rei do Ferro Sangrento, poderia pará-lo.
A família real, assim como os nobres, odiavam e temiam sua pessoa. Então, para que sua família vivesse em paz, ele decidiu deixar o reino e vagar pelo continente.
“Lembre-se, não cace indiscriminadamente.” Morgan deu um tapinha na sua montaria e deu um aviso severo.
A Mantícora deu um resmungo baixo de entendimento antes de disparar para as partes profundas da floresta. Morgan balançou a cabeça desesperançosamente enquanto andava a pé em direção à propriedade do seu irmão, localizada na parte de trás da cidade.
Ninguém o viu entrando. Nem os guardas que estavam manejando os portões, nem as patrulhas que faziam suas rondas. Em menos de meia hora, Morgan estava na frente de uma casa de três andares.
Esta foi a casa onde ele e seus irmãos brincavam durante a infância. Já faz quase quatro anos desde a última vez que visitou o local.
“Você realmente chega quando quer, irmão.”
A porta principal da residência se abriu e um homem que parecia estar chegando nos trinta o cumprimentou com um sorriso.
“Já faz algum tempo”, Morgan respondeu com um sorriso rígido. “Mordred.”
“Quatro anos”, Mordred bufou. “Você deveria visitar a gente mais frequentemente. Além disso, não fica usando essa desculpa barata que você foi ‘exilado’ e não pode vir nos ver. Quem você acha que engana?”
“Por que vocês estão conversando aí fora?” Uma mulher bonita com cabelo marrom escuro apareceu atrás de Mordred. “Morgan, é bom te ver de novo. Entre, eu preparei sua comida favorita.”
“Você não mudou em nada, Anna”, Morgan cumprimentou. “Continua tão bonita como sempre.”
“Tá bom, tá bom. Agora pare com essa bajulação toda e me dê o bebê.” Anna felizmente andou em direção a Morgan para dar uma olhada no bebê que estava no colo dele.
Ela olhou para a criancinha e sentiu que seu coração estava derretendo. Sem esperar pelo permissão de Morgan, ela pegou o bebê dele e deu-lhe um beijo na testa.
“Qual é o nome dele?” Anna perguntou.
“William”, disse Morgan.
“Muito bem, o apelido dele vai ser Will.” Ela sorriu.
Então, deixando para trás os dois homens, ela entrou na casa. Ambos suspiraram e a seguiram. Apesar de Mordred ser o Baronete de Lont, aquela quem mandava na cara era ninguém menos que Anna.
Quando eles entraram na casa, puderam ouvir ela conversando com alguém.
“Ella, este é o Will, ele não é fofo?”
“Meeeeeeh.”
“Olha, ele acabou de chegar de uma longa jornada, você pode dar a ele um pouco do seu leite?”
“Meeeeh.”
Morgan inclinou a cabeça ao ver Anna tentando persuadir uma cabra a amamentar William. A cabra só tinha um metro de altura e uma pelagem muito macia. Os chifres de doze polegadas presentes na sua cabeça tinham uma tonalidade vermelha que os faziam parecer mais refinados.
A cabra ficou parada enquanto Anna guiava os lábios do bebê para que ele pudesse beber um pouco de leite. A viagem foi demorada e se não fosse pelo feitiço de Arwen, William poderia ter morrido de fome durante o caminho. Desconhecido para o inconsciente William, sua Página de Status foi atualizada mais uma vez ao mesmo tempo que o leite da cabra entrou no corpo dele.
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< Missão Diária: ‘Beba Leite’ foi concluída! >
< Recompensas: 5 pontos de Experiência. >
< Experiência Atual: 75/100 >
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Morgan e Mordret irmaos KKKKKK it’s a Shadow slave reference? 🤣🤣 mt bom