Gold Nugget choramingou enquanto mastigava o pãozinho no vapor.
Luke virou a cabeça com um sorriso: — Ele não roubou nada. Está me ajudando a checar o gosto do pãozinho no vapor. O seu ficará pronto logo. Pode ir para a mesa de jantar.
Selina foi rapidamente para a mesa de jantar: — Chef, serviço.
Gold Nugget a seguiu e sentou perto da mesa de jantar.
Selina estendeu o pé com raiva e chutou o traseiro dele gentilmente: — Não me copie.
Dollar mostrou sua grande língua e tentou lambê-la. Desta vez, foi Dollar, o cachorro, que estava tentando aconchegá-la. Selina riu e levantou Dollar com o pé para que este monstro babão e assustador não lançasse um ataque nela.
Luke saiu segurando alguns cestos a vapor. Ignorando os dois sujeitos superanimados, ele cuidou do próprio assunto e comeu a comida.
Ele jogou um pãozinho no vapor, distraindo instantaneamente os dois cachorros e os três pararam de brincar.
Dois humanos e dois cães finalmente comeram vinte cestas de pãozinho no vapor no café da manhã. Então, Luke tirou uma caixa de seu quarto: — Este é um presente especial do Rio.
Selina riu e pegou rapidamente.
Sentindo-se castigada noite passada, ela esqueceu de pedir pelo seu presente.
Ao abrir a caixa, ela perguntou duvidosamente: — Isto é um diamante?
Luke riu: — Ainda bem que não disse vidro. É uma turmalina. Não é muito cara, então pode usar quando estiver de folga.
Examinando a gema amarelo-brilhante na mão, Selina percebeu algo de repente e segurou perto de Dollar. Comparando-os por um momento, ela exclamou surpresa: — Isto se parece com o Dollar!
Achando graça, Luke assentiu de acordo.
Foi exatamente por isso que comprou este presente.
Parecia o combo perfeito com o porco dourado que deu para ela antes.
Observando Selina guardar o presente no quarto, Gold Nugget começou a choramingar para Luke.
Ele ficou perplexo: — Seu presente… Tudo bem, tenho algo para você.
Dizendo isso, voltou ao quarto e tirou uma pilha de sucos brasileiros únicos do inventário.
Ele então voltou e colocou os sucos na frente de Gold Nugget: — Eles são especialidades do Brasil: dezoito sabores misteriosos. Garanto que são únicos.
Gold Nugget cheirou por um momento e então olhou para Luke com desdém enquanto começava a organizar os sucos.
Havia duas fileiras de cinco latas cada e uma sozinha.
Luke ficou envergonhado: — Tudo bem, só tem onze latinhas. Porém, não é porque sou ruim de matemática; só disse sem pensar. Você quer ou não?
Ao ouvir isso, Gold Nugget correu rápido para pegar uma bolsa vazia do quarto de Selina. Então, colocou os sucos nela e levou para sua casinha de cachorro.
Do quarto, veio o grito raivoso de Selina: — Essa é a minha bolsa nova. Comprei alguns dias atrás! Me custou cinquenta dólares! Cachorro malvado…
Após guardarem seus presentes apropriadamente, Selina e Gold Nugget ficaram satisfeitos e foram trabalhar.
Hoje, Luke e Selina compareceram ao departamento com Gold Nugget.
Após aparecer várias vezes com Dollar e não ver ninguém reclamar, Selina não o deixou mais no carro.
Ao ver Luke, que ficou fora por um longo tempo, seus colegas da Divisão de Crimes Graves o cumprimentaram e receberam alguns lanches de Selina.
Billy Wang, que sempre foi bocudo, falou: — Luke, o humor da Selina melhorou desde que voltou, certo? Perguntamos por que ela não fez mais lanches recentemente e ela respondeu que não estava com vontade. Hehe…
Luke cutucou a barriga do velho com o dedo: — Então você não comeu os donuts que ela comprou? Como esta barriga cresceu, então?
Billy Wang afastou a mão dele com raiva: — Vai se ferrar. Isto é o que chamam de barriga de chop em chinês, tudo bem? Não é de comer coisas.
Luke retrucou: — Então beba menos e vá para casa mais cedo para passar tempo com sua esposa.
Deprimido, Billy Wang se virou e foi embora: — Não fale nisso, ou não seremos mais colegas.
Luke riu e viu o detetive de meia-idade partir.
A esposa de Billy também era chinesa e muito mandona. Billy sempre foi obediente em casa e só podia se libertar quando estava bebendo.
Contudo, sua esposa cuidava bem dele e da casa. Não havia nada para deixar Billy infeliz; apenas considerar as dores da felicidade.
Após cumprimentar seus colegas, Luke foi ao escritório de Elsa.
Elsa nem se incomodou em olhar para os lanches que Selina trouxe. Ela apenas os guardou na gaveta antes de perguntar: — Teve boas férias?
Luke assentiu com um sorriso.
Elsa se levantou e pegou uma pilha dos arquivos de casas no topo de um armário ao lado: — São seus. Alguma objeção?
Luke: — Nenhuma. No entanto, chefe, quer almoçar conosco?
Elsa: — Tem algum problema?
Luke: — Está tudo bem. Só quero falar sobre o Martin e o Roger.
Elsa assentiu: — Okay. Vá trabalhar agora.
Com os arquivos na mão, Luke saiu do escritório com um sorriso.
Na mesa, Selina começou a analisar os casos enquanto dizia: — Ela provavelmente está naqueles dias. Não leve a sério.
Luke ficou atordoado: — Ela está naqueles dias? Pensei que fosse só por causa da pressão do trabalho.
Atordoada por um instante, Selina assentiu: — Tudo bem. Talvez seja uma combinação dos dois.
Luke: — O trabalho foi movimentado ultimamente?
Selina: — Você não sabe? A Stark Expo está acontecendo de novo e todo tipo de gente está chegando em LA. Você consegue imaginar quanto trabalho isso envolve?
Luke coçou a cabeça: — É mesmo? Isso explica muito.
A Stark Expo em si não era grande coisa, mas durante este período, o centro de LA teria uma quantidade exorbitante de tráfico.
Comerciantes, clientes e turistas que queriam ser parte da diversão aproveitariam esta oportunidade para visitar Los Angeles de todo o mundo.
Além disso, as Indústrias Stark vendiam armas.
Não era difícil de imaginar que tipo de clientela e turistas eles receberiam. Los Angeles nunca foi um local pacífico. Não seria incomum que figurões estrangeiros colidissem com os tiranos locais.
Algumas centenas de casos criminais acontecendo neste momento seriam o bastante para revirar a Divisão de Crimes Graves.
Porém, as Indústrias Stark eram um grande contribuinte em Los Angeles e também faziam todos os tipos de doações ao departamento anualmente.
Para que servia a polícia americana? Servia para fornecer um ambiente seguro para os figurões, é claro.
Desde que pegaram o dinheiro, a LAPD teria que fazer toda a força trabalhar além do horário determinado e manter a ordem. Enquanto folheava os casos, Selina começou a jogar alguns para Luke: — Este tem prioridade. Este também. Este não pode ser deixado de lado…
Olhando para os casos arremessados, Luke estalou a língua: — Já está tão ruim?
Selina ergueu a cabeça: — Porque mais eu sairia à noite… cof, cof, é por isso que estive ocupada recentemente. — Luke olhou para ela, mas não perguntou.
Ele sabia que o que ela não falou foi que esteve fora recentemente para espancar muitos bandidos, precisamente por causa da deterioração da segurança pública. Observando rapidamente os arquivos, ele se levantou e falou: — Vamos lá. Teremos que fazer hora extra nos próximos dias.