Toc toc toc
Uma batida e o rosto de Allura, que mal havia recuperado a cor original, empalideceu novamente.
A porta abriu e uma mulher familiar entrou.
— E-Edda? Por que você está aqui? — Allura perguntou ao se levantar com surpresa.
Ela se virou um pouco e, embora tivesse certeza de que ele se esconderia, suspirou de alívio quando não o viu.
Ele é rápido. Allura pensou internamente.
Ele está acostumado a isto?
Allura começou a pensar.
Quantas vezes ele fez isto antes? Espera… com quantas mulheres ele esteve antes?
— Lady Allura?
Allura foi então removida de seus pensamentos pela voz de Edda.
Ela então balançou a cabeça para se livrar destes pensamentos e se virou para Edda.
— Edda, por que está aqui? Você não está ocupada hoje? — Allura perguntou.
— Estou de folga agora, Lady Allura. Na verdade, estou aqui para compartilhar algo com você…
— O que é? — Allura indagou.
— É sobre meu… meu namorado… não tenho com quem falar, então pensei em conversar com você — Edda sussurrou.
Se fosse qualquer outra hora, os olhos de Allura brilhariam, mas hoje… hoje ela não queria nada mais que ficar sozinha.
Ela até estava disposta a ficar entediada pelos próximos três dias.
Isso mostrava quão assustada ela estava.
No entanto, não podia negar o pedido de Edda ou a garota suspeitaria.
Então, segurou a mão de Edda animada, mas assim que estava prestes a caminhar na direção da cadeira, Edda a “puxou” na direção da cama, onde Nux estava.
O rosto de Allura empalideceu, porém, tudo aconteceu rápido demais para ela reagir.
Uma Concubina Real agora estava sentada na própria cama com a empregada chefe do Palácio Real, enquanto um homem desconhecido estava escondido debaixo da cama em que estavam sentadas.
Quão empolgante… certo?
— A-Algo aconteceu entre vocês dois? — Allura perguntou.
— Não, não aconteceu nada.
— Então por que está aqui?
— Meu namorado é muito lindo… — Edda murmurou.
— Oh? Você não está se gabando na minha frente, está?
— Hã? Ah! Não! Embora meu namorado seja muito mais bonito que o Re- não, quero dizer! Não estou me gabando, Lady Allura. O que estou dizendo é que meu namorado é lindo demais.
— Isso não é algo bom? Por que você parece tão… confusa? Você não deveria estar feliz? — Allura questionou.
— Bem, estou feliz, mas existem muitas mulheres ao redor do meu namorado… — Edda sussurrou.
— Oh? Ele não trata você bem?
— Não… ele trata. Ele me trata realmente bem, só que ele trata as outras gentilmente também…
— Oh? Então está dizendo que está com ciúmes? Você quer seu namorado só para você? Por que não tranca ele num quarto? — Allura sugeriu; o tópico estava ficando interessante e, como alguém que anseia por qualquer coisa interessante, Allura estava se empolgando com o tópico.
Ela estava tão animada que até esqueceu sobre o homem debaixo de sua cama.
Porém, Nux deixaria isso acontecer?
Ele estava aqui para ver a expressão em pânico dela, então como poderia deixá-la se recuperar assim?
Heh.
Um sorriso apareceu em seu rosto.
Então, tocou na perna de Allura para chamá-la. O corpo dela enrijeceu, abaixou o olhar e Nux moveu a boca.
“Preciso de chá.”
Os olhos de Allura arregalaram-se de choque.
Você está lo-
— Lady Allura, o que aconteceu? Onde você está olhando? — Edda perguntou.
O corpo de Allura enrijeceu, se virou e riu estranhamente.
— Haha, h-haha~ Nada… P-Pensei ter visto um r-rato… — Allura gaguejou.
— Hmm? Um rato debaixo da cama? Isso não é saudável. Lady Allura, deixe-me ver. — Edda se levantou.
— NÃO! Não! Não é necessário, j-já sumiu.
— Lady Allura, um roedor não sumirá assim. Você não precisa se preocupar, lidarei com isto. — Edda persuadiu antes de cair de joelhos e espiar debaixo da cama.
Os olhos de Allura arregalaram-se de horror e seu corpo começou a tremer.
Acabou… estamos mortos… Ela fechou os olhos.
— Lady Allura, não tem rato aqui…
De repente, ela ouviu a voz de Edda e abriu os olhos. Assim, se virou e viu Nux parado na frente da mesa, segurando o copo de chá na mão com um sorriso.
Nux então caminhou na frente e deu um tapa no traseiro de Edda.
PAH!
O coração de Allura acelerou.
— L-Lady Allura, o-o que você está fazendo? — Edda perguntou ao se levantar.
— H-Havia um in-inseto no seu traseiro… — Allura gaguejou.
Ela realmente queria matar aquele homem vil.
Ele estava querendo morrer!?
E por que estava a arrastando junto!?
— Oh… — Edda assentiu, mas seus olhos estreitaram em suspeita.
Allura notou a suspeita e mudou rapidamente de assunto.
— A-Ah, você considerou deixar seu namorado? Ele pode perceber seu valor e parar de perseguir outras mulheres após isso.
— N-Não. Não posso deixá-lo… — Edda respondeu.
— Hmm? Por quê?
— E-Ele é muito bom na cama… — Edda respondeu, fazendo o rosto de Allura corar.
— O-O-O quê…?
Allura gaguejou.
— E-Ele é muito bom n-
— Eu-Eu ouvi! Você não precisa repetir… — Allura retrucou e diminuiu o tom ao perguntar.
— Q-Quão bom ele é…?
Ela não conseguiu se controlar, precisava perguntar.
Desta vez, o rosto de Edda ficou vermelho.
— E-Ele bate com força… e-e… me faz gemer como louca… f-fazemos isto por horas e sempre me perco n-na cama…
— É muito bom… — Edda sussurrou com um rubor.
O rosto de Allura ficou vermelho igual um tomate e questionou.
— V-Vocês fazem por horas…?
Edda assentiu.
— Q-Que lascividade… — Allura murmurou enquanto seus olhos ficavam enevoados.
Ela esqueceu completamente sobre Nux escondido debaixo da cama.
Que homem ficaria com raiva quando sua mulher estava se gabando como ele era bom na cama?
Ele não ficaria!
Além disso, Allura precisava aprender como seu futuro parceiro era bom.
Nux assentiu consigo e continuou ouvindo, todavia, logo, seus olhos arregalaram quando Allura perguntou algo que ele jamais imaginaria.
— Q-Quão grande ele é?