— …
— …
Um silêncio estranho surgiu na sala.
— … Espero que você tenha recebido ordens para fazer isto… ou as coisas podem acabar mal para você — Thyra falou num tom seco enquanto olhava para Alger.
— Gulp.
Vendo o olhar meio morto dela, Alger engoliu em seco.
— C-Como falei antes, não tenho interesse em chamar você toda hora… fui ordenado… — ele gaguejou.
Thyra rangeu os punhos.
— Então, o que ele quer agora? — ela perguntou.
Ela estava realmente ficando cansada deste jogo.
— … — Alger ficou quieto.
Ele não queria dizer o que estava prestes a dizer.
— Ei… perguntei algo…
— … — Alger não respondeu.
— … Thyra permaneceu quieta e aguardou pacientemente.
— … — Alger ainda não respondeu.
O pobre homem estava apenas cavando seu túmulo neste ponto.
— DIGA ALGO! — Thyra rugiu de raiva.
— E-Ele me perguntou se você distribuiu as armas para os assassinos que estão na Mansão Hardwick! — Alger respondeu num tom apressado.
Da sua experiência, ele parecia estar pronto para morrer.
— Hã…? Ele não me perguntou isto de manhã? — Thyra falou.
— E-Ele previu que você diria algo assim e falou que você não esclareceu sua resposta de manhã e estava ocupado demais, o ameaçando. Portanto, ainda não sabe e quis que eu perguntasse.
— Foi isso que ele disse, não inventei nada! — Alger foi rápido em acrescentar isso quando notou a veia pulsando no rosto dela.
O corpo de Thyra tremeu de raiva e frustração. Então, olhou para Alger e sorriu friamente.
O rosto de Alger ficou pálido e seu batimento cardíaco acelerou. Aparentemente, seu esclarecimento não funcionou.
Thyra caminhou na direção de Alger com um sorriso e, à medida que se aproximava, maior seu sorriso ficava.
A cena, honestamente, era muito assustadora.
Alger fechou os olhos, já aceitando seu destino.
BAM!
Alguns minutos depois, Thyra saiu do quarto de Alger e fechou a porta com força.
Ela estava irritada de verdade, porém, após extravasar a raiva em Alger, sua raiva diminuiu um pouco.
Ela sempre quis fazer isso, mas Alger era um nobre e um peão útil para o reino, então não podia.
No entanto, agora Alger era inútil e, portanto, também poderia agir de maneira um pouco irrestrita agora.
Se deixasse isso de lado, Nux assumir o controle de todos foi algo bom.
Quando pensou neste ponto, Thyra começou a balançar a cabeça continuamente.
O que você está pensando, Thyra!? Aquele bastardo do Nux não é o principal motivo de todas as suas frustrações!? Alger não é nada além de um idiota que foi forçado a seguir suas ordens!
Thyra parou internamente. Se Alger, que estava deitado em seu quarto com um hematoma no rosto, ouvisse isso, ficaria sem saber se devia rir ou chorar.
No entanto, Thyra não se importava com ele e continuou caminhando.
— AAnnhhh~
Haah… sua sorte era ruim.
Ela estava correta e realmente ouviu a coisa que não queria. Sua irmãzinha começou a formigar de novo, a fazendo parar.
Seu pé então caminhou na direção da voz.
Isto é apenas para propósitos de investigação! Ela fortaleceu o coração e caminhou na direção do quarto de Nux.
Sim, ela não estava mentindo, okay?
— Thyra, venha ao jardim.
No dia seguinte, de manhã, Nux a chamou.
Thyra, que estava ocupada conversando com os outros assassinos, parou quando ouviu sua voz.
Isto estava realmente ficando repetitivo.
Ela respirou fundo, se levantou e falou.
— Eu preciso ir.
— Sim, Srta. Um. — Doze e os outros assassinos assentiram.
Thyra então olhou pela janela e notou que o sol não havia nascido ainda.
Hehe. Ele precisa “trabalhar” esta tarde também?
Ela bufou internamente enquanto caminhava na direção do jardim.
Alguns minutos depois, ela chegou no jardim e viu Nux usando roupas de assassino, similares às que ele usava quando a conheceu.
Ele estava sentado na grama e, quando a avistou, um pequeno sorriso apareceu em seu rosto e se levantou para caminhar na direção dela.
— Queria conversar com v-
— Eu sei que é você! — De repente, Thyra apontou para Nux e gritou.
— Hã? É claro que sou eu. Do que diabos está falando? — Nux perguntou enquanto franzia as sobrancelhas.
— Não banque o inocente. Sei que você pensou nisso tudo.
— Você sabe que espio vocês à noite, certo?
— Não, é melhor dizer que você me manipulou para espiar vocês, não é? — Thyra questionou.
— Como você notou? — Nux perguntou com um sorriso. Embora estivesse surpreso pela descoberta dela, não pensou muito sobre isto e decidiu confessar e usar isto em sua vantagem.
— Hmph! Não sou idiota!
— Embora banque o despreocupado, sei que você é muito cauteloso com as coisas.
— Alguém tão cauteloso quanto você pode ignorar as coisas uma vez.
— A segunda também é aceitável, mas se deixar passar três vezes, mostra que algo está errado.
— Quando pensei nisso, tudo fez sentido.
— Você fez Alger me chamar por motivos aleatórios e idiotas e, toda vez que estou voltando ao meu quarto, ouço um gemido.
— Assim, acabo caminhando na direção da porta e convenientemente o bastante, você e sua parceira se aproximam da parede bem ao lado da porta em que estou, me dando a visão perfeita.
— Que coincidência, certo?
— Não, não é!
— Você planejou tudo isto! Eu sei e tenho certeza disto!
— Entretanto, ainda não entendo uma coisa…
Thyra então caminhou na direção de Nux e estreitou os olhos: — Por que está fazendo tudo isto? Qual é o motivo?
— Está relacionado a outra magia estranha sua?
— Ou você tem algum fetiche esquisito? — Thyra perguntou.
Os lábios de Nux tremeram quando ouviu a última pergunta.
Esta mulher realmente sabia como dar nos nervos.
No entanto, sabia que não deveria perder a calma.
Ele era um homem calmo, paciente e lindo; não deveria ser bruto.
Assim, um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.
— Heh. Você é uma pervertida!