— Lady Natalia, bem-vinda.
Um recepcionista se curvou e a recebeu com um grande sorriso no rosto.
A Lady com quem estava falando sorriu um pouco e expressou.
— Preciso de um quarto.
— Sim, Lady Natalia, seu quarto já está preparado, aqui está a chave — respondeu o recepcionista com um sorriso e entregou as chaves.
Um dos dois servos, seguindo a “Lady Natalia”, pegou a chave e assentiu para o recepcionista.
O recepcionista assentiu de volta e a Lady Natalia se afastou com os dois guardas.
Um amigo do recepcionista observou tudo curiosamente e, quando a Lady Natalia sumiu, ele se aproximou e perguntou.
— Ei, Adam, por que você é tão respeitoso com aquela mulher? Vi você lidando com outras pessoas e, além da cortesia básica, você não é submisso a ninguém. Ela é uma nobre de alto nível?
Adam, o recepcionista, balançou a cabeça e respondeu: — Não sei quem ele é, mas vi o dono do Plaza falar com ela antes e eu claramente lembro da sua expressão naquele dia.
— Expressão? Que expressão?
— Uma expressão respeitosa… com medo oculto…
— O dono do Plaza não é apoiado por um Marquês, porque ele… — Seu amigo murmurou confuso, porém, logo, entendeu algo.
— Não sei quem é aquela dama, mas é melhor não a enfurecer. Até porque não planejo morrer tão cedo, não após a Camila e eu começarmos a namorar — Adam falou.
O rosto do amigo ficou azedo após ouvir aquilo.
— Ei, que cara é essa? Jogamos de maneira justa, tá? Foi ela que me escolheu.
Um suspiro escapou da boca do amigo de Adam e sorriu estranhamente.
— Sim, sim, eu sei. Eu falhei… De qualquer forma, estou feliz por você…
Se eu tivesse conseguido o emprego no Plaza Crown… haahhhh… dinheiro é realmente importante…
Alheio aos seus pensamentos, Adam sorriu e deu um tapinha no ombro dele.
— Obrigado~
— Lady Allura, saímos do palácio dois dias atrás. Não acho que seja apropriado sairmos de novo.
— Ah, qual é, protetor. Quantas vezes você repetirá a mesma coisa? Já saímos do palácio e já chegamos ao nosso destino. Você pode parar de se preocupar agora. Além disso, o que poderia dar errado? Não é só se alguém soubesse quem sou.
— E mesmo que alguém saiba, vocês não estão aqui para me proteger? — Allura expressou enquanto olhava ao redor e observava o quarto que acabaram de entrar.
Bem, para todos os sujeitos lentos, “Lady Natalia” que alugou o quarto, era Allura.
Ela saiu do palácio de novo, o que era muito anormal comparado ao seu padrão usual porque ela nunca saía do palácio várias vezes numa semana.
É claro, ninguém duvidava dela por causa de algo pequeno assim.
Ela era a Concubina Entediada. Ela fazia as coisas para surpreender e entreter os outros. Se fosse ela, sair do palácio não era algo muito anormal.
É claro, seria uma coisa diferente se estivesse encontrando um homem.
Mas isso não aconteceria.
— Lady Allura, não podemos proteger você de tudo. Você também precisa ser cautelosa — falou outro protetor.
— Heehhh? Vocês não são poderosos cultivadores do Estágio Grande Mestre? Estão com medo de quem? — Allura questionou com um sorriso.
Os dois protetores, que estiveram com ela por muito tempo, conheciam bem aquele sorriso.
— Ah, Lady Allura, você está certa, apenas nos deixe proteger você. Não se preocupe com nada e aproveite tudo que quiser.
— Sim, nós dois sairemos agora. É claro, protegeremos você das sombras.
Os dois protetores riram estranhamente e saíram do quarto com pressa.
Um recuo oportuno.
Se fosse antes, Allura teria bufado e reclamado que estes dois velhotes estavam sendo chatos, mas hoje era diferente. Hoje, ela suspirou de alívio.
Eu realmente saí do palácio para me encontrar com um homem que não conheço direito e é um jovem para melhorar tudo. Se alguém souber disto, estarei morta.
Allura pensou internamente enquanto seu coração acelerava.
Este sentimento…
Este sentimento era assustador e emocionante.
Se alguém descobrir, eles pensarão que estou traindo o Rei…
Espera…
Estou traindo?
Hã? O que estou pensando?
É claro que não estou. Só estou o encontrando. Ele não é meu amante, é mais como um amigo.
Um amigo que pode me entreter. Allura se convenceu e, então, um olhar triste apareceu em seu rosto.
Além disso, não é como se me importasse com isto… sou apenas um troféu, afinal de contas…
Allura então balançou a cabeça repetidamente para se livrar de seus pensamentos.
Ela caminhou na direção da cama e pressionou um botão.
Toc Toc Toc
Alguns minutos depois, uma batida foi ouvida.
— Entre.
Um servo entrou e se curvou.
— Traga-me um chá.
— Sim, madame. — O servo se curvou e saiu do quarto. Todavia, assim que estava prestes a fechar a porta, Allura ordenou.
— Deixe a porta aberta.
— Sim, madame.
O servo assentiu e saiu após uma reverência.
Alguns minutos depois, ele voltou com uma mesa e ficou na frente da porta.
— Entre.
Então, ele entrou, colocou a xícara na mesa, encheu com chá e saiu.
Allura pegou a xícara e começou a beber enquanto olhava pela janela.
O sol estava no céu e estava brilhante.
Já era de tarde.
Era hora do almoço.
— Ele está atrasado.
— Para ousar me fazer esperar, farei ele pagar um preço — ela bufou.
— Peço desculpas se ofendi você de alguma maneira, Lady Allura. Entretanto, ainda falta quinze minutos para o almoço, então não estou atrasado.
— É você que chegou muito cedo.
— Não que eu esteja reclamando, em vez disso, estou feliz em saber que está tão empolgada para almoçar comigo.