— Você voltou Abel! Eu senti tanto sua falta! — Abel caminhou em direção à sua mansão, viu a adorável elfa Loraine, gritando de dentro do portão. Ela o agarrou pelo braço esquerdo e parecia feliz.
— Também senti sua falta, Loraine. — Abel sorriu enquanto dava um tapinha na cabeça de Loraine.
— Wow! — Vento Negro latiu ao ver o rosto de Abel. Correu em sua direção e começou a rodeá-lo em frenesi.
— Você não é um cachorro, Vento Negro. Pare de fazer isso! — Abel coçou a cabeça de Vento Negro ao ver sua recepção.
Ele poderia ser bom em domar feras, mas não seria engraçado se treinasse um lobo como um cão doméstico.
Precisava de treinamento, assim parecia. Enquanto pensava no que deveria ensinar a Vento Negro, Abel entrou na mansão e encontrou Ken esperando por ele.
— Ken. — Abel ordenou — Encontre um treinador de lobos. Precisamos de alguém que ensine Vento Negro a se comportar como um lobo, e não um cachorro que balança o rabo o dia todo!
— Sim, Mestre. — Ken respondeu e olhou para o Vento Negro excessivamente excitado. — Já estou procurando por treinadores há um tempo. Se tiver algum tempo livre, diga-me, e eu trarei o homem para uma entrevista.
— Obrigado, Ken. Sei que sempre posso contar com você. Claro, vamos fazer com que ele venha amanhã à tarde. A propósito, preciso que você venha comigo amanhã. Vamos à Nobre Corte Judicial.
— Sim, Mestre, eu também resolvi a questão da compensação. O Sr. só precisa assinar.
— Excelente, Ken, mas há outra quantia de taxa de compensação que precisamos cobrar. Vamos resolver tudo amanhã. — Disse Abel, lembrando-se da taxa que precisava receber da família Benson.
Ken não esperava que houvesse outro tolo que se arriscasse a ofender seu Mestre. Foi melhor para eles. Quanto mais alguém tivesse que pagar a Abel, mais bens o Castelo manteria e maior a reputação que a crista do Dragão Gigante ganharia.
— Eu tenho algumas perguntas para você, Loraine. — Abel virou-se para Loraine.
— Então, devo deixar vocês dois agora. — Ken se curvou, então saiu da sala. Ele era um servo sábio.
— Qual é o problema, Abel? — Loraine perguntou a Abel enquanto o olhava com seus olhos grandes e inocentes.
Abel perguntou o mais gentilmente que pôde — Loraine, quem te ensinou a falar na língua nobre dos elfos?
— Minha mãe. — Respondeu Loraine, com os olhos levemente vermelhos ao mencionar a palavra “mãe”.
Abel deu um tapinha nas costas de Loraine e continuou — Um Mago me disse que a língua nobre dos elfos é uma língua rara, falada apenas pelos membros altamente respeitados da comunidade élfica.
— Sim, você está certo. — acrescentou Loraine ao se lembrar repentinamente de algo — Também chamamos de linguagem nobre dos elfos porque apenas os nobres a falavam.
— Claro, claro. — Disse Abel. Loraine não estava com vontade de mencionar sua família, então ele não queria colocar muita pressão sobre ela.
Abel voltou para seu quarto. Depois de tomar banho, vestiu sua seda fina e começou a refletir consigo mesmo. Ele queria tentar usar o Pergaminho do Portal da Cidade novamente. Se funcionasse, poderia não retornar a este mundo novamente. Embora não chamasse este mundo de sua “casa”, gostava muito daqui.
Aqui, teve seus novos pais, irmãos e um pai adotivo que nunca o tratou com indiferença. Tem um bom professor que lhe ensinou tudo o que sabia, seu lobo e sua águia, ambos ligados a ele por contrato espiritual. Apesar de tudo isso, Abel queria dar uma olhada no mundo de onde veio, mesmo que fosse apenas por alguns segundos.
Depois de trancar a porta de seu quarto por dentro, Abel tirou o Pergaminho do Portal da Cidade de seu Cubo Horádrico. A capa azul royal era forrada com um dourado escuroque, ocasionalmente, brilhava no escuro.
Havia vinte usos para o Pergaminho do Portal da Cidade. Depois de falhar em testá-lo no Castelo Bennett, o número de escrituras foi automaticamente redefinido para o máximo após uma tentativa. Não era para ser assim no jogo, mas o Cubo Horádrico continha todos os hackes que foram adicionados na Terra. Contanto que o pergaminho não fosse usado repetidamente, também haveria alguns usos extras.
Abel tentou circular sua magia de Mago Aprendiz nível 1 pelo pergaminho. Enquanto a magia fria fluía de seu corpo para a mão que segurava o pergaminho, Abel liberou seu qi de combate dourado e o inseriu nele. De repente, o Pergaminho do Portal da Cidade explodiu como fogos de artifício. Foi então suspenso no ar, desapareceu depois de abrir um pequeno buraco de minhoca azul do nada. O buraco de minhoca tornou-se cada vez maior depois que foi criado, e quando Abel pensou que iria se expandir assim para sempre, tornou-se estático depois de atingir uma altura de aproximadamente dois metros e uma largura de cerca de um metro. Tinha o formato de uma porta, e seu interior parecia ondas de intermináveis luzes azuis.
O primeiro pensamento de Abel foi tocar as ondulações. Isso por que eram muito atraentes. Depois de verificar se tudo estava em sua Bolsa do Portal, que foi mantida com muita segurança dentro do Cubo Horádrico, suas pernas congelaram quando começou a se preocupar com onde o portal levaria.
Não havia garantia de que o portal o levaria para casa. Depois de pensar um pouco mais, pegou sua armadura azul e sua espada mágica e se equipou da melhor maneira que pôde. Havia muitos cosplayers na Terra, então mesmo que chegasse em casa, não teria que se preocupar muito em chamar muita atenção. Abel respirou fundo, colocou a mão nessa no portal. Assim que o tocou, um forte poder o arrastou.
Sentiu seu corpo girar, Abel não sabia quanto tempo se passou. Ele só se sentiu tonto. Então, pisou no chão, e finalmente sentiu alívio.
Tudo tinha deixado Abel nervoso, ele apertou a espada mágica, e pensou que isso não deveria ser a terra. Embora parecesse ser noite, ainda podia ver que este era um pequeno local de encontro. Onde Abel estava era um lugar que parecia uma praça central. Ao lado dele havia um lago de fogo com cinzas negras. Havia uma carruagem quebrada na frente dele. Sobre ela foi colocada uma caixa de madeira de estilo medieval. Era reforçado por barras de metal dourado escuro que pareciam pitorescas e pesadas.
Neste momento, o portal atrás dele piscou com uma enorme luz azul e depois desapareceu.
Não havia caminho de volta. Depois de respirar fundo, Abel liberou completamente seu Qi, e sentiu um mana incontável e denso aqui. O mundo estava cheio de poder mágico. A cada respiração, o poder mágico se espalhava por todo o corpo, e o Qi dourado o seguia para começar a reparar o dano pela mana. Aqui, Abel poderia melhorar sua força apenas ficando parado. Era inacreditável.
Havia uma tenda branca à frente de Abel. Abel sabia onde estava agora. Ele estava no Acampamento dos Desonestos de Diablo. Se não estava enganado, a tenda branca deveria pertencer a Akara, a sacerdotisa cega dos Desonestos. Então era por isso que todos eram tão fortes no universo Diablo. Todas as mulheres poderiam se tornar uma Ladino, e todos os homens poderiam se tornar Lanceiros e Espadachins. Com tanta magia ao redor, até um porco poderia se transformar em um oponente mortal para lutar.
Abel caminhou até a barraca, mas não encontrou vestígios de pessoas. O chão e a mesa em frente à tenda estavam cobertos de grossas camadas de poeira.
Este lugar foi abandonado por muito tempo, assim parecia. Abel soprou algumas vezes na mesa, uma explosão de poeira subiu e rapidamente recuou para evitar a poeira. Depois que a poeira abaixou lentamente, uma pequena jóia na mesa chamou sua atenção. Esta gema era uma peça de diamante muito comum. Contudo, havia algo muito especial sobre isso. Havia muitas runas escritas nele.
Abel deu um passo à frente para pegar o diamante. Assim que sua mão o tocou, uma luz brilhou do diamante.
Abel saltou rapidamente para trás enquanto se preparava para uma posição defensiva.
Quando a luz brilhou na tenda, ela se transformou em uma mulher com uma capa roxa. Abel sabia quem era na hora. Era Akara, e não havia dúvida sobre isso.