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Abe the Wizard – Capítulo 184

Rastreamento

Camille foi se preparar. Carlos estava prestes a fazer o mesmo, mas de repente foi arrastado por Abel.

“Carlos, você tem o mapa da localização das minas? Eu tenho um lobo de montaria. Ele é muito veloz, então quero ir até lá primeiro para verificar a situação,” disse Abel.

“Uau, irmãozinho, você deve ser rico. Ouvi dizer que um lobo de montaria é incrível. Quando vai me deixar montá-lo, hein?” disse Carlos. Assim que soube que Abel tinha um lobo de montaria, seus olhos se iluminaram de admiração.

“Vamos falar sobre isso depois. Me dê o mapa,” disse Abel, irritado com a atitude de Carlos. Não havia como o Vento Negro permitir que outras pessoas o montassem.

Mesmo que Abel ordenasse, Vento Negro não deixaria ninguém se aproximar de suas costas nem por um segundo. Essa era a natureza de um lobo de montaria; eles eram leais e só reconheciam uma pessoa como seu dono. Se Carlos não tivesse medo de ser jogado no chão, então poderia tentar.

“Aqui está o seu mapa. Como o seu lobisomem de montaria é tão rápido, você vai se separar de nós. Apenas lembre-se, nunca ataque sem pensar. 

Os sinais rúnicos que você tem são suficientes para lidar com magos de baixo nível, mas os de alto nível são uma liga totalmente diferente. Você precisa ter cuidado,” disse Carlos com um tom preocupado, enquanto tirava um mapa do bolso.

“Entendido, Carlos,” disse Abel, pegando o mapa e guardando-o em sua bolsa espacial. Em seguida, ele se virou e correu para baixo.

“Ah, uma bolsa espacial. Seria incrível se eu também tivesse uma,” Carlos resmungou com admiração ao ver Abel sair sem precisar de nenhum preparo.

Depois de meio dia, Abel chegou às minas marcadas no mapa com Vento Negro. Como havia muitos magos de baixo escalão se juntando a essa batalha, optou por não convocar a Nuvem Branca e simplesmente apareceu montado nas costas de Vento Negro.

Uma das minas estava localizada a 500 milhas a oeste da cidade de Bakong, e outra estava a 600 milhas na direção leste-oeste. 

O mapa também mostrava todos os locais com recursos ainda não explorados. Estavam todos próximos à cidade, visível para Abel graças às torres mágicas construídas na área..

Em primeiro lugar, a cidade Bakong era a maior cidade do Ducado do Camelot, fornecendo uma ampla variedade de itens do dia-a-dia de alta qualidade para os magos. 

Em segundo lugar, devido à concentração desses recursos importantes próximo à cidade, os magos também precisavam estar dispersos fora de Bakong.

Abel montou em Vento Negro em direção a uma estrada nas montanhas, reforçada por humanos. 

Ele não viu ninguém pelo caminho. Foi só depois de fazer uma curva na estrada da montanha que avistou uma mina de tamanho decente. Cerca de 10 mineiros estavam removendo as rochas espalhadas do túnel. Quando viram Abel, eles se levantaram em estado de choque.

Um velho mineiro se aproximou, observando o imponente Vento Negro, e disse:

“Senhor, o que você deseja?” O velho mineiro parecia destemido, quase como se soubesse lutar.

“Sou um mago do Ducado de Camelot. Fui enviado aqui para avaliar o estado desta mina danificada,” disse Abel, enquanto pegava seu amuleto de identificação e o mostrava ao velho mineiro.

“Sr., 2 dos corpos dos 4 magos estão lá.” O velho mineiro soltou um suspiro de alívio, mas ainda parecia um pouco nervoso ao apontar para um galpão. Então, ele apontou para um buraco e disse:

“Ainda há 2 corpos de magos presos. Estamos tentando retirá-los o mais rápido possível.”

“Sem pressa. Você estava presente quando o ataque aconteceu?” Abel olhou para o velho mineiro e depois para os cerca de 10 mineiros presentes.

“Os únicos sobreviventes foram outros 2 mineiros feridos e eu. Eles já foram levados para receber tratamento na montanha abaixo,” disse o velho mineiro com tristeza.

“Eles também mataram civis?” disse Abel, incrédulo.

“Sim, depois que esses magos chegaram, a primeira coisa que fizeram foi explodir a defesa montada pelos magos. 

Depois, mataram qualquer um que tivesse visto. Eu estava em cima de uma pedra, mas estava com tanto medo que escorreguei e bati com a cabeça.

Quando acordei, percebi que todos estavam mortos, exceto nós três. O Mago Morton chegou pouco depois e organizou pessoas para nos ajudar a consertar a mina.”

Enquanto o velho mineiro falava, o medo emergia de seus olhos. Parecia que ele estava revivendo o encontro com os magos demoníacos daquele dia.

Até este ponto, Abel havia entendido que apenas o Mago Morton poderia ter uma velocidade tão rápida no Ducado Camelot. No entanto, ao descobrir que esses magos também haviam matado mineiros, parecia que estavam tentando reduzir a produção de gemas no Ducado. Por isso, decidiram atacar o recurso central dos magos.

“Você pode continuar seu trabalho. Vou dar uma olhada na mina,” disse Abel, acenando para o velho mineiro. 

Na entrada da mina, havia várias marcas de um círculo de defesa danificado. Embora não fosse especialista em círculos de defesa, conseguia identificar que este era um círculo de defesa simples. 

A lâmpada vermelha normal, que é uma gema mágica usada no círculo de defesa, estava quebrada em inúmeros pequenos pedaços pelo chão. A superfície do círculo mágico também estava intencionalmente danificada, com fragmentos dos símbolos rúnicos usados espalhados pelo chão. Parecia que os magos que atacaram estavam muito bem preparados.

Um círculo de defesa simples era usado principalmente para se defender contra ataques físicos; no entanto, se fosse alvo de um ataque mágico que excedesse seu limite, o círculo de defesa seria destruído imediatamente. 

Esses magos prepararam muitos símbolos rúnicos para destruir este círculo de defesa.

Abel continuou a observar enquanto caminhava, examinando as marcas no chão que revelavam os eventos da batalha do dia anterior. 

Foi um confronto desigual; não havia sinais de resistência, apenas o sangue dos defensores. Ao chegar ao local onde os corpos foram dispostos, viu os cadáveres dos dois magos de baixo escalão separados em um lado, e os corpos de dez ou mais mineiros deitados no outro. 

O impacto dos ataques de fogo foi evidente, deixando a maioria dos corpos carbonizados e irreconhecíveis. Depois de um exame cuidadoso, Abel se levantou desapontado. Os magos agressores não haviam deixado qualquer evidência para trás.

“Uau, uau!” Vento Negro começou a chamar ao lado de uma grande rocha, indicando que havia descoberto algo. Abel se aproximou de Vento Negro e seguiu o apontar de sua pata. 

Entre duas pedras havia uma pequena rachadura, de onde uma fraca luz emanava. Através da fenda, Abel avistou um pedaço de camisa cinza no fundo. Parecia que aquele fragmento de roupa havia sido rasgado por pedras afiadas e caído ali.

A rachadura tinha cerca de um metro de profundidade, mas era estreita, impossibilitando que um humano alcançasse com a mão. Essa era provavelmente a razão pela qual o pedaço da camisa cinza não havia sido removido por ninguém.

Mas isso não era um problema para Abel. Ele retirou o cajado mágico com a habilidade de transferência espiritual de sua bolsa espacial, lançou o feitiço e em um instante o fragmento da camisa cinza apareceu em sua mão.

“Vem cá, Vento Negro, cheira isso. Vamos ver se você consegue identificar a quem pertence esta peça!” disse Abel, aproximando a ponta da camisa do nariz de Vento Negro. 

Ele sabia que até os cães, descendentes de lobisomens, possuíam um olfato aguçado, então uma besta espiritual de montaria não teria problemas. 

Abel estava certo. Após cheirar suavemente, Vento Negro comunicou a Abel através da conexão da alma que poderia encontrar o dono daquela peça.

Em um momento de excitação, Abel pulou nas costas de Vento Negro e desceu a montanha em alta velocidade. 

Ao chegar ao pé da colina, Vento Negro cheirou o ar algumas vezes mais. Ignorando a estrada principal, seguiu por uma pequena trilha até encontrar uma encruzilhada. Por fim, parou diante de uma casa.

Era uma construção simples de barro e pedra, com a porta da frente escancarada. Assim que Abel saltou de Vento Negro e se aproximou da casa, um forte cheiro de sangue atingiu suas narinas.

Abel vestiu a ‘armadura congelante’ e adentrou cuidadosamente na casa. Assim que entrou, deparou-se com os cadáveres de um agricultor, sua família e até mesmo o de uma criança de dois anos. 

Os três corpos estavam deitados imóveis no canto da parede. Era evidente que foram arrastados para lá e mortos com uma espada. Parecia que os magos não queriam gastar sua magia com pessoas comuns. 

Abel olhou para a família de três pessoas mortas no chão, especialmente para a criança de dois anos. Uma raiva ardente queimava dentro dele. Embora tivesse matado muitas pessoas no passado, nunca tinha ferido um inocente. 

O que aqueles magos fizeram estava além da compreensão de Abel; eles não pouparam nem a vida de uma criança de dois anos.

Abel vasculhou as salas e chegou ao quintal. Havia pegadas de cavalos, explicando o motivo pelo qual a família foi morta. 

Os magos de baixo escalão precisavam de um local para deixar seus cavalos, e esta casa estava próxima à mina. Foi por isso que a família foi assassinada.


Nota:

[1] Agr que eu notei que eu preciso da uma ajustada nesse nome transferência de espírito.

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