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Abe the Wizard – Capítulo 299

Comissão

Abel não queria dificultar as coisas para Derek, então mudou de assunto: 

“Derek, qual será a minha identidade no banquete?”

“Lord Bennett, você participará do banquete como o alquimista do Palácio Grão-Ducal. A Grã-Duquesa Edwina deseja que você interaja mais com os jovens durante o evento,” respondeu Derek.

A Grã-Duquesa Edwina queria usar o status de Abel como Mestre Alquimista para impressionar os jovens da Cidade Begro. No entanto, qual seria a verdadeira intenção do Príncipe Adolf ao convidá-lo em primeiro lugar?

Como a Grã-Duquesa havia enviado um mordomo pessoalmente para convidá-lo, Abel sentiu que não tinha escolha se não aceitar. 

De qualquer forma, seria interessante descobrir o que o príncipe estava planejando. Com um sorriso, ele despachou Derek, que ainda parecia um tanto atordoado.

Ao retornar ao edifício principal, Abel avistou duas grandes caixas de madeira, cheias de pedras preciosas de todas as cores. Seu mordomo realmente era eficiente, reunindo uma grande quantidade de gemas em tão pouco tempo. 

Com um simples movimento de mão, transferiu as caixas para sua bolsa espiritual do rei orc. A partir de agora, ele não precisaria se preocupar com a falta de gemas por um bom tempo.

Após seu encontro com Nuvem Branca, Abel foi tomado por uma profunda saudade de sua família. Será que seu pai, o cavaleiro Bennett, e sua mãe, Nora, estavam bem? Zach o culpava por não ter comparecido ao casamento? E como estaria a vida de Zach e Emily após a cerimônia?

 quanto ao Castelo Harry? Será que os feiticeiros ainda atormentavam o Senhor Marehal? O Mestre Bentham continuava a ensinar na guilda dos ferreiros? O mordomo Ken havia retornado em segurança ao castelo Abel? E o Mago Morton, que havia feito inimigos entre magos poderosos para ajudar Abel, será que ele estava bem?

Com esses pensamentos em mente, Abel tirou de sua bolsa espiritual do rei orc um círculo de comunicação. O mago Morton havia lhe dado o artefato antes de sua partida do Ducado de Camelot, com o intuito de manterem contato. Fazia muito tempo desde a última vez que o utilizou, e agora ele ansiava por notícias de seu mestre.

Ele colocou o círculo de comunicação sobre a mesa e retirou uma joia intermediária de sua bolsa, e a encaixou com precisão no soquete. Os intrincados padrões gravados no artefato começaram a brilhar com uma luz suave, as linhas de energia se uniam lentamente no centro do dispositivo.

Aquele era o círculo de comunicação, aguardando que a outra parte respondesse. Enquanto isso, o Mago Morton estava sentado em uma almofada no 11º andar de sua torre mágica, cercado por frascos de poções vazias. Seu rosto estava pálido, a recente batalha contra magos de alto nível havia piorado ainda mais seu corpo, que já estava enfraquecido. Ele sentia a chama de sua vida se apagando.

No entanto, não havia tristeza em seu semblante. A maior realização de sua vida foi ter um mago oficial como discípulo, além de um gênio de outro mundo, que também era Mestre Ferreiro e um cavaleiro habilidoso. 

Tudo o que ele precisava agora era manter seu corpo firme até que seu mestre pudesse retornar e, então, permitir que Abel voltasse ao mundo humano.

Nesse momento, o sinal de controle da torre mágica começou a piscar. Os olhos do Mago Morton brilharam ao segurar o dispositivo. Era o círculo de comunicação que havia dado a Abel. Abel estava bem!

O sempre sereno Mago Morton foi repentinamente invadido pela emoção e, de maneira quase desajeitada, estabeleceu a conexão com o círculo de comunicação em seu aposento. Em seguida, a voz familiar de Abel ressoou: 

“Professor, sou eu, Abel”

Os olhos do Mago Morton se encheram de lágrimas ao ouvir aquela voz tão querida. As batalhas recentes haviam abalado seu controle emocional. Com uma voz fraca, ele respondeu: 

“Abel, você está bem?”

Quando Abel ouviu a voz repleta de emoção de seu professor, seu coração se aqueceu. Era reconfortante saber que ainda havia alguém que se importava profundamente com ele, mesmo à distância do mundo humano.

“Professor, está tudo ótimo!” Abel respondeu com entusiasmo.

“Abel, aguente firme. Pode demorar um pouco até que você possa voltar!” A súbita excitação fez com que o Mago Morton tossisse, e uma tosse persistente interrompeu a conversa.

Ao ouvir a tosse, o coração de Abel afundou. 

“Professor, você está bem?” Em sua mente, seu professor era um mago poderoso, capaz de lançar um raio de fogo pela janela, de se mover em um piscar de olhos e de derrotar bruxos intermediários e até mesmo magos de elite. No entanto, agora seu professor parecia vulnerável, interrompido por uma simples tosse.

Depois que o Mago Morton conseguiu recuperar o fôlego, respondeu com uma voz rouca e suave: 

“Estou bem, apenas tratando de algumas feridas antigas. Se eu conseguir descansar por alguns dias, acredito que logo estarei melhor.”

O rosto de Abel corou de indignação. Ele exclamou: “O Cliff lhe feriu? Professor, espere! Vou bombardear a torre mágica dele em alguns dias!”

Morton sabia que Abel estava sendo impulsivo e não queria que ele se arriscasse novamente. 

“Abel, você já ultrapassou os limites com suas ações no Ducado de Keyen na última vez. Os orcs estão se preparando, então não subestime a força dos humanos!”

O Mago não duvidava da determinação de Abel em atacar a torre mágica de Cliff. Conhecendo bem o jovem, sabia que ele só se manifestaria dessa forma se estivesse confiante em suas habilidades.

“Sim, professor, entendi. Vou arranjar alguém para levar uma poção até você!” Abel não queria deixar seu mestre preocupado. Com suas habilidades atuais, ainda levaria tempo até que pudesse confrontar o Mago de Elite Cliff em pé de igualdade, mesmo contando com o auxílio das poções.

Assim que a conversa terminou, Abel subiu em Vento Negro e acelerou rumo à União dos Alquimistas.

Quando chegou, a mesma assistente elfa o aguardava atrás do balcão, pronta para atendê-lo.

Ela olhou para Abel com uma expressão confusa. Já estava quase na hora de fechar, e como ele havia estado ali pela manhã, parecia ser algo urgente. 

“Mestre Bennett, há algum problema?”

Abel não hesitou e falou de maneira direta: 

“Preciso que você me ajude a entregar uma poção ao Mago Morton, em sua torre mágica da cidade de Bakong. Ele é o destinatário. Faça isso o mais rápido possível e mantenha tudo em segredo!”

“Mestre Bennett, isso não será um problema. Mas quantas moedas de ouro você está disposto a oferecer por este serviço?” perguntou a elfa, levantando a cabeça enquanto anotava as instruções de Abel.

“Duas garrafas de loção e duas garrafas de condicionador. Se isso não for suficiente, posso adicionar algumas moedas de ouro a mais!” respondeu Abel, retirando quatro frascos de poção de sua bolsa de portal e colocando-os cuidadosamente no balcão. 

Ele desejava manter a transação discreta; pagar demais poderia despertar suspeitas.

A elfa olhou para as poções com os olhos brilhando de entusiasmo. 

“Não há necessidade de adicionar moedas de ouro, Mestre Bennett. Você sabe o quão populares são seus produtos? Esses dois conjuntos de poções já são são mais que suficientes para os empresários elfos, que podem usar um círculo de teletransporte para entregar sua encomenda!” disse ela, sorrindo.

Após um breve momento de hesitação, Abel colocou mais uma garrafa de condicionador e outra de loção sobre a mesa. 

“Que tal isso? Se conseguirem entregar até amanhã, adicionarei essas duas garrafas como recompensa!”

“Você vai deixá-los loucos se fizer isso!” exclamou a assistente, se divertindo com a generosidade de Abel.

A missão foi formalizada conforme as regras estabelecidas. Embora o contratante fosse anônimo, todos na União sabiam quem estava por trás dela. Com uma recompensa tão atraente, era quase certo que a missão apareceria na lista de tarefas antes que algum alquimista com vínculos humanos a reivindicasse.

Naquela noite, enquanto Abel enfrentava uma quantidade interminável de Carvers na Floresta Negra, uma caixa bem fechada foi enviada para a cidade dos Guardiões Anões através de um círculo de teletransporte élfico. 

De lá, um poderoso esquadrão de aventureiros humanos transportou a caixa para a torre mágica de Morton, na cidade de Bakong, utilizando outro círculo de teletransporte.

No 11º andar da Torre Mágica de Morton, o Mago Morton ficou surpreso ao receber uma mensagem de sua torre informando que um esquadrão de elite de aventureiros tinha uma entrega para ele.

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