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Arifureta Shokugyou de Sekai Saikyou – Capítulo 196

A preocupação de Aiko-sensei

Nota do Autor (Ryo Shirakome)

Desta vez também, por que as coisas terminaram assim…

Mas, bem, acho que está tudo bem se houver pelo menos um desse tipo problemático de pessoa, não concordaaaam?


Ervas daninhas que cresciam esporadicamente, velhos muros de pedra e um céu azul que parecia descolorido enfeitavam o ambiente. Outras coisas além daquelas que entravam no campo de visão eram apenas o suporte da lavanderia, um tambor enferrujado com utilidade incerta e também a velha bicicleta apática com um pneu furado apoiada na parede de pedra.

“Nada mudou, a não ser a bicicleta da mãe, huuh.”

Na varanda, com o canto de cigarras e o som refrescante do vento como música de fundo, quem balançava as pernas para trás e para a frente enquanto olhava para o nada era a filha mais velha da casa: Aiko Hatayama.

Naquele dia, Aiko, que conseguira voltar de outro mundo, recebeu interrogatórios não apenas da polícia e da mídia, mas também de funcionários de escolas e do governo que se estenderam por muitos dias. Afinal, ela era a única adulta no grupo desaparecido. Mesmo se os alunos estivessem falando de histórias fantásticas que haviam experimentado, a proporção de simpatia por eles era alta, mas para Aiko, que era uma adulta, ela foi vista com um olhar mais severo pela sociedade.

Dito isto, todos eles conversaram sobre o assunto com antecedência e a conclusão a que chegaram foi para falar sobre os acontecimentos no outro mundo, Tortus, como aconteceram, sem alterar nada; além disso, a própria Aiko não tinha a confiança de que poderia inventar “uma história realmente convincente” que pudesse enganar alguém. Então, no final, ela só pôde dar uma explicação com conteúdo igual ao que os alunos estavam falando, o que a fez se sentir muito envergonhada como uma adulta.

De modo natural, em relação à sua incapacidade de trazer de volta alguns de seus alunos e como eles se tornaram obcecados por “delírios selvagens”, apesar de, na realidade, isso não ser responsabilidade de Aiko, um fluxo que pressionava a responsabilidade da professora começou a aparecer.

Esse fluxo era poderoso. Além disso, até opiniões idiotas que diziam que talvez o próprio desaparecimento fosse na verdade responsabilidade total de Aiko também estavam começando a aparecer.

Foi um incidente com muitos mistérios. O culpado era desconhecido. Alguns estudantes não voltaram. As ilusões selvagens dos repatriados. Como todos esses assuntos não se acalmariam sem que alguém assumisse a responsabilidade, um bode expiatório, por assim dizer, era necessário; Aiko foi a escolhida para desempenhar esse papel.

A professora, que estava exausta com várias coisas todos os dias, foi tragada com o fluxo do ambiente e tentou responder à demanda dos arredores, passando a usar o estigma como a pessoa responsável pelo incidente do desaparecimento do grupo. Ela aceitou as críticas severas e o fim de seu trabalho como professora, não, o fim de sua vida social.

Vendo isso, os pais dela, que não podiam suportar testemunhar a figura de sua filha que era citada todos os dias no noticiário, também foram convencê-la a voltar para casa. Esse também foi um dos principais fatores que afetaram Aiko.

Mas, assim que Aiko resolveu se distanciar do lado de seus alunos, de repente o assunto estava chegando ao fim de maneira surpreendente e não natural, no entanto, de forma bizarra, ninguém pensava que havia algo errado com esse desenvolvimento.

De forma óbvia, o culpado disso era Hajime.

Usando a internet e a mídia, ele fabricou um artefato de manipulação de consciência de larga escala e, à força, sem deixar ninguém reclamar, interferiu na consciência das pessoas em todo o mundo.

Aiko, que sabia disso, ficou com uma expressão convulsiva e deixou escapar: — O que você fez…? — Afinal, o que Hajime fez foi uma lavagem cerebral em escala mundial. Uma ação maligna que faria até uma organização do mal de uma história de ficção ficar pálida.

Mas Hajime deu de ombros para a professora, que estava abatida em vários sentidos.

— O mundo que colocou falsas acusações em você e fez sua própria interpretação como quis é que está errado. Devolver na mesma moeda é apenas natural, não é?

Em outras palavras, o fluxo da sociedade, que colocou as mãos em Aiko, era o inimigo de Hajime. Ele não os matou, então eles pelo menos poderiam sofrer uma lavagem cerebral, esse era o raciocínio do rapaz. Eles atormentaram seus parentes com sua curiosidade, comentários irresponsáveis, entre outras coisas, então esse era um castigo merecido.

Quanto a Aiko, ela não poderia dizer mais nada após ouvir essa frase: “É imperdoável que você saia do meu lado por causa do fluxo irresponsável da sociedade”. A pessoa por quem se apaixonou disse isso a ela. Por isso, ele criou uma consciência própria para o mundo.

Um rei demônio-sama ao extremo estava aqui.

Não importava o que ela dissesse, não havia como parar Hajime.

Os ombros de Aiko caíram sem força, mesmo assim, dentro de seu coração ela se sentia lisonjeada, sentia-se leve como se estivesse flutuando, mas dentro de seu peito, ela também se sentia tão apertadaaaa que se contorcia.

E assim, no fim, a professora conseguiu reintegrar-se na escola onde Hajime e os outros estavam frequentando. Além disso, havia também o plano da administração que queria que os repatriados fossem agrupados, o que até fez com que ela fosse empregada como professora da classe especial do Sinergista e seus colegas, os repatriados. Pensando em como antes da invocação ela era apenas uma professora sem uma turma encarregada, em certo sentido, ela poderia dizer ter subido na vida.

Dessa forma, Aiko conseguiu se restabelecer como professora sem se separar de seus alunos, que eram mais importantes do que qualquer coisa, desde que haviam confiado suas vidas um ao outro em outro mundo, mas aqui surgiu um dilema.

Esse dilema era:

“Eu sou uma professora. Hajime-kun é um estudante… já é tarde demais, porém…”

Sim, agora ela se lembrava do relacionamento entre ela e Hajime. É claro que, depois da lendária batalha decisiva, ela já havia passado muitas noites apaixonadas junto com o rapaz, de modo que esse pensamento estava muito atrasado.

Ainda assim, agora que eles estavam na Terra, mais especificamente no Japão, quando ela voltou ao seu cargo de professora, de lá ela viu a figura do estudante Hajime em seu assento…

“Eu, o que foi que você feeeeeeeez!? Você colocou as mãos em um alunooooooo!”

Assim, ela rolou pelo chão quando ficou sozinha. Sua personalidade, que era muito séria por natureza, e sua extraordinária sinceridade em relação à profissão de professora, quando ela retornou à vida cotidiana e normal e se acalmou, esses dois aspectos perfuraram a mente de Aiko de forma impiedosa com espinhos e a furaram com canetas marcadoras.

De modo natural, ela estava começando a evitar Hajime, no entanto, olhando para ele flertando com Yue e as outras, isso exacerbou sua emoção, mas, como esperado, seu sentimento de culpa se tornou um obstáculo que a fez evitar o Sinergista por completo… isso mesmo, que pessoa problemática temos aqui.

Nos últimos meses, longe de passar um tempo com Hajime, ela nem sequer conversou com ele de forma apropriada. Hajime sendo quem era, estava correndo por aí lutando com as autoridades governamentais do mundo, fabricando artefatos para facilitar a abertura do portal para o outro mundo Tortus, abrindo um negócio para prover Yue e as outras com suas próprias mãos, entre outras coisas. Passando dias ocupados como esses, ele nem foi se encontrar com Aiko.

“… solitária…”

Esse era o verdadeiro sentimento de Aiko.

“Mas, uma professora e um aluno, isso é… como imaginado…”

Esse também era o verdadeiro sentimento de uma pessoa problemática.

“Como esperado, Hajime-kun e eu somos… uu, há também a diferença de idade… também existe minha posição social …”

Esse era o verdadeiro sentimento de uma pessoa muito problemática.

Enquanto se preocupava sem parar assim: “Já existem garotas completamente encantadoras em torno de Hajime, talvez uma mulher de meia-idade como eu deva se afastar…” ela estava se aproximando dessa conclusão enquanto usava as férias de verão para voltar para casa e se tornava um ser humano não tão bom na varanda.

— Ei, Aiko. Você está com uma cara muito estúpida. Sua alma não está escapando da sua boca?

— Mesmo que escape, ela pode ser devolvida de volta ao seu lugar, mãe.

De fato, algo assim não era problema com a ajuda das magias da era dos deuses, embora fosse uma história diferente se sua mãe pudesse compreender isso ou não.

Enquanto fazia uma expressão exasperada com a resposta atordoada da filha, a mãe de Aiko, Akiko, perguntou: — Você quer melancia? — Aiko rolou de forma preguiçosa e, sem parar, continuou rolando para a mesa. Foi uma resposta sem palavras de: — Eu quero.

Aiko esperou um pouco enquanto se banhava com o vento do ventilador elétrico. Akiko chegou carregando uma melancia cortada em belas formas triangulares. Estava gelada, suculenta e deliciosa. Aiko estava retirando as sementes de melancia com o palito fornecido antes de morder a borda.

A doçura suave que se espalhou dentro de sua boca afrouxou a expressão da professora. Sua aparência era a mesma de uma aluna do ensino fundamental… um extremo de ter um rosto infantil. Ela não podia ser vista como uma mulher adulta de 26 anos. Seu despertar para o poder mágico também, por algum motivo, deixou sua condição de pele em uma condição excelentíssima, sem dúvidas esse também foi um fator que mostrava uma aparência infantil em Aiko.

— … quando você está assim, eu não consigo ver a criança cujo rosto foi mostrado muito na TV que estava se envolvendo com várias resoluções trágicas.

— Os meios de comunicação são assustadores. Funcionários do governo são assustadores. O Conselho de Educação é assustador… lutar contra as apóstolas de Deus foi muito mais fácil.

— De fato, talvez mais do que magia, o fluxo da sociedade que não pode ser visto pelos olhos é bem mais assustador, não é? Mas, isso não é bom? Você tem o príncipe mais forte, não tem?

— … príncipe não mãe. Ele é o diabo. Ou melhor, ele é o rei demônio-sama.

— Tanto faz, mas pare de adiar isso, deixe a mãe conhecer o benfeitor da minha filha logo. O pai e o vô, e os outros também, todos estão curiosos, sabia?

— U, uummmm… bem, vou pensar nisso.

A atitude indiferente de Aiko fez Akiko suspirar de forma exagerada.

A composição da família da professora eram seus dois pais e os avós do lado materno. Sua família era fruticultora, com o pai casando e entrando para a família. Mesmo agora, esse pai estava dizendo à filha que voltou para casa nas férias de verão: — Se você estiver livre, então ajude aquiiii. —, saindo para trabalhar na fazenda com energia.

Neste momento, ou melhor, nos últimos tempos, a família Hatayama tinha um assunto com o qual se preocupava bastante.

Isso se tratava do “amado” de Aiko.

Naquele dia, o dia em que sua filha, que desapareceu junto com os alunos, inesperadamente chegou em casa, de forma natural, os membros da família Hatayama que receberam a explicação da situação não acreditaram em Aiko no início, mas quando a magia dela melhorou as terras agrícolas da família, e suas colheitas também se tornaram produtos de primeira classe, eles acreditaram na professora enquanto diziam: — Bem, tanto faz! — para a questão trivial.

No meio da conversa, embora Aiko não fizesse nenhuma declaração, eles entenderam que, de alguma forma, a filha parecia ter conseguindo um amado. O fato de ela poder voltar ao Japão também foi graças a esse “ele”, e a pacificação impensável do tribunal canguru1, que tentou denunciar a professora no passado, também foi trabalho “dele”.

Se essa pessoa era a benfeitora de sua filha e a pessoa que seu coração havia escolhido, eles desejavam ser apresentados a ele de qualquer jeito, mas, por algum motivo, Aiko evitava isso e não os ouvia.

Eles suspeitavam que essa pessoa pudesse ser horrível, mas vendo a figura de sua filha decepcionante que sorria ao ver o anel que estava sempre pendurado em seu pescoço, sorrindo quando olhava para o smartphone, conversando com alguém no telefone com os pés balançando para frente e para trás e o rosto apaixonado, segurando o rosto vermelho entre as mãos enquanto balançava a cabeça quando de repente se lembrava de algo sem fazer nada, eles conseguiram entender que ela estava pensando na outra pessoa do fundo de seu coração.

A família de Aiko estava preocupada, à sua maneira, com o futuro de sua filha, cujo crescimento parou por completo quando ela estava no ensino médio por algum motivo e não tinha nenhuma história romântica. Por causa disso, eles estavam ainda mais ansiosos para serem apresentados à pessoa escolhida por sua filha.

Mas, como esperado, não importava quanto tempo passava, Aiko continuou agindo de forma elusiva…

— Por Deus, se você ficar assim, então “ele” se afastará de você, sabia?

— Uguh!?

Ouvir o aviso aterrorizante que sua mãe lhe deu sobre seu relacionamento com ele, no momento em que ela estava preocupada, fez Aiko pressionar espontaneamente a mão no peito enquanto um gemido escapava de sua boca.

— Mesmo tendo enfim chegado em casa, você fica aturdida o dia inteiro sem sequer ajudar. Afinal, você está se preocupando sem parar com “ele” e fugiu usando a volta para casa como desculpa, não foi? Ah, ou então, talvez “ele” já tenha escapado e você retornou aqui por causa de um coração partido…

— O que você está dizendo, mãe? Isso, eu, na verdade não tenho um a-amante, ou algo assim…

Aiko desviou o olhar, seu volume ficou menor e ela brincou com a semente de melancia em alta velocidade.

Quanto a professora, ela entendia os desejos de sua família para que apresentasse “ele”, Hajime. Mas, como esperado, o relacionamento entre professora e aluno dificultava o diálogo, até com a família. Não, era dificílimo exatamente porque eram sua família…

Dentro de seu coração, ela estava sussurrando: “Ele não é meu amante, eu já sou tratada como sua esposa, então não estou mentindo…”, algo que soava como uma desculpa, fazendo-a ter uma semelhança vívida com uma certa pessoa.

— … bom, está tudo bem. Eu acho que você também tem várias coisas em mente e não é mais uma criança. Mas, lembre-se de que, independente do tipo de pessoa “ele” é, nós o receberemos a qualquer momento.

— … sim.

No final, Akiko recuou, e a mão de Aiko, que estava brincando com a semente, diminuiu um pouco. Akiko estava sorrindo de forma irônica para a filha, que liberava um ar aliviado enquanto mudava de assunto.

— Falando nisso, também há um festival este ano. É um bom momento, que tal você tentar se mudar para sua yukata? Você não foi mais lá nesses últimos anos, foi? Você amava o algodão doce de Yamashiro-ojiisan, não amava?

— Sim, agora que a mãe mencionou, é nesta época que… espere, Yamashiro-ojiichan, ele ainda está vivo…

— Você é mesmo rude.

— Porque, quando eu estava no ensino médio, se bem me lembro, ele já tinha 90 anos, não tinha?

— Sim, este ano ele completará 102, sabia?

— Nessa idade, ele ainda está abrindo um estande no festival? Ele está bem? Ele não vai subir ao céu enquanto faz algodão doce?

— Você é muito rude. Mesmo agora ele ainda está animado. Até a própria pessoa disse que viveria por mais trinta anos.

— Ele planeja desafiar até o recorde do Guinness2?

Apesar da conversa boba, Aiko decidiu participar do festival nostálgico local, essa também era uma forma para relaxar a melancolia dentro de seu peito.

À noite, quando o belo pôr do sol estava prestes a desaparecer atrás das montanhas do outro lado do rio, a professora estava na porta da frente com o corpo envolto em uma yukata rosa. Na mão havia uma bolsa pequena e fofa, com os pés usando sandálias japonesas refrescantes. Quando ela usava uma yukata, até certo ponto, um encanto único podia ser sentido em sua figura infantil habitual; talvez fosse porque ela era japonesa.

— Você vai mesmo sozinha?

Akiko perguntou enquanto inclinava a cabeça.

— Sim. Vou apenas vagar sem rumo por aí. O pai e os outros também estão ajudando por lá, então eu vou mostrar meu rosto para eles.

— Entendo… mesmo que este lugar esteja no interior, isso não significa que não haja idiotas, portanto, tenha cuidado. Em especial porque no dia do festival também há pessoas que se soltam demais.

— Eu entendi. Em vez disso, depois de tudo o que aconteceu, valentões não importam muito.

— Não seja vaidosa. Se você quiser, posso ligar para Taichi-kun para ir com você?

— Nossa, está tudo bem. Além disso, Taichi-kun vai ficar com raiva se ele for chamado para algo assim, não vai?

O homem chamado Taichi Furukawa era um jovem que, por assim dizer, era amigo de infância de Aiko. No passado, as casas da família Furukawa e da família Hatayama eram próximas umas das outras. Como suas fazendas estavam próximas, as duas famílias estavam intimamente associadas. Taichi e Aiko também frequentaram a mesma escola, do jardim de infância ao ensino médio, então ele era seu amigo de confiança.

Houve também um tempo em que eles se distanciaram temporariamente um do outro por causa de algumas questões no período da puberdade. Quando eles cresceram e se tornaram adultos, eles também nunca se tornaram um casal, mas o relacionamento deles depois disso foi amigável o suficiente para se encontrarem quando os dois voltaram para cá em feriados e férias, onde conversavam.

Taichi se formou em uma universidade em outro município e conseguiu um emprego em uma empresa. Mas seu pai ficou hospitalizado por um tempo e ele se demitiu de seu emprego, onde sucedeu a fazenda de sua família há cerca de um ano e meio. E assim, no festival desta vez, ele foi recrutado como parte dos grupos de jovens para ajudar…

— É mesmo? Eu acho que se for Taichi-kun, ele correrá até aqui com alegria. Bem, pedir para ele fazer isso talvez seja muito duro.

— Isso mesmo. Taichi-kun é bem-humorado, mas, como esperado, ele ficará bravo se nos aproveitarmos demais dele.

— Não é isso que eu quero dizer… bem, esse não é um assunto para os pais enfiarem o nariz.

— ???

Aiko inclinou a cabeça com as palavras sugestivas de sua mãe, mas Akiko não parecia planejar falar mais do que isso, então a professora se virou e partiu em direção ao festival.

Ela caminhou com calma na estrada familiar. Comparado à cidade, este lugar era acompanhado de cores como as estrelas do céu noturno, que eram excepcionalmente visíveis, iluminando o caminho à noite, os sapos permanecendo nos campos e o coro das cigarras queimando sua vida nas árvores.

“Porém, como esperado, a pureza do ar não pode ser comparada com a de Tortus…”

O que estava girando no fundo de sua mente enquanto ela murmurava para si mesma eram seus dias em outro mundo. Mesmo em meio a essas memórias, a que ela lembrava vividamente devido à como ela foi dramática era… aquela reunião, aquele resultado indesejado e o beijo que salvou sua vida.

“Uu…”

Também houve o evento quando ela foi presa pela apóstola de deus, Nointo. Para ela ser capturada no topo de uma torre alta, era como se ela fosse uma princesa em um conto de fadas. E então, ele foi até ela, que estava em depressão com a ansiedade e impaciência, e aquela batalha na altitude de oito quilômetros.

Ela expôs sua aparência desagradável após o resultado que causou, e não só foi a figura vergonhosa que ela demonstrou, como também ela foi cuidada por ele.

“Rau…”

Depois disso, as palavras que ele lhe conferiu ao lado do cenotáfio3 foram algo que Aiko certamente não esqueceria por toda a vida. Se o drama do resgate anterior era uma salvação para seu corpo físico, o evento diante do cenotáfio daquela noite era a salvação para seu coração. Relembrando, ela foi capturada por um ardor do qual não podia mais se enganar desde aquela época.

“Au…”

E então, com a batalha no castelo do rei demônio, e passando pela lendária batalha decisiva… o objeto presenteado. Como resultado de seu ataque depois que ela soltou todas as suas restrições, ele mostrou um sorriso que parecia ter desistido, ou talvez fosse um sorriso perturbado; e depois para provar que Aiko pertencia a ele, que ela pertencia ao rei demônio, ele a presenteou com um anel.

Aiko rastejou os dedos sobre a coisa atrás de sua yukata, no anel que estava conectado com uma corrente pendurada atrás da parte do peito da vestimenta.

E então o que ela se lembrou foi, as coisas feitas à noite, que ela pensou que poderia permanecer sem conhecer por toda a vida, com a forma como ela era uma baixinha. Apenas lembrar disso a deixava vermelha. “Aquilo foi, aquilo foi… foi demais.”

— Auauaua!

No caminho noturno, Aiko se remexia enquanto corava por conta própria. Vendo de longe, ela parecia uma pessoa suspeita.

Mesmo que ela estivesse ficando assim, com a cabeça subitamente cheia com pensamentos de Hajime, mesmo sem nada acontecer, mas a própria pessoa ainda estava abrigando conflitos (lol) dentro de seu coração, preocupando-se se estava tudo bem em continuar esse relacionamento. Por isso, se o grupo de esposas ouvisse isso, sem dúvida ficariam exasperadas.

No outro mundo, ela foi intitulada de deusa e incitou o povo, essa professora, que se levantou contra o reino e o papa da maior religião em prol de seus alunos, era, de fato, uma pessoa problemática que era superestranha quando se tratava de amor.

— Ai? O que você está fazendo?

— Ohee!?

De repente, uma voz a chamou, o que fez Aiko pular de verdade. Complete com uma voz estranha. Seu rosto ficou vermelho brilhante em um significado diferente desta vez, enquanto ela olhava na direção da voz. Lá, ela encontrou um jovem alto e robusto, vestindo uma camiseta com mangas curtas, na qual as mangas estavam enroladas até o ombro.

— Ta-Taichi-kun… não me assuste assim.

— Não, Ai, que estava fazendo rostos cômicos sozinha na estrada à noite, foi quem me assustou…

Este jovem, que estava coçando a bochecha enquanto chamava Aiko com o apelido de “Ai”, era quem a professora disse, a pessoa chamada Taichi Furukawa.

— Esqueça isso… ao invés disso, Taichi-kun, o que você está fazendo nesse tipo de lugar? Você não estava ajudando no festival?

— Aaaaa, não, eu estava, mas… como Ai disse que você estava vindo. Veja, algumas pessoas estúpidas também aparecem nesse tipo de evento, é.

— Por acaso, você veio aqui intencionalmente para me buscar?

— Be-bem, sim.

— É mesmo, fufu, obrigada.

Aiko sentiu um pouco de calor com o “ato de boa pessoa” indiferente de Taichi que ela conhecia do passado e sorriu enquanto expressava seu agradecimento. Vendo isso, por alguma razão, o jovem Taichi logo desviou o rosto enquanto sua mão cobria sua boca. Quando Aiko ficou curiosa: — Ó? Qual é o problema? — e deu a volta para olhar seu rosto, Taichi se virou com pressa, ele caminhou em direção ao festival enquanto incentivava Aiko a seguir em frente.

— Pen-pensando bem, yukata. Você está usando uma, hein?

Foi uma mudança repentina de tópico, mas Aiko respondeu à conversa sem parecer incomodada.

— Sim. A atmosfera é importante nesse tipo de evento. Este também é o festival em que eu raramente participei.

— Entendo, você está certa. É que, o que quero dizer, combina com você.

— É mesmo? Obrigada.

Aiko respondeu aos elogios de Taichi com franqueza, um pouco até demais, dando um agradecimento normal. Ela não estava na idade em que se preocuparia muito com palavras assim.

… embora também dependesse de quem dissesse isso.

Taichi se sentiu um pouco abatido, mesmo assim, continuou conversando com sua amiga, incluindo conversas remanescentes. Os dois enfim entraram no movimentado festival e na multidão de pessoas.

Lá, o tio e a tia do bairro que conheciam os dois desde que eram jovens brincaram com eles. Aiko declarou de forma clara que os dois não estavam nesse tipo de relacionamento enquanto respondia com calma. Vendo Aiko fazendo isso, cãibras surgiram nas bochechas de Taichi. Vendo essa situação, seus companheiros da época de sua juventude enviaram-lhe um olhar que estava misturado com simpatia…

O velho Yamashiro demonstrou sua habilidade artística inútil que foi polida ao limite ao fazer uma estátua de Michelangelo4 usando algodão doce. Então os dois encontraram uma colega de classe de Aiko, que também trouxe uma criança. Ver isso fez com que Aiko tivesse um sentimento complicado, e a colega disse a professora que ela também deveria se casar em tom meio provocador. A questão de Hajime flutuou dentro de sua cabeça, o que fez com que Aiko ficasse um pouco vermelha, e ela não falou nenhuma negação, o que, por sua vez, fez com que Taichi se animasse sem razão…

E, com várias coisas como essa acontecendo, Aiko curtiu muito o festival em que ela não comparecia há muito tempo.

Com o festival, que ainda estava animado, ao fundo, Aiko sentou-se na varanda do santuário para descansar enquanto estava lá. Ao seu lado, estava Taichi, que embora devesse ser membro da associação de jovens, acompanhava Aiko o tempo todo enquanto ela passeava pelo festival; mesmo agora, ele não mostrava sinais de ajudar no festival.

Na atmosfera silenciosa, a professora balançava as pernas para frente e para trás enquanto ouvia a agitação do festival e olhava para o céu noturno. Era o auge do verão, mas o terreno do santuário tinha um bom espaço aberto para o vento passar, no qual a brisa da noite agradável acariciava suas peles úmidas de suor.

Taichi estava olhando para Aiko, que estreitou os olhos devido a sensação agradável do vento, com um olhar atordoado… um momento depois, ele voltou a seus sentidos de deu um tapa na própria bochecha. Pan! Esse som seco assustou a professora, e ela olhou para lá.

Taichi abriu a boca, parecendo um pouco nervoso em relação a Aiko.

— Ei, Ai. Nos últimos tempos, você está bem? Sabe, há pouco tempo, várias coisas acontecerem, certo?

— Hã-hã, estou bem. Isso já acabou. No momento, sou uma professora normal.

— Entendo. Mas, a classe que Ai é responsável, é aquela classe, não é? Então, não haverá um momento em que Ai terá que suportar todo o peso do problema?

— … o que você quer dizer?

O olhar de Taichi desviou do duvidoso de Aiko, no entanto, logo depois disso, ele olhou para a professora com olhos firmes e falou:

— Já não é o suficiente? Você já trabalhou bastante pelo bem dos seus alunos, não acha?

— …

— É por isso que, assim como a tia e os outros falaram antes… volte para casa, volte para cá.

— …

Aiko não respondeu, como se não quisesse falar sobre esse tópico, e então se levantou e começou a caminhar em direção ao festival. Para tal Aiko, Taichi acrescentou suas palavras parecendo impacientes:

— Não é como se, você precisasse estar naquele lugar se quiser ser professora, certo? Você também pode tentar encontrar um emprego aqui.

— Esse não é o motivo. Eu também tenho uma responsabilidade e, acima de tudo, eu mesma quero estar ao lado daquelas crianças.

— Então, quando essas crianças se formarem, o que você fará?

— Isso é… mas, mesmo que esse tipo de incidente tenha acontecido, a escola ainda confiou em mim o suficiente para deixar a classe sob meu comando. Sou grata a eles.

— Isso só aconteceu porque eles queriam reunir os repatriados em um só lugar, não é? Em vez disso, se as crianças atuais se formarem, você não sabe se poderá continuar lá, sabe? Se for Ai, seu rosto é muito conhecido aqui, é conveniente se você morar aqui e também há conexões até um certo grau que podem ajudá-la.

— Talvez seja assim, mas… isso ainda, está no futuro…

A atitude complicada de Aiko enfim deixou Taichi irritado, e ele se levantou vigorosamente.

— … o que Ai está preocupada, na verdade, não é algo como seu dever para com a escola ou sua responsabilidade com seus alunos, estou certo?

— Eh?

— O que está preocupando Ai… é o assunto do seu amado, não é?

— Espere, o que você está dizendo… eu, algo como um amante é…

— A única que pensa que isso é um segredo é você. A tia e os outros, eu, todos sabemos. Que no meio do seu desaparecimento, Ai conseguiu um amante. E também, como esse amante é… seu aluno.

— !?!?!?!?

Aiko soltou um: — Como você sabe!? — uma ação que era muito fácil de entender. Vendo esse ato de Aiko, que era honesto demais, Taichi continuou suas palavras enquanto sua expressão se tornava complicada:

— Não há como não sabermos. Desde o passado, Ai é muito ruim em esconder um segredo. Isso apareceu imediatamente no seu comportamento. Além disso, mesmo depois que você voltou, você entrou em contato com alguém com frequência, conseguiu um amado enquanto estava desaparecida, mas não era um relacionamento que você pudesse apresentar aos seus pais, mas sim um relacionamento que estimula sua culpa ou moralidade… quando você procura a resposta que satisfaz todos esses requisitos, ela só pode envolver um aluno.

— … Taichi-kun. Desde quando você se tornou detetive?

Taichi disse: — Eu te disse, não sou só eu, a tia e os outros também sabem disso. — para Aiko, que estava atordoada. Quando a professora percebeu que o segredo também foi exposto à mãe, ela enfim chegou a seu limite com as mãos segurando a cabeça.

Vendo tal Aiko, Taichi se resolveu e falou:

— Uma relação entre aluno e professora… você entende, não é, Ai?

— Un!

— Ai, você está se sentindo torturada. Não sei o que aconteceu no meio do seu desaparecimento, mas sem dúvidas essa foi uma situação anormal, certo? Então, isso foi apenas a sua perda momentânea de julgamento. Eu não me importo com isso.

— Taichi-kun?

Taichi se aproximou de Aiko e ele a encarou fixamente com um olhar sério. A professora recuou um pouco, mas quando ela se afastou, Taichi também diminuiu a distância.

— Ai, vamos parar com esse tipo de relacionamento impuro agora, e volte para cá para começar do zero. No começo, pode parecer solitário, mas… estarei ao seu lado a partir de agora.

— Taichi-kun, o que você está dizendo…

— Eu lhe disse que voltei aqui por causa da doença de meu pai, mas na verdade não foi isso. A doença de meu pai foi curada há uma semana… a verdade é que, quando Ai desapareceu, eu me senti desconfortável, não conseguia nem me concentrar no meu trabalho e, por isso, me demiti do meu emprego para procurá-la em tempo integral.

— Foi, foi por isso?

Os olhos de Aiko se voltaram para essa verdade que ela não sabia. E então, agora que Taichi havia falado tudo isso, até mesmo a abobada Aiko podia adivinhar com que tipo de sentimento o homem estava falando até agora. Esse fato deixou a professora espantada precisamente porque nunca havia pensado nessa possibilidade nem um pouco até agora.

— Quando soube que Ai tinha sumido, pensei que meu coração estava sendo esmagado. Naquele momento, eu notei. Para mim, Ai é, uma existência que é importante demais.

— Ta-Taichi-kun, por-por enquanto, vamos nos acalmar um pouco?

— Eu estou calmo. Ai, volte para casa. E então, case-se comigo. Vou valorizar você, então fique comigo para sempre!

— Não, não, espere um pouco! Isso é muito repentino! Eu não estou pensando em Taichi-kun como…

— O seu relacionamento com seu amante, não está indo bem, não é?

— Uguh!

— Não tem como tudo estar indo bem. A outra pessoa é um estudante. Não há como ele fazer Ai feliz. Se for eu, deixei minha casa e também tenho capacidade, até minha idade corresponde à sua. Vai ficar tudo bem entre nós.

As costas de Aiko já estavam coladas com força a um pilar do terreno do santuário. O Taichi que se aproximava de repente segurou os ombros da professora com firmeza. Os olhos do homem tinham uma seriedade que Aiko nunca tinha visto neles até agora; eles estavam transbordando de sinceridade, incluindo paixão, tão quente que estava escaldando.

Se ela não tivesse um amado, sim, se isso fosse antes de ser invocada para o outro mundo, dependendo da situação, seu coração poderia ser roubado, mesmo que ela não pensasse em nada nele dessa forma até agora, exceto como um irmão. Isso mostrava o quanto seu amigo de infância, que ela pensava conhecer bem, era considerado como um “homem” por ela. Quanto ao discurso dele, ela não pôde deixar de sentir que estava doendo um pouco, mas… ou melhor, agora que pensava com calma, era só um pouco, mas essa parecia uma frase bastante perigosa…

Mas, mesmo agora quando esse sentimento lhe foi expressado, o que flutuava no fundo da mente de Aiko era, a questão sobre ele…

— Hajime-kun…

— Ai…

O nome que acidentalmente escapou em um pequeno murmúrio fez Taichi franzir a testa, mas no momento seguinte, ele tentou diminuir a distância com Aiko de uma só vez. Talvez ele pretendesse devolver sua amada mulher à sua sanidade mental pelo relacionamento impuro em que estava presa, mesmo que ele tivesse que usar um método pouco vigoroso… ou talvez, poderia ser um simples ciúme…

As situações chocantes que aconteceram em sucessão, e sua mente dividida entre seus sentimentos em relação a ele, fizeram Aiko reagir tarde. Ela tentou torcer o corpo, mas… atrás dela havia um pilar, ambos os ombros estavam presos, não era como se ela não conseguisse se libertar, mas não estava claro se ela seria capaz de evitar de ferir Taichi!

Portanto, mesmo enquanto ela estava colocando força no nível que era um pouco perigoso para as pessoas normais, dentro de seu coração, ela gritou pedindo ajuda.

“Hajime-kun!”

— O que foi Aiko?

— Eh?

— Eh?

Taichi e Aiko emitiram vozes semelhantes e, antes que a aproximação do homem pudesse chegar a professora, ou melhor, antes que ele pudesse ser jogado para longe pela mulher, ele parou. Não, ele foi parado. Seu pescoço foi agarrado com força por trás.

Meri! Um som desagradável pôde ser ouvido.

— … quem-quem é você? O que você está fazendo?

— Ei, ei, essa é a minha frase, entendeu? O que você está fazendo com a minha mulher?

Logo depois disso, a figura de Taichi desapareceu. Não, ele saiu voando para trás com uma força na medida em que parecia que ele desapareceu. Parecia que seu pescoço não se torceu em uma direção estranha ou algo parecido devido à soberba moderação de poder. Mas, ele foi ferozmente foi jogado para o chão, onde rolou muitas vezes, o impacto o fez tossir muito.

Com um olhar de soslaio para Taichi, Aiko ficou perturbada enquanto olhava para a pessoa diante de seus olhos, estupefata.

— Ha-Hajime-kun?

— É, sou eu.

— Por-por que, você está aqui?

— Porque, Aiko está aqui?

— Não, mesmo que você esteja dizendo algo como um certo alpinista com uma interrogação dessas…

Hajime sorriu sem graça ao ver Aiko perdida.

— Nos últimos tempos, parecia que você estava pensando demais em várias coisas. Também não tivemos tempo de conversar, além do mais, você voltou para sua casa aqui. Eu pensei que seria problemático se você fosse persuadida por seus pais a tomar uma decisão irritante, e por isso, planejei visitá-la. E, quando usei a bússola para me mover para cá, você estava no meio de algum tipo de festival, certo? Eu pensei que, por um acaso, você estava andando pelo festival se sentindo sozinha, então voei aqui, mas… o resultado final foi muito bom.

Os olhos de Hajime se estreitaram perigosamente em direção a Taichi, que estava de pé e encarava o Sinergista, mesmo enquanto tossia. Vendo que, mesmo sentindo a felicidade brotando por entender que o rapaz estava preocupado com ela e ele correu aqui para passar um tempo no festival com ela, a professora também sentiu intensa vergonha e irritação, porque sua figura que foi abordada por outra pessoa naquele momento foi vista por Hajime.

— U, um, não é o que você está pensando!? Não há nada, nada disso acontecendo entre Taichi-kun e eu! Não tenho, nenhuma intenção desse tipo!

— Aaaaa, sim, entendo…

Taichi, que estava caminhando em direção a eles, soltou um: —Gahah! — com a mão pressionando o peito. Vendo essa figura, Hajime mostrou uma expressão onde ele não tinha certeza do que dizer. A mulher que ele gostava negou-o com toda a sua força, na verdade, ouvir isso faria alguém pressionar seu peito de forma espontânea.

— Mas, recentemente, você estava muito preocupada com o seu relacionamento comigo, certo? Talvez você estivesse se preocupando sem parar quando nos tornamos aluno e professora mais uma vez… já é muito tarde para pensar assim.

— Rau!?

Desta vez, foi Aiko quem apertou seu peito. Seu gesto realmente lembrava sua amiga de infância. Esse fato fez o sorriso irônico de Hajime se aprofundar enquanto ele circulava a professora e a abraçava. — Ha-Hajime-kun!? — ou: — Você! — podia ser ouvido, mas o Sinergista ignorou.

Hajime continuou abraçando Aiko enquanto ele falava com uma voz que deixava um pouco de exasperação escapar no ouvido da professora.

— Mesmo esse relacionamento com o qual Aiko se preocupa se resolverá em menos de dois anos. Mesmo assim, se você está incomodada com esses dois anos, então nós dois precisamos nos segurar até que esse tempo chegue, certo? Se Aiko assim desejar, não me importarei com algo tão pequeno.

— A, u, isso é… mas-mas, eu sou muito mais velha que você…

— … Aiko, estou lhe dizendo isso para seu próprio bem. Jamais diga essas palavras na frente de Yue. Você não quer sair voando a dez quilômetros de altura apenas com seu corpo, não é?

— Aa…

Pensando com muito, muito cuidado, algo como a diferença de idade… acima do céu ainda havia o céu. Era algo que ela não devia falar, não importava a situação.

— Santo Deus. Os seres humanos são seres vivos que pensam em várias coisas estúpidas no momento em que se acalmam, e Aiko é o exemplo perfeito desse tipo de humano, huh. Além disso, já é tarde demais para isso, esse é um problema que pode ser resolvido com facilidade. Para que você fique irresoluta por causa disso… se você está tão concentrada em “ser professora”, então você pelo menos tem que ser como era antes, onde se opunha a mim.

— Uu, não tenho como responder a isso…

— Ou melhor… quem você pensa que eu sou, hein? Quando aceitei Aiko, isso já estava declarado.

Aiko se lembrou. Um mês após a lendária batalha decisiva, quando ela desejou também ser amada por Hajime. Ela foi aceita, além do que foi apresentado, o termo do rei demônio-sama.

“Quando eu decidi aceitá-lo, não haveria escapatória.”

Não havia o conceito de “separação” para as mulheres do rei demônio. Mesmo que a própria Aiko odiasse isso, Hajime não a deixaria fugir, não importava em que tipo de situação eles estivessem. Era impossível para ele aceitar qualquer mulher que não fosse uma de suas amadas enquanto não havia possibilidade de separação. Essa era a distinção mínima do Sinergista, que era alguém absurdo e o pior em relação a manter relacionamentos com várias mulheres.

A única que ele podia aceitar era uma parceira que poderia lhe oferecer toda a vida e vice-versa.

Portanto, não fazia sentido Aiko se preocupar com ética, senso comum ou o que quer que fosse, porque a professora já havia oferecido aquele corpo e coração ao rei demônio.

E a consequência foi que ela não conseguia se livrar desse rei demônio-sama.

— Você entendeu?

— … sim.

Apenas com uma frase, quando Hajime a questionou, Aiko se rendeu. Ela balançou a cabeça várias vezes com o rosto vermelho brilhante.

Então, Taichi dirigiu um olhar severo para o Sinergista, que ainda estava abraçando Aiko por trás, e abriu sua boca:

— … você. Se afaste de Ai. Você é, se eu estiver certo, você é aluno de Ai, não é? Eu acho que você não entende porque você ainda é um estudante, mas sua existência está ferindo Ai. Este mundo não é tão simples para você poder resolver isso apenas com seu sentimento…

— Obrigado pelo aviso. Mas, você confundiu demais o processo para se vangloriar por ser um adulto com bom senso. Sua capacidade de persuasão é inexistente no momento em que você estende a mão para a mulher de outra pessoa. Se você não fosse o amigo de infância de Aiko, eu faria com você o que aconteceu com a família Inugami5, mas… bem, desta vez vou ser magnânimo e farei vista grossa. Desista de Aiko e procure outra esposa adequada.

Ter um homem que era mais jovem, além disso, alguém que ainda era um estudante, conversando com ele com tanta franqueza, fez com que a boca de Taichi se abrisse e fechasse sem formar palavras. E então, com uma compleição que estava ficando azul e vermelha de forma intermitente, ele estava prestes a gritar de fúria com Hajime…

— Iaahn!

— Un!?

No entanto, ele ficou sem palavras devido à voz sedutora que Aiko soltou e o espetáculo acontecendo diante de seus olhos. De todas as coisas, Hajime estava enfiando a mão atrás da parte do peito da yukata de Aiko antes de começar a tatear pelo local! Que ousadia! Era mesmo o ato de um demônio!

Então o Sinergista tirou de forma casual um anel que havia sido transformado em um colar no peito de Aiko. A professora, que tinha feito algo embaraçoso na frente de seu amigo de infância que já era parte de sua família, olhou para Hajime com olhos lacrimejantes, mas o rapaz repeliu isso como um salgueiro balançando ao vento.

— Entenda que já estamos em um estágio em que as palavras não fazem sentido. Assim como você pode ver, ao invés de minha amante, Aiko já é minha esposa. Seu corpo, seu coração, eu recebi tudo isso.

— Vo-você…

O discurso de Hajime era mesmo o de um vilão. Não importava como alguém olhasse para isso, era uma composição de um jovem gentil e sincero que teve sua amiga de infância arrebatada por um homem mau. O discurso que Aiko poderia dizer neste tipo de situação deveria ser: — Parem, não briguem um com o outro por minha causaaaa! — Embora, no momento em que a professora dissesse isso, ela sem dúvidas receberia a garra de ferro do amor de Hajime.

Taichi estava prestes a condenar o rapaz junto com sua emoção que parecia irromper, mas antes que isso pudesse acontecer, o Sinergista jogou suas palavras contra o homem com uma expressão fria.

— Você colheu o que plantou.

— O quê!?

— Você deveria ter uma arma poderosa que eu não tenho. Você teve tempo e viveu no mesmo ambiente em que Aiko desde a infância, e mesmo depois que vocês dois se tornaram adultos, você deve tê-la encontrado muitas vezes, não é? Você deveria ter tido tantas chances de compartilhar seus sentimentos com ela, mas desperdiçou todas elas. Não invente desculpas agora. Você não pôde nem se tornar um “motivo para voltar para casa”, você não tinha lugar no coração dela e Aiko seguiu para a minha direção. Você nem tentou. O resultado foi isto. Não há nada além disso.

Esse era um argumento sólido. Roubada, tal acusação era um caso sério de culpar a pessoa errada. Enquanto Taichi estava em uma posição mais próxima de Aiko do que qualquer um, ele não lutou para poder caminhar ao lado dela. Por isso, antes que ele percebesse, a professora estava em um lugar longe demais para sua mão poder alcançar. Isso era tudo.

Falar assim era estranhamente desconcertante, considerando que era Hajime quem estava dizendo isso. Ele esmagava seus inimigos sem piedade, e se fosse alguém que ele não suportava, ele ignoraria essa pessoa sem falar muito. Quando essa pessoa não podia ser ignorada, como era de se esperar, ela as esmagaria. Esse era Hajime. Era incomum ele falar assim com alguém que tentara colocar a mão em Aiko.

Olhando com cuidado, apesar de Taichi ter sido jogado para longe de forma tão violenta há pouco, não havia ferimentos nele que parecessem tão sérios.

“Porque ele é meu amigo de infância…”

Essa devia ser a razão.

Aiko mudou sua expressão envergonhada e levantou um rosto rígido. E então, ela se soltou suavemente da mão de Hajime que a estava abraçando com força. O rapaz não se opôs a ela.

Aiko deu um passo à frente e abriu sua boca com calma:

— Taichi-kun, obrigada por se preocupar muito comigo. Obrigada, por você pensar tanto em mim.

— Ai…

— Mas, eu não posso responder ao sentimento de Taichi-kun. Eu, não posso olhar para você assim.

— … por que, você está com aquele cara…

— Sim. Porque aquele por quem tenho sentimentos é Hajime-kun. Eu estava preocupado com muitas coisas, mas… sim, já é tarde demais para isso. Eu até pensei comigo mesma o que estava fazendo me preocupando assim.

— … a sociedade não vai tolerar isso. Isso é algo que não deve ser feito.

— Sim, eu sei. Mas, eu não posso fazer nada. Porque a pessoa por quem me apaixonei é um demônio, esqueça a sociedade, até o mundo ou um deus não é páreo para ele. Eu também sou uma mulher má, hein.

— … mulher má. Essas palavras não combinam nada com Ai.

— Mas, acho que isso não é ruim.

— Ahh, é mesmo? Então é como aquele cara disse, desde o começo, já era “tarde demais” para mim.

Aiko sorriu sem graça como se concordasse.

Taichi olhou para Hajime com ferocidade. Hajime aceitou isso com um rosto imperturbável. Entender que algo como seu olhar não abalaria nem um pouco esse garoto, e então, tendo o argumento doloroso e realista lançado contra ele, além de como seu corpo foi jogado para longe antes disso, mostrou ao homem que ele não podia nem mesmo igualar esse garoto em força física. A força deixou seus ombros depois de encarar Hajime por um tempo.

E então, ele se virou e deixou o terreno do santuário sem dizer nada.

— Me desculpe. Talvez seu relacionamento com seu amigo de infância fique ruim depois disso…

— Não, está tudo bem. Talvez demore um pouco, mas poderemos voltar ao nosso relacionamento de irmão e irmã mais uma vez.

— Então tudo bem… mas, se ele estender a mão para Aiko mais uma vez, então não terei escolha a não fazer com ele o que foi feito com a família Inugami.

— … por que você está tão obcecado com a família Inugami?

Aiko sorriu sem graça para o jeito de falar de Hajime, então, um instante depois, ela encarou o rapaz mais uma vez. E então, ela inclinou sua cabeça.

— Lamento ter feito você se preocupar por que eu fiquei alarmada com coisas estranhas. Obrigada por vir me encontrar hoje.

— Sim, eu com certeza recebi sua gratidão e desculpas. Mas, não se importe com isso. Eu já disse isso antes, mas eu realmente gosto dessa parte de Aiko.

— Ree? Essa-essa parte?

A inesperada palavra “gosto” fez Aiko ficar vermelha mais uma vez. Em relação a professora, Hajime disse isso antes, diante do cenotáfio do Reino Hairihi, ele pensava que Aiko, que estava preocupada, parecia deslumbrante para ele, e então o rapaz perguntou se ela se lembrava do que falaram ali. Foi disso que Aiko se lembrou, não fazia muito tempo. Isso estava gravado de forma clara em sua memória; sem dúvidas era uma lembrança importante quando seu sentimento por Hajime se tornou definitivo.

— Você que estava avançando com todas as suas forças, e então você que estava segurando sua cabeça quando falhou ou quando notou sua contradição, mesmo assim, você suportou e encontrou à sua maneira uma conclusão que tentou realizar. Eu achei aquelas partes de Aiko deslumbrantes, essas partes parecem adoráveis para mim. É por isso que você pode ficar como está.

— … eu acho que é trapaça você dizer algo assim.

Aiko se virou de costas para ele, seu rosto voltado para baixo, para que Hajime não pudesse vê-lo. Mas mesmo sem ver aquele rosto, era fácil imaginar que sua expressão estava se tornando uma mistura de vergonha e prazer.

Talvez porque ele entendeu isso, o Sinergista fez uma expressão que mostrava que ele estava segurando sua risada. Sério, que cara ruim.

— Muito bem, vamos para a casa de Aiko. Eu tenho que cumprimentar seus pais.

— Eh?

Aquelas palavras repentinas que foram ditas em voz alta com um tom leve, como se pedisse para ela ir a alguma loja de conveniência, fizeram Aiko ficar louca e ela se virou para Hajime.

— Parece que sua preocupação já está resolvida, então não há mais motivo para você não poder me apresentar, certo? Se eu tenho que cumprimentá-los mais cedo ou mais tarde, pelo menos mostrarei meu rosto para eles enquanto também te levo para casa. Já está tarde, então farei a saudação formal mais uma vez amanhã.

— Co-como sempre, que proatividade… nã-não, você sabe, a saudação pode ser feita na próxima oportunidade… eu também preciso preparar meu coração…

— Hmm, a casa da Aiko é ali… ó? Então seu pai e os outros estão saindo para o festival. Eles estão bem próximos. Sim, vamos gastar um pouco de dinheiro enquanto os cumprimentamos.

— Ah, espere, não use algo como a bússola para isso! Espere, por favor, não me ignore e saia assim! Mas o que você está planejando dizer para o pai e os outros!?

— Claro, direi: “Sogro, eu aceito sua filha. Não vou aceitar nenhuma objeção ou recusa”. Esse é o discurso padrão, não é?

— Padrão de onde!?

— Ou melhor, Aiko. Estou incomodado com o fato de você estar falando de forma educada comigo enquanto falava de forma casual com aquele desgraçado? Isso não é cruel?

— Eh? É que, isso se trata da atmosfera ou algo assim… espere, não mude de assunto! Há muitos dos meus conhecidos aqui! Se você vai dizer algo assim para meu pai nesse tipo de lugar… amanhã todos os vizinhos saberão!

— Se você conversar casualmente comigo também, pensarei nisso. Bem, a extensão de tempo não vai passar nem um minuto para você decidir. Ó, aquele é seu pai, não é? A primeira impressão é importante. Antes de mais nada, vamos comprar as mercadorias da barraca.

— Por favor, espere! Espere, espere… eu entendi! Eu já entendi! Eu vou falar com você de forma apropriada, sem usar linguagem polida, então não continue andando tão rápidoooo!

Aiko, que estava fazendo barulho, e Hajime, que estava a manipulando sem demonstrar muita preocupação enquanto avançava na direção de sua família com um sorriso destemido no rosto. De modo natural, Aiko estava agarrada ao braço de Hajime enquanto ele avançava carregando a professora em seu braço e, junto com o barulho deles, o grau de atenção ao redor dos dois estava no máximo!

As senhoras do bairro, e os idosos que eram afetuosos com Aiko, todos falaram: — Ó meu Deus! — vendo a situação dos dois.

E então, no fim, o pai de Aiko, que notou Hajime caminhando em sua direção com a filha nos braços, arregalou os olhos, expressando seu choque, depois sorriu sem graça como se tivesse compreendido algo.

Depois disso, o Sinergista, que proclamou em voz alta que era o namorado de Aiko no meio do festival que estava transbordando com os conhecidos da professora, recebeu aplausos e ovações. Hajime continuou prendendo a mulher, que estava tentando fugir de vergonha, a carregando como uma princesa e estava causando mais aplausos.

Além disso, isso deveria ser apenas Hajime mostrando seu rosto, mas com o pai e o avô de Aiko o convidando para ir à casa deles, o rapaz visitou a casa Hatayama e também se encontrou com Akiko e a avó. Então ele conversou com eles sobre suas esposas além de Aiko e sua intenção.

Com tudo o que aconteceu com a família Shirasaki e a família Yaegashi, Hajime havia se decidido a levar um tapa de rejeição e raiva, mas, de modo inesperado, os pais de Aiko, e até seus avós, todas as pessoas da família Hatayama aceitaram o Sinergista. Claro, não era como se eles não estivessem carrancudos, mas com o sentimento de querer respeitar a vontade de sua filha que já era adulta e, acima de tudo, sua dívida de gratidão a Hajime porque ele salvou a filha do perigo muitas vezes, parecia que isso os levou a confiarem no rapaz.

No final, devido à bondade da família Hatayama, tornou-se algo óbvio que Hajime ficou a noite toda e, usando o portal no dia seguinte, as pessoas da família Nagumo também visitaram a família Hatayama, onde as palavras de Yue e as outras que disseram “juntas com Aiko” fizeram a confiança crescer ainda mais.

Depois disso, foi como se a família Hatayama e a família Nagumo se tornassem um grupo familiar, mas…

Como resultado, a cidade natal de Aiko ficou conhecida como a “Terra do Milagre”, onde todo tipo de colheita podia dar frutos, independentemente da qualidade do solo ou da estação. Sem dúvidas isso foi devido à mistura da família da “Deusa da Boa Colheita” e da família do “Rei Demônio de Outro Mundo”…


Nota do Autor (Ryo Shirakome)

Muito obrigado por ler essa história.

Muito obrigado pelos pensamentos, opiniões e relatos sobre erros de ortografia e palavras omitidas.

Na verdade, eu também planejava escrever o motivo pelo qual Aiko estava determinada a ser professora, mas não houve tempo e eu não consegui pensar em nenhuma ideia. Apesar disso, quando comecei a escrever pensando: “De qualquer forma, se eu apenas escrever, então talvez eu pense em algo…”, esse tipo de Aiko foi criada…

Bem, continuando de antes, a condição de Shirakome está um pouco ruim, então estou pensando em mudar de ritmo.

Mesmo que eu diga que estou escrevendo uma história extra mais longa.

Estou pensando: “Devo promovê-lo para um personagem principal, será que devoooo?”.

Você não lembra, é ele, você sabe, ele. Vamos lá, o nome dele é… eh?


Notas

[1] Um tribunal canguru é um tribunal que ignora padrões de lei e justiça reconhecidos. A definição também se aplica a julgamentos conduzidos por autoridades judiciais legítimas que intencionalmente ignoram as obrigações legais e éticas. Frequentemente é negada a representação legal aos réus, e em alguns casos à própria defesa. O termo é uma tradução literal do original em inglês “kangaroo court”. As causas mais relatadas para tribunais canguru são viés preconcebido do julgador ou motivações políticas. Tais julgamentos são frequentemente instituídos com a intenção de dar aparência de um processo justo, apesar do veredito ter sido concebido antes mesmo do processo iniciar. Um exemplo é o julgamento de Pol Pot e seu irmão Ieng San pelo Tribunal Revolucionário do Povo no Camboja em agosto de 1979. Após um longo julgamento que durou cinco dias, ambos foram sentenciados a pena de morte In absentia em 19 de agosto de 1979. Evidências conclusivas mostraram que os vereditos e os papéis com sentença haviam sido preparados antes do início do julgamento. Baseado nessas evidências as Nações Unidas não reconheceram o tribunal alegando que o este não seguiu os padrões internacionais legais.

[2] O Guinness World Records (antigo Guinness Book of Records, lançado em português como Livro Guinness dos Recordes) é uma edição publicada anualmente, que contém uma coleção de recordes e superlativos reconhecidos internacionalmente [2], tanto em termos de performances humanas como de extremos da natureza. Em 2003, o livro chegou a 100 milhões de cópias vendidas, desde a sua primeira edição em 1955, sendo o décimo livro mais vendido da história, o de 2009 é o quinquagésimo-quinto. O título de pessoa mais velha da história é atribuído à francesa Jeanne Calment que morreu em 4 de agosto de 1997 aos 122 anos e 164 dias (informações de 19/06/2020).

[3] Cenotáfio é um memorial fúnebre erguido para homenagear alguma pessoa ou grupo de pessoas cujos restos mortais estão em outro local ou estão em local desconhecido.

[4] Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de março de 1475 — Roma, 18 de fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Michelangelo ou Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente. Ele desenvolveu o seu trabalho artístico por mais de setenta anos entre Florença e Roma, onde viveram seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários papas romanos. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio em Florença. Tendo o seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras.

[5] Referência ao livro de Seishi Yokomizo, “O Clã Inugami”. Em meados da década de 1940, Sahei Inugami, rico chefe do Grupo Inugami e “Rei da Seda do Japão”, morre em sua vila à beira do lago com a venerável idade de 81 anos. Na juventude, Sahei foi resgatado da pobreza e da morte prematura por um sacerdote xintoísta. No entanto, após a morte de Sahei, sua dívida de gratidão com o sacerdote desencadeia uma amarga maldição, desencadeando uma cadeia de assassinatos horríveis e bizarros enquanto os membros da família Inugami se enfrentam em uma disputa desesperada por sua fortuna. Este conto assustador de assassinato e suspense é o primeiro de mais de 80 livros, famosos no Japão, com o popular detetive Kosuke Kindaichi. Seu caráter desordenado e hábitos excêntricos ocultam habilidades de dedução nítidas que permitem a Kindaichi resolver os crimes. “O Clã Inugami” é a primeira tradução para o inglês das obras de Yokomizo e é o livro mais vendido da série do Detetive Kindaichi.

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