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Arifureta Shokugyou de Sekai Saikyou – Capítulo 258

Você-você está se chamando de samurai dessa forma?!

Anoitecer. Já era depois da escola quando a luz do sol estava começando a ficar tingida de laranja aos poucos.

Em um lugar um pouco distante do prédio da escola, ouviam-se gritos animados dos alunos.

Aquele lugar era um prédio que foi construído separadamente do ginásio e era usado de forma exclusiva para atividades do tipo clube de artes marciais. Os alunos estavam chamando o prédio de “dojo”. Clubes como kendo, judô, caratê, aikido1jeet kune do2ninjutsu3naginata4kodachi5 estilo de duas espadas, luta livre, boxe, entre outras, faziam suas atividades aqui, sua amplitude era maior do que o ginásio com seus três andares, a conclusão do prédio era algo realmente raro, até para uma escola particular.

As pessoas diziam que era o resultado do hobby do presidente do conselho da primeira geração surgindo…

No local do primeiro andar daquele dojo que foi alocado para o clube de kendo, gritos únicos e animados, que soaram um pouco diferentes dos outros clubes, ressoaram. Muito provavelmente, os membros do clube estavam gritando “MEEEEENN!”6, mas mesmo quando o grito era “eEEEENN!”, quando ficava ruim era “EAAAAAHNH!”, e se as coisas não saíssem bem seria “ENDEEEEERR”. Assim, tornou-se uma hora de mal-entendidos

Claro, isso foi o resultado do espírito de luta jorrando.

Sobre esse clube de kendo, eles eram vistoriados com muita atenção pelo clube de caratê, do de judô e do clube de aikido, que também foram alocados no primeiro andar, como o local das atividades de seus clubes. Não era algo gritante, mas havia bastante olhares na direção do clube de kendo.

A causa não eram aqueles gritos, mas uma menina bonita, com um rabo de cavalo preto como sua marca registrada.

O excelente estilo, que podia ser visto mesmo através do uniforme de kendo solto, e a atmosfera digna que também transmitia bondade. Ela era alguém que mesmo antes de seu desaparecimento era avaliada como uma garota composta, mas agora parecia uma mulher adulta de onde um núcleo muito mais forte do que antes podia ser sentido.

— Haaaaa. Yaegashi, ela é mesmo incrível. Me pergunto se eu deveria entrar no clube de kendo mesmo depois de tanto tempo.

— O que você vai fazer mesmo se entrar no clube, hein? Ou melhor, se você tentar fazer alguma coisa, você vai ser apagado pelo namorado realmente assustador dela, sabia?

— Sim, sim. Olhar de longe é ideal para esse tipo de pessoa.

O alvo dos olhares de relance era Shizuku Yaegashi. Quando um rapaz do clube de judô, que estava olhando para ela, sussurrou em êxtase, seus amigos retrucaram com expressões e vozes que estavam preenchidas com resignação.

Se você olhasse ao redor, poderia ser entendido que até mesmo o clube de caratê e o clube de aikido também estavam tendo esse tipo de conversa. O extraordinário mistério de seu desaparecimento de um ano e de sua atmosfera, que mudou por alguma razão, estava elevando seu charme e grau de atenção em muitas vezes.

— Aah, puxa. Que irritante. Mesmo que a partida seja em breve.

— Sim. Se me lembro bem, o clube de caratê também terá sua partida no próximo mês, porém… Eles estão sem ânimo.

Quando uma integrando do clube feminino de kendo resmungou isso com uma careta, outra integrante também mostrou sua concordância enquanto enxugava o suor.

Foi nessa hora que Shizuku veio com uma bebida em uma das mãos e uma expressão de culpa no rosto.

— O que devo dizer… sinto muito. Como pensei, não é melhor se eu não vir aqui tantas vezes? Eu também não sou mais uma integrante do clube.

— Eh?! Espere, não e isso! Não estávamos dizendo isso nesse tipo de sentido!

— Hã-hãhã-hã! Os errados são aqueles caras que não estão se concentrando no treinamento, não é culpa de Shizuku!

— Ou melhor, somos nós que estamos implorando para que você venha aqui, então você não precisa ser tão atenciosa, estou te dizendo!

— É isso mesmo, Onee-sama! Se a Onee-sama quiser, vou emboscar aqueles desgraçados mais tarde na escuridão!

Shizuku tinha saído do clube de kendo depois de seu retorno à escola. Foi porque sua habilidade física e habilidade de kendo se tornaram trapaceiras a partir de sua experiência em outro mundo.

Ela era literalmente imbatível para qualquer um se não se contivesse. Shizuku julgou que se ela enfrentasse alunos que estavam colocando seu coração no kendo e participasse de uma partida, ganhando quando não estava sendo séria enquanto se continha, só causaria danos a esses alunos, e foi por isso que ela pediu para sair do clube.

No entanto, as integrantes do clube que pensavam que Shizuku, quando retornasse à escola, também voltaria ao clube de forma natural, queriam de alguma forma impedir que ela deixasse a equipe, no entanto, sua persuasão acabou em vão e Shizuku ainda não voltaria, sendo esse o caso, elas consultaram o conselheiro do clube e criaram uma posição de “gerente que também poderia treinar os integrantes” para manter a garota no clube.

Resumindo, “Está tudo bem mesmo se você não for um membro, se você tiver tempo, então venha brincar aqui enquanto também treina!”, algo nesse sentido.

Shizuku foi convencida por suas juniores em lágrimas, e agarrada por suas amigas da mesma idade como se fossem konaki jiji7, e até mesmo os veteranos, que já tinham se aposentado do clube, a pressionaram em silêncio todos os dias com seus olhares tristes.

Independentemente de como a sociedade, e também os pais dos alunos, estavam mantendo distância dos “repatriados”, os camaradas de Shizuku do clube de kendo, que tentavam manter sua conexão com ela como se dissessem: “Quem se importa com algo assim?!”, fizeram a garota se sentir envergonhada.

No fim, Shizuku cedeu e assim ela estava vindo para treinar, sobretudo nos dias antes de uma competição.

Pensando que seria terrível se tal Shizuku parasse de vir porque ela era atenciosa com seus arredores, os membros do clube feminino se reuniram ao redor da garota que estava parecendo se sentir culpada.

Também era porque elas gostavam de Shizuku, mas também porque o treinamento dela era realmente frutífero, as estudantes que receberam seu treinamento estavam, sem dúvidas, desenvolvendo suas habilidades. No mês seguinte, o qualificatório para o encontro nacional de kendo se iniciaria, então as alunas não queriam deixar de lado a maior treinadora que tinham à disposição.

— Hmmmmm, acho que sim. Seria irresponsável da minha parte parar de ajudar nesse tipo de período, não seria? Por isso, parem com a história de emboscada quando está escuro. Além disso, ficarei feliz se vocês também puderem parar de me chamar de “Onee-sama”.

— Sem chances! A Onee-sama está me desqualificando como sua meia-irmã (irmã de alma)?!

A aluna mais nova ficou estagnada com uma expressão de desespero. As amigas que estavam no mesmo ano da aluna mais nova a apoiaram: “Se recomponha!”, “Aguente firme!”. Além disso, parecia que todas as juniores aqui eram “irmãs de alma”. As irmãs de alma se multiplicaram sem que Shizuku percebesse… Considere que havia trinta no escuro se você visse uma!8

As irmãs de alma estavam olhando para Shizuku. Seus olhos úmidos imploravam: “Por favor, conceda misericórdia à nossa camarada irmã de alma que está conectada pelo vínculo espiritual”.

— … céus, tudo bem se você me chamar de Onee-sama, por isso, não olhe para mim com esses olhos…

Era sempre a Onee-sama que cedia. A decadente aluna mais nova recuperou sua postura com um movimento bizarro, como um vídeo sendo rebobinado. Talvez essas meninas já fossem algo além de autointituladas meias-irmãs.

Quando o treino, que era bastante duro mesmo com aquelas coisas acontecendo, tinha acabado, todas as integrantes do clube feminino, além de Shizuku, estavam mortas de cansaço enquanto trocavam de roupa no vestiário. Naquele momento, uma integrante do clube perguntou algo que tinha sido repetido quase todas as vezes.

— Então, Shizuku. Quando você vai voltar ao clube?

— Não, eu já disse que não vou voltar.

Enquanto ignorava com todas as suas forças como, no momento em que tirava a roupa de seu uniforme de kendo, os olhares injetados de sangue de todas as juniores esfaqueavam seu corpo, Shizuku respondeu à pergunta de sua amiga da mesma série com um sorriso sem graça.

— Mas ainda assim, mesmo que você seja tão forte. Você foi a campeã todos aqueles anos, mesmo quando estava no ensino fundamental e também no primeiro ano.

— É mesmo um desperdício.

Como Shizuku aparecia no treino para orientá-las, as integrantes do clube ficaram até certo ponto satisfeitas por estarem juntos com ela. No entanto, puramente como praticantes de kendo, conhecendo a habilidade de Shizuku (apenas na medida do senso comum), elas sentiam que era um “desperdício” o fato de a colega não participar de competições.

O sorriso sem graça de Shizuku se aprofundou enquanto ela logo vestia suas roupas para esconder seu corpo. Todas as alunas mais novas soltaram um “Chih!” ao estalarem as línguas.

— Já estou satisfeita o suficiente com o kendo. Além disso, embora eu pare de praticar kendo, continuo treinando meu kenjutsu9. Ou melhor, agora mesmo estou ocupada demais com isso, e várias outras coisas.

Shizuku não poderia dizer que era porque ela agora sabia a verdade sobre sua família.

No entanto, suspeitar de várias possibilidades por ouvirem aquela parte de “várias coisas” era como as garotas trabalhavam.

— Várias coisas, é isso? Entendo, deve ser algo como tentar fazer o seu namorado ser reconhecido pela sua família.

— Não vou entregar a minha filha enquanto não puder vencer contra mim! Algo parecido com isso?

— Ah, então é como eu imaginei, Nagumo está treinando no dojo da família de Shizuku.

Parecia que tal rumor estava se espalhando. Os olhos das companheiras de clube da mesma série brilhavam com a curiosidade.

— E, recentemente, o que está acontecendo com o namorado dos rumores?

— Nossas salas são separadas, então é difícil obter qualquer informação. Ou melhor, Shizuku, você está bem? Você não está sendo traída? Pelo que eu ouvi, além de Kaori, ele também está sendo servido por outras garotas incríveis, não está?

A preocupação poderia ser vista dentro dessa curiosidade. A relação feminina do homem que Shizuku se aproximou não era nada normal, e era um fato bem conhecido nesta escola.

Alguém que estava colocando as mãos em duas estudantes transferidas extraordinariamente bonitas, estava até sendo servido por Kaori, que deveria ser a melhor amiga de Shizuku, e ele até mesmo estava com um relacionamento amoroso com a amiga importante das integrantes do clube de kendo… as garotas do clube não estavam com uma boa sensação sobre tal coisa.

— Obrigada por se preocuparem comigo. Mas eu estou bem. Kaori, e também Yue e Shia, são pessoas importantes para mim, e nós estamos ao lado dele em pleno acordo, assim como tudo indica. Apesar de não ser algo comum. Mas, não há o que fazer.

O problema sobre uma pessoa apaixonada era não ser escolhida, e a expressão feliz de Shizuku, sem nem um pouco de amargura, e como ela falava com carinho de seu amado, como se demonstrasse isso para todas, embora tudo isso sempre acontecesse, a expressão das integrantes do clube ainda ficaria estupefata.

Aliás, havia sons de dentes rangendo. Todas tentaram não se preocuparem com isso, mas é claro que a fonte dos sons eram das novatas. Conversas sombrias que fariam qualquer um querer retrucar: “Vocês, mas que tipo de sociedade secreta é essa, hein?”, como: — Como imaginamos, temos que emboscar aquele homem no escuro… —, ou: — No entanto, várias pessoas já foram derrotadas… —, ou: — Temos que elaborar algo, algum tipo de nova estratégia… —, e assim por diante foram faladas entre elas em segredo.

— Bem, se Shizu disse que está tudo bem, então não temos direito de dizer qualquer coisa…

— Mas o que é tão extraordinário em Nagumo?

Quase todas as integrantes do clube haviam terminado de se trocar, mas não havia nenhum sinal da conversa terminar mesmo enquanto estavam ajeitando suas aparências. Isso era algo usual.

As bochechas da questionada Shizuku ficaram vermelhas. Era uma expressão fofa que ela nunca tinha mostrado sequer uma vez antes do seu desaparecimento. A expressão das integrantes do clube se tornou ainda mais complicada porque foram obrigadas a perceber que o sentimento dela em relação a Hajime era muito sério.

Várias novatas estavam começando a bater em uma boneca que tiraram de algum lugar. Zudonzudon! Os socos estavam criando sons desagradáveis. Aqueles eram socos maravilhosos que faria qualquer um se perguntar se elas eram mais talentosas em cerrar seus punhos em vez de balançar uma shinai10.

— Mesmo que vocês perguntem isso… há muita coisa.

— E se você fosse obrigada a dar um exemplo?

— Uu… … … como, a forma que ele sempre me protege, eu acho.

A resposta de Shizuku, que ela deu enquanto agia com timidez, fez suas amigas da mesma série dizerem: — Aaaaa! — soando como se tivessem entendido, mas também não compreendessem nada.

Ao falar de Shizuku Yaegashi, ela era a “Onee-sama” para todas as juniores. Para outras garotas, ela era uma cavaleira-sama confiável que as protegeria. Até para os meninos, eles a avaliavam como uma beldade galante que de alguma forma se viraria sozinha, não importava em que tipo de situação.

Era difícil para os meninos e meninas da mesma série terem a impressão de Shizuku como uma pessoa a ser protegida. Afinal, ela era dona de especificações muito superiores à de todas elas.

Mas, as pessoas que estavam especialmente perto de Shizuku sabiam que a garota gostava de coisas fofas e sua personalidade era realmente feminina. As integrantes do clube kendo foram incluídas na categoria de pessoas próximas.

Portanto, elas entenderam o que Shizuku disse. Embora não quisessem entender o homem nojento que não veria Shizuku como sua única pessoa especial.

— É sério, mas o que diabos aconteceu enquanto você desapareceu? Para tudo antes disso, pensei que Shizuku poderia sair com Amanogawa.

Várias meninas pareciam assustadas ouvindo essa pergunta e voltaram seus olhares em direção à garota que fez esse comentário.

Perguntar aos “repatriados” sobre o que aconteceu durante o tempo em que eles desapareceram era considerado tabu com base em seu entendimento tácito. No início, todos estavam muito curiosos sobre isso e ficavam perguntando, mas mesmo através da comoção na sociedade e da calma abrupta, a resposta dos “repatriados” era sempre a mesma, e porque essa resposta soava absurda, um reconhecimento de que o tema era “algo que não deveria ser perguntado” estava se espalhando.

Shizuku estava ciente da atmosfera que estava contendo leve nervosismo enquanto dava uma resposta igual a de antes.

— Eu já falei antes, não falei? Nós nos aventuramos em outro mundo e lutamos contra os subalternos de um deus maligno.

— …

Com toda certeza, as colegas de escola da mesma série ficaram sem palavras, hesitando sobre o que deveriam dizer. Todas as juniores estavam olhando fixamente para Shizuku com olhares preocupados que pareciam um pouco aflitos.

“Depende de você acreditar ou não…” A relação de Shizuku com as integrantes do clube de kendo era um pouco próxima demais para ela dizer isso. Ela não quis lidar com suas amigas da mesma forma que lidou com a mídia, funcionários do governo e forasteiros que só estavam curiosos. Mesmo que o que ela falasse fosse a verdade nua e crua.

E então, Shizuku piscou brincando e acrescentou:

— Além disso, espanquei Kouki até que ele chorasse e se desculpasse. Kouki, que perdeu alguns dentes e com o rosto todo inchado enquanto soluçava: “Me desculpem, estou refletindo, não vou mais fazer isso”, foi realmente um espetáculo, sabiam?

— Ooou… isso é mesmo…

— É-é verdade?

— Mas o que aconteceu lá? Estou curiosíssima!

A tensão de antes desapareceu. As integrantes do clube feminino começaram a gritar. Que tipo de situação faria com que aquele garoto perfeito e sobre-humano, o número um em beleza da escola se desculpasse enquanto chorava? E então, qual era a circunstância que faria a carinhosa e gentil Shizuku ficasse tão brava? O poder incansável da desilusão de amor das garotas foi estimulado a subir às alturas.

Shizuku estava acalmando suas amigas excitadas, quando…

— Isso também é sobre o passado embaraçoso de Kouki, então não posso falar em detalhes, mas… pelo menos, quando eu desejei ajudar do fundo do meu coração, aquele que respondeu a isso não foi Kouki, foi sempre… Hajime, todas as vezes.

Shizuku estava dizendo uma coisa tão sugestiva com uma expressão intensamente charmosa parecendo uma garota sonhadora, ou talvez mais como uma mulher adulta que sabia o que significava amor. Até mesmo suas amigas, que eram do mesmo sexo, sentiram seu coração pular ao ver aquela expressão.

Desta vez, um silêncio diferente surgiu. A expressão das integrantes do clube estava um pouco atordoada, como se estivessem encantadas com Shizuku. Houve um som de “buhah!”. Era o som do sentimento que pensava na Onee-sama jorrando do nariz da novata.

Shizuku, que notou a situação ao redor dela, olhou para baixo em constrangimento de suas próprias palavras e tentou mudar o assunto.

— Ra, em vez disso, a preliminar no próximo mês. Todas, deem o seu melhor. Todas se tornaram surpreendentemente fortes, então estou ansiosa não apenas pela partida de grupo, mas também pela individual. Nosso clube de kendo vai dominar o topo do ranking da competição individual.

— Essa é uma pressão e tanto sobre nós.

A figura de Shizuku, que estava claramente mudando de assunto enquanto terminava às pressas suas preparações para ir para casa com orelhas vermelhas brilhantes, fez as integrantes do clube olharem para os rostos umas das outras e trocarem pequenos sorrisos.

E então, seguindo a amiga que tinha se tornado muito mais fofa comparada a antes de desaparecer, elas terminaram sua conversa de garotas.


No mês seguinte.

A figura de Shizuku podia ser vista na poltrona de espectador no segundo andar do ginásio conjunto na grande cidade vizinha.

Abaixo, o clube de kendo de sua escola estava competindo impiedosamente contra o clube de outra escola. Os gritos altos cheios de espírito de luta e o som da shinai atingindo o oponente, e então as vozes da torcida ecoavam dentro do espaçoso ginásio.

— Nosso clube de kendo é forte, huh. Em especial as garotas. A influência de Shizuku sobre elas é tremenda.

Hajime, que acompanhou Shizuku para assistir, sussurrou isso com uma expressão admirada. Hajime não estava interessado em kendo, mas hoje era a vez de Shizuku para o “feriado de apenas duas pessoas”, então o rapaz a acompanhou na forma de encontro na torcida (?).

A competição avançou quase até o final, na competição de grupos faltava apenas a final, e os integrantes da competição de grupos também estavam invictos em todas as partidas até aquela fase.

Ainda na competição individual, a terceira colocação já havia sido conquistada por uma aluna de sua escola, uma colega de Shizuku também chegou a final que começaria depois desta partida. Até todas as novatas venceram sua primeira partida sem nenhuma perder, por isso, o desempenho era mesmo fantástico.

— Este é o fruto do trabalho árduo delas.

Shizuku disse isso não apenas por humildade, mas também porque pensava mesmo assim. Mas, Hajime inclinou a cabeça e contestou:

— É mesmo? Às vezes, meus ouvidos captaram palavras que soavam como “A Onee-sama está assistindo! Com o título de irmã de alma em jogo, não posso mostrar uma atuação desagradável!”. Parece que o nosso clube de kendo está com a moral em um nível diferente.

— … e-elas são todos juniores fofas, não são?

— Fofas, huh? Depois que olharam para você, Shizuku, elas olharam para mim e muitas estavam fazendo caras assustadoras que pareciam dizer: “Sentado ao lado da Onee-sama com uma cara presunçosa como se fosse natural. Seu maldito! EU VOU TE MATAAAAAAAAAR!”… Eu acho que esse não é um rosto que uma garota deveria mostrar. Olhe lá, aquela adversária da garota, ela está tremendo antes mesmo da partida começar.

— …

Onee-sama desviou o olhar.

Mas, seu olhar desviado de repente encontrou os olhos de outra pessoa. A final da competição individual começaria depois disso, mas a atleta adversária estava olhando para Shizuku. A pessoa já estava usando a máscara protetora, então não era como se seus olhos estivessem exatamente se encontrando, mas estava claro que a pessoa estava focando em Shizuku.

Isso mostrava o quão forte era a emoção que estava nesse olhar. Além disso, se fosse preciso dizer, não era uma emoção positiva como o olhar respeitoso e afetuoso das irmãs de alma, mas o oposto… uma emoção de negação.

“Aquela figura… e também aquela escola…”

O árbitro chamou as atletas e o olhar forte da adversária se afastou de Shizuku. Shizuku inclinou a cabeça e ponderou se ela tinha feito algo, mas não conseguia pensar em nada.

A partida começou enquanto ela estava perdida em pensamentos.

Nesse momento…

— OOOOOOOOOOOOH!!

O ginásio estremeceu. Era um rugido tão alto que faria você ter essa impressão. O grito alto de espírito de luta surgiu e eletrizou a pele. O público ficou em silêncio mortal.

Logo após isso, um som afiado de “paan!” surgiu.

Enquanto todos estavam atordoados, o árbitro voltou repentinamente ao seu bom senso com um “hah” e deu seu veredicto: — Men ari11. — Sim, em apenas um instante, a amiga de Shizuku que era, indiscutivelmente a melhor da classe, mesmo dentro da escola, teve um ponto retirado dela.

Ambos os lados imediatamente retornaram à sua posição original e, em seguida, a partida foi retomada. Um grito alto de espírito de luta surgiu mais uma vez.

Desta vez, a amiga de Shizuku mal bloqueou o golpe vertical do alto visando seu protetor de máscara. No entanto, aquele ataque devia possuir força e peso que não traíam sua aparência. A shinai bloqueando quase caiu das mãos que o seguravam.

Sem ignorar essa abertura, a atleta adversária começou a martelar com um movimento fluindo. A amiga de Shizuku também era de primeira classe, como esperado, ela continuou a se defender por muito pouco, mas a abertura que mostrou no início tornou-se um grande obstáculo que a deixou incapaz de parar os ataques consecutivos, ela não foi capaz de responder com nem mesmo um único contra-ataque.

— Eiei, aquela garota, é mesmo uma menina?

— E-ei. Isso é rude demais.

A adversária que estava encurralando a atleta de sua escola com uma pressão intensa fez com que Hajime dissesse isso por reflexo, o que foi repreendido por Shizuku em resposta, mesmo quando suas bochechas estavam se contraindo.

Na verdade, a voz gritando parecia profunda, e o volume podia até abalar o ginásio, era mesmo impensável que tal voz viesse de uma menina.

Além disso, a construção corporal da atleta adversária também estava fora do normal. A altura dela devia ser de mais de um metro e oitenta. Seu grande corpo, que podia ser visto claramente mesmo através do protetor, era como o de um judoca de peso pesado, as fibras musculares estavam projetando-se de ambas as mãos que seguravam a shinai.

Olhando objetivamente, aquele corpo era algo esplêndido que faria qualquer um se perguntar: “Aquilo é mesmo uma garota do ensino médio?”.

Enquanto Hajime estava piscando em surpresa e Shizuku estava consultando sua memória em relação a atleta adversária, a partida chegou ao fim.

Por fim, a atleta de sua escola não conseguiu suportar o ataque feroz, e no momento em que sua shinai se afastou, pashiiin!, um som marcante e claro soou junto com a shinai batendo no protetor da máscara.

Shizuku estava olhando preocupada para sua amiga, que ainda estava parada parecendo estupefata. Quando o árbitro incitou a garota, ela pareceu voltar aos seus sentidos e se curvou uma vez antes de retornar em silêncio para sua própria área. Ela tirou a máscara e cerrou os punhos com força em frustração com o rosto ainda olhando para baixo.

As integrantes do clube de kendo se reuniram em torno dela, uma após a outra, e conversaram com ela.

— Ela acabou com uma adversária ruim. Se a oponente estivesse apenas empurrando com força bruta, ele ainda seria capaz de se controlar de alguma forma, mas…

— Sim. De fato, a adversária… não é tão simples assim. Mas, por que ela está nessa qualificatória…

Parecia que Shizuku sabia algo sobre a atleta adversária.

— Nn? Parece que elas estão brigando ali. Está tudo bem?

— Eh?

Shizuku, que estava pensando em algo, voltou sua atenção para o local da partida com as palavras de Hajime, e sem dúvidas a atleta oponente agora parecia estar em algum tipo de discussão com as mulheres do clube de sua escola.

— … o que, ela é sua conhecida, assim como eu imaginei? Estou ouvindo o nome de Shizuku sendo mencionado.

— Como-como pensei, parece que ela tem algum tipo de assunto comigo.

O ouvido desumano de Hajime não era tão incrível quanto os ouvidos do clã dos coelhos, mas tinha um desempenho muito alto em sua capacidade de audição. Usando isso, ele podia ouvir que parecia que a adversária estava questionando as mulheres do clube sobre porque Shizuku não apareceu na competição.

As integrantes do clube pareciam muito nervosas com a atmosfera perigosa, mas quando viram a atleta adversária que ainda não havia tirado o protetor facial abaixou o tom de voz e perguntou se por acaso Shizuku estava gravemente ferida, elas se acalmaram um pouco e conseguiram responder de alguma forma.

Mas, apesar de agora elas conseguirem responder, não havia muito que pudessem dizer. Parecia que elas disseram a oponente que Shizuku simplesmente deixou o clube de kendo por motivos pessoais e não por causa de uma lesão ou algo assim.

Certamente, as integrantes do clube estavam pensando que essa pessoa era uma conhecida de Shizuku, que era uma regular na competição nacional, e ela estava preocupada porque Shizuku não participou da competição. Elas a disseram que Shizuku não estava ferida, então não havia necessidade de se preocupar, porém, a atleta adversária mostrou então uma reação inesperada.

Ela de repente tirou a máscara como se a rasgasse, e então seu olhar se voltou em direção a Shizuku com um brilho como se dissesse que a mataria. Não importava como você olhasse para isso, essa expressão era de raiva, como um vulcão à beira da erupção. Era também uma aparência com extrema intensidade.

Hajime inconscientemente se lembrou de um certo cara assombrando uma certa loja de roupas no outro mundo à medida em que ele se colocava em guarda.

Os traços quadrados, sobrancelhas grossas e olhos bestiais, nariz grande e queixo protuberante, era tudo impressionante.

Depois que a atleta adversária olhou feio para Shizuku, ela se moveu parecendo que estava indo em sua direção. As integrantes do clube feminino, que adivinharam isso, tentaram impedi-la, mas ela as empurrou de lado e se moveu para sair do local.

Sentindo o clima perigoso, até as companheiras da atleta adversária vieram para impedi-la, mas talvez ela já tivesse perdido toda a calma pois nem conseguia ouvir suas palavras. Ela estava avançando enquanto arrastava suas companheiras de equipe agarradas em seu corpo.

— … parece que ela não pode aceitar a não ser que eu vá lá. Vou me dirigir até lá.

— Tá legal. Só por precaução, ficarei por perto.

Hajime também levantou-se seguindo Shizuku, que se levantou de seu assento.

Não importava o quão anormalmente grande era o corpo daquela pessoa, era impossível para uma estudante do ensino médio no Japão dos dias de hoje fazer qualquer coisa contra Shizuku.

No entanto, o que poderia ferir uma pessoa não era apenas a violência. Olhando para o estado anormal da outra parte, ela poderia lançar “palavras” que poderiam machucar Shizuku.

Palavras eram magia. Dependendo da situação, poderia ser algo muito poderoso, mesmo em comparação com o nível mais alto da magia de outro mundo.

Do ponto de vista de um “repatriado”, eles já ouviram muitas palavras imprudentes até agora, se pudessem terminar esse negócio sem ouvir nada da outra parte, então seria o melhor.

Como Shizuku possuía um coração forte, ela poderia suportar muito mais do que a maioria das pessoas, mas por causa disso seu coração era fácil de ser ferido. Portanto, dependendo da situação, Hajime estava preparado para liberar a Pressão que faria a outra parte desmaiar enquanto espumava pela boca sem qualquer hesitação.

O rei demônio-sama era cada vez mais indulgente com seus parentes desde que voltou à terra.

— Err, eu realmente ficarei bem, entendeu? Portanto, não faça nada muito imprudente, tá?

— … vou considerar isso com otimismo.

As palavras extremamente pouco confiáveis do superprotetor Hajime fizeram cócegas em Shizuku e também a perturbaram.

Assim, quando ambos desceram ao primeiro andar e se aproximaram da entrada do local, a citada atleta adversária apareceu arrastando suas companheiras e amigas de Shizuku.

Até mesmo o tumulto ao redor dela, que estava tentando a parar, era apenas trivial. Com um olhar que causou uma alucinação como se Acala12 tivesse aparecido, a atleta adversária voltou o olhar feroz e captou o aparecimento de Shizuku.

Enquanto um tanto desesperada, gritos de: — Fujaaaa! Shizukuu, fujaaaaaaaa depressaaaaaaa! —, ou: — Onee-sama! Por favor, deixe este lugar comigo e vá em frente! — podiam ser ouvido das integrantes do clube de kendo, a oponente, que estava emitindo uma intensidade que lembrava até mesmo a de Asura13

— Yaegashiii! Você-você está se chamando de samurai dessa forma?!

Disse tal coisa com uma voz inesperadamente fofa que faria qualquer um se perguntar o que foi aquele grito de guerra no meio da partida.

De qualquer forma…

— Eu não sou um samurai.

Para a garota que com certeza estava na mesma série que ela, Shizuku respondeu com palavras de correção com uma cara séria e linguagem educada.


Nota do Autor (Ryo Shirakome)

O componente Shizuku era insuficiente, então eu o escrevi agora.

Quando isso acabar, estou pensando se devo escrever sobre o evento “Kouki está sendo invocado demais!”.

Quando vi a coluna de pensamentos ou as mensagens, inesperadamente muitos disseram que gostariam de lê-la, Shirakome que, quando lisonjeado, entra com indulgência nesses assuntos, como esperado, está com vontade de fazer isso.

Mas vejaaaam, estamos falando de Kouki. A ansiedade para saber se vou me divertir escrevendo está indo e vindo…

Mas, quando escrevo, há também a sensação de querer escrever de forma apropriada…

Se a escrita de “sendo invocado muitas vezes!” parecer que ficou desleixada, com certeza serei revivido se receber o grito “Shirakomeee, recomponha-se!” de todos vocês.

Por favor, cuidem de mim.


Notas

1 – Aikido, ou aiquidô, é uma arte marcial japonesa desenvolvida pelo mestre Morihei Ueshiba (1883-1969), aproximadamente entre os anos de 1930 e 1960, como um compêndio dos seus estudos marciais, filosofia e crenças religiosas. O aikido é, frequentemente, traduzido como “o caminho da unificação (com) da energia da vida”, ou “o caminho do espírito harmonioso”. O objetivo de Ueshiba era criar uma arte em que os seus praticantes pudessem defender-se a si próprios a partir do ataque adversário. O cerne desta arte marcial orbita em torno do uso pragmático da energia num combate, no controlo desse fluxo. Os praticantes desta arte respeitosamente chamam seu criador de O-Sensei (“Grande Mestre”), ou “fundador”.

2 – Jeet Kune Do (em chinês literalmente: “O modo de se interceptar o punho”), também Jeet Kun Do ou JKD, é um neo-sistema de arte marcial de combate, desenvolvido pelo artista marcial e ator, o mestre Bruce Lee. Recentemente, em 2004, a Fundação Bruce Lee decidiu usar o nome Jun Fan Jeet Kune Do para designar o estilo. O nome faz referência à arte ensinada por Bruce Lee, como pretendia quando ainda vivo ou seja, mais próxima da concepção original dele. “Jun Fan” é o nome em chinês de Lee, com a tradução literal sendo “O modo de Bruce Lee de se interceptar o punho.”

3 – O Ninjutsu, também conhecido pelo termo Ninpō, é uma arte marcial japonesa que surgiu a partir da necessidade do emprego de espiões (Ninja) durante o período medieval japonês (século VI). Consistia num conjunto de técnicas que capacitavam os agentes a agir em todas as situações num campo de batalha. O Ninjutsu remonta há mais de 900 anos, em um contexto histórico em que os Samurais, classe de guerreiros, dominavam o Japão. Eles controlavam a terra e seus moradores, numa espécie de feudalismo oriental. O lorde (chefe de um grupo de samurais) era o Daimyō, a única pessoa a quem os samurais deviam respeito e obediência. O Ninjutsu nasceu no Japão feudal, quando monges Tibetanos se espalharam por vários países na Ásia, um deles a China, onde os sacerdotes, no fim da dinastia Ming início da dinastia Chin (Manchu, por conta da invasão Manchu) dedicaram-se ao terrorismo, espionagem e resistência contra os Manchú para recuperarem suas terras. Durante a dinastia Chin os templos foram destruídos e os monges se refugiaram em outros países, um deles o Japão, onde a Arte Marcial que praticavam deu origem a várias outras artes, sendo uma delas o Ninjutsu. Monges residentes nas montanhas das regiões de Iga e Koga tiveram contatos com Ronins que lá constituíram família. Os que hoje conhecemos como Ninjas, seguiam um código de conduta diferente dos Samurais, o Ninpo Ikkan. Com o passar dos anos os ninjas passaram a trabalhar como mercenários e posteriormente o governo japonês passou a usa-los como espiões e assim foi até a 2ª Guerra Mundial.

4 – Naginata é uma arma de haste e uma das várias variedades de lâminas japonesas feitas tradicionalmente (nihonto). Naginatas foram originalmente usadas pela classe samurai do Japão feudal, bem como por ashigaru (soldados de infantaria) e sōhei (monges guerreiros). A naginata é a arma icônica da onna-bugeisha, um tipo de guerreira pertencente à nobreza japonesa. A Naginata para guerreiros e monges guerreiros era chamada ō-naginata. O tipo usado pelas mulheres era chamada de ko-naginata. Como a naginata com sua vara era mais pesada e mais lenta do que a espada japonesa, a lâmina da konaginata era menor do que a ō-naginata dos guerreiros, a fim de compensar a menor altura e força da parte superior do corpo de uma mulher em relação a um samurai de armadura.

5 – Kodachi, traduzindo literalmente “tachi pequeno e curto (espada), é uma das espadas tradicionalmente feitas e usadas pelas classes samurais no Japão Feudal e é uma intermediária entre a Wakizashi e a Katana. É usada principalmente para a defesa pois seu tamanho reduzido (59 cm) duplica sua velocidade em relação a espadas maiores, embora não proporcione um bom ataque. A Kodachi tem a dobra da lâmina levemente maior que a Wakizashi e um pouco mais leve, tem sem tamanho mais aproximado com a Wakizashi do que com a Katana. É frequente ser confundida com a Wakizashi.

6 – “Men” é o termo normalmente usado pelos praticantes de kendo em seus golpes.

7 – Konaki jiji é um monstro que pode mudar seu tamanho e seu peso. Ele assume a forma de um pequeno bebê com o rosto horrível de um velho, e se deita à beira da estrada, esperando por uma vítima. Quando um viajante passa e pega o bebê no colo, ele começa a chorar. À medida que ele chora, seu peso e tamanho vão aumentando gradativamente. Finalmente, seu enorme peso esmaga a vítima. Konaki jiji significa “velho que chora como um bebê”.

8 – Os japoneses dizem que se você ver uma barata, é melhor considerar que há trinta escondidas.

9 – Kenjutsu, em tradução literal: “Técnica da Espada”, é a arte marcial japonesa clássica do combate com espadas. Pode também ser chamada de heihō/hyōhō, entre outras denominações possíveis. Sendo constantemente confundida com Kendo, apesar de grandes diferenças. O treinamento de kenjutsu varia de acordo com o estilo em questão. Na maior parte dos estilos o treinamento se baseia em katas (formas pré-arranjadas). Em alguns estilos, a prática dos katas é complementada por treino de luta utilizando equipamentos de proteção. No treinamento de katas, normalmente, é utilizada uma espada de madeira semelhante a uma katana, chamada bokken ou bokuto. Cada estilo de kenjutsu costuma impor medidas específicas de comprimento, largura e curvatura para o seu bokuto.

10 – Shinai é uma espada de bambu, feita para se poder praticar artes marcais como Kendo e Kenjutsu, sem causar grandes lesões ao adversário. É feita com quatro segmentos de bambu unidos por uma tira de couro, para permitir flexibilidade e absorção do impacto do golpe.

11 – Men ari é um termo usado para se referir a um golpe bem-sucedido na cabeça.

12 – Acala, ou Acalanata, chamado de Fudou Myouou em japonês, o “Senhor Inabalável” (da Sabedoria), é uma deidade do budismo (vajrayana), sendo mais conhecido dos Cinco Reis da Sabedoria do Reino do Ventre. Acala é também o nome do oitavo dos dez passos ou degraus do caminho do bodhisattva. Acala é o destruidor da ilusão e o protetor do budismo. Sua imobilidade refere-se à habilidade de não ser movido pelas ilusões fenomênicas. Apesar de sua temível aparência, seu papel é o de ajudar todos os seres, mostrando-lhes os ensinamentos do Buda, levando-os a aprender o autocontrole. Ele é visto como uma deidade protetora, e que ajuda a atingir metas. Os templos que lhes são dedicados fazem rituais de fogo periódicos em sua homenagem. No Japão, o Fudo-myo é conhecido também como a deidade protetora das artes marciais, em especial do aikido e ninjutsu, representando o espírito calmo, livre da agressividade.

13 – No budismo, um asura é um semideus, de certa forma equivalente a um titã, do Kāmadhātu (mundo ou universo do desejo), com três cabeças com três faces em cada uma delas e quatro ou seis braços. Os asuras budistas derivam em grande medida dos malvados asuras do hinduísmo, mas estão associados a mitos distintivos que só se encontram em textos budistas. No contexto budista, o termo é por vezes traduzido como “titã” (sugerindo as guerras entre esses seres e os deuses gregos), “semideus” ou “antideus”.

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