(Myuu): “] Hic, sob, hic [”
O som de uma garotinha soluçando ressoou por perto do píer que ficou aos pedaços. Os espectadores e Soldados estavam se aglomerando lá, mas não havia nenhum clamor, e o local estava estranhamente quieto.
Era porque a garota da tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋, que caiu do céu, foi salva por seu suposto sequestrador, o garoto humano que pulou no céu para pegá-la, e havia um 〈Dragão Negro〉 com uma garota montada em suas costas no céu. Contudo, a maior das razões era a forma como o garoto repreendeu a garota da tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋. Bem, na realidade, foi a forma como a garotinha chamava o garoto que a repreendeu.
(Myuu): “] Soluça [, Papai, desculpe…”
(Hajime): “Me prometa que você não fará algo tão perigoso de novo, okay?”
(Myuu): “Un, Myuu promete”
(Hajime): “Okay, isso é bom. Venha cá”
(Myuu): “Papaaaaai!”
As figuras de Hajime, que estava sob um joelho enquanto repreendia a garotinha, e Myuu, que obedientemente refletiu enquanto era repreendida por ele, apesar de estar chorando e então pular no peito de Hajime quando foi perdoada… era tão natural quanto um pai com sua filha. Isso também foi demonstrado pela forma como Myuu o chamava repetidamente de “Papai”.
A situação onde a suposta garota da tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋ sequestrada “adorava” um garoto humano o bastante para tratá-lo como seu pai, e a forma como Hajime tratava Myuu como sua própria filha fez com que todos ficassem perplexos, sem entender o que estava acontecendo. Suas mentes estavam perguntando a mesma coisa. Que era, “Como as coisas chegaram a isto?”.
Hajime ergueu Myuu com seu braço e esfregou suas costas para acalmá-la, e, finalmente, as pessoas ao redor recobraram seus sentidos e começaram a causar uma enorme comoção.
Enquanto ele olhava de lado para as pessoas agitadas e perplexas, Hajime esfregou as costas de Myuu e alguém abraçou ele por trás… quando ele olhou por sobre seu ombro, lá estava Kaori, cuja cabeça estava em seu ombro, tremendo levemente.
(Kaori): “Estou feliz… estou mesmo feliiiiz, ] soluça, soluça [”
Desta vez, Kaori começou a chorar. Embora ela agisse com firmeza, por dentro, ela estava preocupada que Hajime pudesse estar morto. Ela acreditava na sobrevivência de Hajime, mas não havia como ela não se sentir preocupada com ele. Isso foi acentuado pela forma como ele desapareceu pela segunda vez em pouco tempo depois de eles finalmente se encontrarem de novo, resistir a isso seria impossível para ela.
(Hajime): “Eu sinto muito por fazer você se preocupar. Mas como você pode ver, eu estou cheio de vida aqui. Portanto, por favor, não chore… se Kaori chorar… eu vou ficar imensamente preocupado”
(Kaori): “Uh, ] soluça [, en-então, me deixe ficar assim só mais um pouco…”
Incomodado, Hajime acariciou a cabeça de Kaori, cujas mãos estavam envolvendo o braço dele. Contudo, talvez porque ela não pudesse parar de chorar, Kaori enterrou seu rosto mais e mais no ombro de Hajime. Ambas suas mãos estavam abraçando com força a barriga de Hajime por trás.
(Comandante): “Oi, você, explique o que vocês est-… gah!?”
(Tio): “Muh? Me desculpe”
A pessoa que tentou falar era o Comandante que estava pingando devido a ser atirado para dentro do mar como consequência do pulo de Hajime. Ele não leu o clima e tentou questionar Hajime. Entretanto, ele foi nocauteado por Tio (que desativou sua ‖Forma de Dragão‖ quando aterrissou), que estava correndo na direção de Hajime, assim, o homem caiu mais uma vez dentro do mar.
Sem se importar com o homem, Tio foi para o lado de Hajime, segurou a cabeça dele e a pressionou contra seus peitos.
(Hajime): “Mas que… !?!?!? Oi, Tio”
(Tio): “Esta acreditou, tu sabes? Esta acreditou… mesmo assim, Mestre… muito tempo se passou até esta reunião”
Quando Hajime silenciosamente olhou para o rosto de Tio do decote dela, sua expressão era a de alguém confirmando a segurança de sua pessoa importante em seus braços, com lágrimas se acumulando nos cantos de seus olhos. Desta vez, Hajime sentiu que não havia o que fazer e deixou ela fazer o que queria porque ele a confiou com algo excessivo.
Enquanto isso acontecia, Myuu disse, “Myuu vai abraçar o Papai tambéééém”, e ela se agarrou na nuca de Hajime. Shia, que estava ao lado de Yue, que estava ao lado de Hajime, começou a abraçar o braço livre dele.
Os olhares ao redor não poderiam alcançar Hajime, pois seu corpo inteiro estava coberto por uma linda garotinha, lindas garotas e uma linda mulher. Os olhares ao redor gradualmente mudaram de perplexidade para olhares que estavam vendo uma cena calorosa. Até o agitado grupo de vigilantes e os Soldados abaixaram suas armas, aturdidos.
(Comandante): “Vocês aí… não apenas uma vez, mas duas… eu vou prendê-los por obstruírem o trabalho dos Soldados do |Reino|”
Mais uma vez rastejando para o píer, o Comandante estava furiosamente encarando o grupo de Hajime. Com a arma em mãos, ele parecia estar pronto para atacar a qualquer momento. Embora Hajime não pudesse ser reconhecido como o sequestrador pela forma como a sequestrada Myuu estava anormalmente ligada a ele, havia muitas variáveis desconhecidas sobre o rapaz, então, logicamente, o homem queria o questionar.
Desde o início, Hajime queria explicar que ele foi confiado pelo Diretor da Filial da ⟦Guilda⟧ de |Fhuren|, Ilwa, para escoltar Myuu. Contudo, ele estava com problemas, já que não tinha nada para provar isso, mas agora, ele tinha o item em mãos.
Com a [Caixa do Tesouro] devolvida por Tio, Hajime pegou sua [Placa de Status] e o formulário do pedido de Ilwa, então ele os apresentou ao Comandante.
(Comandante): “… deixe-me ver… um Rank ⟦Ouro⟧!? Além disso, um pedido direto do Diretor da Filial de |Fhuren|!?”
Além do formulário do pedido, também havia a carta de Ilwa, onde os detalhes estavam escritos. Ela estava endereçada ao prefeito de |Elisen| e o alto escalão dos Soldados que residiam nesta cidade, ou seja, o homem diante do grupo. Depois de ler a carta atentamente, o Comandante suspirou profundamente e depois de hesitar um pouco, ele desistiu enquanto encolhia seus ombros e então fez uma continência.
(Comandante): “… o pedido está completo. Nagumo-dono”
(Hajime): “É bom que todas as dúvidas tenham sido esclarecidas. Você deve ter coisas que quer perguntar, mas nós estamos com pressa. Assim, eu não quero que você pergunte nada porque… eu quero deixar esta criança se encontrar com sua mãe agora mesmo. Está tudo bem, não está?”
(Comandante): “É claro que sim. Contudo, como um Soldados do |Reino|… eu não posso ignorar o 〈Dragão〉, você pulando e a coisa em forma de navio de antes”
Radicalmente mudando da maneira opressora de antes, a atitude do Comandante se tornou uma em que ele tratava Hajime com respeito. Ainda assim, ele apelou com seu olhar forte para Hajime, dizendo que era impossível para ele ignorar esses assuntos.
(Hajime): “Sobre isso, podemos apenas conversar em outro momento? Afinal, eu vou ficar em |Elisen| por um tempo. Eu também acho que não há motivos para relatar isso para o |Reino| porque eles provavelmente já sabem sobre isso…”
(Comandante): “Mm, entendo. De qualquer modo, está tudo bem, contanto que possamos ter uma chance para conversarmos. Agora, por favor, devolva essa garota para sua mãe… ela sabe da condição da mãe?”
(Hajime): “Não, ela não sabe. Mas está tudo bem. Afinal, nós temos o melhor medicamento e ⌈Curandeira⌋ aqui”
(Comandante): “Entendo. Então, deixe-me questioná-lo assim que tudo se resolver”
Mais tarde, o Comandante se apresentou como Saluz, então ele partiu para controlar a multidão ao dispersar os espectadores. Uma pessoa zelosa.
As pessoas que conheciam Myuu pareciam querer chamá-la, mas Hajime usou seu olhar para detê-los porque muito tempo se passaria até ela retornar para sua mãe se eles fizessem isso.
(Myuu): “Papai, Papai. Estamos voltando para casa. Mamãe está esperando! Myuu quer ver a Mamãe”
(Hajime): “É claro… então vamos nos apressar e encontrá-la”
Puxando a mão de Hajime, Myuu o apressou com, “Depressa, depressa!”. Fazia cerca de dois meses desde a última vez que ela voltou para sua casa e sua mãe. Assim, não havia como evitar esse sentimento. Apesar de ela normalmente rir enquanto estava aos cuidados do grupo de Hajime pelo caminho, à noite, quando a hora de dormir chegava, ela queria ser mimada porque ela realmente sentia falta de sua mãe.
No caminho para a casa de Myuu, com a garota como guia, Kaori se aproximou dele e perguntou com uma voz baixa e desconfortável.
(Kaori): “Hajime-kun. Sobre o que o Soldado de antes disse…”
(Hajime): “Bem, não parece haver nenhum risco de vida. O ferimento dela simplesmente é bastante severo, e ele também tem um efeito fisiológico… bom, não há motivos para se preocupar sobre a última parte com Myuu aqui. Portanto, por favor, verifique o ferimento dela”
(Kaori): “Un. Conte comigo”
Enquanto tinham esse tipo de conversa, eles escutaram uma comoção na estrada adiante. Era a voz de uma jovem mulher e as vozes de vários homens e mulheres.
(??? A): “Remia, se acalme! É impossível com a condição de suas pernas!”
(??? B): “Isso mesmo Remia-chan. Myuu-chan certamente irá voltar!”
(Remia): “Eu não quero! Vocês não disseram que Myuu voltou!? Então, eu tenho que ir vê-la! Eu preciso recebê-la!”
Aparentemente, a mulher tentou sair da casa e foi impedida por vários homens e mulheres. Era provavelmente porque um conhecido contou a mãe de Myuu sobre o retorno de sua filha.
Com o estrondo da voz desesperada da mulher chamada Remia, o rosto de Myuu floresceu e brilhou. Então, o mais alto que podia, ela chamou a mulher na metade de seus vinte anos, que caiu na porta de entrada, enquanto corria.
(Myuu): “Mamãããããããe!!”
(Remia): “!?!?!? Myuu!? Myuu!”
Correndo com todas as suas forças e com uma expressão completamente feliz, Myuu pulou no peito da mulher, sua mãe, Remia, que tentava firmar suas pernas diante da porta da frente.
Ver as figuras de uma mãe cuidadosamente abraçando com força sua filha, expressando que ela não queria se separar de novo de sua menina, fez com que as pessoas ao redor olhassem para a cena calorosamente.
Por muitas, muitas vezes, Remia repetiu, “Eu sinto muito”, para Myuu. Era porque ela perdeu Myuu de vista ou por sua incapacidade de ir procurar por ela, ou talvez por ambos.
Lágrimas rolaram por Remia se sentir aliviada pela segurança de sua filha e também pela dor de ser incapaz de protegê-la. Olhando para Remia com olhos ansiosos, Myuu gentilmente acariciou a cabeça de sua mãe.
(Myuu): “Está tudo bem. Mamãe, Myuu está aqui. Então não há com o que se preocupar”
(Remia): “Myuu…”
Ela nunca imaginou que seria confortada por sua filha de quatro anos de idade, então os olhos marejados de Remia inconscientemente se arregalaram e ela observou Myuu.
Myuu também estava olhando diretamente para Remia e havia de fato preocupação com Remia dentro dos olhos da garota. Myuu era a filhinha da mamãe e não poderia suportar ficar sozinha antes de ser sequestrada, e apesar de ela também ter passado por momentos difíceis, ela estava mais desolada com sua mãe do que com sua própria situação nesta reunião.
Surpresa com isso, Remia estava inconscientemente observando Myuu com seriedade, o que fez a garota sorrir, e desta vez, foi ela quem abraçou a mulher com força. Remia não estava tão ferida física e mentalmente, mas ela estava sofrendo com noites sem dormir, se preocupando excessivamente com Myuu, mas parecia que sua filha tinha retornado muito mais madura do que antes.
Este fato fez Remia involuntariamente mostrar um sorriso sem graça. Com seus ombros relaxados e suas lágrimas parando, Remia estava olhando para sua filha com olhos repletos de amor.
Myuu e Remia mais uma vez se abraçaram, mas, subitamente, a garota soltou um grito.
(Myuu): “Mamãe! Suas pernas! O que aconteceu!? Você está machucada!? Está doendo!?”
Aparentemente, Myuu notou o estado das pernas de Remia por sobre o ombro da mulher. Ambos os pés espreitando da saia longa da mulher estavam completamente enfaixados, eles estavam em um estado horrível.
Era sobre isso que Saluz estava falando, e era isso o que o grupo de Hajime ouviu do jovem homem no caminho para |Elisen|. O que deixou a tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋ agitada não foi apenas o fato de Myuu ser sequestrada, mas também a forma como sua mãe foi seriamente ferida e ficou impossibilitada de andar.
Embora Myuu dissesse que ela foi sequestrada quando se separou de Remia, a tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋ não seria capaz de dizer que houve um sequestro a menos que houvesse uma testemunha. Eles foram capazes de declarar isso porque parecia que Remia tinha se encontrado com os sequestradores.
Remia descobriu um grupo de homens suspeitos apagando suas pegadas na areia próxima da costa quando ela estava procurando por Myuu quando ela se separou da garota. Apesar de sentir um presságio ruim, ela se aproximou dos homens para perguntar se eles sabiam de sua filha… os rostos dos homens expressaram, “Oh, merda”, e eles começaram encantamentos de repente.
Convencida que os homens tinham culpa no desaparecimento de Myuu, Remia tentou fazer algo para recuperar Myuu, correndo enquanto seguia as pegadas.
Contudo, um dos homens reagiu ao disparar projéteis de fogo. Felizmente, ela evitou um golpe na metade superior de seu corpo, mas suas pernas foram atingidas, então ela foi lançada dentro do mar com o impacto. Remia perdeu sua consciência tanto pela dor quanto pelo impacto. Quando ela acordou, ela estava sendo ajudada pelas pessoas do grupo de vigilantes, que foram a procurar porque ela ainda não tinha voltado.
Sua vida foi salva, mas conforme o tempo passou, Remia ainda não podia sentir suas pernas, assim, ela ficou incapaz de caminhar ou nadar. Naturalmente, Remia tentou procurar por sua filha, mas ela não poderia devido a suas pernas. No fim, ela não pôde fazer nada além de contar com o grupo de vigilantes e o |Reino|.
Remia estava em um estado onde não poderia nem mesmo ficar de pé.
Remia sorriu para tentar fazer com que sua filha não se preocupasse mais do que isso, então ela tentou dizer a Myuu, “Está tudo bem”. Entretanto, mais rápida do que ela, Myuu pediu ajuda a seu “Papai”, a pessoa em que ela mais confiava neste mundo.
(Myuu): “Papaaaai! Por favor, ajude a Mamãe! As pernas da Mamãe estão machucadas!”
(Remia): “Eh!? M-Myuu? Agora mesmo…”
(Myuu): “Papai! Depressaaaa!”
(Remia): “Ara? Arara? Você disse Papai? Myuu, quem é este Papai?”
Confusa, muitas interrogações flutuaram acima da cabeça de Remia. As pessoas ao redor também estavam confusas. Muitas frases absurdas estavam aparecendo aqui e ali, como:
(??? C): “Remia… se casou de novo? Sem… SEM CHANCES”
(??? D): “Finalmente, a primavera de Remia-chan chegou mais uma vez! Parabéns!”
(??? E): “É mentira, não é? Alguém, por favor, me diga que isso é mentira… minha Remia-san…”
(??? F): “Papai… Myuu disse Papai!? Esse não sou eu!?”
(??? G): “Eu tenho certeza que é alguém com um nome artístico como Ku***ngpapa, yup, deve ser isso”
(??? H): “Oi, hora de uma reunião de emergência! Todos os membros do grupo ‘Observando Remia-san e Myuu-chan afetuosamente’, se reúnam agora! Uma tempestade se aproxima!”
Aparentemente, Remia e Myuu, esta mãe e filha, eram populares no local. Remia ainda era jovem, na metade de seus vinte anos. Apesar de ela estar consideravelmente magra no momento, ela tinha uma bela aparência, parecida com a de Myuu. Era fácil imaginar quanta atenção sua beleza atrairia assim que ela se recuperasse, então era fácil de entender que ela fosse tão popular.
Com a comoção que continuava a crescer, a expressão de Hajime dizia, “Eu não quero ir até lá agora”. Embora ele pensasse que essas pessoas fossem entender assim que ele explicasse os detalhes sobre como Myuu veio a chamá-lo de Papai, ele era apenas um “substituto (apesar de internamente os envolvidos não pensarem assim)” do Papai dela, e ele não estava interessado em se casar com Remia, mas o atual mal-entendido estava crescendo em um ritmo incontrolável.
No entanto, Hajime pensou que isso era uma bênção. Afinal, Hajime e seu grupo não seriam capazes de continuar sua jornada a menos que eles deixassem Myuu com sua mãe. Seria uma despedida assim que o grupo conquistasse as |Ruínas Submersas de Melusine|. Hajime pensou que Myuu se aproximou de seu grupo porque ela estava longe de sua casa e foi separada à força de sua mãe, assim, quando ela voltasse para sua mãe, seu desejo de ficar ao lado do grupo iria certamente se enfraquecer conforme o tempo passasse, embora ela pudesse ficar triste no início. As pessoas ao redor estavam muito preocupadas com Remia e sua filha, então elas certamente iriam ajudá-las.
(Myuu): “Papaaaai! Depressa! Por favor, ajude a Mamãe!”
O olhar de Myuu estava firmemente mirado para onde Hajime estava, assim, Remia e os outros notaram o garoto assim que eles seguiram o olhar de Myuu. Hajime desistiu e caminhou para onde mãe e filha estavam.
(Myuu): “Papai, Mamãe está…”
(Hajime): “Está tudo bem Myuu… eu com certeza vou curá-la. Então por favor, não fique com esse olhar triste”
(Myuu): “Okay…”
Hajime esfregou o cabelo de Myuu, que estava o olhando com uma expressão chorosa, então ele moveu seu olhar para Remia. A mulher estava observando Hajime, perplexa. Enquanto pensava que não havia como evitar que ela ficasse assim, o garoto decidiu carregá-la para dentro da casa para curá-la, já que sua aparição fez o tumulto ficar ainda maior.
(Hajime): “Eu sinto muito, mas, me dê licença por um momento, tudo bem?”
(Remia): “Eh!?!?!? Arara?”
Hajime ergueu Remia como se ela fosse uma princesa enquanto parecia que não estava sentindo nenhum peso dela. Assim, ele carregou a mulher para dentro da casa guiado por Myuu. Com Hajime carregando a mulher, gritos e rugidos surgiram atrás deles, o que ele decidiu ignorar. A própria Remia só poderia piscar ao ser subitamente levantada e carregada pelo rapaz.
Entrando na casa, ele encontrou um sofá na sala de estar, então Hajime lentamente colocou Remia lá. Em seguida, enquanto observava a mulher piscando sentada no sofá diante dele, Hajime chamou Kaori.
(Hajime): “Kaori, como ela está?”
(Kaori): “Deixe-me olhá-la… Remia-san, eu vou tocar seu pé. Por favor, diga se isso doer”
(Remia): “Si-sim? Umm, o que há com esta situação?”
Quando ela pensou que sua filha sequestrada tinha subitamente retornado, um homem cuja sua filha adorava e chamava de Papai apareceu. Além disso, lindas garotas desconhecidas e uma bela mulher se reuniram na casa dela. Tal situação fez as sobrancelhas de Remia se apertarem, preocupada.
Enquanto isso acontecia, o exame de Kaori terminou e ela disse a Remia que os nervos danificados de suas pernas poderiam ser curados com sua ‖Magia de Cura‖.
(Kaori): “Contudo, isso vai levar algum tempo. Os nervos danificados estão em locais delicados, então eu vou precisar de cerca de três dias para garantir que não haja nenhum efeito colateral. Aliás, eu acho que será melhor que eles sejam curados pouco a pouco. Apesar de isso ser inconveniente, por favor, aguente firme até lá, porque eu certamente vou curá-la”
(Remia): “Ara ara, maa maa. Eu pensei que não seria mais capaz de andar… como eu posso recompensá-la…”
(Kaori): “Fufu, não se preocupe com isso. Afinal, você é a mãe de Myuu-chan”
(Remia): “Umm, pensando nisso, qual é a relação de todos vocês com Myuu… além disso, umm… por que Myuu chama aquela pessoa de ‘Papai’…”
Enquanto Kaori imediatamente começava a tratar as pernas de Remia, o grupo de Hajime decidiu explicar a ela os detalhes dos acontecimentos. Sobre como eles encontraram Myuu em |Fhuren|, o tumulto, e a forma como Hajime passou a ser chamado de Papai. Escutando tudo enquanto era tratada por Kaori, Remia curvou sua cabeça profundamente, então ela os agradeceu repetidas vezes com lágrimas nos olhos.
(Remia): “Realmente, como eu posso retribuir vocês por isto… é graças a vocês que eu fui capaz de me reunir com minha filha. Eu certamente irei retribuir a gentileza de vocês, mesmo que seja com minha vida. Contanto que seja algo que eu possa fazer, independentemente do que for…”
Apesar do grupo de Hajime a dizer que não se incomodavam, Remia não poderia aceitar não recompensar os benfeitores de sua filha. Nesse meio tempo, o tratamento de Kaori terminou. Quando eles disseram a Remia que eles estavam procurando por uma estalagem, ela disse que isso era um presente divino e os pediu para apenas usarem a casa dela.
(Remia): “Por favor, ao menos me permitam fazer isto. Felizmente, esta casa é grande, então há espaço para todos. Por favor, não se contenham e usem esta casa enquanto vocês estiverem em |Elisen|. Além disso, Myuu ficará feliz com isto. Não é, Myuu? Você está feliz por Hajime-san e as outras ficarem em nossa casa, não está?”
(Myuu): “??? Papai está indo para algum lugar?”
Escutando as palavras de Remia, Myuu, que estava descansando sua cabeça no colo de Remia, acordou, piscando, ela estava aturdida. Aparentemente, ela parecia pensar que era algo natural que Hajime ficasse em sua casa. A expressão dela dizia que ela não entendia por que Remia fez essa pergunta.
(Hajime): “Eu pensei em colocar um pouco de distância assim que ela voltasse para sua própria mãe…”
(Remia): “Ara ara, ufufu. Não é bom que o Papai se distancie de sua filha, sabia?”
(Hajime): “Não, eu não expliquei antes? Nós somos…”
(Remia): “Eu sei que vocês vão continuar a sua viagem cedo ou tarde. Contudo, por esse motivo, por favor, continue sendo o ‘Papai’ dela até que esse dia chegue. Se você se afastar agora, então isso se tornará um súbito adeus… não é?”
(Hajime): “… bem, se você está dizendo isso…”
(Remia): “Ufufu, também está tudo bem para você sempre ser o ‘Papai’ dela, sabia? Afinal, eu disse ‘com minha vida’ antes…”
Dizendo isso, “Ufufu ♡”, Remia riu com uma mão em sua bochecha levemente corada. Um sorriso tão tranquilizador e lindo normalmente iria acalmar qualquer um… mas uma nevasca se formou ao redor de Hajime.
(Hajime): “Por favor, não brinque com isso… a atmosfera congelou agora…”
(Remia): “Ara ara, que popular. Entretanto, já faz quase cinco anos desde que eu perdi meu marido… Myuu também quer um papai, não quer?”
(Myuu): “Fue? O Papai não é um papai?”
(Remia): “Ufufu, ela disse isso, então Papai?”
A nevasca ficou muito mais intensa. Embora ele não soubesse se Remia realmente notou a fria atmosfera, sua aura calma fez com que suas palavras não fosse tomadas nem como piada nem como algo sério. “Você tem bastante coragem!”, era o que os olhares de Yue e as garotas diziam, o que foi facilmente repelido por Remia com um sorriso acompanhado de, “Ara ara, ufufu”. Ela poderia ser inesperadamente uma grande pessoa.
No fim, o grupo decidiu ficar na casa de Remia. Na hora de atribuir os quartos, Remia disse, “O marido e a esposa não deveriam ficar juntos?”, o que foi respondido com o silêncio de Yue e as garotas. Então, Myuu disse, “Myuu vai dormir com Papai e Mamãe”, o que deixou o local em caos, mas, pelo menos, as coisas se acalmaram por ora.
O grupo estava indo conquistar o próximo |Grande Calabouço| a partir de amanhã, então eles precisavam reabastecer e reparar os itens quebrados e perdidos enquanto também era necessário que eles treinassem a recém adquirida ‖Magia da Era dos Deuses‖. Contudo, enquanto pensava que ele não poderia negligenciar seu pouco tempo restante com Myuu, Hajime adormeceu na cama.
Três dias depois.
A estranhamente curta distância entre Remia e Hajime fez com que os olhares ensanguentados pela inveja dos homens da tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋ apunhalassem o garoto. As tias da vizinhança também estavam fofocando sobre Hajime e Remia. Além disso, as abordagens de Yue e as garotas ficaram ainda mais intensas por elas estarem de mal humor. Yue, à noite, também ficou mais amorosa. Mesmo assim, Hajime completou as preparações do grupo para começar a procurar pelas |Ruínas Submersas de Melusine|.
Quando chegou a hora de eles partirem, Myuu estava com uma expressão realmente solitária. Ela puxou com força o cabelo de Hajime, mas ele conseguiu se separar dela no píer e embarcou no Submarino consertado. Acenando com as mãos, Myuu gritou com firmeza, “Papai, tenha uma viagem segura!”. Em seguida, com um ar que não poderia ser considerado brincalhão nem sério, Remia acenou com sua mão e disse, “Tenha uma viagem segura, Q-U-E-R-I-D-O ♡”.
De longe, elas poderiam ser vistas como esposa e filha se despedindo do marido indo trabalhar. Olhares furiosos surgiram de Yue e as garotas atrás dele e da tribo dos ⌊Habitantes do Mar⌋ ao seu redor. Isso fez com que Hajime ficasse um pouco hesitante sobre voltar para esse lugar após conquistar o próximo |Calabouço|.