Chrysalis – Capítulo 1082

Os Mestres das Lâminas do Povo são conhecidos por sua habilidade extraordinária com suas armas de escolha. Sua reputação é tal que supera até mesmo as Espadas de Pedra golgari, cujas técnicas foram forjadas na Masmorra durante a Ruptura.

Seus métodos extraordinários são observados com certa apreensão, pois a tensão entre a Velha e a Nova raça é tamanha que nenhuma pode se sentir confortável com as conquistas da outra. Não sendo monstros, embora originários da Masmorra, o Povo sempre é mantido em alguma suspeita onde quer que vão.

A natureza exata de seu domínio, e como eles o alcançaram, permanece um segredo bem guardado entre seus enclaves. Que combinação de classes e habilidades é necessária para produzir esses temíveis guerreiros? Ou existe alguma propriedade inata de seu povo que possibilita alcançar esses feitos? Há muitos que sacrificariam muito para saber, embora, até onde sabemos, nenhum tenha conseguido replicá-lo.

Vários fora do Povo afirmaram ter alcançado o status de Mestres das Lâminas, mas rapidamente se viram desafiados pela coisa real. Como os Mestres das Lâminas só lutavam em duelos até a morte, esses falsos positivos secaram rapidamente.

– Trecho de ‘The Reclusive Masters: Warriors of the Folk’ por Xinci

Titus respirou fundo, hesitou e soltou o ar em um longo suspiro.

Minerva percebeu seu humor em um instante.

“Você amoleceu, marido,” ela sorriu, “eu me lembro quando o cheiro de mana no ar era suficiente para fazer o fogo queimar em seus olhos. O que mudou?”

O comandante virou-se para a ex-Cônsul, quase exasperado com o quão pouco ela havia mudado ao longo dos anos.

“Eu pensei que a responsabilidade de liderar toda a Legião teria moderado sua própria fome de batalha, meu amor. Eu posso ver agora que não foi o caso.”

Minerva jogou a cabeça para trás e riu.

“Você não pode estar falando sério, se você realmente esperava que isso acontecesse, mesmo por um único segundo, então você não me conhece tão bem quanto deveria. Venho reprimindo minha raiva há mais de uma década e agora posso finalmente liberá-la!”

Uma lenda viva, o desastre ambulante, ela nunca seria mantida longe da luta por muito tempo. Foi exatamente por isso que Titus sentiu aquela leve melancolia.

“Tem sido bom, não é?” Ele perguntou.

Sua esposa se levantou de onde ela estava do outro lado do casulo e se aproximou para envolver seus braços ao redor dele.

“Tem sido maravilhoso, ela cresceu muito bem, Titus. Você fez um trabalho incrível.”

“Nada disso foi pelo que fiz,” o comandante bufou, “ela praticamente se levantou sozinha depois que você saiu. Fugiu o mais rápido que pôde.”

“Você a trouxe de volta.”

“Sim. Eu fiz.”

“Isso é tudo que importa.”

Ela o apertou com força, com força suficiente para que ele pensasse ter ouvido uma costela estalar antes que ela o soltasse.

“Venha então, seu grande molenga, vamos contar a ela.”

Titus assentiu.

“Vamos.”

Eles deixaram seu casulo, abrindo a antepara, esperando o filtro varrê-los e, em seguida, entrando no corredor da área residencial em que ficaram. Os recursos eram escassos em qualquer base da Legião dentro do quinto, e era na maioria devido à Minerva que eles tinha sido capazes de ficar aqui.

Navegando pelos corredores estreitos, os dois suportaram o olhar pasmo dos legionários destacados para treinamento e de alguns dos instrutores. Isso não incomodava muito a dupla, eles estavam acostumados com a atenção.

Eventualmente, eles caminharam até a porta de sua filha e bateram com força. Mesmo através do metal reforçado e encantado, eles a ouviram se esforçando para se arrumar e os dois sorriram.

Então Titus franziu a testa.

Ocorreu-lhe que poderia haver um homem ali. Talvez aquele som fosse Morrelia tentando enfiar algum idiota no armário ou debaixo da cama. Não importava, ele decidiu, independentemente de onde estivesse, ele morreria.

“Relaxe, sim?” Minerva sussurrou. “Parece que você vai cometer um assassinato, não há mais ninguém lá dentro.”

“Você tem certeza?”

Ela lançou um olhar ofendido e ele assentiu, ela tinha as Habilidades para sentir um rato, quanto mais outra pessoa. Após mais um minuto, a porta foi aberta para revelar uma Morrelia de aparência atormentada, com seu cabelo escuro sendo uma bagunça emaranhada voando em todas as direções.

“Mãe, pai?” Ela disse. “Qual é o problema?”

“A onda está vindo,” Minerva disse enquanto se aproximava e envolvia sua filha em um abraço. “Seu pai e eu não podemos esperar mais, precisamos ser implantados. Chega de preguiçar para nós.”

“Uma onda? Já?” Morrelia ficou atordoada. “Isso não é ainda mais rápido do que antes?”

“Sim,” Titus confirmou, com seu rosto sombrio. “Elas estão ficando maiores e mais próximas, a menos que algo mude, podemos ver uma repetição da Ruptura em breve.”

Ele estendeu a mão e a colocou em seu ombro enquanto olhava em seus olhos.

“Certifique-se de cuidar de si, vai ser perigoso aqui. O quinto durante uma onda é… difícil.”

Menos interessada em pensar em si, Morrelia voltou-se para a mãe.

“Mas e vocês dois? Aonde vocês estão indo? Onde vocês estarão?”

“Ah! Não se preocupe conosco, fui matriculada de volta na minha antiga unidade. Quarto Pretoriano, vestirei a armadura antes de você, filha. Azar.”

“Voltarei com minha Legião,” disse Titus. “Seremos implantados no terceiro, sob Lirian. Há alguns recursos lá para cuidar, e acho que o chefe quer tentar entrar em contato com os sobreviventes do incidente de Garralosh.”

Os olhos de Morrelia se arregalaram.

“Isso significa que você vai lutar contra as formigas de novo?”

Titus balançou a cabeça.

“Infelizmente, não, apenas coleta de informações. Pelos relatórios que temos, as formigas ficaram fortes demais para uma única Legião lidar.”

Minerva fez um tsk e balançou a cabeça um pouco.

“Você não vai voltar para a sua Legião,” ela disse.

Titus piscou.

“Como é?” Ele rugiu.

Ela sorriu para ele.

“Você vem comigo!” Ela anunciou. “Hora de voltar às grandes ligas, meu marido. Não se esqueça de trazer seu machado!”