Apesar de parecer durão, eu estava tremendo dentro da minha carapaça enquanto esperava para ver se a aranha iria me perseguir dentro do túnel.
Eu recuei até onde o caminho se dividia, planejando que se o pior acontecesse, eu poderia me esconder perto dos lobos lagartos e fazê-los atacar a aranha, enquanto eu tentava escapar.
Felizmente, essa aranha pareceu ser tão cautelosa quanto eu!
E porque não? Tudo o que ela precisava fazer era sentar-se em sua teia e esperar que uma presa se entregasse a ela ao ficando presa e incapaz de lutar! Biomassa praticamente grátis! Na verdade, ser uma aranha era o modo fácil de viver na Masmorra!
Meu ressentimento com essa atiradora de teia só aumentava. Pensando em todas as dificuldades que passei enquanto essa idiota estava sentada coletando XP grátis. Minha raiva estava alcançando os próprios céus!
Para aplacar minha fúria, a aranha tinha que morrer!
É claro que só considerei esse curso de ação porque analisei as probabilidades e conclui que podia ganhar. Existem algumas razões para isso: em primeiro lugar, o túnel é excepcionalmente brilhante, então localizar a aranha e sua teia não era tão difícil quanto síria quando cheguei na Masmorra, em segundo lugar, a aranha parecia ser pequena e por mais fraco que eu fosse, se eu pudesse remover a vantagem natural que ela tinha com suas teias, eu podia vencer.
A única questão era: como posso garantir que não lutaria contra ela em sua teia? A primeira fase já estava concluída. Com meus dois ataques com ácido, pude presumir que a aranha perdeu pelo menos cinco pontos de HP. A menos que ela pudesse garantir comida para recuperar sua força, continuaria a tentar atraí-la para onde eu pudesse atacá-la à distância.
Simples.
O ponto fraco do meu plano era que eu precisava emboscar a aranha várias vezes para sair vitorioso, no entanto, se a aranha pudesse me emboscar somente uma vez com suas presas venenosas… As luzes se apagariam para mim.
Antenas, para a frente! Olhos abertos! Cérebro, focado no fio da navalha! Não podia haver nenhum erro! Movendo-me dessa forma, avancei em direção à teia mais uma vez, inspecionando cada pedra em busca de aracnídeos escondidos.
Nenhum sinal dela, provavelmente aquela coisa horrível estava lambendo suas feridas na segurança de sua teia, isso se ela tivesse uma língua.
Como não conseguia ver direito, fiz como antes: tentei atrair o demônio ao perturbar sua teia. Segui os mesmos passos: preparei algumas pedras bem escolhidas e as alinhei antes de jogá-las uma a uma na teia. Usei quatro pedras desta vez, tentando criar uma perturbação maior para convencer a criatura de que uma presa suculenta se enredou.
Me escondi em uma posição estratégica e esperei.
E eu esperei.
E esperei.
Meia hora se passaram sem nem mesmo uma perna cabeluda. ‘Não vai sair hein? Cagona, não é?! Muito covarde para lutar cara a cara?!’
Isso me parecia bom.
Contudo, primeiro precisava ter certeza.
Mais uma vez, preparei algumas pedras, alinhei-as e joguei-as na teia usando minhas mandíbulas. Desta vez joguei sete pedras, o que fez a teia tremer e balançar sob meu ataque.
Mais uma vez recuei para observar. ‘Venha para mim, aranha!’
Nada. O túnel estava completamente silencioso, nem mesmo um sussurro.
Durante minha primeira caçada aprendi que paciência é tudo para um monstro. A morte espreitava em cada esquina. Se esta aranha queria jogar um jogo de paciência comigo, eu jogaria. Esperei uma hora antes de fazer minha jogada.
A aranha estava mais ferida do que eu pensava ou era muito cautelosa para se aproximar deste lado do ninho depois de tomar um banho de ácido.
Decidi passar para a fase dois do meu plano. Usando minhas antenas, encontrei uma área da parede mais macia e solta, e, usando minhas confiáveis mãos, também conhecidas como mandíbulas, comecei a movê-la para perto da teia.
Assim que tinha material o suficiente, comecei a jogá-lo na teia, fazendo-a flutuar e tremer mais uma vez. Ao contrário das pedras mais pesadas que eu estava usando, esse material não fazia a teia tremer, mas faz algo que as rochas mais pesadas não conseguiam.
Grudava.
Shua, shua, shua.
Joguei pedras finas na teia repetidamente. Parte delas batiam e caiam, e outra parte atingia os fios e permaneciam no ar.
Não precisava cobrir toda a teia, apenas o suficiente para conseguir passar sem ficar preso. Então, seria capaz de me infiltrar no santuário da minha inimiga.
Levando em conta que a aranha podia ser atraída por minha constante interferência em sua teia, decidi recuar um pouco e me esconder quando estava no meio do caminho.
Trinta minutos depois voltei ao trabalho.
Como a aranha se recusava a aparecer, tentei abrir uma brecha cobrindo o máximo possível da teia com terra. Se uma perna minha ficasse presa nesta maldita teia, podia não ser capaz de me libertar.
Com o tempo fiquei satisfeito o suficiente para continuar em frente.
Com o máximo de cuidado, passei minhas antenas em cada fio que pretendia passar, e verifiquei se ainda havia aderência. Sem encontrar nenhum ponto com aderência, passei pela entrada do covil da besta.
Esta era a fase mais perigosa deste conflito. Embora eu tenha garantido um caminho de retirada, podia haver inúmeros fios ocultos, por isso deveria dobrar os cuidados.
Com um passo de cada vez, me arrastei para frente. Mantive meus olhos examinando cada centímetro da parede e do teto. Um único lapso de concentração poderia ser a morte. Tentei ser o mais furtivo que podia, mas as áreas escuras estavam se tornando cada vez mais difíceis de encontrar. Com certeza a luz azul que fluía pelas paredes dos túneis se tornou mais forte nos últimos dias.
Pelo menos esse era um problema que afligia os dois lados. Nem eu nem meu oponente podíamos nos esconder.
Dentro do ninho da aranha, pude ver fios correndo pelas paredes e pelo chão, alguns deles tão finos que mal refletiam a luz. Hesitei a cada passo, tentando ter certeza de não dar um passo em falso.
‘O que é aquilo?’
Eu pude ver uma forma perto da parede, mas não tinha certeza se era uma dobra na rocha, ou era… uma perna!
‘Tome isso, sua bastarda!’
Como um raio, disparei meu ácido.
「Disparo Ácido atingiu o nível 3」
‘Ha! Deve ter atingido!’
Só havia uma coisa a fazer agora. Isso mesmo, correr!
‘Bwahahaha! Você não vai me pegar aranha! Sou como o vento nas montanhas, como a gazela saltando nas planícies, como o falcão voando no céu aberto.’
‘Ahhh, um fio! Estou preso! Ela me pegou, ESTÁ VINDO ME PEGAR!’
‘Eu vou morrer aqui? Antes mesmo de conhecer minha colônia? Eu tenho tantos arrependimentos! Sou muito jovem para morrer! Pensando bem… não tenho nem um mês!’
「Você derrotou Puer Aranea Nível 1」
「Você ganhou XP」
‘Por favor, não me mate, aranha! Eu tenho tanto pelo que viver, ainda não sei nem se posso evoluir como um pokémon, não seria legal?! Você não quer que eu morra antes de descobrir, quer?’
‘E….. E….’
…
‘O que?’
Ao me virar pude ver que uma das minhas pernas roçou em um fio da aranha no chão, puxando com força consegui me libertar.
Uma vez livre, voltei para onde vi a aranha e vi a pequena criatura gravemente queimada pelo ácido, deitada de costas, com suas pernas voltadas para o teto.
…
‘Sinto muito, aranha. Eu te julguei mal.’
zika
Bicho cagão da peste kkkk
Evoluir como um pokemom kkkk
F aranha-san
F arranha, pobre coitada
Aranha virou saudade
kkkkkkkk F pra aranha kid…