Chrysalis – Capítulo 1387

“Oh, eu não gosto disso. Eu não gosto disso nem um pouco,” Brilliant murmurou.  

“No que você nos meteu dessa vez?” Experimant gemeu olhando por cima da carapaça de seu líder.  

“I-i-isso… parece nojento,” Assistant concordou.  

Brilliant estalou as mandíbulas em irritação.  

“Não estou investigando isso porque quero,” ela disse a eles. “O Ancião me pediu para descobrir o que a Igreja do Caminho estava fazendo em seus rituais secretos e extravagantes, e é isso que estou fazendo!”  

“O Ancião pediu?” Disse Experimant. “Então por que você ainda não terminou?”  

“Porque é difícil! Você acha que qualquer um pode juntar as peças de um ritual extremamente complexo com apenas alguns restos desbotados para trabalhar?”  

A formiguinha olhou de soslaio para seus dois ajudantes de confiança.  

“Só existe um tipo de formiga que pode…”  

“Que tipo?”, perguntou Assistant antes que Experimant pudesse impedi-la.  

“Uma que é BRILLIANT!”, a pequena chata gargalhou, jogando a cabeça para trás e agitando as patas dianteiras.  

“O-Oh… Eu d-deveria saber…”  

“Sim”, rosnou Experimant, “você deveria saber disso.”  

Ela olhou ao redor do laboratório em que estavam atualmente. No momento, ele estava cheio de pouco mais do que os rabiscos de Brilliant. Gravuras meio formadas, pedaços de ardósia com desenhos rabiscados sobre eles, vários conjuntos de encantamentos, cujo propósito não estava nem um pouco claro.  

“Há algum motivo para você nos ter tirado dos projetos que estamos gerenciando?” Experimant finalmente suspirou. “Minha equipe estava prestes a fazer um avanço.”  

“Sem mim? Duvido!” Brilliant gargalhou mais uma vez, fazendo Experimant ranger as mandíbulas. “Eu chamei você aqui porque preciso da sua ajuda, e porque não quero que nenhum outro membro da equipe trabalhe nisso.”  

Ela gesticulou para o conjunto encantador no qual estava trabalhando com uma antena.  

“Como você pode ver, isso é uma coisa feia, potencialmente perigosa. Não quero que nenhum outro trabalho nosso seja contaminado por essa… coisa.”  

Foi a primeira vez que as duas seguidoras viram sua líder encontrar um conhecimento que ela parecia achar desagradável. Seu próprio crescente senso de desconforto ficou mais forte.  

“Só nós três vamos trabalhar nisso.” Ela disse a eles. “Quero vocês dois aqui, em tempo integral, para ajudar na próxima semana. Certifiquem-se de que suas equipes saibam o que fazer na sua ausência. Embora eles mal devam notar.”  

Os dois ignoraram a brincadeira enquanto continuavam a encarar o conjunto. Era… desconfortável olhar para ele, por razões que não conseguiam entender.  

“O que isso faz?”, perguntou-se Experimant.  

“Ah, eu posso te dizer isso”, Brilliant disse distraidamente.  

“Se você já sabe o que ele faz, então para que precisa de nós?” Experimant exigiu.  

“Porque eu preciso saber como funciona!” Brilliant retrucou, estranhamente áspera. “Não é o suficiente ser capaz de dizer o que ele faz, isso não nos dá um entendimento completo. Eu tenho que saber COMO! Ele nos conta tanta informação que não podemos nos dar ao luxo de deixar no chão e não pegar! Essa coisa é obra dos nossos inimigos, você nos deixaria ignorantes sobre os métodos deles?!”  

“N-não. Não, eu não faria isso,” Experimant gaguejou.  

“Oo que e-o que ele f-faz?”, perguntou Assistant, hesitante.  

“É uma destilaria de monstros. Coloque um monstro em uma ponta, tire essência destilada da outra.”  

Isso não fez muito sentido para nenhuma das outras duas formigas. Elas se entreolharam para confirmar a confusão mútua, então se viraram para Brilliant.  

“Você pode… elaborar?”, perguntou Experimant.  

“Se eu tiver que fazer isso…” Brilliant suspirou. “Quando um monstro é morto, o que acontece?”  

“Eles… morrem?”  

“Obviamente eles morrem! Mas tem mais, não é?”  

“A experiência é concedida à pessoa que acertou o golpe final.”  

“Precisamente!” Brilliant declarou. “Em outras palavras, algo é tirado do monstro e dado ao matador. Correto?”  

“Sabemos disso?” Experimant interrompeu. “A experiência não poderia vir do próprio sistema? A experiência é mesmo algo tangível e não apenas um número rastreado pelo sistema?”  

“São ambos”, Brilliant declarou impacientemente. “É um número rastreado pelo sistema, mas cada indivíduo neste planeta tocado pelo sistema contém todo o XP que ganhou em sua vida.”  

Ela se virou e cutucou os dois membros da equipe na cabeça.  

“O ponto importante é este. Quando um monstro morre, seu matador ganha toda a sua experiência?”  

Essa era uma pergunta simples.  

“Não.”  

“Então para onde vai o resto?”  

A questão pairava no ar, mas nem Experimant, nem Assistant conseguiam compreendê-la corretamente.  

“Antes mesmo de tentarmos responder a isso, precisamos entender melhor o que XP realmente é”, disse Experimant, um tanto exasperado.  

De ser responsável por sua própria equipe de pesquisa para trabalhar diretamente sob Brilliant novamente. Ela passou de professora para aluna tão rápido que suas antenas estavam girando.  

“Gah! Ótimo! Olha, o sistema não é algo que só está conosco quando o acessamos, certo? Ele está conosco o tempo todo, entrelaçado conosco em um nível fundamental.”  

“N-nós realmente sab-sabemos disso?”, perguntou Assistant.  

“É claro que sabemos disso! Eu provei isso em… algum lugar,” Brilliant gesticulou vagamente em direção a uma pilha de materiais, matrizes, lousas e papel.  

“Quando?”  

“Três dias atrás. Não importa! Foco. Então, experiência, ou XP, é parte do sistema e, portanto, está ligado a nós também. É como informação escrita em uma lousa, e então a lousa é tecida em nossos corpos, nossas mentes e nossas almas e se torna parte de nós.”  

“N-nós s-sabemos disso?!” O Assistant se engasgou, um pouco, ansiosa.  

“Sim,” Brilliant respondeu, farta. “Eu provei isso há dois dias! Em algum lugar ali.”  

Mais uma vez, ela gesticulou para outra pilha de materiais totalmente separada.  

“Agora, a maioria do XP que acumulamos, encadeado por todo o nosso ser, lembre-se, volta para a Masmorra quando morremos, da mesma forma que a Biomassa é absorvida se deixada sozinha. O processo simplesmente acontece muito mais rápido. Instantaneamente, praticamente.”  

“Quando você provou isso?”, perguntou Experimant.  

Ela nem estava mais surpresa, só cansada.  

“Ontem!”, declarou Brilliant. “Finalmente, chegamos à parte importante. O que essa matriz busca fazer é extrair todo esse XP, ou pelo menos muito mais do XP de um monstro. Ao colocar um monstro dentro da matriz, eles o refinam, peneiram essas lousas de informações, as convertem para alguma outra forma e então… consomem.”  

Ela disse tudo de forma muito prática, mas a natureza horrível do que foi descrito não passou despercebida por nenhuma de suas duas seguidoras.  

“Então, você está dizendo que eles… derretem um monstro e extraem XP dele?” Era tão comicamente maligno que Experimant quase não queria acreditar. “Como isso funciona?”  

“Devagar”, Brilliant disse de repente, parecendo, de todas as coisas, triste. Ela olhou para suas duas seguidoras mais próximas, com todo seu entusiasmo habitual queimado. “Devagar… e dolorosamente.”  

…