“Abandonem os cativos!” Zluth disse ao seu grupo de guerra. “Deslizem o mais rápido que puderem!”
Seu grupo estava muito mais para trás do que a maioria e conseguiu evitar a força esmagadora do feitiço da formiga grande completamente, mas muitos outros não tiveram tanta sorte. Enquanto Zluth corria para escapar antes que as raízes retorcidas pudessem bloquear o túnel, ele virou um olho para ver o que estava acontecendo atrás.
Não foi bonito.
Muitos Krath agiram cautelosamente, assim como Zluth, mas muitos outros não. Quando ele gritou seu aviso, vários Krath’sizz puxaram seus grupos para trás o suficiente para que eles escapassem do estranho feitiço ou fossem pegos bem na borda. Ao se pressionarem até sua menor e mais fina forma, eles ainda conseguiram sair do campo, mesmo que por pouco.
No entanto, havia várias dezenas de Krath que foram pegos bem no meio. Apesar de se esforçarem com todas as suas forças, era improvável que eles escapassem da força esmagadora antes que a formiga gigante conseguisse alcançá-los. De fato, enquanto ele observava, a formiga enorme avançou inexoravelmente para fora da mana azul e em direção às lesmas capturadas, estalando suas mandíbulas zombeteiramente o tempo todo.
Seus medos iniciais de que alguns trairiam as tribos, como Goszi fez, foram amenizados quando seus companheiros Krath começaram a se detonar um por um. A perda de atiradores bons foi um golpe para Chozth, mas mais traidores teriam sido o suficiente para deixar Zluth furioso.
A própria Chozth não estava ociosa. Enquanto seu povo corria em sua direção com toda a velocidade que conseguia reunir, ela mais uma vez sugou mana e começou a trabalhar um feitiço. Quando ela se virou e começou a correr para a saída do túnel, ela caiu do teto e começou a lançar um jato de gosma escorregadia de sua boca.
Com o rastro de lodo à sua frente, ela correu pelo chão em um ritmo absurdo, seu corpo ágil e poderoso capaz de atingir velocidades que Zluth só poderia sonhar.
“Rápido! Para a trilha!” Ele gritou para seus seguidores, deslizando para ela e instantaneamente se encontrando deslizando mais rápido do que antes.
Seus seguidores responderam, e logo o crescente muro de raízes começou a preencher sua visão.
“Maldita árvore!” Zluth xingou, os olhos esbugalhados de fúria no topo dos caules.
Havia apenas um monstro árvore capaz de fazer algo assim. Pelo menos, apenas um que não era um Antigo, e todo Krath conhecia e odiava aquela criatura amaldiçoada. Zluth fervia de raiva ao perceber que deveria ter previsto. Os filhos amaldiçoados do ladrão de madeira tinham sido vistos ajudando as formigas, então claro que estavam ali com o conhecimento e aprovação dela. O Krath esperava que as formigas cavassem um túnel atrás deles e tomou medidas para garantir que não fossem surpreendidas, mas não se incomodaram em tentar detectar a presença das raízes da Árvore Mãe.
Um erro custoso, mas que não seria o fim dele! Ele iria conseguir sair, não importa o que acontecesse!
À frente, Chozth já estava bem à frente deles, o fluxo de gosma de sua boca finalmente terminando enquanto ela ficava sem energia. No entanto, para ela, não importava, ela havia alcançado o bloqueio crescente e pulado através dele, raízes chicoteando atrás de sua forma enquanto ela navegava pela fenda aberta.
Essa lacuna estava diminuindo rapidamente.
Zluth lançou os olhos ao redor freneticamente, procurando outra saída. Ele empurrou o mais forte que pôde para a saída, mas já podia dizer que seria perto. Desesperado por um plano alternativo, ele procurou por uma rachadura ou fenda nas paredes do túnel, qualquer coisa em que pudesse se forçar e tentar cavar seu caminho para fora, mas não havia nada. As formigas estavam ocupadas, reforjando as paredes naturais do túnel em pedra reforçada, lisa e sem manchas.
Não vendo alternativa, ele abandonou sua busca e se concentrou na única saída que ainda conseguia enxergar: o abismo cada vez menor à sua frente.
“Empurrem mais forte, seus fracos!” Ele rugiu para seu grupo de guerra atrás dele, alguns dos quais já estavam fraquejando. “Mais rápido! Ou vocês não vão conseguir!”
Apesar do risco de atrasá-lo, Zluth puxou mais mana e começou a misturá-lo com o ácido dentro dele. Tecendo um feitiço rápido, ele lançou uma bola de ácido escaldante e firme, espirrando-o sobre as raízes, que imediatamente começaram a chiar e queimar.
Ele fez uma careta diante da despesa. Os estoques de ácido dentro dele tinham diminuído, e ele não tinha o suficiente para mais magia. O que restava pulsava por toda a carne de lesma, mas faltava o vigor e o calor aos quais ele estava acostumado.
Levaria muitos dias para se recuperar, mas isso era algo com que ele poderia se preocupar depois de sobreviver.
À medida que a parede de raízes se tornava cada vez maior diante de seus olhos, ele se esforçava ao máximo, esforçando-se para extrair toda a velocidade que era capaz.
Com um rugido, ele se lançou, comprimindo-se para diminuir a resistência do vento enquanto voava. Raízes raspavam sua carne, cavando sulcos dolorosos ao longo de seu pé, mas Zluth estava passando. O túnel além estava limpo, Chozth esperando a uma curta distância.
O resto do grupo de guerra de Zluth seguiu logo depois, e um pequeno número de outros grupos conseguiu passar. Mais Krath lançaram feitiços nas raízes, tentando queimá-las com ácido e lodo, mas teve pouco efeito. Com o passar do tempo, as raízes ficaram mais e mais grossas, adicionando camadas e massa à parede.
Logo, formou-se uma barreira sólida, e os Krath presos do outro lado ficaram sem saída.
A carne de Chozth borbulhou e estourou com a força de sua fúria enquanto ela via o pequeno número de Krath que conseguiu escapar. Apenas um terço dos envolvidos no ataque encontraram uma saída.
Este ataque foi um desastre.
No entanto, testemunhando o poder bruto da Krath’lath, não houve ninguém que tivesse a menor ideia de desafiá-la, nem mesmo Zluth.
“Nós recuaremos,” ela balbuciou furiosamente. “Movam-se.”
Cansado, enfraquecido e ardendo de fúria, Zluth reuniu seu grupo de guerra e deslizou para longe, com um olho fixo na barreira atrás dele.
…