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Chrysalis – Capítulo 158

As Circunstâncias da Rainha - Parte 1

A reverenciada Rainha Verita de Liria, segunda de seu nome, defensora da fronteira e dos descendentes de seus ancestrais, estava furiosa. 

Por muito tempo ela ficou intrigada sobre como o inimigo tinha sido capaz de reunir tantas tropas a mais do que ela tinha sido capaz de prever. Seus conselheiros mais próximos haviam trabalhado com ela em sua estratégia. A trama cuidadosa, a coleta interminável de informações, os debates e o planejamento foram destruídos quando seus soldados foram derrotados e em menor número, quando a armadilha finalmente foi acionada e seus inimigos saíram das sombras para a luz. 

De onde tinham surgido todos aqueles guerreiros? 

Ver aqueles guerreiros organizados na porta do castelo era uma coisa e agora olhando para esses soldados disciplinados vestidos com roupas de mercenários, dispostos contra eles diante do estrado de seu próprio trono, tudo ficou claro. 

Estes não eram mercenários trazidos para reforçar os números para a luta. Eles eram soldados treinados de um reino próximo! Devia haver uma centena deles lá! Não é um número pequeno, de forma alguma. Alguém devia ter querido interferir na situação política em Liria desesperadamente para comprometer tantos de seu povo com um golpe em outro país! 

Vendo o embaixador de Regix ao lado de Corrin enquanto a imunda presidente da União Mercenária descansava no trono de Verita, ela podia facilmente adivinhar quem tinha sido. 

“Grande Rainha Verita, que bom que você se juntou a nós”, disse Corrin, com uma perna pendurada na lateral do trono, “estávamos apenas imaginando quando minha coroação deveria ser realizada. Você não teria nenhuma opinião sobre o assunto, não é?” 

Verita ignorou a mercenária como se estivesse fora de seu conhecimento e se voltou para o embaixador do reino de Regix. 

“Andron, é tão interessante vê-lo aqui. Incrível a rapidez com que o reino de Regix foi capaz de se ajustar à mudança da paisagem aqui em Liria. Alguém poderia até ser perdoado por pensar que você sabia de tudo isso com antecedência”, disse ela. 

O embaixador riu e virou-se para Corrin, se submetendo à líder da União. 

Apreciando a exibição de sua autoridade, Corrin sorriu para sua ex-rainha. 

“Não fique chateada, Verita. Acontece que outras pessoas além de mim, podem notar como seu reinado foi incompetente. Nossos amigos do outro lado da fronteira queriam ajudar o povo de Liria a ter um bom governo, pelo menos uma vez.” 

Verita só conseguiu revirar os olhos com o fingimento. 

“Corrin, desde que você nasceu a única coisa com que se importava era dinheiro e poder, não vamos fingir que nada além disso motivou sua traição.” 

O sorriso da líder dos mercenários só se alargou. “É importante fingir na frente dos ratos de rua, no entanto”, ela gesticulou para os moradores da cidade segurando nervosamente suas armas atrás de sua Rainha, “não posso dizer ao público que serei recompensada com montanhas de ouro de Regix por ter destruído seu governo e por ter entregue o governo de nossa nação a um país vizinho agora, posso?” 

A raiva indignada explodiu em Verita com essas palavras. Sua família fundou este Reino, seus próprios parentes lutaram e morreram na campanha para libertar essas terras dos monstros. Desde então, eles trabalharam incansavelmente para levantar esta nação do chão por centenas de anos! 

Em um momento de clareza a Rainha percebeu exatamente o porquê o reino de Regix estaria preparado para ir tão longe. Eles estavam com medo. Liria havia chegado tão longe e tão rapidamente que seu vizinho ao norte temia que fossem ofuscados e eventualmente absorvidos. Afinal, foi Liria que conseguiu expandir seu território avançando para o sul, Regix não tinha para aonde ir. Em vez de ter uma morte lenta, por que não atacar primeiro? Se eles tivessem sucesso, o futuro brilhante do reino de Liria pertenceria a eles. 

Verita teve que admitir que fazia sentido. Se ela fosse Rainha de Regix, ela poderia ter sido tentada a garantir o futuro de seu povo dessa maneira também. 

Mas não era, ela era a Rainha Verita Leocor da Casa dos Leocor. Liria era seu reino e ela estaria condenada antes de entregá-lo a essa escória. 

Deixando de lado qualquer pretensão, ela se ergueu e proclamou imperiosamente: “Corrin, você irá se entregar a mim para julgamento. Andron, ordene a seus homens que se retirem imediatamente e você poderá escapar do meu castelo com sua vida.” 

Andron apenas balançou a cabeça e riu para si mesmo, mas Corrin estava mais desenfreada, jogando a cabeça para trás e rindo alto. 

“Você não mudou nada Verita, você pensa que tem poder só porque está perto do trono agora! Eu não tenho ideia de como você voltou para dentro da cidade, mas a única coisa que fez foi me poupar o trabalho de caçar você no campo. Você está em desvantagem aqui, desista e vou te matar rapidamente.” 

A julgar pelo olhar sádico nos olhos dos outros, a Rainha Verita duvidava sinceramente que uma morte rápida estivesse em seus planos. 

Nesse momento, algo abriu caminho pelos guardas atrás dela para aparecer na frente. Enquanto os soldados dispostos diante dela ficavam tensos, até mesmo os olhos de Corrin se arregalaram de surpresa. Sem nem mesmo se virar, Verita sabia exatamente quem estava ao seu lado agora. 

Concentrando-se ferozmente, ela teceu novamente a ponte mental para permitir a comunicação entre ela e o monstro. Assim que a trama foi feita, a voz fria e sem emoção a que ela ainda não se acostumara ecoou em sua mente. 

[Quem são esses vermes?] A voz exigiu. 

A boca da Rainha se apertou. Como realeza, ela não estava acostumada a ser tratada com o constante desrespeito e grosseria que recebia desse monstro, mas ela só podia ignorar isso, como poderia esperar boas maneiras de um monstro? 

[Os líderes do golpe contra mim e mais de cem soldados de um reino vizinho.] 

Ela quase podia sentir o desinteresse cansado da criatura vindo em ondas, confundindo-a. Por que estava tão entediado?! 

Corrin se levantou de seu lugar no trono, com um sorriso se torcendo em seu rosto. “Você até se aliou a um monstro para recuperar seu trono, Verita? O que sua preciosa Legião diria se eles descobrissem isso? Ou a Igreja do Caminho? você estaria acabada!” 

“De alguma forma eu não acho que você vai falar muito quando eu separar sua cabeça de seus ombros”, Verita retrucou. 

Ela se virou para o monstro. 

[Se conseguirmos vencer aqui, a rebelião desmoronará e nosso pacto será finalizado, monstro. Todas essas pessoas têm que morrer e você terá sua recompensa, você é capaz de fazê-lo?] 

Verita teve que admitir que estava nervosa ao perguntar. No que dizia respeito aos monstros, essa formiga não era tão poderosa, mas por algum motivo conseguiu superar probabilidades impossíveis repetidamente. A magia desconcertante que era capaz de usar continuamente a surpreendia, até a enchia de apreensão. A explosão que destruiu o portão ficou gravada em sua memória. Nenhuma muralha da cidade, por mais encantada que fosse, seria capaz de resistir a esse poder chocante! 

Essa memória apenas firmou sua determinação… 

[Então, se eu puder matar ou inutilizar todas essas pessoas, posso pegar minha recompensa e ir embora?] O monstro perguntou. 

Verita não tinha certeza, mas sentiu que detectou algo estranho no tom da criatura. 

Ela sacudiu seus pensamentos. 

[Claro] ela respondeu. 

[É possível.] 

[Diga ao seu povo para ficar fora do meu caminho. Vou terminar isso rapidamente.] 

A formiga monstruosa caminhou vagarosamente enquanto os cem soldados preparavam suas armas contra ela. 

“Uma formiguinha, Verita? Isso é o melhor que você conseguiu encontrar? Exatamente como esse pedaço de lixo vai virar o jogo aqui? Você deve estar louca!” Corrin exultou. 

O monstro formiga realmente parecia fraco enquanto caminhava lentamente em direção aos soldados inimigos dispostos ordenadamente em sua formação. Ninguém em sã consciência pensaria que um único monstro formiga seria capaz de superar essas probabilidades. As formigas não eram conhecidas por sua força individual, eram temidas por causa de seus números aterrorizantes! 

Mas essa formiga era diferente, Verita sabia. Ela não tinha certeza por que ou como, mas essa era diferente. 

O monstro continuou sua marcha sem pressa em direção ao inimigo. Quanto mais perto ficava, mais apertado o aperto dos soldados em suas armas se tornava. 

Quando restava uma pequena distância de apenas alguns metros, algo mudou. Com o monstro no centro, uma esfera de energia roxa crepitante surgiu e se expandiu rapidamente para fora.

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Comentários

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Afonso CansadoD
Membro
Afonso Cansado
5 meses atrás

O padre vai ter um ataque do coração

super irônico
Membro
super irônico
5 meses atrás

namoral cara, eu to rachando o bico imaginando a cena

Afonso CansadoD
Membro
Afonso Cansado
5 meses atrás
Resposta para  super irônico

Imagina o desespero k

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