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Circle of Inevitability – Capítulo 161

Características Especiais

Foi somente quando Lumian surgiu da escuridão que o homem — com o olhar fixo exclusivamente em Jenna — percebeu a invasão de seu covil isolado.

Pow! Pow! Pow! Lumian invadiu, lançando uma saraivada de socos, cotoveladas, joelhadas e chutes sobre o intruso.

O homem ficou surpreso, mas não fraquejou. Sua resistência era robusta, rechaçando golpes com os antebraços enquanto recuava. Seu peito, panturrilhas e coxas suportaram o impacto dos golpes perdidos de Lumian, mas ele se manteve firme.

Com um aceno de cabeça, seus olhos castanhos se transformaram em um verde assustador, lançando um reflexo misterioso de Lumian.

De repente, Lumian foi dominado por uma poderosa onda de desejo. Ao lado dele, a “Encantadora Diva” Jenna irradiava um fascínio cativante enquanto se esforçava para observar a luta, todo o seu ser pulsando de excitação.

Esse desejo explodiu dentro de Lumian como uma granada viva. Ele cessou seu ataque, os olhos ardendo com um tom avermelhado enquanto sua respiração acelerava. Girando, ele se lançou em direção a Jenna.

Jenna percebeu a anormalidade e gritou, sua voz uma mistura de raiva e medo: — Controle-se, porra!

Mas suas palavras foram abafadas quando Lumian a prendeu.

Junto com esta ação, um objeto duro pressionou o lado direito de Lumian.

“O que é que foi isso?” Reagindo instintivamente, sua mão roçou o cabo da adaga ritualística de prata que ele havia colocado estrategicamente para se machucar.

Uma vaga compreensão de sua intenção de usá-la voltou à sua mente.

No instante seguinte, Lumian — agora quase irracional por causa de seu desejo crescente — agarrou o cabo da adaga de prata e enfiou-a em sua própria carne.

A ponta cortou tecido, pele e músculos.

Uma dor excruciante trovejou na consciência de Lumian, restaurando alguma racionalidade das garras de seu desejo selvagem, permitindo-lhe recuperar alguma lucidez.

Fingindo que nada havia mudado, ele continuou suas ações com Jenna, suas mãos vagando sem rumo.

— Você é um inútil? Não consegue nem lidar com um pervertido! — Jenna repreendeu, esperando trazer seu protetor solitário de volta à realidade.

Vendo seu oponente sob controle, o homem recuperou apressadamente sua própria adaga escondida, preparando-se para atacar Lumian por trás.

Só então, as mãos de Lumian deslizaram e ele se firmou contra o chão fresco da caverna ao lado de Jenna.

Com um movimento rápido, ele flexionou a cintura e chutou o pé direito para trás.

Swoosh!

Seu ataque à virilha do homem foi rápido e preciso, semelhante ao estalo de um chicote.

Um ruído gutural ecoou, o rosto do homem perdeu a cor enquanto a dor contorcia suas feições.

Tink! Sua arma escorregou de seu alcance.

Ele caiu no chão, contorcendo-se enquanto agarrava sua área violada, ficando indefeso em meio à agonia debilitante.

Sem desperdiçar vantagem, Lumian avançou, prendendo sua presa em um abraço rápido.

Seu braço direito se ergueu, agarrando a cabeça do homem e torcendo-a com uma força inflexível.

Crack!

O homem teve a visão de suas próprias costas, seu foco misericordiosamente desviado do tormento abaixo.

Assim que a vida de seu adversário foi inequivocamente extinta, Lumian retirou os braços e sacou sua adaga de prata. Com um curativo branco que tinha nos bolsos, cuidou do próprio ferimento.

Ele não tinha medo de infecção — mesmo que tal eventualidade surgisse, sua constituição como Provocador duraria até as 6h do dia seguinte.

O objetivo principal de seus esforços de primeiros socorros era evitar que a caverna retivesse vestígios de sangue.

Jenna, esparramada no chão frio, reuniu forças para se levantar. Ela observou enquanto Lumian retraía seu aperto mortal e o homem caía sem vida no chão.

“Só isso”? Um arrepio de choque a percorreu, reprimindo efetivamente seus desejos anteriormente alimentados.

Ela não era uma observadora ingênua. Havia avaliado a aura formidável e quase mágica daquele homem lascivo, mas ele foi aniquilado em poucos segundos por esse belo rapaz rural!

Apenas um batimento cardíaco — oito ou nove segundos no máximo — ocorreu antes que uma vida fosse extinta.

Ao cuidar de seu ferimento, Lumian recolheu as roupas externas do homem e foi em direção a Jenna. Ela piscou para sair de seu estupor e perguntou curiosamente: — Por que você está aqui?

Quase reflexivamente, ela acrescentou brincando: — Não diga que você está apaixonado por mim e está me seguindo?

A resposta de Lumian foi uma risada suave enquanto ele se agachava, puxando as mãos de Jenna para trás.

— O que você está fazendo? — A voz de Jenna oscilava em pânico.

Apesar de seus fracos esforços, Lumian prendeu seus pulsos sem esforço usando a camisa do homem.

Num piscar de olhos, ele puxou uma jaqueta escura sobre a cabeça de Jenna, bloqueando sua visão completamente.

— Merda, bastardo, pervertido, o que você quer? — As palavras de Jenna saíram, uma confusão de raiva, ansiedade e confusão.

Lumian rejeitou seu desabafo. Rasgando o pedaço restante de sua camisa, ele amassou-a e enfiou-a nas orelhas e na boca de Jenna.

— Mmmmm… — Jenna foi silenciada.

Uma resignação tomou conta dela enquanto pensava: “Tudo bem, vou suportar isso. Contanto que ele não me mate…”

No entanto, sua apreensão foi recebida com quietude. Lumian havia se levantado, saindo de lado para se aproximar da pessoa sem vida no chão da caverna.

Após purificar sua adaga de prata ritualística e limpá-la, Lumian rodeou a pequena caverna, tecendo uma parede de espiritualidade.

Em seguida, começou a Dança de Invocação.

Sua intenção era invocar um espírito através deste rito!

Apesar da eficácia deste método ser notavelmente inferior em comparação com os feitiços psíquicos tradicionais, o objetivo da Dança de Invocação não era estritamente a invocação de espíritos. No entanto, era muito melhor do que a alternativa — não fazer nada.

Sua espiritualidade fundiu-se com as forças naturais e difundiu-se em todas as direções, mas ficou confinada dentro da parede de espiritualidade que envolvia a caverna.

Assim, a convocação não atrairia entidades indesejadas.

No meio da dança caótica e hipnotizante, Lumian percebeu a forma espectral do homem.

Desembainhando a adaga de prata, ele deixou cair uma gota de sangue, comandando o espírito a se unir a ele.

Quase instantaneamente, Lumian foi tomado por uma sensação arrepiante quando um calor incomum e fervoroso acendeu dentro dele. Isto foi acompanhado por um desejo irresistível pelas mulheres.

“Este é um efeito colateral real? Isso é paralelo à fome insaciável experimentada pelo monstro de boca grande?” Lumian fez um esforço consciente para evitar olhar para Jenna, que agora estava amarrada e vendada, ao notar sua emoção recém-adquirida.

Como o homem havia morrido recentemente, estava saturado de emoções persistentes, como luxúria, dor, fúria, ódio e o desejo instintivo de utilizar suas características especiais. Também estavam presentes vestígios de obsessões e das memórias mais profundas.

Analisando a situação, Lumian entendeu que esse pervertido possuía muito mais habilidades e características do que o monstro de boca grande.

— Incitar a avareza nos outros;

— Tornar-se avarento e ganancioso, capaz de detectar itens que antes pertenceram a ele;

— Estimular o apetite dos outros;

— Manter um estado físico robusto e saudável;

— Tem fome e sede perpétuas;

— Utilizar constantemente as faculdades mentais para aumentar a força, os reflexos, a agilidade e a resiliência;

— Empregar o olhar, a fala e as ações para induzir sutilmente uma medida de luxúria no alvo.

— Através do contato direto e de habilidades similares a feitiços, o alvo experimentará vários graus de luxúria.

— Preparar drogas para estupro e coisas do gênero.

— Diferenciar informações hormonais de vários indivíduos…

“Monsieur Ive utilizou o primeiro? Este pervertido está de fato ligado a Monsieur Ive e Susanna Mattise… Um estado constante de fome e sede. Não admira que ele tenha escolhido Jenna e ousado sequestrá-la. Isso pode ser classificado como um efeito negativo? Na verdade, Jenna pode não ser sua primeira vítima…” Lumian não selecionou nenhuma característica específica. Ele estava limitado a observações gerais do fantasma e foi incapaz de compreender qualquer uma das habilidades mais sutis.

Lumian tentou amplificar as memórias mais profundas do homem.

De repente, ele estava no meio de um teatro movimentado. No palco estava uma jovem vestida com um vestido branco divino, suas feições profundamente esculpidas acentuadas por olhos lacustres, cristalinos e cheios de inocência e charme.

“Charlotte Calvino…” Lumian identificou a mulher instantaneamente. Ela era a estrela reinante do Teatro da Velha Gaiola de Pombos.

Simultaneamente, Lumian sentiu a excitação do homem, a fome predatória dentro dele se intensificando.

No entanto, com a multidão ao redor, ele se absteve de qualquer comportamento desagradável. Correu para o banheiro assim que a cena terminou.

À medida que a memória se desvanecia, Lumian cessou a Dança de Invocação, deixando o espírito do homem se retirar de seu ser.

Quase imediatamente, executou a Dança da Invocação novamente, convidando o espírito a se juntar a ele.

Isso porque cada posse permitia a Lumian selecionar apenas uma característica, uma memória ou uma obsessão. Uma vez escolhido, era irrevogável.

Lumian optou por uma das lembranças mais comoventes do espírito.

No instante seguinte, Jenna apareceu diante dele, fazendo uma performance abertamente dramática no palco.

— … — A situação ficou clara para Lumian. Ele não resistiu a cerrar a mandíbula e xingar: — Não há mais nada em sua mente além de mulheres, mulheres e mulheres!

Ele abandonou a ideia da canalização espiritual, lamentando ainda não ter alcançado o status de Contratado, incapaz de firmar um contrato de longo prazo com o espírito e pegar emprestado uma habilidade. Lumian avaliou as características do homem, certo de que algumas delas seriam imensamente úteis em combate.

“Se ao menos eu pudesse usar esse espírito…” Lumian suspirou, admitindo suas atuais limitações.

Posteriormente, dissolveu a barreira espiritual, embainhou sua adaga de prata e retornou para Jenna. Ele tirou a jaqueta que cobria seus olhos e a camisa que amarrava suas mãos.

Jenna estremeceu, arrancando o pano da boca e das orelhas.

Ela massageou o pulso avermelhado, lançando um olhar cético para Lumian que estava ocupado vasculhando os bolsos das roupas do homem. Ela perguntou: — Por que você me vendou e bloqueou meus ouvidos mais cedo?

— Eu estava protegendo você. Você não deveria ver ou ouvir o que não é para você, — Lumian respondeu em tom meio brincalhão, sua busca rendeu um total de 8 moedas verl d’or e três latas de metal um tanto antiquadas.

Não percebendo nenhuma ameaça dele, Jenna bufou. — O que não deveria ser visto ou ouvido aqui? A menos que você… você não tenha feito aquilo… com o cadáver…

Sua voz desapareceu quando ela conectou alguns pontos, adivinhando que Lumian poderia estar usando algum poder para extrair informações do cadáver.

Ao perceber Lumian avaliando as três latas de metal, Jenna desviou o assunto e relembrou: — Uma dessas garrafas contém um gás que te desmaia, te deixando fraco.

— Além disso, outra garrafa tem um gás extremamente fedorento, mas por incrível que pareça, ele te acorda. Droga, aquele pervertido merece ser fodido por um burro!

— Não sei o que há na garrafa restante e não consigo distinguir entre as outras duas.

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