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Circle of Inevitability – Capítulo 180

Preguiçoso

Gabriel tomou um gole de absinto e falou: — Maipú Meyer. Ele é um gerente de teatro com grandes ambições. Ele pretende fazer do Teatro da Velha Gaiola de Pombos o teatro mais renomado de Trier. Seu objetivo final é ser premiado com a prestigiada Medalha da Legião de Honra de Intis.

A Medalha da Legião de Honra de Intis originou-se na época do Imperador Roselle, quando ele ainda era Cônsul. Foi criada para substituir o sistema de nobreza da antiga família real. No entanto, quando Roselle se declarou um César, a medalha foi abolida e títulos como duques, condes, barões e cavaleiros foram reintroduzidos.

Mais tarde, quando a República Intis foi estabelecida, a Medalha da Legião de Honra foi reinstaurada. Foi concedido tanto a militares como a civis que deram contribuições notáveis ​​à República. Não se limitou aos militares, mas incluiu indivíduos de vários setores. Era a maior honra na atual República Intis e ser um destinatário equivalia a ser um cavaleiro do passado.

No passado, pintores, autores, atores, jornalistas e escultores foram homenageados com a medalha da Legião de Honra Intis, servindo de inspiração para as gerações futuras.

Nas histórias que criou em seu sonho, ele enganou os moradores de Cordu alegando que Aurore estava indo para Trier para receber a medalha da Legião de Honra. Não era totalmente implausível. Se Aurore pudesse se tornar a renomada ‘Fors Wall’ de Intis e a autora de best-sellers no Continente Norte, ganhando o reconhecimento do Intis por suas realizações artísticas, ela poderia ter uma chance genuína de obter a medalha da Legião de Honra.

Lumian riu e comentou: — Se faltam sonhos a uma pessoa, ela não é diferente de um peixe salgado. — Ele achou Maipú Meyer, o gerente do teatro, bastante comum.

Isso o levou a acreditar que os problemas com Teatro da Velha Gaiola de Pombos se estendiam além da maioria das pessoas. Havia apenas alguns indivíduos intimamente associados ao proprietário do Auberge du Coq Doré, Monsieur Ive, que eram peculiares.

Depois de conversar um pouco com Gabriel, Lumian guiou Louis e Sarkota até o segundo andar e pediu-lhes que esperassem do lado de fora do quarto 207.

Ele fechou a porta atrás de si, tirou o coldre debaixo da axila esquerda e guardou o saco de balas. Então, vestiu uma jaqueta escura.

Sem demora, Lumian retirou o dedo do Sr. K de debaixo do travesseiro e colocou-o no bolso direito.

Quanto à Mercúrio Caído, a adaga de Hedsey, o gás de despertar e o líquido não identificado, ele sempre os carregava consigo. Porém, a baioneta não servia para nada imediato, então ele a deixou numa gaveta da mesa de madeira.

Depois de concluir essas ações, Lumian se abaixou e pegou uma mala marrom debaixo da cama. Cuidadosamente colocou os cadernos de Aurore dentro.

Dada a sua identidade alterada e o aumento da hostilidade do Poison Spur Mob, ele sentiu a necessidade de proteger esses cadernos em um local mais seguro e isolado — o esconderijo alugado na Rue des Blusas Blanches.

Para Lumian, esses itens continham pistas e conhecimentos preciosos deixados por Aurore. Eles também possuíam um valor sentimental insubstituível que exigia proteção.

Quanto aos estudos diários, ele copiava previamente uma parte do material e deixava-o no Auberge du Coq Doré ou no Salle de Bal Brise. Depois de aprendê-lo e garantir que não houvesse problemas, copiaria mais algumas páginas na casa segura.

Depois de recusar a oferta de Louis para ajudá-lo com a bagagem, Lumian voltou para o Salle de Bal Brise e entrou em uma sala perto do escritório.

Ele pegou o caderno que estava lendo recentemente e o colocou sobre a mesa. Pegando uma caneta-tinteiro vermelha escura, começou a copiar seu conteúdo em uma pilha grossa de papel branco.

Ao transcrever, Lumian achou a tarefa terrivelmente monótona. Ideias sobre como evitar a monotonia começaram a surgir em sua mente.

Logo, uma ideia lhe ocorreu.

Por que não convocar aquela criatura em forma de coelho do mundo espiritual, aquela que já havia escrito o relatório para ele, e fazer com que ela copiasse?

“Embora aquela criatura fosse estúpida e sem intelecto, provou ser obediente. Possuía uma velocidade notável de cópia e podia imitar a caligrafia original… Nesse caso, basta fornecer espiritualidade enquanto me dedico à leitura de jornais e revistas, esperando a conclusão do dever de casa. Não, não é dever de casa… em vez disso, copiar anotações…” Lumian ponderou momentaneamente antes de pousar sua caneta-tinteiro e se preparar para o ritual de invocação.

Se ele pudesse encontrar uma maneira de relaxar, por que não aproveitar isso?

De volta a Cordu, ao terminar as tarefas diárias de sua irmã, Lumian frequentemente pensava em maneiras de relaxar.

Ele estava ensinando Reimund, Ava e os outros a compreender palavras, esperando que pudessem ajudá-lo com o dever de casa à medida que melhoravam.

Infelizmente, a disparidade de conhecimento entre eles era muito grande. Não poderia ser superado sem vários anos de esforço.

Em pouco tempo, Lumian arrumou o altar, consagrou a adaga de prata e ergueu uma parede de espiritualidade.

Enquanto a fragrância cítrica e lavanda flutuava no ar, ele olhou para o tom amarelo da chama da vela e pronunciou no antigo Hermes:

— EU!

No segundo seguinte, Lumian mudou para Hermes.

— Eu convoco em meu nome:

— O espírito vagando no vazio, uma criatura amigável com quem se pode comunicar, uma criatura fraca que pode escrever na língua de Intis…

A chama da vela rapidamente se transformou em um tom profundo de verde, expandindo-se até o tamanho de uma cabeça humana.

Completando o encantamento restante, Lumian testemunhou o surgimento de uma figura translúcida e nebulosa dentro da chama da vela.

Com quase 1,9 metros de altura, possuía uma cabeça de boi sobre um corpo humano, vestido com roupas de pele marrom.

“Não é o coelho… Isso mesmo. Deve haver inúmeras criaturas do mundo espiritual que se encaixem na descrição do meu encantamento de invocação. Aquela que responde à convocação é totalmente aleatório…” Lumian experimentou uma mistura de decepção e expectativa ao apontar para o caderno.

— Copie para mim.

O etéreo minotauro assentiu levemente.

— Tudo bem.

Sem demora, sentou-se, pegou a caneta-tinteiro vermelha escura e começou a copiar o caderno de Aurore.

“Nada mal, muito mais inteligente que aquele coelho bobo…” Lumian pensou, com evidente alegria.

No momento em que ele estava prestes a se acomodar na poltrona reclinável e folhear os jornais e revistas, uma sensação inquietante tomou conta dele.

“O minotauro não é muito lento? Mais de dez segundos se passaram e ele nem copiou uma palavra!”

Não, na verdade, só havia escrito duas palavras!

— Você pode trabalhar mais rápido? — Lumian sondou.

— Este já é o meu ritmo mais rápido, — respondeu o minotauro com sinceridade.

— … — Lumian estava sem palavras.

Era ainda pior que o coelho bobo!

Essa criatura, pelo menos, funcionava como uma máquina de escrever mística. Poderia completar uma página inteira de cópia em menos de um minuto!

Lumian inconscientemente considerou encerrar o ritual e dispensar o minotauro antes de invocar outra criatura do mundo espiritual. No entanto, sabendo que os subsequentes provavelmente seriam igualmente peculiares, ele abandonou a ideia, cansado.

Quando o ritual de invocação terminou naturalmente, o minotauro conseguiu copiar apenas meia página.

Lumian esfregou as têmporas e decidiu fazer isso sozinho.

Depois de transcrever três páginas, ouviu uma batida na porta.

— Qual é o problema? — Lumian fechou o caderno, deixou de lado a caneta-tinteiro e caminhou em direção à porta.

Era Louis lá fora.

Em seu disfarce robusto, ele baixou a voz e disse: — Chefe, o ‘Gigante’ Simon está aqui.

“O que ele poderia querer?” Lumian lembrou que o “Gigante” Simon era um líder do Savoie Mob, supervisionando vários salões de dança e bares na Rue du Rossignol. Ele era suspeito de ser um Beyonder do caminho do Guerreiro, com alta probabilidade de ser um Beyonder de Sequência 8.

Louis simplesmente balançou a cabeça.

— Não sei.

Lumian perguntou: — O que ele discutiu com Brignais da última vez? Não pareceu agradável.

Louis elaborou: — O ‘Gigante’ Simon sempre guardou rancor do barão porque ele controla o Salle de Bal Brise.

Ele instintivamente usou o termo “barão”.

Observando que Lumian não se ofendeu, Louis continuou: — Os lucros do Salle de Bal Brise superam os de todos os seus salões de dança e bares juntos. Ele até tem um cassino em seu bar!

— A última vez que abordou o barão, ele esperava que o barão impedisse algumas das dançarinas mais atraentes de virem para cá e, em vez disso, as transferisse para a Rue du Rossignol. O barão respondeu: ‘Botas Vermelhas é responsável por designar as dançarinas. Não tenho objeções se você discutir o assunto com ela.

— Os preços na Rue du Rossignol são muito baixos. Belas dançarinas relutam em trabalhar lá.

Lumian lembrou-se de Charlie ter mencionado que era possível encontrar xoxotas baratas na Rue du Rossignol por apenas 52 coppets, o que equivalia a apenas meio verl d’or. Por outro lado, no Salle de Bal Brise, se as dançarinas encontrassem clientes generosos, poderiam cobrar até 10 verl d’or. Normalmente, alcançavam algo entre 3 a 5 verl d’or.

Isso ocorreu apesar da renda relativamente baixa no distrito comercial. Se fosse a Rue de la Muraille, uma mulher de aparência acima da média custaria dezenas de verl d’or.

“O “Gigante” Simon está com inveja do meu controle sobre o Salle de Bal Brise?” Lumian assentiu sutilmente, com as sobrancelhas franzidas em perplexidade, e perguntou: — Há algo que considero bastante desconcertante. Por que os lucros da Salle de Bal Brise são tão substanciais?

Louis sorriu.

— A maior parte do nosso álcool vem do ‘Rato’ Christo. É isento de impostos e incrivelmente barato.

— Além disso, não precisamos pagar nenhum aluguel.

“”Rato” Christo é o responsável pelo negócio do contrabando?” Lumian compreendeu o raciocínio geral por trás disso.

Ele saiu da sala, caminhou pelo corredor e entrou na cafeteria.

O “Gigante” Simon, ainda vestido com um terno formal preto e confortável, tinha seu cabelo amarelo claro firmemente grudado no couro cabeludo.

Ele colocou o chapéu redondo de abas largas sobre a mesa e se posicionou perto da janela, fumando um cigarro.

Os mafiosos que o seguiam se dispersaram, travando um intenso impasse com Sarkota e os outros no Salle de Bal Brise à distância.

Ao avistar Lumian se aproximando, Simon esmagou o cigarro na mão e deu um sorriso largo e fingido.

— Bem, bem, Ciel, você já obteve a aprovação do chefe e conseguiu administrar a Salle de Bal Brise. Por que você não nos ofereceu uma bebida para nós, irmãos?

Enquanto Simon falava, ele caminhou em direção a Lumian.

Com mais de 1,9 metros de altura, Lumian, que já tinha 1,8 metros, parecia bastante baixo.

Lumian olhou para o nariz proeminente e o rosto marcado de varíola de Simon, retribuindo o sorriso.

— Eu tenho algum tipo de fobia social, então não tive coragem de convidar vocês.

— Ei, você é bem alto. Exatamente como seria de esperar de um ‘gigante’. Você é ainda mais alto que “Martelo” Ait.

Suas palavras transmitiram uma mensagem de atenção de seus respectivos territórios. Se você não me provocar, eu não vou te provocar. Caso contrário, sou capaz de matar você, assim como o Guerreiro da Sequência 8, “Martelo” Ait.

O “Gigante” Simon não compreendeu o significado da primeira frase, mas discerniu a provocação na última.

Como resultado, seu rosto escureceu, dissipando simultaneamente seu desdém pelo “Leão” Ciel.

Este não era apenas um homem musculoso. Sorrisos e gentilezas não o levariam longe!

Simon apontou para a mesa onde o Barão Brignais costumava sentar-se.

— Eu preciso discutir algo com você.

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