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Circle of Inevitability – Capítulo 286

Adivinhação por Espelho Mágico

Ignorando o estado tenso de Lumian, Olson falou com uma voz profunda e rouca: — Conforme a tradição, devo falar com você em particular como Supervisor.

Lumian soltou um suspiro aliviado. — Sobre o quê?

Olson colocou a mala marrom ao lado da perna esquerda.

— Se você descobrir algo suspeito sobre seu Comandante, Gardner Martin, ou qualquer ocorrência anormal, denuncie-os a mim imediatamente.

“Isso é justo. Uma vaga será desocupada somente se algo acontecer com o Chefe…” Lumian pensou silenciosamente com uma pitada de escárnio antes de perguntar, — Como entro em contato com você?

Olson olhou nos olhos de Lumian e disse: — Deixe a informação no porão da Avenue du Marché, nº 13.

“Avenue du Marché, nº 13… A Ordem da Cruz de Ferro e Sangue está de fato ligada ao prédio incendiado… Olson pode ter entrado na Trier da Quarta Época e provavelmente está seriamente corrompido. Ele tem uma maneira de explorar a anomalia na lá?” Lumian se lembrou da noite anterior e sentiu que o Supervisor Olson era ainda mais misterioso do que o Oficial Comandante Gardner Martin.

Ele suspeitava que Olson estava monitorando secretamente seus movimentos na Avenue du Marché, nº 13. Gardner Martin claramente não estava disposto a entrar a menos que fosse necessário.

Combinado com o incêndio há mais de uma década, o Sr. K mencionou que a Ordem da Cruz de Ferro e Sangue havia se afastado das outras organizações que acreditavam naquela entidade nos últimos anos. A Madame Mágica mencionou que o ritual de vigília atual não era o teste usual da Ordem da Cruz de Ferro e Sangue. Lumian vagamente formulou uma sequência incompleta de eventos em sua mente.

Ele acreditava que a Avenue du Marché nº 13 não havia sido incendiada pela Ordem da Cruz de Ferro e Sangue. No entanto, eles descobriram o segredo lá e sofreram a corrupção correspondente, evocando uma anormalidade.

Claro, poderia ser o contrário: talvez alguns membros da Ordem da Cruz de Ferro e Sangue tenham sido corrompidos em outro lugar, o que lhes permitiu compreender a anomalia.

— Tudo bem. — Lumian concordou com a cabeça.

Enquanto a mente de Lumian disparava com perguntas, ele se virou para o Supervisor Olson, com uma expressão de perplexidade no rosto.

— O comerciante que vi nas Minas de Albert era realmente você? Sua cabeça pode deixar seu corpo e sobreviver autonomamente? Ou foi uma ilusão que você criou?

Olson soltou uma risada rouca antes de responder: — Coincidentemente, como Supervisor, tenho três coisas para lhe dizer. Primeiro, o que os olhos veem pode não ser verdade. Segundo, eventualmente entraremos na Trier da Quarta Época. É uma inevitabilidade. E terceiro, não confie facilmente nas palavras dos outros.

“Não confie facilmente nas palavras dos outros… Interessante. Devo acreditar no seu primeiro ponto? O que vi nas Minas de Albert era realmente real? Heh heh, é bom falar sobre inevitabilidade na minha frente, mas Termiboros tolerará isso?” Lumian ponderou, resistindo à vontade de colocar a mão direita no peito esquerdo.

Ao ver Olson pegar novamente a pequena mala marrom, Lumian não pôde deixar de perguntar:

— O que tem aí? Por que você continua carregando isso?

Olson sorriu.

— Se eu fosse você, rezaria para nunca descobrir a resposta.

Com isso, o Supervisor Olson abriu a porta da carruagem e saltou para a escuridão, desaparecendo instantaneamente, sem se esconder intencionalmente como havia feito quando chegou.

— Agindo de forma misteriosa, — Lumian murmurou baixinho.

Pegando a carruagem de volta ao movimentado distrito comercial, ele resistiu à vontade de correr para o Auberge du Coq Doré ou para o esconderijo na Rue des Blouses Blanches para contatar a mensageira da Madame Mágica e relatar sua admissão oficial na Ordem da Cruz de Ferro e Sangue. Em vez disso, ele foi até o Salle de Bal Brise.

Sua preocupação aumentou quando suspeitou que os membros traiçoeiros da Ordem da Cruz de Ferro e Sangue poderiam estar se aproveitando de seu estado relaxado para continuar sua vigilância final e clandestina.

Embora não conseguissem localizar a mensageira da Madame Mágica, Lumian sabia que não deveria retornar ao Quarto 207 ou ao esconderijo naquele momento; isso certamente levantaria suspeitas.

Sentando-se no balcão do bar, Lumian pediu uma taça de Kirsch. Enquanto saboreava a bebida, mergulhou na animada música e dança que aconteciam no palco.

Jenna estava de folga na noite anterior, e os artistas que se apresentaram hoje foram outras duas cantoras e um cantor conhecido por suas músicas cheias de energia.

Distrito Hill, do lado de fora do Claustro do Vale Profundo.

Usando uma meia-máscara branca prateada, Jenna olhou para Franca, que estava vestida com uma roupa de assassina, com preocupação.

— O que vamos fazer hoje à noite?

— Não me diga que você está pensando em se infiltrar no claustro para uma investigação?

— Claro que não! — Franca negou veementemente. — O Claustro do Vale Profundo é um dos claustros mais conhecidos da Igreja do Deus do Vapor e da Maquinaria. Eles têm Beyonders poderosos e escondem artefatos misteriosos criados por monges artesãos. Com nossas habilidades, estaríamos apenas caminhando para uma armadilha… ou pior.

Franca não conseguia evitar que sua mente divagasse.

Ela ouviu rumores de que, embora os monges do claustro estivessem focados em vapor e máquinas e não se casassem ou tivessem filhos, isso não significava que eles se abstivessem de sexo com outras pessoas.

A Igreja do Deus do Vapor e da Maquinaria não proibia tais interações!

Alguns disseram que alguns monges procuravam garotas de rua de vez em quando para relaxar, enquanto outros tinham casos com colegas ou homens que vendiam seus corpos.

Ainda havia um grande número de pessoas que tinham fetiches por engrenagens ou estavam realmente passando por treinamento ascético, capazes de se controlar.

Claro, os Trienenses tendiam a exagerar e embelezar esses rumores com suas próprias ideias. Provavelmente se afastava muito da verdade. Franca não acreditava totalmente, mas também não conseguia descartá-los totalmente.

Ela acreditava que alguns monges poderiam ter tais inclinações, mas provavelmente não eram a maioria. No entanto, infiltrar-se em um claustro como uma Beyonder não-oficial era perigoso. Elas poderiam ser mortas acidentalmente por máquinas, usadas ​​como cobaias experimentais ou se tornar brinquedos para alguns monges selecionados. As chances de sucesso eram mínimas.

Resumindo, seja homem ou mulher, qualquer um abaixo da Sequência 4 ou sem confiança suficiente deve esquecer de se infiltrar no Claustro do Vale Profundo.

Atrás do capuz, Franca sorriu e explicou de bom humor: — Nós vasculhamos a área hoje, mas não encontramos pistas. Mas há um lugar que não verificamos.

Jenna pensou por um momento e perguntou: — Aquela pedreira do Vale Profundo?

— Isso mesmo, — Franca afirmou com um sorriso. — Hoje à noite, vamos nos infiltrar e fazer uma busca.

Na verdade, ela não esperava que encontrassem algo, já que os Beyonders oficiais provavelmente já tinham completado suas investigações. Franca queria guiar Jenna pelo processo e familiarizá-la com tais assuntos.

— Ok. — Jenna assentiu levemente.

Franca viu isso como uma oportunidade de instruí-la: — Antes de nos infiltrarmos oficialmente, precisamos nos preparar.

— Para Assassinos, é sobre se familiarizar com o ambiente, coletar informações e observar locais e rotas. Quanto às Bruxas, elas devem realizar adivinhações de antemão.

Com isso, Franca pegou um espelho do tamanho da palma da mão que ela sempre carregava.

Jenna se concentrou imediatamente.

Ela estava intrigada há muito tempo pelas habilidades das bruxas relacionadas com espelhos.

Anteriormente, depois que ela assassinou Hugues Artois e fugiu para Auberge du Coq Doré, Franca ouviu que ela havia deixado sangue na cena. Franca rapidamente usou a Substituição de Espelho para cortar a conexão mística entre o verdadeiro eu de Jenna e o sangue derramado.

Franca examinou a área e falou em voz baixa sob a cobertura das sombras da noite.

— Quando você se torna uma Bruxa, você naturalmente dominará a Adivinhação por Espelho Mágico e a Adivinhação por Radiestesia. Aprender outros métodos de adivinhação é fácil para Bruxas.

— A chave para uma Adivinhação por Espelho Mágico bem-sucedida é escolher a entidade certa para orar. O símbolo místico do espelho conecta você a um ser desconhecido, e suas respostas podem ser obtidas por meio dessa conexão. No entanto, se a entidade desconhecida tiver malícia ou estiver em um estado de loucura, ela pode influenciar a adivinhação ou fornecer um resultado que a prenda, colocando-a em perigo.

— Quando chegar a hora, eu lhe darei algumas entidades relativamente seguras para orar. Elas foram verificadas. Entre elas, aquela com os resultados de adivinhação mais precisos exigirá que você pague um preço correspondente. A menos que o assunto seja extremamente crítico e urgente, eu geralmente evito orar a ele.

— Qual preço? — A curiosidade de Jenna foi despertada.

Franca pigarreou sem jeito e disse: — O preço pode fazer com que você passe por constrangimento social ou algo não tão grave, mas certamente será desconfortável.

Ela se lembrou da primeira vez que rezou para aquela entidade usando a Adivinhação por Espelho Mágico. Diante da Madame Julgamento, perguntaram a ela: “Quando você está se masturbando, você ocasionalmente fantasia sobre certos homens e se sente tentada a tentar novas experiências?”

Essa pergunta quase a fez quebrar o espelho. Na época, ela havia se tornado uma Bruxa recentemente e ainda se identificava totalmente como um homem, embora seu corpo já tivesse se transformado no de uma mulher. Era natural que ela ocasionalmente fantasiasse, mas essa revelação a fez se sentir culpada e envergonhada. No entanto, ela foi forçada a responder honestamente na frente de uma semideusa.

Mesmo agora, Franca não conseguia deixar de se encolher com a lembrança, querendo enterrar a cabeça na areia e evitar qualquer lembrança.

O que era a morte social? Era isso!

Franca acreditou que esse incidente a afetou quando ela posteriormente abordou Gardner Martin para tentar. Isso causou uma rachadura em sua defesa psicológica e a fez desistir de si mesma.

“Vergonha… Morte social…” Jenna entendeu a implicação por trás das palavras de Franca. Embora Jenna tivesse seus pensamentos, ela escolheu não expressá-los em voz alta.

Franca forneceu uma breve explicação sobre a Adivinhação por Espelho Mágico, concluindo com uma demonstração. Ela gentilmente acariciou a superfície do espelho e recitou o nome de uma entidade segura.

Enquanto uma luz aquosa brilhava no espelho, ela fez uma pergunta séria: — Explorar a Pedreira do Vale Profundo de Trier hoje à noite será perigoso?

Como era uma adivinhação baseada em perguntas, os requisitos para as declarações não eram muito rigorosos.

Sob o olhar curioso e esperançoso de Jenna, uma voz profunda e antiga emanou do espelho, como se tivesse surgido das profundezas de um rio. — Há um certo nível de perigo.

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