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Circle of Inevitability – Capítulo 503

Penitente

Franca tentou invocar cinco criaturas diferentes do mundo espiritual. Apesar de suas invocações bem-sucedidas, nenhuma das criaturas do mundo espiritual estava disposta a assinar um contrato e se tornar seu mensageiro.

Os fracassos repetidos a atingiram duramente, e sua decepção e frustração eram evidentes em sua expressão vazia.

No entanto, ela não deixou que suas emoções ditassem suas ações. Sem se deixar abater, ela prosseguiu invocando as 24 criaturas restantes do mundo espiritual.

A situação estava se tornando cada vez mais clara: o sucesso, se possível, aconteceria nas primeiras tentativas!

Jenna olhou para Franca desapontada.

— Tente quando sua sequência estiver mais alta.

Franca resmungou, — Quando eu alcançar uma Sequência mais alta, eu posso usar um espelho e o mundo dos espelhos para enviar mensagens. Por que eu precisaria de um mensageiro? Por que não há nenhuma criatura do mundo espiritual tentada pelo charme de uma Demônia e disposta a se tornar um mensageiro?

Lumian soltou uma risada.

— Eu vi algo parecido nas informações sobre criaturas do mundo espiritual. Você gostaria de tentar?

Apesar de sua relutância em admitir a derrota, Franca permaneceu pragmática. Ela xingou: — Esqueça, esqueça. Essas criaturas do mundo espiritual são definitivamente perigosas. Tudo o que elas conseguem pensar é em arrastar uma Demônia para o mundo espiritual. Até mesmo entregar uma carta vai me ajudar a transformar minha amiga em inimiga.

Vendo que ela havia se acalmado, Anthony Reid, um colega novato em magia ritualística, fez sua tentativa.

Assim como Franca, ele também enfrentou uma série de desafios. Cinco tentativas foram feitas, com duas falhas de invocação e três formações de contrato malsucedidas.

— Parece que não posso ter um mensageiro por enquanto — Anthony suspirou com um sorriso amargo.

As emoções de Franca diminuíram significativamente.

Ela não estava sozinha enfrentando dificuldades.

— Qual deles você quer invocar? — ela perguntou curiosamente a Lumian.

— O mais legal. — Lumian, mantendo um ar de indiferença, santificou a adaga de prata ritualística e recriou a barreira espiritual.

Concentrando-se nas chamas das velas acesas, ele deu passos para trás, alternando entre o antigo Hermes e Hermes.

— EU!

— Eu invoco em meu nome:

— Uma criatura vagando pelo mundo, o penitente que desperta das chamas da dor, uma pessoa amigável corrompida pela escuridão.

Este encantamento de invocação, informação única da Madame Mágica, desviou-se da norma. Não era apenas um espírito, mas uma criatura vagando acima do mundo. As últimas descrições combinavam encontros e características, adicionando uma camada intrigante à invocação.

Lumian achou o temperamento e o estilo dessa criatura em particular impressionantes e decidiu fazer dela sua primeira tentativa. Ele procurava um mensageiro capaz de entregar uma carta e atravessar o mundo espiritual, indiferente a outras considerações. Por que não escolher o mais legal?

À medida que o encantamento ecoava, a chama da vela se expandia, adquirindo uma tonalidade verde-escura beirando o preto.

A cada cintilação intensificada, uma figura se materializava.

Era um ser alto, semelhante a um humano, vestido com vestes negras que lembravam o clero da Igreja do Eterno Sol Ardente.

No entanto, seu rosto e membros expostos carregavam as marcas de incineração prolongada, deixando apenas ossos e carne carbonizada. Órbitas oculares vazias brilhavam com chamas escuras, enquanto chamas negras estranhas e viscosas permaneciam, causando dor perpétua ao espírito.

Lumian olhou para o Penitente e perguntou em Hermes antigo: — Você está disposto a se tornar meu mensageiro?

Respondendo no antigo Feysac, a fonte de várias línguas do Continente Norte, o Penitente ofereceu uma condição,

— Se você não estiver preocupado em ser implicado por mim e lentamente cair na escuridão, posso ajudá-lo a entregar cartas.

“Nenhuma compensação, mas há perigo latente? Já que a Madame Mágica forneceu as informações do Penitente, significa que posso suportar…” Lumian, que tinha muita “dívida” de misticismo para se preocupar, sorriu e disse:

— Isso depende se você e a escuridão podem vencer o cabo de guerra. Sem problemas. Eu estava mentalmente preparado para isso antes de invocar você.

Desta vez, ele mudou para o antigo Feysac para se comunicar com a outra parte. Afinal, era bastante problemático usar o antigo Hermes, que podia agitar o poder da natureza, para dizer tanto.

Logo, ele redigiu o contrato e escreveu a descrição mística de quatro linhas representando o representante do Submundo como testemunha.

Iluminado pelas antigas palavras de Hermes envoltas em chamas verdes medonhas, Lumian fixou o encantamento de invocação em: “Uma criatura vagando acima do mundo, o penitente que desperta das chamas da dor, um mensageiro que pertence somente a Lumian Lee.”

Lumian não adotou um codinome como Jenna e o Cavaleiro de Espadas. Afinal, aqueles que sabiam sobre seu mensageiro podem não saber que ele era um portador de cartas de Arcanos Menores do Clube de Tarô. Este era o autocultivo de um espião veterano, e não importava se o nome de Lumian Lee e o histórico correspondente fossem conhecidos.

Com seu nome escrito, Lumian testemunhou a pele de cabra marrom-amarelada voar em direção ao Penitente vestido de preto.

O Penitente assinou seu nome: Baynfel.

As chamas verdes medonhas se entrelaçaram, consumindo o contrato e se fundindo perfeitamente com o mundo espiritual.

Curioso sobre seu novo mensageiro, Lumian perguntou ao Penitente Baynfel: — Sobre o que você está penitente?

Entretanto, Baynfel permaneceu em silêncio, e uma chama negra e viscosa desceu de seu corpo, desaparecendo no solo.

Apesar do questionamento persistente de Lumian, Baynfel manteve-se em silêncio.

Lumian riu e comentou: — Muito bom. Todos os cabeleireiros deveriam aprender com você — antes de concluir a invocação.

Depois de desfazer a parede de espiritualidade, Franca olhou para ele com uma expressão ressentida.

— Você conseguiu na primeira tentativa?

— Claro — Lumian não demonstrava nenhuma alegria evidente, como se estivesse falando de algo comum.

Perplexa e incapaz de deixar de lado seus próprios fracassos, Franca questionou: — Por quê? Por que Anthony e eu não somos populares com as criaturas do mundo espiritual? Por quê?

Era preciso dizer que a Demônia do Prazer era bem charmosa. Ao ver Franca assim, o Asceta Lumian quis andar até ela, levantar a mão direita e dar um peteleco em sua testa.

Isso fez com que ele quisesse intimidá-la!

Ele refletiu por um momento.

— Eu entendo aproximadamente o motivo. Ser um portador de uma carta de Arcanos Menores do Clube de Tarô aumenta nossas chances de invocar com sucesso criaturas especiais do mundo espiritual. Até mesmo um Psiquiatra como Anthony teve sucesso várias vezes durante sua primeira magia ritualística.

— No entanto, para ganhar o favor ou a obediência deles, você precisa de um nível mais alto, um caminho especial ou algo relacionado ao Sr. Tolo. Por exemplo, a moeda de ouro da sorte de Jenna e o poder do Sr. Tolo sobre mim.

Uma percepção repentina atingiu Lumian.

“Se for esse o motivo, o Cavaleiro de Espadas, que também possui um mensageiro, tem algo semelhante?”

— Entendo! — Franca, encorajada por essa percepção, recuperou a confiança.

Não que houvesse um problema com ela; ela simplesmente não tinha um “adereço”.

Ela então olhou para Jenna, pensando se deveria pegar emprestada a moeda de ouro da sorte para completar o contrato do mensageiro.

Franca eventualmente descartou a ideia. Havia uma diferença mística significativa entre “propriedade” e “empréstimo”. Ela tinha medo de que Jenna não fosse capaz de lidar com isso se ela desse e pegasse de volta no futuro sem uma oportunidade única.

Fuuu… Franca suspirou e estava prestes a perguntar quando Lumian planejava deixar Trier e como, quando notou o silêncio inexplicável de seu companheiro e uma pitada de desânimo.

— O que houve? — Franca perguntou, preocupada.

— Nada. — Lumian balançou a cabeça.

De repente, ele se lembrou de que Aurore um dia ansiou por um mensageiro.

Anthony olhou para Lumian, mas nenhuma palavra foi trocada. Jenna mencionou a proposta do Diácono dos Purificadores Angoulême de comprar a Armadura do Orgulho, levando Lumian a ficar em um breve silêncio antes de rir.

— Decidirei depois de algum tempo.

Apesar de reconhecer o perigo da Armadura do Orgulho, Lumian reconheceu seu poder formidável. Ela poderia representar uma ameaça a todos os Beyonders abaixo do nível de semideus. Se usá-la fosse a chave para derrotar Loki e outros membros-chave da Reunião da Mentira, Lumian não hesitaria em usá-la, preparado para enfrentar as consequências.

Lumian não desistiria do Artefato Selado só porque era perigoso, até que ele eliminasse todos aqueles canalhas ou até que ele ficasse forte demais para a Armadura do Orgulho.

— Tudo bem — Franca perguntou, — Você vai deixar Trier amanhã? Você vai pegar um barco, uma locomotiva a vapor ou vai procurar as coordenadas do mundo espiritual com a Madame Mágica e se ‘teletransportar’ para lá?

Lumian riu.

— Todas elas são possíveis. Decidirei amanhã. Vamos ver o que o destino tem em mente.

Franca murmurou: — Quando você aprendeu a agir de forma misteriosa?…

Após se despedir de seus três companheiros, Lumian adornou o brinco de prata Mentira e sutilmente alterou a cor do cabelo e a aparência. Seguindo pela Avenue du Marché até a Rue Anarchie, ele chegou ao bar clandestino do Auberge du Coq Doré.

Aparentemente não afetado pela catástrofe da noite anterior, o bar manteve sua atmosfera animada. Clientes regulares ocupavam seus lugares habituais — alguns cantando alto, outros dançando em volta de pequenas mesas redondas, e alguns se dedicavam a apostas com álcool como apostas.

Charlie, agora com um casaco preto, estava em pé em uma pequena mesa redonda, exclamando entusiasticamente: — Você pode não saber disso, mas Ciel Dubois e eu somos amigos. Nós passamos pela vida e pela morte juntos! Olha, olha, a recompensa dele foi atualizada para 60.000 verl d’or! Que quantia substancial!

“Você está muito orgulhoso de mim…” Lumian zombou e se acomodou no bar, pedindo uma taça de absinto.

No meio da comoção, ele escutou em silêncio, saboreando o licor amargo.

Pavard Neeson, o proprietário que limpava os óculos, notou o novo rosto e perguntou sorrindo: — Você acabou de chegar ao distrito comercial?

— Sim — Lumian respondeu com uma voz profunda.

Pavard Neeson disse gentilmente: — Você parece ter uma história.

Lumian suspirou, tomando um gole de La Fée Verte. Com um sorriso autodepreciativo, ele disse: — Eu não sou ninguém…

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